Você está na página 1de 26

RESUMOS BIBLIOGRÁFICOS

Consumo cultural

Adorno, TW, & Horkheimer, M. (1978). A Indústria Cultural: Teoria da cultura de massa. Rio de
janeiro: Paz e Terra.
O livro "A Indústria Cultural: Teoria da cultura de massa" de Theodor Adorno, coescrito com Max
Horkheimer, é uma crítica à cultura de massa e à indústria cultural, que produzem produtos culturais
padronizados e homogeneizados, destinados a serem consumidos em massa pela sociedade capitalista.
Adorno argumenta que a cultura de massa é uma forma de manipulação da opinião pública, que promove
a conformidade e o conformismo, impedindo o desenvolvimento de uma cultura autêntica e criativa. Ele
afirma que a indústria cultural tem um papel importante na reprodução do status quo e na manutenção do
poder das elites dominantes.
O autor também critica a comercialização da arte e da cultura, que transforma a produção cultural em uma
mercadoria, afastando-a de seu valor intrínseco e transformando-a em um meio de lucro e exploração.
Adorno argumenta que essa mercantilização da cultura contribui para a degradação da arte e da cultura
em geral.
Por fim, Adorno destaca a importância da crítica cultural e da reflexão crítica sobre a cultura de massa
como forma de resistência e de luta contra a manipulação e a opressão promovidas pela indústria cultural.
Ele defende a importância de uma cultura autêntica, crítica e emancipatória, capaz de desafiar o sistema
capitalista e de promover a liberdade e a diversidade cultural.

Barbosa, L. (2004). Sociedade de Consumo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor.


O livro "Sociedade de Consumo", de Lívia Barbosa, é uma análise da cultura do consumo e suas
implicações na sociedade contemporânea. A autora argumenta que o consumo se tornou um fenômeno
central na vida social, permeando diversas esferas da sociedade e moldando as identidades dos
indivíduos.
Barbosa examina como o consumo é influenciado pelo sistema econômico e político, pela publicidade e
pelos meios de comunicação de massa, que promovem uma cultura de consumo e um ideal de felicidade
baseado na aquisição de bens materiais. Ela destaca como essa cultura do consumo tem consequências
sociais e ambientais negativas, incluindo a exclusão social, a desigualdade econômica e a degradação
ambiental.
A autora também aborda o papel do consumidor na sociedade de consumo, argumentando que o indivíduo
é incentivado a buscar a satisfação imediata de desejos e necessidades, mas que essa busca muitas vezes é
insaciável e vazia. Ela sugere que é necessário repensar a forma como o consumo é valorizado e praticado
na sociedade, buscando alternativas mais sustentáveis e conscientes.
Por fim, Barbosa enfatiza a importância da reflexão crítica sobre a cultura do consumo e do engajamento
em práticas mais responsáveis e conscientes, capazes de promover uma sociedade mais justa, equilibrada
e sustentável.

Barbosa, L. & Campbell, C. (2006). Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: Editora FGV.
O livro "Cultura, Consumo e Identidade", de Lívia Barbosa e Carla Costa Campbell, é uma análise da
relação entre cultura, consumo e identidade na sociedade contemporânea. As autoras argumentam que o
consumo de bens e serviços se tornou uma forma de construir e expressar identidades individuais e
coletivas.
Elas exploram como a cultura do consumo é influenciada pelo mercado, pela publicidade e pelos meios
de comunicação de massa, que promovem valores e ideais por meio de imagens e símbolos associados a
determinados produtos. As autoras também abordam o papel da cultura na construção da identidade,
destacando como as práticas culturais e as formas de consumo são usadas para criar uma sensação de
pertencimento e distinção em relação a outros grupos sociais.
Barbosa e Campbell examinam as consequências dessa cultura do consumo na sociedade, incluindo a
desigualdade econômica, a exclusão social e a degradação ambiental. Elas argumentam que é necessário
repensar a forma como a cultura e o consumo são valorizados e praticados, buscando alternativas mais
sustentáveis e conscientes.
Por fim, as autoras destacam a importância da reflexão crítica sobre a relação entre cultura, consumo e
identidade na sociedade contemporânea e do engajamento em práticas mais conscientes e responsáveis.
Elas sugerem que é possível construir uma cultura mais diversa e inclusiva, capaz de promover a
igualdade social e a sustentabilidade ambiental.
Baudrilard, J. (1995). A sociedade do consumo. Lisboa: Elfos.
O livro "A Sociedade do Consumo", de Jean Baudrillard, é uma análise crítica da sociedade
contemporânea, que se baseia em uma cultura do consumo generalizada. O autor argumenta que o
consumo se tornou um fim em si mesmo, substituindo a produção como o principal motor da economia e
da vida social.
Baudrillard examina como a sociedade de consumo é influenciada pelos meios de comunicação de massa,
que promovem valores e ideais por meio de imagens e símbolos associados a determinados produtos. Ele
destaca como essa cultura do consumo cria uma ilusão de liberdade e escolha, mas na verdade limita as
possibilidades de ação e de pensamento.
O autor também aborda o papel da cultura na construção da identidade, argumentando que o consumo se
tornou uma forma de construir e expressar identidades individuais e coletivas. Ele sugere que essa busca
por identidade por meio do consumo é vazia e sem sentido, uma vez que as identidades são cada vez mais
homogeneizadas e estereotipadas pela cultura do consumo.
Por fim, Baudrillard enfatiza a importância da reflexão crítica sobre a sociedade do consumo e do
engajamento em práticas mais responsáveis e conscientes. Ele sugere que é necessário romper com a
lógica do consumo e buscar novas formas de pensar e agir, capazes de promover uma sociedade mais
justa, equilibrada e sustentável.

Bauman, Z.(2005). Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi/ ZygmuntBauman. Rio de Janeiro:


Jorge Zahar Ed.
O livro "Identidade: Entrevista a Benedetto Vecchi", de Zygmunt Bauman, apresenta uma entrevista na
qual o autor discute o conceito de identidade na sociedade contemporânea. Bauman argumenta que a
identidade se tornou um problema cada vez mais complexo e ambíguo em um mundo caracterizado pela
globalização, pela liquidez e pela fragmentação social.
Ele destaca como as pessoas são constantemente desafiadas a construir e redefinir suas identidades em um
contexto de mudança constante, o que pode levar a uma sensação de incerteza e insegurança. Bauman
argumenta que a identidade se tornou um projeto individual, que exige um esforço contínuo para se
adaptar às mudanças e para encontrar uma sensação de estabilidade e continuidade.
O autor também aborda a relação entre identidade e consumo, argumentando que o consumo se tornou
uma forma de construir e expressar identidades individuais. Ele destaca como o consumo pode oferecer
uma ilusão de liberdade e escolha, mas também pode limitar as possibilidades de ação e de pensamento.
Por fim, Bauman enfatiza a importância da reflexão crítica sobre a identidade e do engajamento em
práticas mais responsáveis e conscientes. Ele sugere que é necessário repensar a relação entre o indivíduo
e a sociedade e buscar novas formas de construir identidades que sejam mais autênticas, mais conectadas
e mais engajadas com o mundo em que vivemos.
Bauman é considerado um dos principais representantes da Escola de Pensamento Pós-Moderno e Crítica
Social. Ele contribuiu significativamente para a análise da modernidade e da pós-modernidade, e como
estas afetam a sociedade e as relações humanas. Além disso, suas ideias influenciaram o campo da
sociologia do consumo, especialmente em relação às mudanças nos padrões de consumo e à sociedade de
consumo em que vivemos.

Bauman, Z.(2008). Vida para consumo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor.
"Vida para consumo", de Zygmunt Bauman, é um livro que explora a relação entre a sociedade
contemporânea e o consumo. Bauman argumenta que a sociedade se tornou cada vez mais orientada para
o consumo, e que o consumo se tornou um valor central na vida das pessoas.
O autor discute como a lógica do consumo se estende a todas as áreas da vida, incluindo trabalho,
relacionamentos, saúde e lazer. Ele argumenta que a vida moderna é caracterizada por uma constante
busca por novidades e experiências efêmeras, o que pode levar a um sentimento de insatisfação constante.
Bauman também discute como o consumo pode levar a uma fragmentação social, já que as pessoas
tendem a se identificar cada vez mais com suas escolhas de consumo do que com grupos sociais mais
amplos. Ele destaca como isso pode limitar a capacidade das pessoas de se engajarem em questões
coletivas e de trabalhar em prol de mudanças sociais significativas.
Por fim, Bauman argumenta que é necessário repensar a relação entre consumo e vida, e buscar formas
mais sustentáveis e responsáveis de viver. Ele enfatiza a importância da reflexão crítica sobre nossos
valores e práticas de consumo, e da busca por alternativas que permitam uma vida mais autêntica,
conectada e engajada com o mundo ao nosso redor.

Bauman, Z. Sociedade de Consumo.


O livro "Sociedade de Consumo", de Zygmunt Bauman, é uma análise crítica da sociedade
contemporânea, marcada pelo consumo desenfreado e pela cultura do descartável. O autor argumenta que
o consumo se tornou a principal forma de identidade e status social, substituindo valores tradicionais
como religião, moralidade e comunidade.
Bauman explora como a cultura do consumo é sustentada pela lógica do mercado, que promove a
produção e venda de produtos cada vez mais efêmeros, e pela promoção constante de novas necessidades
e desejos. Ele argumenta que essa cultura do descartável cria uma sociedade em que as pessoas são vistas
como objetos a serem descartados quando já não são mais úteis ou desejáveis.
O autor também examina as consequências sociais e ambientais do consumo em massa, incluindo a
desigualdade econômica, a exclusão social e a degradação ambiental. Ele destaca a necessidade de
repensar a forma como a sociedade produz e consome, buscando alternativas mais sustentáveis e justas.
Por fim, Bauman enfatiza a importância da reflexão crítica sobre a sociedade de consumo e da busca por
uma nova forma de pensar e viver, baseada em valores como solidariedade, cooperação e
responsabilidade social e ambiental.

Belk, R.W. (1988). Possessions and the Extended Self. In: Journal of Consumer Research, Chicago,
v.15, n.2, p.139-168, set.
"Posse e o Eu Estendido", de Russell Belk, é um artigo publicado no Journal of Consumer Research em
1988. O autor discute como as posses materiais podem ser vistas como uma extensão do self (eu) das
pessoas.
Belk argumenta que as posses são uma parte importante da identidade pessoal e que elas desempenham
um papel fundamental na formação do autoconceito. Ele explora como as posses podem ser usadas para
expressar a personalidade, para comunicar status e para criar uma sensação de pertencimento social.
O autor também discute como as posses podem ser usadas para estender o self além do corpo físico. Ele
argumenta que as posses podem ser usadas para criar um senso de continuidade pessoal ao longo do
tempo e do espaço, permitindo que as pessoas mantenham um senso de identidade consistente mesmo em
situações de mudança ou transição.
Por fim, Belk argumenta que a relação entre posse e identidade é complexa e multifacetada. Ele sugere
que as posses podem ter tanto efeitos positivos quanto negativos na formação do self, e que é necessário
adotar uma abordagem crítica em relação ao consumo e às posses para garantir que eles não se tornem
uma fonte de alienação ou insatisfação.

Bemjamin, W. (1978). Teoria da Cultura de Massa. Rio de Janeiro: Paz e Terra.


"Teoria da Cultura de Massa", de Walter Benjamin, é um livro que analisa a cultura popular e a cultura de
massa, com foco na produção e na distribuição em massa de produtos culturais.
Benjamin argumenta que a cultura de massa é caracterizada por uma produção em massa, distribuição em
massa e consumo em massa de produtos culturais, como jornais, revistas, filmes e música. Ele destaca
como isso pode levar a uma uniformização da cultura e à perda da autenticidade e da individualidade.
O autor também discute como a tecnologia tem um papel fundamental na produção e distribuição de
produtos culturais de massa. Ele argumenta que a tecnologia pode ser vista tanto como uma ferramenta de
libertação quanto de opressão, dependendo de como é usada.
Por fim, Benjamin enfatiza a importância da crítica cultural na análise da cultura de massa. Ele argumenta
que a crítica cultural pode ajudar a revelar as estruturas de poder subjacentes na produção e distribuição
de produtos culturais de massa, e pode ajudar a resistir à uniformização e à padronização da cultura.

Benhamou, F. (2007). A economia da cultura. São Paulo: Ateliê editorial.


"A Economia da Cultura", de Françoise Benhamou, é um livro que analisa a economia da cultura, com
foco na produção, distribuição e consumo de bens culturais.
A autora argumenta que a cultura é uma indústria importante e em crescimento, e que sua economia
difere em muitos aspectos das outras indústrias. Ela discute como as políticas culturais são importantes
para o desenvolvimento da indústria da cultura, e como as forças do mercado e da globalização estão
transformando a produção e distribuição de bens culturais.
Benhamou também analisa a questão do valor na cultura, discutindo como os bens culturais são
valorizados e precificados. Ela argumenta que a questão do valor é complexa na cultura, e que não pode
ser reduzida a uma lógica puramente econômica.
Por fim, a autora discute as implicações da economia da cultura para a sociedade e para a política cultural.
Ela enfatiza a importância da diversidade cultural e da proteção da propriedade intelectual na indústria da
cultura, e sugere que políticas culturais devem ser desenvolvidas para garantir que a cultura seja acessível
e sustentável a longo prazo.

Bourdieu, P. (1998). A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva.


