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Cidados e
consumidores: breve
introduo
Tomando o Brasil
como
exemplo,
percebe-se que, at
meados do sculo
passado,
as
influncias polticoideolgicas,
bem
como as transaes
econmicas
e
os
deslocamentos
populacionais,
estabeleciam-se sobremaneira e sob os
auspcios do Estado com pases
europeus. Assim, os padres de
consumo, os estilos de vida e at mesmo
o nosso ajuizamento sobre os direitos e
deveres, tal como o nosso entendimento
sobre civismo e cidadania, foram
concebidos a partir de modelos europeus
(SEVCENKO,
1995;
SCHWARZ,
1977).
Enquanto isso, nas ltimas dcadas, foi
com
os
Estados
Unidos
que
intensificamos
nossas
relaes
econmicas e culturais, cujas interaes,
perpetradas atravs do consumo,
carecem mais das organizaes privadas
que do poder do Estado.
Assim, no decorrer do sculo XX muitas
naes, inclusive o Brasil e os pases
latino-americanos,
sentiram
uma
mudana no eixo de subordinao
econmica, ideolgica e cultural dos
pases europeus para o domnio norteamericano. Frente a isso, h quem
acredite que essa transferncia tenha nos
tirado da condio de cidados e nos
transformado em meros consumidores,
como sinal da passagem de um exerccio
sociopoltico
a
uma
submisso
socioeconmica.
Tal concluso mediada pela
interpretao de que com os europeus
aprendemos a ser cidados, ao passo que
com os norte-americanos aprendemos a
Referncias:
ADORNO Teodor; HORKHEIMER, Max.
Dialtica do esclarecimento. Rio de Janeiro: J.
Zahar, 1985.
BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de
Janeiro: Zahar, 2005.
BELL, Daniel. Crtica da viso dos Estados
Unidos como uma sociedade de massa. In: O
fim da ideologia. Braslia: UnB, 1980, pp. 1531.
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