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Bourdieu, Baudrillard e
Bauman: O Consumo
Como Estratgia de
Distino
Daniel Gambaro
Introduo
O presente ensaio tenta fazer aproximaes entre trs tericos da sociologia
que discutem questes do consumo estratificado em classes sociais. No se trata,
no entanto, de uma viso abrangente sobre a obra desses autores, e sim um
exerccio de reflexo que parte de trs extraes do conjunto de seus livros. Em
outras palavras, um olhar bastante circunstancial sobre apenas alguns pontos
das teorias de Pierre Bourdieu, Jean Baudrillard e Zygmunt Bauman.
Os textos que aqui serviram de referncia analisam principalmente o
comportamento da classe mdia: da motivao das escolhas, do gosto, s
conseqncias do consumo realizado por determinado estrato social. Os pontos
convergentes e divergentes nos textos escolhidos desses tericos sero delineados,
enquanto tentamos definir um caminho que mostre a evoluo do consumo de
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Baudrillard, para falar do consumo na era moderna, afirma que desde sempre o
consumo de bens fruto de uma diferenciao, uma funo social de prestgio
e de distribuio hierrquica (BAUDRILLARD, 1996: p.10). O valor de troca supera
a simples necessidade, o valor de uso, fornecendo a possibilidade de distino
social e de uma ideologia a ela ligada. Assim, o objeto no somente uma funo
da necessidade: uma verdadeira anlise deve levar em conta os motivos de sua
existncia, o significado atribudo troca: o valor de troca-signo fundamental
(BAUDRILLARD, 1996: p.10).
De certa forma, Baudrillard se aproxima do conceito de Bourdieu de necessidade
bsica: o objeto no simplesmente a satisfao dessa necessidade, antes
o local de uma produo, para satisfazer demandas que surgem (como novas)
conforme se ascende na escala social. Assim, necessrio levar em conta no
apenas os objetos que uma classe tem em comparao outra, mas tambm a
quantidade e, mais importante, a qualidade desse objeto, sua disposio e qual a
o uso final dado a ela.
Podemos certamente, num primeiro tempo, considerar os objetos em
si prprios e a sua soma como ndice de pertena social, mas muito mais
importante consider-los, na sua escolha, organizao e prtica, como o suporte
de uma estrutura global do ambiente circundante, que simultaneamente uma
estrutura ativa de comportamento. (BAUDRILLARD, 1996: 17)
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Referncias Bibliogrficas