"A Economia das Trocas Simbólicas", de Pierre Bourdieu, é um livro que explora a natureza das trocas
simbólicas na sociedade, com foco em como as pessoas atribuem valor simbólico a bens e serviços.
Bourdieu argumenta que as trocas simbólicas são fundamentais para a sociedade, e que são baseadas em
uma série de relações sociais, incluindo o poder e a hierarquia. Ele discute como a atribuição de valor
simbólico é influenciada por fatores como a cultura, o status social e o poder econômico.
O autor também analisa a natureza da economia simbólica, que ele descreve como uma economia baseada
na produção, distribuição e consumo de bens e serviços simbólicos, como arte, literatura e moda. Ele
enfatiza a importância das instituições culturais, como museus e galerias, na produção e distribuição de
bens simbólicos.
Por fim, Bourdieu discute as implicações da economia simbólica para a sociedade e a política. Ele
argumenta que a economia simbólica é uma arena importante para a luta pelo poder e pela legitimidade, e
sugere que as políticas culturais devem ser desenvolvidas para garantir que a cultura seja acessível a todos
e não apenas aos privilegiados.
Consumo para Pierre Bourdieu
Pierre Bourdieu define consumo como uma atividade social que envolve não apenas a aquisição de bens e
serviços, mas também a atribuição de valor simbólico a esses objetos. Segundo Bourdieu, o consumo é
uma prática cultural que reflete as normas, valores e crenças da sociedade em que ocorre.
Para Bourdieu, o consumo está ligado às relações de poder e hierarquia, pois a atribuição de valor
simbólico a um objeto é influenciada pelas posições sociais dos indivíduos envolvidos na troca. O
consumo, portanto, é uma forma de construção e manutenção de identidades sociais e distinções de
classe.
Além disso, Bourdieu enfatiza que o consumo não é apenas uma atividade individual, mas também é
influenciado pelas estruturas econômicas e culturais da sociedade. A economia simbólica, por exemplo, é
uma forma de produção e distribuição de bens e serviços simbólicos, como a arte e a literatura, que
também são objetos de consumo.

Bourdieu, P.(2011). A distinção. Porto Alegre: Ed. Zouk.


"A Distinção", escrito por Pierre Bourdieu em 1979 e publicado em português em 2011, é um estudo
sociológico que busca compreender como as pessoas fazem escolhas culturais e de consumo e como essas
escolhas são influenciadas pelas hierarquias sociais.
Bourdieu argumenta que as pessoas utilizam seu capital cultural - ou seja, seu conjunto de conhecimentos,
habilidades e valores adquiridos por meio da educação formal e da exposição a diferentes formas de
cultura - para se diferenciarem das pessoas de classes sociais inferiores e se aproximar dos indivíduos de
classes superiores.
Ele propõe a ideia de que a cultura é um campo de lutas simbólicas, em que diferentes grupos sociais
disputam o poder de definir o que é valioso e legítimo. Bourdieu argumenta que, dentro desse campo, há
uma hierarquia de gostos e preferências, que reflete a hierarquia social mais ampla. Ele chama essa
hierarquia de "classificação social do gosto".
O autor também argumenta que essa distinção social é mantida por meio de processos de "conversão de
capital" - ou seja, a capacidade de transformar o capital cultural em outras formas de capital, como o
capital econômico e social. Isso significa que as pessoas usam seu capital cultural para adquirir bens
materiais e estabelecer relações sociais vantajosas, o que, por sua vez, reforça sua posição na hierarquia
social.
Em resumo, "A Distinção" oferece uma análise profunda das relações entre cultura, consumo e hierarquia
social, e como esses fatores moldam as escolhas das pessoas e reforçam a desigualdade.

Bourdieu, P. (2002a). O poder simbólico. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil.


"O Poder Simbólico", escrito por Pierre Bourdieu em 1989 e publicado em português em 2002, é uma
obra que busca entender como as estruturas sociais e políticas são mantidas por meio de processos
simbólicos de legitimação.
Bourdieu argumenta que o poder não é apenas exercido por meio da força física ou do controle
econômico, mas também por meio da produção e difusão de símbolos, rituais e discursos que legitimam a
dominação de determinados grupos sobre outros.
O autor propõe a ideia de que os símbolos e rituais são formas de comunicação que transmitem
mensagens sutis sobre a ordem social e a posição de cada indivíduo dentro dessa ordem. Ele argumenta
que as estruturas simbólicas são construídas e mantidas por meio do processo de "habitus" - ou seja, os
padrões de pensamento, comportamento e percepção que são adquiridos pela socialização.
Bourdieu também discute como o poder simbólico é mantido por meio da "violência simbólica" - ou seja,
a imposição de normas e valores que são percebidos como legítimos pelos indivíduos e que, por sua vez,
reproduzem as hierarquias sociais existentes.
Em resumo, "O Poder Simbólico" oferece uma análise profunda das relações entre poder, cultura e
simbolismo, e como esses fatores moldam as estruturas sociais e políticas e reforçam a desigualdade.

Bourdieu, P. (2002b). A dominação Masculina. 2a ed, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.


"A Dominação Masculina", escrito por Pierre Bourdieu em 1998 e publicado em português em 2002, é
um estudo sociológico que examina a relação de poder entre homens e mulheres na sociedade. Bourdieu
argumenta que a dominação masculina é uma construção social que é mantida por meio de estruturas
simbólicas e culturais.
O autor discute como a dominação masculina é reproduzida por meio de práticas sociais e culturais que
são percebidas como naturais, mas que, na verdade, são construídas e mantidas por meio do processo de
socialização. Bourdieu argumenta que a dominação masculina é perpetuada pela cultura, que é uma forma
de poder simbólico.
Bourdieu analisa a forma como a linguagem, a cultura popular, a religião e as instituições sociais são
usadas para manter a dominação masculina. Ele também discute as formas como as mulheres são
excluídas e marginalizadas no mercado de trabalho, na política e na cultura.
Em resumo, "A Dominação Masculina" oferece uma análise crítica e profunda da relação de poder entre
homens e mulheres na sociedade, examinando as estruturas culturais e simbólicas que mantêm a
dominação masculina e excluem as mulheres da igualdade de oportunidades e da participação plena na
sociedade.

Caldewell, M., & Woodside, A. (2003). The role cultural capital in performing arts patronage. In:
International Journal of Management, Vol. 5. Iss 3, Montreál.
O estudo realizado por Caldwell e Woodside em 2003 buscou compreender o papel do capital cultural no
patrocínio às artes cênicas, ou seja, o conjunto de conhecimentos, habilidades e valores que um indivíduo
adquire por meio de sua formação e ambiente cultural.
Para isso, foi realizada uma pesquisa com um grupo de indivíduos que frequentam a ópera e o balé em
uma cidade do Canadá, com o objetivo de identificar as motivações e valores que influenciam sua decisão
de patrocinar essas artes. Os resultados mostraram que o capital cultural desempenha um papel
fundamental na formação do interesse e apreciação pelas artes cênicas, além de ser um fator importante
na decisão de patrocinar essas atividades.
Os autores também destacaram que o capital cultural pode ser influenciado por fatores como a educação
formal, a exposição a diferentes formas de arte e cultura, e o ambiente social e familiar, o que pode afetar
a disposição das pessoas para patrocinar as artes. Além disso, os resultados sugerem que o patrocínio às
artes cênicas é motivado tanto por razões altruístas, como o desejo de apoiar a cultura e contribuir para a
comunidade, quanto por razões egoístas, como a busca por status e reconhecimento social.

Canclini, N.G. (1997). Consumidores e Cidadãos. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ.


"Consumidores e Cidadãos" é um livro escrito pelo sociólogo argentino Néstor García Canclini e
publicado em 1997 pela Editora UFRJ. O livro discute as mudanças sociais e culturais que ocorreram na
América Latina nas últimas décadas e como elas afetaram as relações entre consumidores e cidadãos.
Canclini argumenta que a globalização e a crescente influência do mercado têm transformado a cidadania
em um conceito cada vez mais ligado ao consumo. Ele também discute como as pessoas consomem bens
culturais e como isso afeta sua identidade e suas relações sociais. O livro analisa diversos aspectos da
cultura popular, como a televisão, o turismo e as festas populares, e propõe alternativas para que as
pessoas possam se tornar cidadãos mais conscientes e participativos em suas sociedades.

Casotti, L.(1998). Marketing moderno e consumidor pós-moderno? Anais: XX Enanpad, Foz do


Iguaçú.
O artigo "Marketing moderno e consumidor pós-moderno?" de autoria de Luciano Casotti, publicado em
1998 nos Anais do XX Enanpad, discute a relação entre o marketing e o consumidor pós-moderno. O
autor argumenta que o marketing moderno, centrado na persuasão e na criação de necessidades artificiais
nos consumidores, é inadequado para lidar com as demandas do consumidor pós-moderno, que valoriza a
diversidade, a individualidade e a autonomia. Casotti propõe uma abordagem mais ética e participativa do
marketing, que considere as complexidades e as particularidades do consumidor contemporâneo. Ele
também discute a importância do diálogo entre empresa e consumidor, da personalização dos produtos e
serviços, da transparência e da responsabilidade social corporativa como estratégias para atender às
necessidades do consumidor pós-moderno.
Chan, T. W. & Goldthorpe, J. H. (2007). Social Stratification and Cultural Consumption: Music in
England. European Sociological Review. London, vol. 23, n. 1, p. 1-19.
O artigo de Chan e Goldthorpe (2007) intitulado "Social Stratification and Cultural Consumption: Music
in England" discute a relação entre a classe social e o consumo musical na Inglaterra. A partir de uma
pesquisa quantitativa, os autores identificam padrões de consumo musical de acordo com a classe social, e
concluem que a música clássica e o jazz são mais apreciados pelas classes mais altas, enquanto que a
música pop é mais consumida pelas classes mais baixas.

Chauvel, M. A. & Mattos, M.P. (2008). Consumidores de Baixa Renda: uma Revisão dos Achados
de Estudos feitos no Brasil. Cadernos Ebape.br. V.6, n.2, jun.
Já o artigo de Chauvel e Mattos (2008) intitulado "Consumidores de Baixa Renda: uma Revisão dos
Achados de Estudos feitos no Brasil" faz uma revisão dos estudos realizados no Brasil sobre o consumo
cultural das classes mais baixas. Os autores destacam que o consumo cultural não é homogêneo dentro
dessa faixa da população, mas que há diferenças importantes de acordo com gênero, idade, escolaridade e
localização geográfica. Eles também apontam a importância da cultura popular e das mídias de massa na
formação do gosto cultural das classes mais baixas.

D’Angelo, A. (2001). Cultura e Consumo: Apanhado Teórico e Reflexões para o Ensino e a Pesquisa
de Marketing e Administração. Atibaia: Anais... XXVII Enanpad, Campinas.
O artigo "Cultura e Consumo: Apanhado Teórico e Reflexões para o Ensino e a Pesquisa de Marketing e
Administração" de autoria de Antonio D'Angelo, apresentado nos Anais do XXVII Enanpad em 2001,
discute a relação entre cultura e consumo e como essa relação pode ser abordada no ensino e na pesquisa
em marketing e administração. O autor realiza uma revisão da literatura sobre o tema, destacando a
importância da cultura na formação do gosto e das preferências dos consumidores, bem como na
construção da identidade individual e coletiva. Ele também discute as diferentes abordagens teóricas do
consumo, desde a abordagem funcionalista até a abordagem crítica e cultural, e propõe uma abordagem
interdisciplinar que leve em conta a complexidade e a diversidade cultural. D'Angelo argumenta que o
ensino e a pesquisa em marketing e administração devem levar em conta a dimensão cultural do consumo
e buscar uma compreensão mais ampla e crítica do fenômeno do consumo.

Dubois, B.(1998). Compreender o consumidor. Lisboa: Publicações Dom Quixote.


O livro "Compreender o Consumidor" de autoria de Bernard Dubois, publicado em 1998 pela editora
Publicações Dom Quixote, tem como objetivo fornecer uma visão abrangente e atualizada do estudo do
consumidor. O autor apresenta uma revisão da literatura sobre o comportamento do consumidor,
abordando desde os fatores psicológicos e sociológicos que influenciam as escolhas de consumo até as
tendências mais recentes de consumo em nível global. Dubois também discute as principais teorias e
modelos de análise do comportamento do consumidor, destacando as abordagens cognitivas, afetivas e
sociais. O autor enfatiza a importância da pesquisa de mercado para a compreensão do consumidor,
apresentando métodos e técnicas de coleta de dados e análise. Por fim, Dubois discute as implicações
práticas do estudo do comportamento do consumidor para a gestão de marketing, destacando a
importância da segmentação de mercado, do posicionamento de marca e da estratégia de comunicação. O
livro é voltado tanto para estudantes e pesquisadores na área de marketing quanto para profissionais de
marketing que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre o comportamento do consumidor.

Durkheim, E. (1978). Da divisão do trabalho social In GIANOTTI, J. A. Coleção Os pensadores.


São Paulo, Abril cultural.
O livro "Da Divisão do Trabalho Social" de Émile Durkheim, publicado originalmente em 1893, é uma
das obras mais importantes da sociologia clássica. Na obra, Durkheim propõe uma análise da sociedade a
partir da divisão do trabalho, destacando a importância desse fenômeno para a coesão social e a
solidariedade entre os indivíduos. O autor argumenta que a divisão do trabalho é uma condição necessária
para o desenvolvimento da sociedade moderna, mas que pode gerar problemas de anomia e
individualismo se não houver uma regulação social adequada. Durkheim distingue dois tipos de
solidariedade social: a solidariedade mecânica, que se baseia na homogeneidade e na similitude das partes
que compõem a sociedade, e a solidariedade orgânica, que se baseia na interdependência e na
complementaridade das diferentes funções sociais. O autor propõe que a solidariedade orgânica é mais
adequada para as sociedades modernas, em que a divisão do trabalho é mais complexa e especializada. O
livro é considerado uma obra fundamental para a compreensão da sociologia e da sociedade moderna.
Earp, F. & Kornis, G. (2004). A economia do livro: A crise atual e uma proposta política. Textos
para discussão. Rio de Janeiro: Ed.UFRJ, 2004.
O livro "A Economia do Livro: A crise atual e uma proposta política" de autoria de Felipe Earp e Gustavo
Kornis, publicado em 2004 pela editora Ed.UFRJ, é um estudo sobre a indústria do livro no Brasil e as
mudanças em curso no mercado editorial. Os autores analisam a crise na cadeia produtiva do livro,
destacando a concentração de mercado, a redução do número de livrarias independentes e a diminuição
do poder de negociação dos livreiros. Eles também discutem os desafios do mercado editorial brasileiro,
como a pirataria, a falta de incentivos governamentais e a baixa circulação de livros entre a população.
Os autores apresentam uma proposta política para enfrentar esses desafios, que inclui a promoção da
leitura, o fortalecimento das políticas públicas para o livro e a literatura, a criação de novas formas de
comercialização de livros e a ampliação do acesso à educação e à cultura. Earp e Kornis argumentam que
a indústria do livro deve ser vista como um setor estratégico para o desenvolvimento cultural e econômico
do país, e que é necessário implementar políticas que favoreçam a diversidade editorial, a produção
nacional e a ampliação do mercado consumidor. O livro é voltado tanto para profissionais do mercado
editorial quanto para pesquisadores e estudantes interessados no tema.

