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LITERATURA

MODERNISMO

Características Gerais
• Liberdade formal - estética;
• Versos brancos, livres e regulares;
• Questões existenciais;
• Crítica e observação sociopolíticas;
• Olhares distintos para o mundo
contemporâneo;
• Cenários marcantes.
Resumo da AulaMODERNISMO DA 2ª GERAÇÃO

A PROSA - ROMANCE DE 30
Regionalismo

Oralidade

Crítica Social

Descritivismo

Neorrealismo

Cor local
Exercício
(Enem) Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de Os recursos composicionais que inserem a
cemitérios antigos — esqueletos redivivos, com o aspecto obra no chamado “Romance de 30” da
terroso e o fedor das covas podres.
literatura brasileira manifestam-se aqui
Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão
trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de quem leva as no(a)
pernas, em vez de ser levado por elas.
Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer a) desenho cru da realidade dramática
voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não sabiam dos retirantes.
aonde iam. Expulsos de seu paraíso por espadas de fogo,
iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos maus b) indefinição dos espaços para efeito de
fados. generalização.
Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado nomadismo. c) análise psicológica da reação dos
Adelgaçados na magreira cômica, cresciam, como se o
vento os levantasse. E os braços afinados desciam-lhes aos
personagens à seca.
joelhos, de mãos abanando. d) engajamento político do narrador ante
Vinham escoteiros. Menos os hidrópicos — de ascite as desigualdades.
consecutiva à alimentação tóxica — com os fardos das
barrigas alarmantes. e) contemplação lírica da paisagem
Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma. Eram transformada em alegoria.
os retirantes. Nada mais.

ALMEIDA, J. A. A bagaceira. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1978.


Exercício
(Enem) Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de Os recursos composicionais que inserem a
cemitérios antigos — esqueletos redivivos, com o aspecto obra no chamado “Romance de 30” da
terroso e o fedor das covas podres.
literatura brasileira manifestam-se aqui
Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão
trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de quem leva as no(a)
pernas, em vez de ser levado por elas.
Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer a) desenho cru da realidade dramática
voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não sabiam dos retirantes.
aonde iam. Expulsos de seu paraíso por espadas de fogo,
iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos maus b) indefinição dos espaços para efeito de
fados. generalização.
Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado nomadismo. c) análise psicológica da reação dos
Adelgaçados na magreira cômica, cresciam, como se o
vento os levantasse. E os braços afinados desciam-lhes aos
personagens à seca.
joelhos, de mãos abanando. d) engajamento político do narrador ante
Vinham escoteiros. Menos os hidrópicos — de ascite as desigualdades.
consecutiva à alimentação tóxica — com os fardos das
barrigas alarmantes. e) contemplação lírica da paisagem
Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma. Eram transformada em alegoria.
os retirantes. Nada mais.

ALMEIDA, J. A. A bagaceira. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1978.


Resumo da Aula OS POEMAS

Versos livres Amor


Neossimbolismo
Eu x Mundo – Gauche Uso de soneto
Passagem do tempo Crítica sociopolítica
Crítica social
Intimismo Relações interpessoais Bossa Nova
Exercício
(Enem) É a hora do descanso,
Mas o descanso vem tarde,
Anoitecer
O corpo não pede sono,
A Dolores
Depois de tanto rodar;

É a hora em que o sino toca, Pede paz — morte — mergulho

Mas aqui não há sinos; No poço mais ermo e quedo;

Há somente buzinas, sirenes roucas, apitos Desta hora tenho medo.

Aflitos, pungentes, trágicos,


Hora de delicadeza,
Uivando escuro segredo;
Agasalho, sombra, silêncio.
Desta hora tenho medo.
Haverá disso no mundo?

[...] É antes a hora dos corvos,


Bicando em mim, meu passado,
Meu futuro, meu degredo;
Desta hora, sim, tenho medo.
ANDRADE, C. D. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2005
(fragmento).
Exercício

Com base no contexto da Segunda Guerra Mundial, o livro A rosa do povo revela
desdobramentos da visão poética. No fragmento, a expressividade lírica demonstra
um(a)

a. defesa da esperança como forma de superação das atrocidades da guerra.


b. desejo de resistência às formas de opressão e medo produzidas pela guerra.
c. olhar pessimista das instituições humanas e sociais submetidas ao conflito
armado.
d. exortação à solidariedade para a reconstrução dos espaços urbanos
bombardeados.
e. espírito de contestação capaz de subverter a condição de vítima dos povos
afetados.
Exercício

Com base no contexto da Segunda Guerra Mundial, o livro A rosa do povo revela
desdobramentos da visão poética. No fragmento, a expressividade lírica demonstra
um(a)

a. defesa da esperança como forma de superação das atrocidades da guerra.


b. desejo de resistência às formas de opressão e medo produzidas pela guerra.
c. olhar pessimista das instituições humanas e sociais submetidas ao conflito
armado.
d. exortação à solidariedade para a reconstrução dos espaços urbanos
bombardeados.
e. espírito de contestação capaz de subverter a condição de vítima dos povos
afetados.
3ª FASE DO MODERNISMO- GERAÇÃO DE 45

