Os homens sábios concluíram que só havia o já sabido e que o futuro era inavegável como o sol inabitável, mas após navegarem sem um mapa e deixando intrigas para trás, eles encontraram costas luminosas, silêncios e palmares frescos após tatearem espaços com bússolas trêmulas no silêncio das zonas nebulosas onde havia escritas indecifráveis de outros astros.
Descrição original:
Navegavam sem o mapa que faziam
(Atrás deixando conluios e conversas
Intrigas surdas de bordéis e paços)
Os homens sábios tinham concluído
Que só podia haver o já sabido:
Para a frente era só o inavegável
Sob o clamor de um sol inabitável
Indecifrada escrita de outros astros
No silêncio das zonas nebulosas
Trémula a bússola tacteava espaços
Depois surgiram as costas luminosas
Silêncios e palmares frescor ardente
E o brilho do visível frente a frente
Título original
Navegavam Sem o Mapa Que Faziam, poema de Sophia de Mello Breyner Andresen
Os homens sábios concluíram que só havia o já sabido e que o futuro era inavegável como o sol inabitável, mas após navegarem sem um mapa e deixando intrigas para trás, eles encontraram costas luminosas, silêncios e palmares frescos após tatearem espaços com bússolas trêmulas no silêncio das zonas nebulosas onde havia escritas indecifráveis de outros astros.
Os homens sábios concluíram que só havia o já sabido e que o futuro era inavegável como o sol inabitável, mas após navegarem sem um mapa e deixando intrigas para trás, eles encontraram costas luminosas, silêncios e palmares frescos após tatearem espaços com bússolas trêmulas no silêncio das zonas nebulosas onde havia escritas indecifráveis de outros astros.
(Atrs deixando conluios e conversas Intrigas surdas de bordis e paos) Os homens sbios tinham concludo Que s podia haver o j sabido: Para a frente era s o inavegvel Sob o clamor de um sol inabitvel Indecifrada escrita de outros astros No silncio das zonas nebulosas Trmula a bssola tacteava espaos Depois surgiram as costas luminosas Silncios e palmares frescor ardente E o brilho do visvel frente a frente Sophia de Mello Breyner Andresen, 1979 In Navegaes, 1983
#3 em "EM TEMPO QUE GOVERNAVA ESTA CIDADE DA BAHIA O MARQUEZ DAS MINAS AJUIZA O POETA COM SUBTILEZA DE HOMEM SAGAZ, E ENTENDIDO O FOGO SELVAGEM, QUE POR MEYO DA URBANIDADE SE INTRODUZIO EM CERTA CASA." - Gregório de Matos