Guimarães, S. P. (2006). Desafios brasileiros na era dos gigantes. Rio de Janeiro: Contraponto.
O livro "Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes", de autoria de Sergio Paulo Guimarães e publicado em
2006 pela editora Contraponto, aborda a inserção do Brasil no cenário internacional contemporâneo e os
desafios enfrentados pelo país diante da ascensão de potências econômicas como China, Índia e Rússia.
O autor argumenta que o Brasil precisa repensar seu papel no mundo e buscar novas estratégias para se
posicionar em um ambiente global cada vez mais competitivo. Ele discute a necessidade de uma maior
integração regional, o fortalecimento das relações comerciais com países emergentes e a valorização da
educação e da inovação tecnológica como fatores chave para o desenvolvimento do país.
Guimarães também analisa a situação interna do Brasil, destacando problemas como a desigualdade
social, a corrupção e a falta de investimentos em infraestrutura. Ele propõe medidas para enfrentar esses
desafios, como a implementação de políticas públicas eficazes e o fortalecimento da sociedade civil.
O livro é dirigido a um público amplo, incluindo gestores públicos, empresários, acadêmicos e estudantes
interessados em questões de política internacional, economia e desenvolvimento

Hall, S. (2006). A identidade cultural na pós- modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 11a edição.
"A Identidade Cultural na Pós-Modernidade", escrito por Stuart Hall e publicado em 2006 pela editora
DP&A, em sua 11ª edição, é um livro que discute as mudanças culturais que ocorreram no mundo
contemporâneo, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, e como elas impactaram a formação das
identidades culturais.
Hall argumenta que, na pós-modernidade, as identidades culturais são construídas de forma cada vez mais
fragmentada e fluida, em vez de serem vistas como algo fixo e essencial. Ele analisa como as categorias
de identidade, como gênero, raça, classe social e etnia, foram historicamente construídas e como elas se
relacionam com as transformações sociais, políticas e culturais.
O autor também aborda as mudanças ocorridas no campo da cultura e como elas afetam a construção das
identidades culturais. Ele discute as mudanças na mídia, como a televisão, a internet e as redes sociais, e
como elas permitem novas formas de representação e participação cultural.
Ao final, Hall propõe uma visão mais crítica e reflexiva sobre as identidades culturais, enfatizando a
importância da diversidade e da inclusão na formação de uma sociedade mais justa e igualitária. O livro é
voltado para estudiosos da cultura, pesquisadores das ciências sociais e humanidades, além de
interessados em questões de identidade, cultura e política.
Stuart Hall é frequentemente associado à Escola de Birmingham, um grupo de estudiosos britânicos que
se destacaram na área de estudos culturais, que se desenvolveu na Universidade de Birmingham, na
Inglaterra, durante os anos 1960 e 1970. A Escola de Birmingham concentrou-se na análise de como a
cultura popular e os meios de comunicação moldam a vida social e a identidade cultural das pessoas.
Stuart Hall, em particular, foi um dos principais teóricos da Escola de Birmingham e é conhecido por sua
contribuição para o desenvolvimento da teoria do discurso e da análise cultural.

< A Escola de Birmingham foi um grupo de teóricos britânicos que se destacaram no campo dos estudos
culturais nas décadas de 1960 e 1970. Alguns dos principais teóricos associados à Escola de Birmingham
incluem:
 Stuart Hall: um dos fundadores da Escola de Birmingham, Stuart Hall é conhecido por suas
contribuições para a teoria da cultura e para o estudo das relações entre cultura e poder. Ele
também é conhecido por suas análises das questões raciais e étnicas na sociedade britânica.
 Richard Hoggart: autor de "The Uses of Literacy", Hoggart é conhecido por suas análises da
cultura popular e sua relação com a vida cotidiana e a classe trabalhadora britânica.
 Raymond Williams: um dos fundadores da Escola de Birmingham, Williams é conhecido por
suas contribuições para o estudo da cultura e para a teoria da comunicação. No entanto, de forma
geral, Williams foi um importante teórico cultural marxista britânico, cujas obras influenciaram
significativamente os estudos culturais. Em seu livro "Cultura e Materialismo", ele argumenta
que a cultura é inseparável da economia e da materialidade, e que as práticas culturais são
moldadas pelas relações de poder e pelas forças econômicas em jogo. Williams argumenta que o
materialismo cultural deve considerar a interação dinâmica entre as estruturas materiais e
simbólicas da cultura. Williams também introduz a ideia de "estrutura de sentimento", que se
refere ao conjunto de sentimentos e emoções que emergem em uma determinada sociedade em
um determinado momento histórico. Essa abordagem se diferencia do conceito tradicional de
ideologia, que tende a se concentrar mais em ideias e crenças específicas. No geral, a obra de
Williams é valorizada pela sua crítica perspicaz ao capitalismo e à cultura de massa, bem como
pela sua preocupação com as condições materiais e históricas da produção cultural. No entanto,
alguns críticos argumentam que sua ênfase no materialismo pode obscurecer a importância de
questões culturais mais subjetivas, como identidade e subjetividade, e que sua teoria da estrutura
de sentimento pode ser vaga e difícil de aplicar. O autor Raymond Williams trata do conceito do
consumo cultural em seu livro "Cultura e Sociedade", publicado originalmente em 1958, e em
"Cultura e Materialismo", publicado em 1980. Em ambos os livros, Williams explora a
relação entre a cultura e a sociedade, e como o consumo cultural é influenciado pelas estruturas
sociais e econômicas. Além disso, ele discute a importância da cultura popular e sua relação com
o consumo. Raymond Williams entende o consumo como uma prática cultural que envolve o uso
e a apropriação de bens materiais e simbólicos. Ele argumenta que o consumo não é apenas uma
atividade econômica, mas também uma forma de produção de significados e valores culturais.
Segundo Williams, o consumo está ligado ao processo de modernização e à transformação das
relações sociais e culturais na sociedade contemporânea. Ele enfatiza a importância de analisar o
consumo em termos de sua relação com as estruturas de poder e as dinâmicas de classe, gênero e
etnia.
 Paul Willis: autor de "Aprendendo a ser trabalhador", Willis é conhecido por suas análises da
subcultura dos jovens operários e da escola como uma instituição reprodutora da hierarquia
social.
 Dick Hebdige: autor de "Subcultures: The Meaning of Style", Hebdige é conhecido por suas
análises das subculturas juvenis e sua relação com a cultura popular e a sociedade mais ampla.
OBRAS: Subculture: The Meaning of Style (1979) - neste livro, Hebdige explora a relação
entre juventude, música e moda, analisando como as subculturas surgem e se desenvolvem.
Hiding in the Light: On Images and Things (1988) - aqui, Hebdige discute a relação entre
imagens e objetos, examinando como a cultura material é usada para transmitir significados. Cut
'n' Mix: Culture, Identity and Caribbean Music (1987) - neste livro, Hebdige aborda a
cultura caribenha e como ela é expressa na música. Subculture and Style (1993) - este livro é
uma coletânea de ensaios sobre subculturas, incluindo os punks, mods e rastafáris. NThe
Meaning of Mandela (2010) - neste livro, Hebdige analisa o papel de Nelson Mandela na luta
contra o apartheid na África do Sul, e como sua imagem foi usada para transmitir significados
culturais.
Juntos, esses teóricos e outros associados à Escola de Birmingham ajudaram a desenvolver a teoria
crítica da cultura e a estabelecer a importância dos estudos culturais na compreensão das questões
sociais e políticas.
>

Hercovici, A. (1995). Economia da cultura e da comunicação: elementos para uma análise


socioeconômica da cultura no capitalismo avançado. Vitória: Edição Fundação Ceciliano de Abel
Almeida – UFES.
"Economia da Cultura e da Comunicação: Elementos para uma Análise Socioeconômica da Cultura no
Capitalismo Avançado" é um livro escrito por Alberto Hercovici e publicado em 1995 pela Edição
Fundação Ceciliano de Abel Almeida – UFES.
O livro aborda a relação entre economia, cultura e comunicação no contexto do capitalismo avançado.
Hercovici discute como a cultura e a comunicação se tornaram uma parte importante da economia
globalizada, influenciando as formas de produção e consumo de bens culturais.
O autor também analisa a dinâmica de mercado e os mecanismos de regulação da produção cultural,
como direitos autorais, subsídios estatais e políticas de incentivo à cultura. Ele discute as implicações
dessas políticas na distribuição de poder e recursos entre os diversos atores envolvidos na produção
cultural, como artistas, produtores, distribuidores e consumidores.
Além disso, o livro traz uma reflexão crítica sobre o papel da cultura na sociedade contemporânea,
abordando questões como o acesso à cultura, a diversidade cultural e a relação entre cultura e identidade.
Em suma, "Economia da Cultura e da Comunicação" é uma obra que apresenta uma abordagem
socioeconômica da cultura, fornecendo elementos para compreender a sua dinâmica e as transformações
ocorridas no contexto do capitalismo avançado. É indicado para estudiosos da cultura, economia e
comunicação, bem como para todos aqueles que desejam compreender o papel da cultura na sociedade
contemporânea.

Holt, D. B. (1998). Does Cultural Capital Structure American Consumption. Journal of Consumer
Research, vol. 37, june.
O artigo "Does Cultural Capital Structure American Consumption" de Douglas B. Holt, publicado em
1998 no Journal of Consumer Research, analisa a relação entre o capital cultural e o consumo nos Estados
Unidos. Holt argumenta que, além do capital econômico e social, o capital cultural também é um fator
importante que influencia o comportamento de consumo.
O autor começa o artigo discutindo a teoria do capital cultural de Pierre Bourdieu, que define o capital
cultural como um conjunto de recursos culturais que as pessoas possuem, como conhecimento,
habilidades, gostos e valores. Esses recursos são adquiridos através da socialização em um determinado
ambiente cultural e podem ser convertidos em capital econômico e social.
Holt apresenta evidências empíricas que suportam a ideia de que o capital cultural influencia o consumo
nos Estados Unidos. Ele argumenta que o capital cultural é uma forma de distinção social, que permite
que as pessoas se diferenciem dos outros através do consumo de bens culturais específicos. Essa distinção
social é importante porque as pessoas buscam reconhecimento e status social por meio do consumo.
O autor também discute como o capital cultural é distribuído desigualmente na sociedade americana e
como isso afeta o consumo. Ele argumenta que aqueles que têm mais capital cultural têm mais recursos
para consumir bens culturais que são considerados valiosos e que a falta de capital cultural pode levar à
exclusão social.
Em resumo, o artigo de Holt apresenta uma perspectiva sobre a influência do capital cultural no consumo
nos Estados Unidos, mostrando como esse fator pode ser uma forma importante de distinção social e
como sua distribuição desigual afeta o consumo e a exclusão social.
O artigo de Holt faz uma análise interessante e relevante sobre a influência do capital cultural no consumo
nos Estados Unidos, fornecendo evidências empíricas para suportar suas argumentações. Ele apresenta de
forma clara a teoria do capital cultural de Bourdieu e sua relação com o consumo.
No entanto, é importante ressaltar que o estudo se concentra apenas em uma sociedade específica e pode
não ser aplicável a outras culturas ou contextos sociais. Além disso, embora o autor aponte a distribuição
desigual do capital cultural como um fator de exclusão social, ele não aborda de forma mais aprofundada
as possíveis soluções para lidar com essa desigualdade.
Em suma, o artigo oferece insights valiosos sobre como o capital cultural influencia o consumo e a
exclusão social nos Estados Unidos, mas é importante considerar suas limitações em termos de
generalização para outras culturas e contextos sociais e a necessidade de se pensar em soluções para lidar
com a desigualdade na distribuição do capital cultural.

Holt, D. B. & Üstüner, T. (2010). Toward a Theory of Status Consumption in Less Industrialized
Countries. Journal of consumer research, vol. 37, june.
O artigo "Toward a Theory of Status Consumption in Less Industrialized Countries" de Douglas B. Holt e
Tuba Üstüner, publicado em 2010 no Journal of Consumer Research, tem como objetivo desenvolver uma
teoria sobre o consumo de status em países menos industrializados. O estudo é baseado em pesquisa de
campo em Istambul, na Turquia, e fornece insights sobre como a busca por status é expressa e negociada
em contextos culturais diferentes dos EUA.
Os autores argumentam que a busca por status é universal, mas que as formas pelas quais ela é expressa
variam de acordo com o contexto cultural. Eles apresentam o conceito de "comunalismo de status", que se
refere a como o status é negociado em sociedades em que as relações interpessoais são mais importantes
do que a distinção individual. Nesses contextos, o consumo de status pode se concentrar em bens e
serviços que beneficiam a comunidade como um todo, em vez de itens de luxo que beneficiam apenas o
indivíduo.
Embora o estudo forneça insights valiosos sobre como a busca por status pode ser expressa em contextos
culturais diferentes, há algumas limitações na análise. Uma das principais limitações é que a pesquisa se
concentra em um único contexto cultural, Istambul, e, portanto, é difícil generalizar os resultados para
outros países menos industrializados.
Além disso, os autores não discutem em detalhes as implicações práticas de sua teoria para as empresas
que operam em países menos industrializados. Eles sugerem que as empresas devem levar em
consideração as diferenças culturais ao desenvolver estratégias de marketing, mas não fornecem
orientações concretas sobre como isso pode ser feito.
Apesar dessas limitações, o artigo de Holt e Üstüner faz uma contribuição importante para o estudo do
consumo de status em contextos culturais diferentes dos EUA. Ele destaca a importância de entender
como as relações interpessoais e a comunidade influenciam a busca por status e sugere que as empresas
devem levar em consideração esses fatores ao desenvolver estratégias de marketing em países menos
industrializados.