• Caráter experimental;
• Aprofundamento psicológico;
• Metalinguagem;
• Busca pela forma;
• Universal e próprio;
• Reflexão cotidiana.
Resumo da Aula

Clarice Lispector Lygia Fagundes Guimarães Rosa João Cabral de Melo


Telles Neto
Exercício
Apuram o passo, por entre campinas ricas, onde pastam ou ruminam outros mil e mais bois. Mas os vaqueiros não esmorecem
nos eias e cantigas, porque a boiada ainda tem passagens inquietantes: alarga-se e recomprime-se, sem motivo, e mesmo
dentro da multidão movediça há giros estranhos, que não os deslocamentos normais do gado em marcha – quando sempre
alguns disputam a colocação na vanguarda, outros procuram o centro, e muitos se deixam levar, empurrados, sobrenadando
quase, com os mais fracos rolando para os lados e os mais pesados tardando para trás, no coice da procisão.
– Eh, boi lá!... Eh -ê-ê-eh, boi!... Tou! Tou! Tou...
As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio, na massa embolada,
com atritos de couros, estralos e guampas, estorndos e baques, e o berro queixoso do gado junqueira, de chifres imensos,
com muita tristeza, saudade dos campos, querência dos pastos de lá do sertão...
"Um boi preto, um boi pintado,
cada um tem sua cor.
Cada coração um jeito
de mostrar seu amor".
Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...
Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito...
Vai, vem, volta, vem na vara, vai não volta, vai varando...
ROSA, J. G. O burrinho pedrês. In: ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968
Exercício

Próximo do homem e do sertão mineiros, Guimarães Rosa criou um estilo que


ressignifica esses elementos. O fragmento expressa a peculiaridade desse estilo
narrativo, pois

a) demonstra a preocupação do narrador com a verossimilhança.


b) revela aspectos de confluência entre as vozes e os sons da natureza.
c) recorre à personificação dos animais como principal recurso estilístico.
d) produz um efeito de legitimidade atrelada à reprodução da linguagem regional.
e) expressa o fluir do rebanho e dos peões por meio de recursos sonoros e lexicais.
Exercício

Próximo do homem e do sertão mineiros, Guimarães Rosa criou um estilo que


ressignifica esses elementos. O fragmento expressa a peculiaridade desse estilo
narrativo, pois

a) demonstra a preocupação do narrador com a verossimilhança.


b) revela aspectos de confluência entre as vozes e os sons da natureza.
c) recorre à personificação dos animais como principal recurso estilístico.
d) produz um efeito de legitimidade atrelada à reprodução da linguagem regional.
e) expressa o fluir do rebanho e dos peões por meio de recursos sonoros e lexicais.
Resumo da Aula

LITERATURA
CONTEMPORÂNEA
Temática
Resumo da Aulade minorias
Elementos Visuais

Temas cotidianos

Engajamento social

Experimentalismo formal

Liberdade estrutural

Intimismo

Reflexões existenciais
Aqui as variantes são muitas:

Crônica, romance, conto e


poema, estamos falando de
uma literatura produzida
desde a década de 1960 até
os dias atuais.
Exercício
(Enem) Aquarela
Situado na vigência do Regime Militar que
O corpo no cavalete governou o Brasil, na década de 1970, o
é um pássaro que agoniza poema de Cacaso edifica uma forma de
exausto do próprio grito. resistência e protesto a esse período,
metaforizando:
As vísceras vasculhadas
principiam a contagem
regressiva.
a) as artes plásticas, deturpadas pela
repressão e censura.
No assoalho o sangue
b) a natureza brasileira, agonizante como um
se decompõe em matizes
pássaro enjaulado.
que a brisa beija e balança:
c) o nacionalismo romântico, silenciado pela
o verde – de nossas matas perplexidade com a Ditadura.
o amarelo – de nosso ouro d) o emblema nacional, transfigurado pelas
o azul – de nosso céu marcas do medo e da violência.
o branco o negro o negro e) as riquezas da terra, espoliadas durante o
CACASO. In: HOLLANDA, H. B (Org.). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: aparelhamento do poder armado.
Aeroplano, 2007.
Exercício
(Enem) Aquarela
Situado na vigência do Regime Militar que
O corpo no cavalete governou o Brasil, na década de 1970, o
é um pássaro que agoniza poema de Cacaso edifica uma forma de
exausto do próprio grito. resistência e protesto a esse período,
metaforizando:
As vísceras vasculhadas
principiam a contagem
regressiva.
a) as artes plásticas, deturpadas pela
repressão e censura.
No assoalho o sangue
b) a natureza brasileira, agonizante como um
se decompõe em matizes
pássaro enjaulado.
que a brisa beija e balança:
c) o nacionalismo romântico, silenciado pela
o verde – de nossas matas perplexidade com a Ditadura.
o amarelo – de nosso ouro d) o emblema nacional, transfigurado pelas
o azul – de nosso céu marcas do medo e da violência.
o branco o negro o negro e) as riquezas da terra, espoliadas durante o
CACASO. In: HOLLANDA, H. B (Org.). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: aparelhamento do poder armado.
Aeroplano, 2007.
Exercício
(Enem) – O senhor pensa que só porque o deixaram morar
neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu
falar num troço chamado autoridades constituídas? Não
sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que
existe uma coisa chamada Exército Brasileiro, que o
senhor tem de respeitar? Que negócio é esse? {…] Eu
ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: “dura lex”! A representação do discurso intimidador
Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber engendrada no fragmento é responsável por
que andaram incomodando o General, vai tudo em cana.
Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor. […] Foi
então que a mulher do vizinho do General interveio: a) ironizar atitudes e ideias xenofóbicas.
– Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido? O b) conferir à narrativa um tom anedótico.
delegado apenas olhou-a, espantado com o atrevimento.
c) dissimular o ponto de vista do narrador.
– Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos
como o senhor. Meu marido não é gringo nem meus filhos
d) acentuar a hostilidade das personagens.
são moleques. Se por acaso importunaram o General, ele e) exaltar relações de poder estereotipadas.
que viesse falar comigo, pois o senhor que sou brasileira,
sou prima de um Major do Exército, sobrinha de um
Coronel, e filha de um General! Morou? Estarrecido, o
delegado só teve força para engolir em seco e balbuciar
humildemente: – Da ativa, minha senhora?.
SABINO, F. A mulher do vizinho. In: Os melhores contos. Rio de Janeiro: Record, 1986.
Exercício
(Enem) – O senhor pensa que só porque o deixaram morar
neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu
falar num troço chamado autoridades constituídas? Não
sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que
existe uma coisa chamada Exército Brasileiro, que o
senhor tem de respeitar? Que negócio é esse? {…] Eu
ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: “dura lex”! A representação do discurso intimidador
Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber engendrada no fragmento é responsável por
que andaram incomodando o General, vai tudo em cana.
Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor. […] Foi
então que a mulher do vizinho do General interveio: a) ironizar atitudes e ideias xenofóbicas.
– Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido? O b) conferir à narrativa um tom anedótico.
delegado apenas olhou-a, espantado com o atrevimento.
c) dissimular o ponto de vista do narrador.
– Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos
como o senhor. Meu marido não é gringo nem meus filhos
d) acentuar a hostilidade das personagens.
são moleques. Se por acaso importunaram o General, ele e) exaltar relações de poder estereotipadas.
que viesse falar comigo, pois o senhor que sou brasileira,
sou prima de um Major do Exército, sobrinha de um
Coronel, e filha de um General! Morou? Estarrecido, o
delegado só teve força para engolir em seco e balbuciar
humildemente: – Da ativa, minha senhora?.
SABINO, F. A mulher do vizinho. In: Os melhores contos. Rio de Janeiro: Record, 1986.
Exercício
(Enem) No texto predomina a função poética da
As cartas de amor linguagem, pois ele registra uma visão
deveriam ser fechadas imaginária e singularizada de mundo, construída
com a língua. por meio do trabalho estético da linguagem. A
Beijadas antes de enviadas. função conativa também contribui para esse
Sopradas. Respiradas. trabalho na medida em que o enunciador
procura
O esforço do pulmão
capturado pelo envelope, a) influenciar o leitor em relação aos
a letra tremendo sentimentos provocados por uma carta de
como uma pálpebra. amor, por meio de opiniões pessoais.
Não a cola isenta, neutra, b) definir com objetividade o sentimento
mas a espuma, a gentileza, amoroso e a importância das cartas de amor.
a gripe, o contágio. c) alertar para consequências perigosas
Porque a saliva acalma um machucado. advindas de mensagens amorosas.
As cartas de amor d) esclarecer como devem ser escritas as
deveriam ser abertas com os dentes. mensagens sentimentais nas cartas de amor.
e) produzir uma visão ficcional do sentimento
CARPINEJAR, F. Como no céu. Rio de Janeiro:
Bertrand Russel, 2005. amoroso presente em cartas de amor.
Exercício
(Enem) No texto predomina a função poética da
As cartas de amor linguagem, pois ele registra uma visão
deveriam ser fechadas imaginária e singularizada de mundo, construída
com a língua. por meio do trabalho estético da linguagem. A
Beijadas antes de enviadas. função conativa também contribui para esse
Sopradas. Respiradas. trabalho na medida em que o enunciador
procura
O esforço do pulmão
capturado pelo envelope, a) influenciar o leitor em relação aos
a letra tremendo sentimentos provocados por uma carta de
como uma pálpebra. amor, por meio de opiniões pessoais.
Não a cola isenta, neutra, b) definir com objetividade o sentimento
mas a espuma, a gentileza, amoroso e a importância das cartas de amor.
a gripe, o contágio. c) alertar para consequências perigosas
Porque a saliva acalma um machucado. advindas de mensagens amorosas.
As cartas de amor d) esclarecer como devem ser escritas as
deveriam ser abertas com os dentes. mensagens sentimentais nas cartas de amor.
e) produzir uma visão ficcional do sentimento
CARPINEJAR, F. Como no céu. Rio de Janeiro:
Bertrand Russel, 2005. amoroso presente em cartas de amor.

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