Januzzi, P. (2003). Estratificação socioocupacional para estudos de mercado e pesquisa social no


Brasil. São Paulo: Perspec.[online], vol.17, n.3-4, pp. 247-254.
O artigo de Paulo Januzzi aborda a importância da estratificação socioocupacional para os estudos de
mercado e pesquisa social no Brasil. O autor começa destacando a relevância de se compreender a
estrutura social e ocupacional do país para entendermos os padrões de consumo e comportamento dos
consumidores.
Januzzi apresenta uma revisão teórica sobre a estratificação socioocupacional, enfatizando a importância
de diferentes critérios para sua classificação, como renda, ocupação, escolaridade e status ocupacional.
Ele destaca que a combinação desses critérios pode fornecer uma visão mais completa e precisa da
estrutura social de um país.
O autor também discute as limitações e desafios na aplicação da estratificação socioocupacional em
estudos de mercado e pesquisa social no Brasil. Ele destaca a dificuldade de se obter informações precisas
sobre a ocupação e renda dos indivíduos, bem como as mudanças frequentes na estrutura ocupacional do
país.
Embora o artigo apresente uma revisão teórica interessante sobre a estratificação socioocupacional e sua
aplicação em estudos de mercado e pesquisa social, algumas limitações podem ser observadas. Uma delas
é a falta de exemplos concretos e estudos de caso para ilustrar como a estratificação socioocupacional tem
sido utilizada no Brasil. Além disso, o artigo não aborda outras abordagens teóricas para entender a
estrutura social e ocupacional, o que poderia enriquecer a discussão.
Apesar dessas limitações, o artigo de Januzzi é relevante e pode ser útil para pesquisadores e profissionais
de marketing que desejam entender melhor a estrutura social e ocupacional do Brasil e sua influência no
comportamento do consumidor.

Kotler, P & Keller. K.L. (2005). Administração de Marketing. São Paulo: Atlas.
"Administração de Marketing" é um livro de referência na área de marketing, escrito pelos renomados
autores Philip Kotler e Kevin Lane Keller. O livro aborda os principais conceitos e estratégias de
marketing, apresentando exemplos e cases de empresas renomadas para ilustrar as teorias discutidas.
O livro está organizado em quatro partes principais: compreensão do mercado e dos consumidores;
criação de valor e gerenciamento de relacionamento com os clientes; estratégias de posicionamento e
diferenciação no mercado; e planejamento e gerenciamento das principais atividades de marketing.
Ao longo dos capítulos, os autores discutem tópicos como segmentação de mercado, pesquisa de
mercado, análise de concorrência, desenvolvimento de produtos, comunicação integrada de marketing,
precificação e gerenciamento de canais de distribuição.
O livro é voltado para estudantes e profissionais de marketing que desejam aprofundar seus
conhecimentos na área e aplicar as estratégias discutidas em suas organizações. Ele também é
amplamente utilizado como livro-texto em cursos de graduação e pós-graduação em marketing e
administração.

Martin-Barbero, J. (2001). Dos meios às mediações. Editora UFRJ, 2a ed: Rio de Janeiro.
O livro "Dos meios às mediações", de Jesús Martin-Barbero, publicado em 1987 e com uma segunda
edição em 2001, é uma obra fundamental para os estudos de comunicação e cultura. O autor propõe uma
análise das mediações culturais que ocorrem nos processos comunicativos, indo além da concepção
simplista de que os meios de comunicação são meros transmissores de informações.
O livro é dividido em três partes. Na primeira parte, o autor apresenta uma crítica à ideia de que a cultura
é homogênea e universal, argumentando que a cultura é diversa e plural, e que ela é produzida e
reproduzida em processos sociais e históricos específicos. Nessa parte, ele também discute a importância
da comunicação na produção e reprodução da cultura.
Na segunda parte, o autor analisa as mediações culturais, ou seja, os processos pelos quais a cultura é
transmitida, negociada e transformada nos diferentes contextos sociais. Ele destaca a importância dos
intermediários culturais, como jornalistas, editores, produtores, entre outros, que atuam como mediadores
entre a produção e o consumo cultural.
Na terceira parte, o autor discute a relação entre comunicação e cultura nas sociedades latino-americanas,
mostrando como as mediações culturais são específicas e como elas refletem as desigualdades sociais e
culturais presentes na região.
Uma das principais contribuições do livro é a ideia de que a comunicação é um processo de mediação
cultural que ocorre em contextos específicos, e que os intermediários culturais são fundamentais nesse
processo. Além disso, o autor destaca a importância da cultura e da comunicação na construção das
identidades individuais e coletivas.
No entanto, é importante ressaltar que o livro apresenta algumas limitações. Em primeiro lugar, sua
abordagem é centrada nas sociedades latino-americanas, o que pode limitar sua aplicação em outras
regiões do mundo. Além disso, a obra é densa e complexa, o que pode tornar a leitura difícil para aqueles
que não têm conhecimento prévio sobre os temas abordados.
Em resumo, o livro "Dos meios às mediações" é uma obra fundamental para os estudos de comunicação e
cultura, destacando a importância das mediações culturais e dos intermediários culturais no processo
comunicativo. No entanto, sua abordagem centrada na América Latina e sua densidade podem ser
limitações para alguns leitores.

Marx, K. (1985). O Capital: crítica da economia política. São Paulo: Nova Cultural.
O livro "O Capital" de Karl Marx, publicado em 1867, é uma obra fundamental na história do pensamento
econômico e social. A obra é composta por três volumes, sendo o primeiro o mais conhecido e o mais
estudado.
Marx desenvolve uma crítica ao sistema capitalista, analisando as relações entre os proprietários dos
meios de produção e os trabalhadores assalariados. Ele argumenta que a exploração do trabalho humano é
a base do sistema capitalista e que o valor dos produtos é determinado pelo valor do trabalho incorporado
neles.
Além disso, Marx discute a lei da oferta e da procura e a competição no mercado capitalista. Ele
argumenta que a competição leva à concentração de capital em poucas mãos e à formação de monopólios,
o que resulta em preços mais altos para os consumidores e em salários mais baixos para os trabalhadores.
Embora a obra tenha sido fundamental para a compreensão do sistema capitalista e suas contradições, ela
também recebeu críticas. Algumas críticas apontam para a falta de uma análise mais detalhada sobre
como o sistema poderia ser reformado ou substituído. Outras críticas apontam para a suposição de Marx
de que os trabalhadores teriam interesses comuns e que estes seriam antagônicos aos interesses dos
proprietários dos meios de produção.
No geral, "O Capital" é uma obra importante para o entendimento do sistema capitalista e suas
consequências sociais, econômicas e políticas. No entanto, é importante reconhecer que sua análise é
limitada e que outras perspectivas podem ser necessárias para uma compreensão mais completa do
sistema e possíveis alternativas.

Mattoso, C. Q. (2013). A posição social, sua influência no consumo da base da pirâmide e a adoção
de um novo modelo de estratificação social. Revista PMKT, vol. 4, abril.
O artigo de Claudia Mattoso intitulado "A posição social, sua influência no consumo da base da pirâmide
e a adoção de um novo modelo de estratificação social" publicado na Revista PMKT em abril de 2013,
apresenta uma análise da relação entre a posição social e o consumo na base da pirâmide no Brasil.
O texto começa com uma revisão bibliográfica sobre a teoria da estratificação social, discutindo as
abordagens tradicionais de classificação social e apresentando um novo modelo baseado em quatro
dimensões: acesso, posse, consumo e identidade.
A autora argumenta que a posição social influencia significativamente o consumo na base da pirâmide,
que é composta por pessoas de baixa renda. Ela destaca que a adoção de novas tecnologias, a compra de
bens duráveis e o consumo de produtos de maior valor agregado, são influenciados pela posição social
dos indivíduos.
Mattoso também analisa a adoção de um novo modelo de estratificação social baseado nas quatro
dimensões mencionadas anteriormente. Ela argumenta que essa nova abordagem é mais adequada para
entender a complexidade da sociedade contemporânea e que pode contribuir para a criação de estratégias
mais eficazes de marketing e comunicação dirigidas à base da pirâmide.
No entanto, a análise crítica do artigo sugere que o modelo proposto por Mattoso é pouco claro e
apresenta algumas limitações conceituais e metodológicas. Por exemplo, a autora não apresenta critérios
claros para a definição de cada dimensão do modelo proposto, nem apresenta dados empíricos para
demonstrar a eficácia da nova abordagem.
Além disso, o artigo não considera a influência de outros fatores sociais e culturais no consumo da base
da pirâmide, como a influência da cultura de consumo e as relações de poder e subordinação presentes na
sociedade brasileira.
Em resumo, o artigo de Claudia Mattoso apresenta uma análise interessante sobre a relação entre posição
social e consumo na base da pirâmide, mas apresenta limitações conceituais e metodológicas. A
abordagem proposta pode ser útil para entender a complexidade da sociedade contemporânea, mas é
necessária uma análise mais aprofundada para avaliar sua eficácia.

Mattar, F. N. (1995). Estudo sobre a estratificação social para utilização em marketing. Revista de
Administração, São Paulo v.30, n.1, p. 57-74, janeiro/março.
O artigo "Estudo sobre a estratificação social para utilização em marketing" de Fernando N. Mattar,
publicado em 1995 na Revista de Administração, apresenta uma análise da estratificação social brasileira
com o objetivo de fornecer informações relevantes para a tomada de decisões em marketing.
O autor utiliza dados do Censo Demográfico de 1991 para descrever as características socioeconômicas
da população brasileira e propõe uma classificação de quatro estratos sociais: A, B, C e D/E, baseada em
critérios como renda, escolaridade e ocupação.
Mattar argumenta que a estratificação social é importante para entender o comportamento do consumidor
e a demanda por produtos e serviços. Ele sugere que as empresas devem adaptar suas estratégias de
marketing para atender às necessidades e desejos dos diferentes estratos sociais.
Apesar de apresentar uma análise detalhada da estratificação social brasileira, o artigo tem algumas
limitações. Primeiramente, a pesquisa foi baseada em dados do Censo Demográfico de 1991, o que
significa que as informações apresentadas podem não refletir a realidade atual. Além disso, a
classificação proposta por Mattar pode ser considerada simplista e não levar em conta as diferentes
realidades regionais e culturais do país.
Outra crítica que pode ser feita ao artigo é o fato de que o autor não discute a relação entre a estratificação
social e as desigualdades socioeconômicas do Brasil. A falta de uma análise crítica das condições que
levam à desigualdade social pode limitar a aplicação das conclusões do artigo para a promoção da justiça
social.
Em resumo, o artigo de Mattar apresenta uma análise da estratificação social brasileira com foco em sua
aplicação para o marketing. Embora ofereça informações relevantes para a tomada de decisões em
marketing, o artigo apresenta algumas limitações, como a falta de atualização dos dados e a falta de uma
análise crítica das desigualdades socioeconômicas do Brasil.

McCracken, G. (2003). Cultura e consumo. Rio de Janeiro: Mauad Editora.


O livro "Cultura e Consumo" de Grant McCracken aborda a relação entre a cultura e o consumo na
sociedade contemporânea. McCracken argumenta que o consumo é uma forma de expressão cultural e
que as marcas são símbolos culturais que comunicam significados aos consumidores. Ele também discute
como as culturas de consumo se formam e evoluem, e como as marcas e os produtos se tornam parte
integrante da vida cotidiana das pessoas.
Uma das principais contribuições do livro é a abordagem de McCracken sobre a importância da cultura na
construção de significados para os produtos e marcas. Ele argumenta que os produtos e marcas não têm
significados fixos e que seu significado é criado através das interações entre os consumidores e a cultura.
Além disso, ele discute como os consumidores usam os produtos e marcas para expressar sua identidade e
para se conectar com outros grupos culturais.
Outra contribuição importante do livro é a análise de McCracken sobre como as marcas se tornaram
símbolos culturais na sociedade contemporânea. Ele discute como as marcas comunicam valores e
significados culturais aos consumidores e como as empresas usam as marcas para se diferenciar dos
concorrentes. Ele também aborda como as marcas se tornaram parte integrante da vida cotidiana das
pessoas, e como a identificação com as marcas pode ser usada como uma forma de construir relações
sociais.
Apesar de suas contribuições, o livro apresenta algumas limitações. Em primeiro lugar, ele se concentra
principalmente na cultura de consumo dos Estados Unidos, o que pode limitar sua aplicação a outras
culturas. Além disso, algumas das ideias do autor podem parecer um pouco simplistas ou idealizadas,
como a ideia de que as marcas são símbolos culturais que comunicam significados universais.
Em resumo, o livro "Cultura e Consumo" de Grant McCracken oferece uma perspectiva interessante e
importante sobre a relação entre a cultura e o consumo na sociedade contemporânea. Apesar de suas
limitações, é uma leitura valiosa para aqueles que desejam entender melhor como os produtos e marcas se
tornaram parte integrante da vida cotidiana e como as culturas de consumo se formam e evoluem.

Neri, M. C.; A Nova Classe Média: O lado brilhante dos pobres. Rio de Janeiro: FGV/IBRE, 2010.
O livro "A Nova Classe Média: O lado brilhante dos pobres", de Marcelo Neri, é uma obra que busca
compreender o fenômeno da ascensão da classe média no Brasil, a partir da análise de dados e estatísticas.
O autor argumenta que a ascensão da classe média é um fenômeno positivo, que traz melhorias para a
sociedade como um todo. Neri aponta que a expansão do consumo, a melhoria dos indicadores de
educação e a redução da pobreza são alguns dos benefícios da ascensão da classe média.
No entanto, o livro apresenta algumas limitações em sua análise. Uma das críticas é que a definição de
classe média utilizada pelo autor é bastante ampla, incluindo desde pessoas com renda mensal de R$ 291
a R$ 1.019 até aquelas com renda de R$ 4.807 a R$ 8.389. Essa ampla definição pode dificultar a
compreensão das diferenças entre as diferentes camadas da classe média.
Além disso, o livro apresenta uma visão muito otimista sobre a ascensão da classe média, sem analisar as
possíveis limitações e desafios que esse processo pode apresentar. O autor também não aborda as
questões de desigualdade social e distribuição de renda que ainda persistem no país.
Por fim, é importante ressaltar que, embora o livro traga uma importante contribuição para a compreensão
da ascensão da classe média no Brasil, é preciso levar em conta que a análise do fenômeno não pode se
restringir apenas aos aspectos econômicos, mas deve levar em consideração as questões sociais e culturais
que envolvem essa classe social.

O’Dougherty, M. (2002). Consumption Intensified: The Politics of Middle-Class Life in Brazil,


Chapel Hill, NC: Duke University Press.
"Consumption Intensified: The Politics of Middle-Class Life in Brazil" é um livro que oferece uma
análise sobre o papel do consumo na construção da identidade e da posição social da classe média
brasileira. A autora, Margaret O'Dougherty, argumenta que o consumo se tornou uma forma de
demonstrar a posição social, a identidade e a adesão à cultura de massa por parte da classe média no
Brasil.
A obra é bem estruturada, com uma narrativa clara e exemplos convincentes para ilustrar suas afirmações.
A autora se baseia em pesquisa de campo e em entrevistas para demonstrar como a classe média brasileira
utiliza o consumo para estabelecer sua posição social e para reforçar sua identidade cultural.
No entanto, uma possível crítica a este livro é que a autora parece se concentrar demais nas experiências
da classe média alta e média alta, deixando de lado a realidade de outros segmentos da classe média e das
camadas mais pobres da sociedade. Além disso, algumas das afirmações da autora parecem generalizadas
e simplificadas demais, desconsiderando as complexidades e nuances das práticas de consumo.
Em resumo, "Consumption Intensified: The Politics of Middle-Class Life in Brazil" é um livro
interessante e bem escrito que oferece insights valiosos sobre o papel do consumo na sociedade brasileira.
No entanto, a obra pode ser criticada por enfatizar demais as experiências da classe média alta e por
simplificar as complexidades das práticas de consumo no Brasil.

Rocha, E. (2000). Totem e consumo: um estudo antropológico de anúncios publicitários. Alceu, v.1,
n.1.
O artigo "Totem e consumo: um estudo antropológico de anúncios publicitários", de Eduardo Rocha,
publicado na revista Alceu em 2000, apresenta uma análise antropológica dos anúncios publicitários,
argumentando que eles possuem uma dimensão simbólica que remete a elementos do totemismo nas
sociedades tradicionais.
O autor começa o artigo discutindo a teoria do totemismo, que é uma forma de organização social em que
os membros de um grupo se identificam com um animal ou objeto sagrado, que é considerado um
símbolo da unidade do grupo. Rocha argumenta que essa dimensão simbólica do totemismo é presente
nos anúncios publicitários, que utilizam símbolos para representar valores e crenças das sociedades
contemporâneas.
O autor apresenta evidências empíricas de anúncios publicitários para ilustrar sua argumentação,
mostrando como eles utilizam símbolos que remetem a elementos do totemismo, como a figura do animal
sagrado ou a representação de um objeto que é considerado valioso. Ele também discute como esses
símbolos são utilizados para reforçar identidades sociais e culturais, criando uma conexão entre os
consumidores e os produtos anunciados.
Em geral, o artigo de Rocha apresenta uma perspectiva interessante e inovadora para a análise dos
anúncios publicitários, ao destacar sua dimensão simbólica e a conexão com elementos do totemismo. No
entanto, uma crítica possível ao artigo é que ele se concentra em uma análise mais descritiva e
interpretativa, sem discutir as implicações políticas e econômicas desses processos simbólicos na
sociedade contemporânea. Além disso, o artigo poderia ter se beneficiado de uma análise mais
aprofundada dos contextos sociais e históricos em que os anúncios publicitários são produzidos e
consumidos.
Scalon, C & Salata, A. (2012). Uma nova classe média no Brasil da última década o debate a partir
da perspectiva sociológica. Revista Sociedade e Estado, v. 27, n. 2, 2012.
O artigo "Uma nova classe média no Brasil da última década o debate a partir da perspectiva
sociológica" de Scalon e Salata, publicado na Revista Sociedade e Estado em 2012, tem como objetivo
discutir o surgimento da nova classe média brasileira, apresentando diferentes perspectivas teóricas e
dados empíricos que permitem compreender as transformações sociais e econômicas ocorridas nas
últimas décadas no país.
Os autores iniciam o artigo apresentando os principais debates em torno da nova classe média no Brasil,
abordando desde a definição do conceito de classe até a discussão sobre a forma como essa nova classe se
constituiu e como ela se relaciona com os grupos sociais mais ricos e mais pobres.
Em seguida, os autores apresentam uma revisão crítica da literatura sobre o tema, destacando as principais
perspectivas teóricas e os principais estudos empíricos que analisam as transformações sociais e
econômicas ocorridas no Brasil nas últimas décadas.
Os autores também discutem as principais mudanças ocorridas no mercado de trabalho, a expansão do
acesso à educação e a importância do consumo como fator de ascensão social da nova classe média.
No entanto, apesar de apresentar uma revisão crítica da literatura sobre o tema, o artigo não aprofunda a
análise dos dados empíricos e das diferentes perspectivas teóricas, deixando de explorar mais
profundamente algumas das contradições e limitações do conceito de nova classe média e suas
implicações políticas e sociais.
Além disso, o artigo se concentra principalmente na análise das mudanças ocorridas nas últimas décadas,
deixando de lado a discussão sobre as perspectivas futuras e os desafios enfrentados pela nova classe
média diante de um contexto de instabilidade econômica e política.
Em resumo, o artigo de Scalon e Salata apresenta uma revisão crítica da literatura sobre a nova classe
média no Brasil, mas peca na falta de aprofundamento das análises empíricas e teóricas, e na discussão
dos desafios futuros que essa nova classe média enfrenta.

Silva, A. (2008). Consumo de produtos culturais em São Paulo: Uma análise dos fatores antecedente
e proposta de modelo. São Paulo: USP, 2008. 210 p. Tese - (doutorado) Programa de pós-graduação
em administração, Universidade de São Paulo, São Paulo.
O estudo realizado por Silva (2008) apresenta uma análise sobre os fatores antecedentes do consumo de
produtos culturais na cidade de São Paulo, bem como uma proposta de modelo que busca compreender
esse fenômeno. A tese é baseada em uma pesquisa de campo que coletou dados por meio de questionários
aplicados a uma amostra representativa da população paulistana.
Um ponto positivo do trabalho é o fato de que o autor apresenta uma discussão aprofundada sobre o
conceito de consumo cultural e a importância desse tema para as Ciências Sociais. Além disso, a pesquisa
de campo realizada é um ponto forte da tese, pois permite que o autor apresente uma análise empírica dos
fatores que influenciam o consumo de produtos culturais em São Paulo.
No entanto, algumas limitações podem ser apontadas. Uma delas é o fato de que o estudo se concentra
apenas na cidade de São Paulo, o que limita a generalização dos resultados para outras realidades
culturais brasileiras. Além disso, o modelo proposto por Silva (2008) para explicar o consumo cultural
pode ser considerado um pouco simplista e não abordar todas as complexidades do fenômeno.
De maneira geral, a tese de Silva (2008) apresenta uma contribuição importante para o estudo do
consumo cultural no Brasil, embora apresente algumas limitações que precisam ser consideradas.
(ANÁLISE DEDICADA DA BIBLIOGRAFIA DESTA TESE)

Silveira, F. G; Servo, L. M.; Menezes, T. & Piola, S. (2009). Gasto e consumo das famílias
brasileiras contemporâneas. Instituto de Pesquisas Aplicadas. Brasília – IPEA.
O estudo realizado por Silveira, Servo, Menezes e Piola (2009) apresenta uma análise sobre o gasto e
consumo das famílias brasileiras contemporâneas, com o objetivo de mapear o perfil das despesas
familiares, além de identificar as mudanças ocorridas no padrão de consumo nos últimos anos.
De forma geral, o estudo apresenta uma boa fundamentação teórica, utilizando dados de diversas fontes
para embasar suas análises. Os autores apresentam uma visão ampla do contexto socioeconômico do país
e como isso impacta no consumo das famílias. Além disso, o estudo apresenta dados interessantes sobre a
distribuição de renda e a relação com o consumo, mostrando como as famílias de baixa renda têm uma
parcela maior de gastos com alimentos, enquanto as famílias de renda mais alta gastam mais em
educação, transporte e lazer.
No entanto, apesar de apresentar uma boa análise sobre os dados coletados, o estudo poderia ter
explorado mais profundamente algumas questões, como, por exemplo, o impacto da globalização na
mudança do padrão de consumo das famílias. Além disso, a pesquisa se concentra em dados agregados e
não aborda questões culturais e simbólicas envolvidas no consumo das famílias, o que poderia trazer uma
perspectiva mais ampla sobre o tema.
No geral, apesar das limitações, o estudo de Silveira, Servo, Menezes e Piola (2009) é uma contribuição
importante para o entendimento do consumo das famílias brasileiras contemporâneas, trazendo dados e
análises relevantes para o debate sobre o assunto.

Simmel, G. (1904) Fashion: International Quarterly, 10(1), October 1904, pp. 130-155, reprinted in
American Journal of Sociology, 62(6), May 1957, pp. 541-558
Em "Moda" (1904), Georg Simmel apresenta uma análise sociológica do fenômeno da moda, traçando
seu desenvolvimento histórico e explorando sua significância cultural. Embora o trabalho de Simmel seja
amplamente considerado um clássico da literatura sociológica, há várias críticas que podem ser feitas à
sua abordagem.
Uma limitação da análise de Simmel é que ela se concentra muito nas dimensões culturais e psicológicas
da moda, sem dar muita atenção às suas dimensões econômicas e políticas. Simmel observa que a moda é
impulsionada por um desejo de distinção e diferenciação social, mas não considera como a moda também
é moldada pelos interesses da indústria da moda, ou como está implicada em sistemas maiores de poder e
desigualdade.
Outra crítica ao trabalho de Simmel é que ele tende a essencializar a moda, tratando-a como um
fenômeno atemporal e universal. Embora Simmel reconheça que a moda é historicamente contingente e
varia em diferentes sociedades, ele não se envolve completamente com as maneiras pelas quais a moda é
culturalmente específica e sujeita a mudanças ao longo do tempo. Além disso, a análise de Simmel tende
a assumir uma visão monolítica e homogênea da moda, ignorando as maneiras pelas quais a moda é
contestada e diversa.
Finalmente, alguns estudiosos criticaram a análise de Simmel por enfatizar as dimensões individualistas e
subjetivas da moda, em detrimento dos aspectos mais coletivos e sociais. Embora Simmel reconheça que
a moda é um fenômeno social que envolve significados e práticas coletivas, ele tende a se concentrar nas
maneiras pelas quais a moda permite que os indivíduos expressem sua individualidade e identidade.
Em geral, embora o trabalho de Simmel sobre moda continue sendo influente no campo da sociologia, é
importante avaliar criticamente sua abordagem e reconhecer suas limitações e tendências.
Georg Simmel é geralmente considerado um dos principais representantes da Escola de Sociologia de
Chicago, mas ele também é associado à Escola Sociológica Alemã e ao Interacionismo Simbólico.

Simmel, G. (1969). Cultura feminina. Lisboa: Galeria Panorama.


O livro "Cultura Feminina" de Georg Simmel, publicado postumamente em 1969, é considerado uma
importante contribuição para o campo dos estudos de gênero. No entanto, sua abordagem também recebe
críticas.
Uma das limitações da análise de Simmel é que ela se concentra muito na essencialização das diferenças
entre homens e mulheres. O trabalho de Simmel tende a pressupor uma compreensão binária de gênero,
sem explorar completamente as complexidades da identidade e expressão de gênero. Além disso, a
análise de Simmel tende a reforçar os papéis e expectativas de gênero tradicionais, retratando as mulheres
como mais emocionais e intuitivas, enquanto os homens são retratados como mais racionais e objetivos.
Outra crítica ao trabalho de Simmel é que ele tende a ignorar o papel do poder e da desigualdade na
formação das relações de gênero. Embora Simmel reconheça que o gênero é uma construção social e que
as mulheres historicamente foram subordinadas aos homens, ele não explora completamente as maneiras
pelas quais o gênero está implicado em sistemas mais amplos de opressão e dominação. Além disso, a
análise de Simmel tende a negligenciar as maneiras pelas quais raça, classe e outras identidades
interseccionais moldam as experiências das mulheres.
Finalmente, alguns estudiosos criticam a análise de Simmel por sua ênfase na agência e escolha
individual, em detrimento das limitações e restrições estruturais. Embora Simmel reconheça que as
mulheres são moldadas por forças sociais e culturais, ele tende a se concentrar nas maneiras pelas quais as
mulheres exercem agência e criatividade na navegação dessas restrições.
Em resumo, embora o trabalho de Simmel sobre gênero seja influente no campo da sociologia, é
importante avaliar criticamente sua abordagem e reconhecer suas limitações e tendências tendenciosas. É
especialmente importante reconhecer as maneiras pelas quais o gênero é moldado pelo poder e
desigualdade e explorar as complexidades da identidade e expressão de gênero.
Para Georg Simmel, o consumo é uma atividade que não está apenas ligada à satisfação das necessidades,
mas também tem um papel importante na construção da identidade e no relacionamento social. Segundo
ele, o consumo é um processo de diferenciação social, em que as pessoas usam produtos e bens para se
distinguirem das outras e afirmarem sua posição na hierarquia social. Para Simmel, o consumo é uma
forma de expressão simbólica da individualidade e da personalidade, além de ser uma forma de
comunicação entre as pessoas. Ele argumenta que o consumo é uma forma de estabelecer uma relação
entre a pessoa e o mundo, tornando-se assim uma parte importante da vida social e cultural.
Georg Simmel desenvolveu suas teorias sobre consumo em diferentes obras. Algumas das mais
importantes incluem:
 A Filosofia do Dinheiro (1900)
 As Metrópoles e a Vida Mental (1903)
 A Tragédia da Cultura (1911)
 Sociologia: Estudos sobre as Formas de Socialização (1914)
Nestes livros, Simmel aborda questões relacionadas ao papel do consumo na vida social e cultural, a
relação entre dinheiro e valor, e a influência das metrópoles na vida mental dos indivíduos. Suas ideias
influenciaram significativamente o desenvolvimento da sociologia do consumo e ainda são amplamente
discutidas e estudadas na área.

Slater, D. (2002). Cultura, consumo e modernidade. São Paulo: Nobel.


O livro "Cultura, Consumo e Modernidade" de Daniel Slater discute como o consumo se tornou um
elemento fundamental da cultura contemporânea, moldando nossa identidade, valores e relações sociais.
O autor argumenta que o consumo se tornou uma forma de expressão cultural, criando identidades e
comunidades baseadas em marcas, estilos e estilos de vida.
Slater também examina o papel do consumo na construção da modernidade, discutindo como o consumo
se tornou uma força motriz do desenvolvimento econômico e tecnológico, bem como uma fonte de
inovação cultural. O autor também discute as implicações políticas e sociais do consumo, argumentando
que o consumismo excessivo pode levar a um esgotamento dos recursos naturais e a uma desigualdade
social crescente.
Por fim, o livro discute as possíveis implicações do consumo para o futuro da sociedade. Slater argumenta
que o consumo pode ser um meio para a criação de uma sociedade mais inclusiva e diversa, mas também
pode reforçar a desigualdade e a exclusão social. O autor conclui que, para aproveitar ao máximo o
potencial positivo do consumo, é necessário uma abordagem mais crítica e consciente, que leve em
consideração as implicações sociais, culturais e ambientais do consumo.
O livro "Cultura, Consumo e Modernidade" de Daniel Slater é uma obra seminal na área dos estudos
culturais e do consumo, mas também possui algumas críticas em relação à sua abordagem.
Uma limitação da análise de Slater é que ela tende a homogeneizar a noção de cultura, tratando-a como
uma entidade unificada e estática. Ele enfatiza a cultura como um processo de produção de significado,
mas não leva em consideração as múltiplas formas de cultura e sua diversidade, ignorando as diferenças
culturais e as tensões entre elas.
Outra crítica à obra de Slater é que ela tende a reificar o consumo como um processo universal e
homogêneo, negligenciando as desigualdades econômicas e sociais que afetam a forma como as pessoas
consomem. Além disso, Slater não leva em consideração a complexidade dos desejos e práticas de
consumo, não considerando que o consumo pode ser usado como uma forma de resistência e expressão de
identidades subalternas.
Finalmente, alguns estudiosos questionam o foco excessivo de Slater na análise de produtos e marcas,
negligenciando outras dimensões importantes do consumo, como a experiência, a emoção e as relações
sociais que ocorrem durante o processo de consumo.
Apesar dessas críticas, o livro de Slater é uma importante contribuição para a compreensão do papel do
consumo na sociedade contemporânea e tem sido amplamente utilizado por estudiosos da área. No
entanto, é importante reconhecer as limitações e viéses da abordagem de Slater e buscar uma abordagem
mais crítica e contextualizada do consumo na cultura e na sociedade.
Daniel Slater é um sociólogo britânico, especializado em estudos culturais e consumo. Ele é professor de
Sociologia na Goldsmiths, University of London. Entre suas obras mais conhecidas estão "Consumer
Culture and Modernity" (2002) e "The Consumer Society: Myths and Structures" (1997). Slater também é
co-editor do livro "The Routledge Companion to Consumer Culture" (2014). Daniel Slater não está
associado a uma escola sociológica específica, pois sua obra é caracterizada pela incorporação de diversas
perspectivas teóricas. Ele utiliza conceitos de autores como Weber, Bourdieu, Simmel, Marx, Goffman e
Foucault para analisar fenômenos sociais contemporâneos, como consumo, cultura e mídia. Além disso,
sua abordagem é interdisciplinar, incluindo contribuições de áreas como psicologia social, antropologia e
estudos culturais.
Algumas das obras do autor Daniel Slater sobre consumo e cultura são:
Consumer Culture and Modernity (1997) - o livro explora as conexões entre cultura do consumo e
modernidade, analisando como o consumo se tornou um componente central da vida social na era
moderna.
The Pursuit of Loneliness: American Culture at the Breaking Point (1970) - neste livro, Slater
examina as raízes da alienação e solidão na cultura americana, argumentando que o individualismo
extremo e o consumismo são responsáveis por esses problemas. "The Pursuit of Loneliness: American
Culture at the Breaking Point" é um livro de Daniel Slater publicado em 1970 que analisa a cultura
americana e sua crescente obsessão pela solidão e individualismo. Slater argumenta que a busca pela
felicidade individual está corroendo os laços sociais e criando uma sociedade fragmentada e solitária.

Slater traça a história da cultura americana desde seus primórdios, apontando para a ênfase na
independência e na realização pessoal como valores centrais que têm levado a um declínio na comunidade
e no senso de pertencimento social. Ele examina a influência da cultura de massa e dos meios de
comunicação de massa, bem como o papel da psicologia na promoção do individualismo e da auto-
exploração.

Embora o livro tenha sido escrito há mais de 50 anos, muitas das questões que Slater levanta ainda são
relevantes hoje em dia, especialmente no contexto da crescente polarização política e social e das
desigualdades econômicas cada vez mais acentuadas. No entanto, algumas das análises de Slater foram
criticadas por serem simplistas demais ou por generalizar demais a cultura americana.

No geral, "The Pursuit of Loneliness" é um livro provocativo e bem escrito que levanta questões
importantes sobre a cultura americana e sua relação com a solidão e o individualismo. Apesar de suas
limitações, continua sendo uma leitura valiosa para quem se interessa em entender a cultura americana e
seus efeitos na sociedade.
Cultura, consumo e modernidade (2002) - nesta obra, o autor discute como o consumo se tornou uma
forma de cultura em si, e como a cultura do consumo está mudando a natureza da sociedade moderna. O
livro "Cultura, consumo e modernidade" (2002) de Daniel Slater é uma obra que explora as interações
entre cultura, consumo e identidade na sociedade moderna. O autor argumenta que o consumismo se
tornou uma parte integral da cultura e da identidade do indivíduo, e que isso tem consequências
significativas para a sociedade em geral.

Slater inicia o livro explorando a natureza da cultura e do consumo, argumentando que ambos estão
intimamente relacionados e que ambos têm um papel importante na formação da identidade do indivíduo.
Ele descreve como a cultura de consumo se espalhou para todos os aspectos da vida, incluindo o trabalho,
o lazer e até mesmo a religião.

Ao longo do livro, Slater também analisa os efeitos do consumismo na sociedade, argumentando que ele
tem um papel importante no reforço da desigualdade social e na criação de um mundo cada vez mais
fragmentado. Ele discute como a cultura de consumo cria um senso de individualismo que pode levar a
um sentimento de solidão e isolamento social.

Embora o livro ofereça uma visão interessante sobre as interações entre cultura, consumo e identidade,
algumas críticas podem ser feitas. Algumas análises de Slater são vagas e superficiais, e ele falha em
oferecer soluções concretas para os problemas que ele identifica. Além disso, em alguns momentos, ele
parece generalizar demais sobre a cultura de consumo, não levando em conta as diferenças culturais e
econômicas em diferentes partes do mundo.

No geral, "Cultura, consumo e modernidade" é uma leitura interessante e relevante para aqueles
interessados em entender a cultura de consumo e sua influência na sociedade contemporânea. No entanto,
é importante ler com um olhar crítico e avaliar as análises de Slater com cuidado.
Contemporary Social and Sociological Theory: Visualizing Social Worlds (2017) - nesta obra, Slater
e outros autores apresentam uma introdução abrangente às principais teorias sociológicas
contemporâneas, incluindo teorias sobre cultura e consumo. O livro "Contemporary Social and
Sociological Theory: Visualizing Social Worlds" de Daniel Slater é uma obra que apresenta uma visão
panorâmica das principais teorias sociais e sociológicas contemporâneas, com destaque para as teorias
críticas e pós-estruturalistas.
O livro se divide em quatro partes: "Teorias Sociológicas Clássicas", "Teorias Sociológicas
Contemporâneas", "Teorias Críticas" e "Teorias Pós-estruturalistas". Cada parte contém capítulos que
apresentam as principais ideias e conceitos de cada teoria, além de contextualizá-las historicamente e
relacioná-las com outras teorias.
Uma das principais contribuições do livro é a forma como Slater consegue explicar teorias complexas de
maneira clara e acessível, tornando o livro uma boa opção tanto para estudantes de graduação como para
pós-graduação. Além disso, o livro é bastante atualizado e inclui debates e discussões contemporâneas,
tornando-o relevante para o contexto atual.
No entanto, é importante ressaltar que o livro é mais uma obra de síntese do que uma contribuição
original para a teoria sociológica. Portanto, para aqueles que já têm um bom conhecimento prévio das
teorias sociológicas, o livro pode não trazer muitas novidades. Além disso, algumas teorias podem ser
abordadas de maneira superficial, o que pode ser um ponto negativo para aqueles que desejam
aprofundar-se em uma teoria específica. No geral, o livro "Contemporary Social and Sociological Theory:
Visualizing Social Worlds" é uma obra interessante e útil para aqueles que desejam ter uma visão ampla
das principais teorias sociológicas contemporâneas, mas não deve ser encarado como uma obra definitiva
sobre as teorias apresentadas.
Missing Links: In Search of Human Origins (1993) - embora este livro não seja especificamente sobre
consumo e cultura, é uma obra influente do autor que explora as origens evolutivas da humanidade e pode
oferecer insights interessantes para aqueles interessados na relação entre cultura e comportamento
humano.

Solomon, M. R.(2002). O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 5. ed.


Porto Alegre: Bookman.
O livro "O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo" de Michael R. Solomon, em
sua 5ª edição, explora as complexidades do comportamento do consumidor em relação à compra, posse e
identidade. O autor apresenta os principais conceitos e teorias da área, discutindo a influência de fatores
pessoais, sociais e culturais no processo de tomada de decisão do consumidor.
Solomon analisa os diferentes tipos de compradores e como eles se relacionam com os produtos e marcas,
bem como o papel das emoções e percepções na escolha de produtos. Além disso, o autor aborda a
importância da publicidade, propaganda e promoção de vendas na formação das atitudes do consumidor.
Outro ponto explorado no livro é a relação entre consumo e identidade, como as escolhas de compra e
posse dos indivíduos refletem sua autoimagem e status social. Solomon também discute a influência da
cultura de consumo na sociedade contemporânea e as implicações éticas e sociais do consumo excessivo e
irresponsável.
Em suma, "O comportamento do consumidor" é uma obra fundamental para entender como os
consumidores tomam decisões de compra e como as empresas e marcas podem se adaptar para atender às
necessidades e desejos do mercado.
"O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo" é um livro amplamente utilizado em
cursos de marketing e comportamento do consumidor, que busca explorar os processos cognitivos,
emocionais e sociais envolvidos no ato de consumo. No entanto, há algumas críticas que podem ser feitas
à obra.
Uma crítica é que o livro tende a apresentar uma visão essencialista e individualista do comportamento do
consumidor, enfatizando as diferenças individuais e psicológicas entre os consumidores em detrimento
das influências sociais e culturais. Além disso, o autor pode negligenciar o papel das desigualdades
estruturais na determinação dos padrões de consumo.
Outra crítica é que o livro pode reforçar estereótipos de gênero e enfatizar as diferenças de gênero, em vez
de reconhecer as intersecções com outras categorias sociais. As mulheres, por exemplo, são
frequentemente apresentadas como consumidoras emocionais e preocupadas com a aparência física,
enquanto os homens são retratados como racionais e orientados para a realização de objetivos.
Finalmente, a obra pode enfatizar demais a importância do consumo como meio de autoexpressão e
identidade pessoal, negligenciando a importância do consumo coletivo e das lutas sociais pela justiça
econômica. Além disso, o livro pode limitar-se a uma visão de consumo como algo que ocorre em um
contexto de mercado, negligenciando outras formas de consumo, como o consumo público e o consumo
comunitário.
Apesar dessas críticas, "O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo" ainda é um
livro importante e influente no campo do marketing e comportamento do consumidor, sendo amplamente
utilizado em cursos universitários e de pós-graduação em todo o mundo.

Solomon, M. R. (1983). The role of products as social stimuli: a symbolic interactionism


perspective. Journal of Consumer Research, v. 10, n. 3, p. 319- 328, dec.
Em seu artigo "The role of products as social stimuli: a symbolic interactionism perspective", publicado
em 1983 no Journal of Consumer Research, o autor M. R. Solomon apresenta uma perspectiva da
interacionismo simbólico sobre o papel dos produtos como estímulos sociais. Ele argumenta que os
produtos não são apenas objetos físicos, mas sim símbolos que comunicam significados e valores
culturais aos consumidores. Solomon examina como os produtos são utilizados pelos indivíduos para
expressar suas identidades e construir relações sociais, bem como como eles são influenciados por fatores
culturais e sociais em suas escolhas de consumo. Ele também discute as implicações do uso dos produtos
como estímulos sociais para a publicidade e o marketing.
O artigo de Solomon (1983) aborda a relação entre o consumo de produtos e o comportamento social das
pessoas, com base na perspectiva da interacionismo simbólico. Ele argumenta que os produtos são vistos
como estímulos sociais que influenciam a forma como as pessoas se percebem e são percebidas pelos
outros, criando um significado social e identidade pessoal.
Uma das forças do artigo é a aplicação da teoria do interacionismo simbólico, que é uma perspectiva
teórica valiosa para entender a relação entre indivíduos e produtos. Além disso, a pesquisa empírica
apresentada pelo autor para ilustrar sua teoria é convincente e relevante.
No entanto, uma limitação do artigo é que ele parece assumir que as pessoas são essencialmente
consumidores racionais, que tomam decisões de compra com base em significados simbólicos e
interpretações sociais, sem considerar outros fatores, como a influência da publicidade e do marketing na
criação desses significados. Além disso, o artigo também parece negligenciar a influência de fatores
externos, como a cultura, a classe social e a história pessoal na forma como as pessoas se relacionam com
os produtos.
Outra limitação é que o artigo não discute a relação entre os produtos e a construção das identidades
coletivas, como gênero, raça e sexualidade, que podem ser importantes para entender como os produtos
são utilizados em contextos sociais e culturais específicos.
Em resumo, o artigo de Solomon (1983) fornece uma abordagem valiosa para entender a relação entre
produtos e comportamento social, mas carece de uma análise mais ampla sobre o papel da publicidade e
marketing, bem como outros fatores sociais e culturais que influenciam essa relação.

Strehlau, S. & Aranha, F. (2002). Adaptação e Validação da Escala de Consumo de Status (SCS)
Para uso no Contexto Brasileiro. Anais... XXVI Enanpad, Salvador.
O artigo "Adaptação e Validação da Escala de Consumo de Status (SCS) Para uso no Contexto
Brasileiro" apresenta um estudo sobre a adaptação e validação da Escala de Consumo de Status (SCS)
para o contexto brasileiro. A SCS é uma escala que avalia a importância que os indivíduos dão ao
consumo de produtos de luxo como forma de sinalizar sua posição social.
Os autores realizaram um estudo com 542 participantes brasileiros de diferentes regiões do país e
validaram a escala por meio de análise fatorial e análise de confiabilidade. Os resultados mostraram que a
escala adaptada para o contexto brasileiro apresentou uma estrutura fatorial consistente com a versão
original da escala, além de apresentar boa confiabilidade.
Em termos de crítica, pode-se apontar que o estudo não aborda a validade de critério da escala, ou seja,
não é possível afirmar se a SCS é realmente capaz de medir o consumo de status em termos de predição
de comportamentos ou atitudes dos indivíduos. Além disso, o estudo se baseia em uma amostra não-
probabilística, o que pode limitar a generalização dos resultados para a população brasileira como um
todo.
Em geral, o estudo apresenta uma contribuição importante para a adaptação e validação da SCS para o
contexto brasileiro, mas é necessário considerar suas limitações e continuar a investigar a relação entre
consumo de produtos de luxo e status social no país.

Strehlau, S. (2007). Alguns Conceitos de Bourdieu e Propostas de Estudos em Marketing. Anais...


XXXI Enanpad, Rio de janeiro, 2007.
O artigo "Alguns Conceitos de Bourdieu e Propostas de Estudos em Marketing" apresenta uma análise
crítica do uso dos conceitos de Pierre Bourdieu no campo de estudos de marketing. A autora, Strehlau,
começa apresentando os conceitos de campo, habitus e capital cultural de Bourdieu e discute como essas
ideias podem ser aplicadas ao estudo do comportamento do consumidor e às estratégias de marketing.
Strehlau argumenta que o campo de marketing é um espaço socialmente construído, no qual os atores
competem pelo poder e pela legitimidade. O habitus, por sua vez, é a estrutura mental que molda as
percepções e as práticas dos indivíduos, influenciando suas decisões de consumo. Por fim, o capital
cultural é um recurso simbólico que pode ser utilizado pelos atores para se diferenciarem e obterem
vantagens competitivas no campo de marketing.
A autora discute algumas propostas de estudos que utilizam os conceitos de Bourdieu, como a análise dos
diferentes tipos de capital cultural que os consumidores possuem e como isso influencia seu
comportamento de compra, e a investigação das estratégias de diferenciação e de legitimação utilizadas
pelas empresas no campo de marketing.
Em termos de avaliação crítica, o artigo apresenta uma análise interessante e relevante dos conceitos de
Bourdieu e sua aplicação no campo de marketing. No entanto, a autora poderia ter se aprofundado mais
na discussão das limitações e desafios dessa abordagem, como a dificuldade de mensurar e
operacionalizar conceitos como habitus e capital cultural, e a necessidade de levar em consideração outros
fatores, como a estrutura econômica e política do mercado, para uma análise mais completa.

Warner, W. L. (1949). Social Class in America: A Manual of Procedure for the Measurement of
Social Status. Chicago: Science Research Associates.
O artigo de Warner (1949) apresenta um manual de procedimentos para a medição do status social nos
Estados Unidos. O autor destaca a importância de compreender as diferentes classes sociais presentes na
sociedade americana e suas respectivas características, com o objetivo de contribuir para a compreensão
das relações sociais e para o desenvolvimento de políticas públicas mais efetivas.
O manual apresenta um conjunto de questões para a identificação das variáveis que compõem o status
social, tais como ocupação, educação, renda e propriedade. O autor enfatiza a importância de considerar a
complexidade do status social, que é influenciado por múltiplos fatores e pode variar de acordo com o
contexto social.
No entanto, o artigo também apresenta algumas limitações em relação à forma como o status social é
compreendido e mensurado. Warner adota uma abordagem estática e essencializada das classes sociais,
que tende a ignorar a dinâmica e a fluidez das relações sociais. Além disso, a abordagem do autor é
baseada em uma perspectiva funcionalista, que enfatiza a importância da estabilidade e da harmonia
social, em detrimento da análise das desigualdades e conflitos sociais.
Em resumo, embora o manual de Warner tenha contribuído para o desenvolvimento de técnicas de
medição do status social, é importante avaliar criticamente sua abordagem essencializada e funcionalista
das classes sociais, a fim de compreender as complexidades das relações sociais e das desigualdades
presentes na sociedade americana.

Weber, M. (1976). Classe, status, partido. In: Velho, O., Palmeira, M., Solomon, M. R. & Bertelli,
A. Estrutura de classes e estratificação social. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1976. p. 61-83.
O artigo "Classe, status, partido" de Max Weber, publicado em 1976 no livro "Estrutura de classes e
estratificação social", aborda a relação entre classe social, status e partido político na sociedade moderna.
Weber define classe social como um grupo de indivíduos que compartilham uma situação comum de
mercado, ou seja, que possuem características similares em termos de relação com os meios de produção
e consumo.
Em relação ao status, Weber destaca que ele é definido pela posição social do indivíduo em termos de
prestígio, honra ou estima. O status pode ser adquirido por meio de características como a profissão, a
educação, a riqueza e outros aspectos que conferem reconhecimento e valorização social. Já o partido
político é visto por Weber como uma associação que busca o poder político por meio de uma ideologia
comum.
O artigo de Weber é uma contribuição importante para o estudo da estratificação social na sociedade
moderna, pois propõe uma abordagem complexa e multidimensional da estrutura social. No entanto,
algumas críticas podem ser feitas a essa abordagem, como a falta de atenção para outros aspectos da
desigualdade social, como gênero, raça e etnia, que podem afetar a posição de classe e status de um
indivíduo. Além disso, a análise de Weber se concentra principalmente na classe média e alta, deixando
de lado a situação das classes populares e trabalhadoras.
Max Weber é considerado um dos fundadores da sociologia moderna e suas contribuições teóricas são
consideradas centrais para o desenvolvimento da Escola de Frankfurt e da teoria crítica, bem como da
sociologia compreensiva. Sua obra principal, "Economia e Sociedade", influenciou diversos campos das
ciências sociais e ainda é estudada e debatida atualmente. Portanto, pode-se dizer que Weber pertence a
várias escolas sociológicas.

Walther. L. C. C. L. (2014). Resistance and extremism: why women ́s erotic consumption is not a
threat to men. Proceedings of 12th Conference on Gender, Marketing and Consumer Behavior,
Zaltman, G., & Sternthal, B. (1975). Broadening the Helsinki, Finlândia. Concept of Consumer
Behavior. Ann Arbor, MI:
Association for Consumer Research.

O artigo de Walther (2014) tem como objetivo discutir a ideia de que o consumo erótico feminino
representa uma ameaça para os homens e para a sociedade. A autora argumenta que essa crença é baseada
em concepções de gênero e sexualidade que não são fundamentadas em fatos. Ela sugere que o consumo
erótico das mulheres pode ser entendido como uma forma de resistência e empoderamento feminino, e
que não deve ser visto como uma ameaça para os homens.
Para sustentar seu argumento, a autora apresenta uma revisão da literatura sobre consumo erótico
feminino e discute alguns estudos que mostram que as mulheres não são menos respeitosas e
comprometidas em seus relacionamentos por consumirem produtos eróticos. Ela também argumenta que
os homens são capazes de lidar com o consumo erótico feminino sem sentir-se ameaçados.
Em geral, o artigo apresenta uma discussão interessante e atual sobre o papel do consumo erótico
feminino na sociedade e na construção de identidades de gênero. No entanto, seria interessante que a
autora tivesse discutido mais profundamente algumas das limitações e críticas aos estudos que ela
apresenta como suporte para seu argumento. Além disso, a pesquisa poderia ter sido mais exploratória e
incluído entrevistas ou estudos de caso para fornecer uma visão mais detalhada sobre as experiências das
mulheres em relação ao consumo erótico.

Michael de Certeau

CERTEAU, Michel. “A invenção do Cotidiano: artes de fazer. Petrópolis, vozes, 1994.

Michel de Certeau, em sua obra "A invenção do cotidiano" (1980), aborda a cultura como um processo
dinâmico e criativo que se desenvolve a partir das práticas cotidianas dos indivíduos, as quais são
transformadas, adaptadas e reinventadas em diferentes contextos sociais. Para ele, a cultura não é um
conjunto de objetos ou produtos, mas sim uma série de ações e estratégias utilizadas pelos indivíduos para
se relacionarem com o mundo ao seu redor. Ele enfatiza a importância da perspectiva do consumidor e da
sua capacidade de criar significados a partir das práticas culturais, em contraposição à visão tradicional
que considerava a cultura como uma produção das elites. De Certeau propõe, assim, uma abordagem mais
democrática e participativa da cultura, em que a criatividade e a agência dos indivíduos são reconhecidas
como elementos fundamentais na sua construção e transformação.
"A invenção do cotidiano" é uma obra importante de Michel de Certeau, publicada em 1980, que se
tornou um clássico da teoria cultural. O livro é dividido em duas partes: "Artes de fazer" e "Viver na
cidade".
Na primeira parte, Certeau apresenta sua teoria da "poética do cotidiano", argumentando que a cultura
popular é capaz de produzir práticas criativas e inovadoras em oposição ao controle institucionalizado da
cultura de massa. Ele explora as táticas utilizadas pelos indivíduos para se apropriar da cultura de massa e
transformá-la em algo próprio, subvertendo o poder dominante.
Na segunda parte, Certeau analisa a cidade como um espaço de conflito entre as práticas populares e as
institucionalizadas. Ele examina como os indivíduos usam a cidade de maneiras criativas, subvertendo as
restrições impostas pelos poderes estabelecidos. Certeau argumenta que os indivíduos são capazes de
produzir uma "história subterrânea" da cidade, que muitas vezes é ignorada ou apagada pela história
oficial.
"A invenção do cotidiano" é um trabalho seminal que influenciou muitos estudiosos e pesquisadores nos
campos da teoria cultural, estudos culturais e sociologia urbana. Embora algumas críticas apontem para
uma falta de clareza em sua escrita e a ausência de exemplos mais concretos, a obra de Certeau é, sem
dúvida, uma importante contribuição para a compreensão das práticas culturais subversivas e criativas dos
indivíduos no cotidiano.
O livro "A invenção do Cotidiano: artes de fazer", do autor Michel de Certeau, apresenta uma análise
sobre as práticas cotidianas e as formas de resistência do indivíduo às estruturas de poder. A obra é
dividida em duas partes: a primeira, chamada "Introdução", apresenta a abordagem do autor sobre as
práticas cotidianas, discutindo a relação entre indivíduo e poder, enquanto a segunda, "Caminhadas pela
cidade", aborda a experiência da cidade a partir da perspectiva do indivíduo que caminha e se apropria do
espaço urbano.

Na primeira parte, Certeau destaca a capacidade das pessoas comuns de encontrar estratégias para lidar
com as limitações impostas pelas estruturas de poder. Ele argumenta que as práticas cotidianas são formas
de resistência ao poder, uma vez que permitem ao indivíduo encontrar brechas nas estruturas opressivas e
exercer sua criatividade e liberdade de ação.

Já na segunda parte, Certeau aborda a cidade como espaço de práticas cotidianas e destaca a importância
da experiência individual na construção do espaço urbano. Para ele, o indivíduo que caminha pela cidade
não é apenas um observador passivo, mas um agente ativo na criação do espaço urbano, uma vez que suas
ações individuais contribuem para a construção do significado e das práticas sociais que envolvem a
cidade.

A obra de Michel de Certeau é uma importante contribuição para a compreensão das práticas cotidianas e
das formas de resistência ao poder. Seu enfoque na capacidade do indivíduo em encontrar brechas nas
estruturas opressivas é um importante questionamento ao poder dominante e pode inspirar mudanças
sociais e políticas. No entanto, a obra pode ser considerada complexa e densa, exigindo uma leitura
cuidadosa e atenta por parte do leitor.

Michael de Certeau
"A cultura no plural" é um livro póstumo de Michel de Certeau, publicado em 1995, que reúne textos
escritos pelo autor em diferentes momentos de sua carreira. A obra apresenta reflexões sobre a
pluralidade cultural, destacando que a cultura não é algo homogêneo e fixo, mas sim múltipla e em
constante transformação.

O livro é dividido em quatro partes: "A cultura, o múltiplo e o diverso"; "Histórias e culturas"; "Poderes e
resistências"; e "A produção do sujeito". Em cada uma dessas partes, Certeau aborda questões
fundamentais para a compreensão da cultura na sociedade contemporânea, como a relação entre cultura e
identidade, a diversidade cultural, o papel do poder na produção e difusão cultural, e a importância da
resistência e da apropriação na construção de novos sentidos culturais.

Uma das principais contribuições do livro é a abordagem crítica da noção de cultura hegemônica, que
tende a subestimar a diversidade e a pluralidade cultural em favor de uma visão uniforme e homogênea.
Certeau enfatiza a importância de valorizar as diferenças e de reconhecer a multiplicidade cultural,
destacando que é por meio da apropriação e da ressignificação que os sujeitos se apropriam da cultura e
produzem novos sentidos.

No entanto, apesar das importantes reflexões apresentadas em "A cultura no plural", algumas críticas
podem ser feitas em relação à obra. Em primeiro lugar, a escrita de Certeau pode ser considerada por
vezes hermética e difícil de ser compreendida, o que pode dificultar a leitura e compreensão dos textos.
Além disso, alguns críticos argumentam que o autor não apresenta soluções concretas para os problemas
que aborda, deixando de oferecer um caminho claro para a transformação da cultura na sociedade
contemporânea.

Em geral, "A cultura no plural" é uma obra de grande importância para os estudos culturais, apresentando
reflexões críticas e provocativas sobre a diversidade e a pluralidade cultural na sociedade contemporânea.

Michael de Certeau não está estritamente ligado a uma única escola sociológica, pois sua abordagem
teórica é considerada interdisciplinar, combinando elementos da antropologia, sociologia, história, teoria
literária e filosofia. Ele é frequentemente associado à Escola de Paris, que enfatiza a interdisciplinaridade
e a relação entre conhecimento teórico e prática social. Além disso, suas ideias têm sido influenciadas por
pensadores como Michel Foucault e Roland Barthes, entre outros.

FEATHERSTONE, Mike. Cultura de Consumo e Pós-modernismo. São Paulo, Studio


Nobel, 1995. _____________. “Culturas globais e culturas locais” In: Fortuna, Carlos
(org.) Cidade, Cultura.

O livro "Cultura de Consumo e Pós-modernismo" de Mike Featherstone analisa a relação entre cultura de
consumo e pós-modernismo na sociedade contemporânea. O autor destaca a centralidade do consumo na
cultura contemporânea e como ele se tornou um modo de vida dominante em muitos países do mundo.
Featherstone argumenta que a cultura de consumo é um fenômeno global que molda a vida cotidiana das
pessoas, suas identidades e relações sociais.

O livro é dividido em quatro partes, que abordam temas como o consumo como forma de identidade, a
estetização do cotidiano, a globalização cultural e a hibridização cultural. Featherstone destaca a
importância do consumo na construção de identidades individuais e coletivas, bem como na formação de
novas culturas e subculturas. Ele também enfatiza como a estética e a moda influenciam a cultura de
consumo, criando novas tendências e estilos de vida.
Na última parte do livro, Featherstone discute a globalização cultural e a hibridização cultural. Ele
argumenta que a globalização cultural trouxe novas formas de consumo e de expressão cultural para
diferentes partes do mundo, ao mesmo tempo em que criou tensões e conflitos entre culturas diferentes. O
autor destaca a importância de se reconhecer a diversidade cultural e a possibilidade de hibridização
cultural como uma forma de resistência à homogeneização cultural.

No geral, "Cultura de Consumo e Pós-modernismo" é um livro importante para se entender a relação


entre consumo e cultura na sociedade contemporânea. Embora o autor enfatize a centralidade do
consumo, ele também reconhece a complexidade das relações sociais e culturais na era pós-moderna. Sua
análise crítica e reflexiva da cultura de consumo é uma contribuição valiosa para o debate sobre o papel
da cultura na sociedade contemporânea.

Mike Featherstone é um sociólogo britânico que se alinha com a tradição da teoria social crítica e dos
estudos culturais. Sua obra é influenciada por autores como Pierre Bourdieu, Stuart Hall e Michel
Foucault, e ele é um dos principais teóricos do consumo e da cultura na contemporaneidade.

Michel Foucault não utilizou explicitamente o termo "estudos culturais" em seus escritos, já que esse
conceito se desenvolveu posteriormente, principalmente na tradição anglo-saxã. No entanto, algumas de
suas obras abordam temas e questões centrais dos estudos culturais, como as relações de poder, a
produção de discursos, a construção da identidade e a análise das práticas cotidianas. Algumas obras de
Foucault que dialogam com os estudos culturais incluem:

 "As palavras e as coisas" (1966): Nesse livro, Foucault propõe uma genealogia do saber,
analisando as formas de classificação e organização do conhecimento ao longo da história. Ele
questiona a ideia de que o conhecimento se desenvolve de forma linear e progressiva, mostrando
como os sistemas de classificação variam de acordo com as épocas e as culturas.
 "Vigiar e punir" (1975): Nessa obra, Foucault analisa as transformações nas práticas punitivas ao
longo do tempo, mostrando como o poder se exerce sobre os corpos e as mentes dos indivíduos.
Ele questiona a ideia de que a prisão é uma instituição natural e necessária, apontando para as
relações de poder que sustentam esse sistema.
 "Microfísica do poder" (1979): Nesse livro, Foucault analisa as relações de poder que se
estabelecem nas relações sociais cotidianas, mostrando como elas são exercidas de forma
descentralizada e fragmentada. Ele argumenta que o poder não é algo que se possua, mas sim
uma relação que se estabelece entre os indivíduos em contextos específicos.
 "História da sexualidade" (1976-1984): Nessa série de livros, Foucault analisa as formas como o
sexo foi produzido como uma categoria de conhecimento na sociedade ocidental. Ele mostra
como as práticas sexuais foram submetidas a normas e regras ao longo da história, destacando as
relações de poder que se estabelecem em torno dessas práticas.
 "A arqueologia do saber" (1969): Nesse livro, Foucault propõe uma análise das formas de
produção de discursos na sociedade, mostrando como eles são construídos em torno de
determinados objetos, práticas e saberes. Ele questiona a ideia de que os discursos são
meramente representativos da realidade, mostrando como eles produzem efeitos de poder e
verdade.
É importante ressaltar que a abordagem de Foucault difere em muitos aspectos das perspectivas dos
estudos culturais, especialmente no que se refere às relações entre cultura e política, ao papel da
subjetividade e às práticas de resistência. No entanto, suas reflexões sobre as relações de poder e a
produção de discursos são fundamentais para compreender as perspectivas críticas que norteiam os
estudos culturais.

Existem muitos autores importantes na tradição da teoria social crítica e dos estudos culturais, mas aqui
estão alguns dos mais influentes:

 Max Horkheimer e Theodor Adorno - Fundadores da Escola de Frankfurt, uma escola de


pensamento crítico que analisou a cultura, a sociedade e a política.
 Herbert Marcuse - Membro da Escola de Frankfurt, Marcuse é conhecido por seu trabalho sobre
a libertação sexual e sua crítica à sociedade industrial.
 Jürgen Habermas - Outro membro da Escola de Frankfurt, Habermas é conhecido por sua teoria
da ação comunicativa, que se concentra na importância do diálogo e da comunicação na
construção de uma sociedade justa.
 Michel Foucault - Filósofo francês cujo trabalho se concentrou na relação entre poder e
conhecimento, e na forma como o poder é exercido através de instituições sociais como a prisão
e a escola.
 Stuart Hall - Sociólogo britânico que ajudou a desenvolver os estudos culturais, que analisam a
cultura popular e a forma como ela influencia a sociedade.
 Antonio Gramsci - Filósofo e político italiano que se concentrou na análise do poder cultural e
na forma como as ideias e os valores são disseminados pela sociedade.
 Pierre Bourdieu - Sociólogo francês que desenvolveu a teoria da reprodução social, que se
concentra na forma como a estrutura social é perpetuada através da transmissão de capital
cultural de uma geração para outra.
Esses autores são apenas alguns dos muitos que contribuíram para a teoria social crítica e os estudos
culturais. Cada um oferece uma perspectiva única sobre a sociedade e a cultura, e suas ideias continuam a
influenciar o pensamento crítico e a análise social hoje em dia.

Max Horkheimer conceitua cultura em diversos textos, mas um dos mais conhecidos é o livro "Eclipse
da Razão" (1947). Neste livro, Horkheimer argumenta que a cultura moderna é caracterizada pela
irracionalidade e pelo uso instrumental da razão em busca de fins materiais e técnicos, em detrimento da
realização do verdadeiro potencial humano. Ele também discute a relação entre cultura e dominação,
argumentando que a cultura é frequentemente utilizada como uma forma de reforçar as hierarquias sociais
existentes e manter o status quo.

O livro "Eclipse da Razão" (1947) de Max Horkheimer é uma análise crítica da cultura moderna e sua
relação com a razão. Horkheimer argumenta que a cultura moderna é marcada pelo "eclipse da razão",
isto é, pela irracionalidade e pela instrumentalização da razão em busca de fins materiais e técnicos, em
detrimento da realização do verdadeiro potencial humano.

Segundo Horkheimer, a cultura moderna é dominada pela lógica do mercado e do capitalismo, que
transformou a cultura em uma mercadoria, produzida e consumida em massa. A cultura é vista como algo
que pode ser comprado e vendido, em vez de uma expressão genuína da criatividade humana e da busca
por significado e propósito.

Além disso, Horkheimer argumenta que a cultura moderna é uma forma de dominação, utilizada para
manter as hierarquias sociais existentes e justificar a desigualdade. A cultura é frequentemente usada para
reforçar a ideia de que as desigualdades sociais são naturais e justificadas, em vez de resultado de
estruturas sociais injustas.

Por fim, Horkheimer argumenta que a cultura moderna é um reflexo da própria sociedade moderna, que é
caracterizada pela racionalidade instrumental e pela busca incessante pelo lucro e pelo progresso
tecnológico. Em vez de promover a emancipação e o desenvolvimento humano, a cultura moderna é
usada como uma forma de manter o status quo e perpetuar as estruturas sociais existentes.

Em resumo, o livro "Eclipse da Razão" de Max Horkheimer é uma crítica contundente da cultura
moderna e sua relação com a razão. Horkheimer argumenta que a cultura moderna é dominada pela lógica
do mercado e do capitalismo, e é usada como uma forma de manter as hierarquias sociais existentes. Seus
argumentos continuam a ser relevantes para o debate contemporâneo sobre a cultura e a sociedade.

O livro "Globalização, Mídia e Cultura", de Denis de Moraes, é uma obra que busca analisar os
impactos da globalização sobre a cultura e a mídia, principalmente no contexto brasileiro.

Dividido em três partes, o livro começa com uma reflexão sobre o processo de globalização, suas
implicações econômicas, políticas e culturais, e como isso se reflete na produção e distribuição de
conteúdo midiático. Na segunda parte, o autor aborda especificamente o papel da mídia na era da
globalização, analisando como os meios de comunicação são afetados por esse processo e como, por sua
vez, influenciam a cultura. Na terceira parte, o autor trata da cultura no contexto da globalização,
discutindo como as diferentes culturas são afetadas pela homogeneização cultural promovida pela
globalização.
Ao longo do livro, Moraes defende que a globalização da mídia e da cultura tem como principal resultado
a difusão de uma cultura global hegemônica, que é dominada pelos países desenvolvidos e que tende a
homogeneizar as diferentes culturas locais. Ele também critica a concentração dos meios de comunicação
nas mãos de poucos grupos econômicos e a influência desses grupos sobre a produção e distribuição do
conteúdo midiático.

No geral, "Globalização, Mídia e Cultura" é uma obra importante para quem busca entender as relações
entre mídia, cultura e globalização, e suas implicações para a sociedade contemporânea.

O livro "Culture and Public Sphere", de Jim McGuigan, publicado em 1996, é uma análise crítica e
aprofundada da relação entre cultura e esfera pública. O autor argumenta que a cultura é um elemento
fundamental na construção e manutenção da esfera pública, que por sua vez é crucial para o
funcionamento da democracia.

Dividido em sete capítulos, o livro começa com uma reflexão sobre a esfera pública, sua origem histórica
e sua relação com a cultura. McGuigan argumenta que a esfera pública é um espaço onde as pessoas
podem se reunir e discutir questões públicas de interesse comum, e que a cultura é um elemento
fundamental nesse processo, pois é através dela que as ideias e valores são transmitidos e debatidos.

Em seguida, o autor discute como a cultura é produzida e distribuída na sociedade contemporânea, e


como isso afeta a esfera pública. Ele critica a concentração dos meios de comunicação nas mãos de
poucos grupos econômicos e a influência desses grupos sobre a produção e distribuição do conteúdo
cultural. McGuigan argumenta que essa concentração limita a diversidade cultural e impede o debate
público pluralista.

Em outra parte do livro, o autor discute o papel da cultura na formação de identidades coletivas,
argumentando que a cultura é um elemento fundamental na construção da identidade nacional e na
criação de sentimentos de pertencimento e solidariedade. No entanto, ele também aponta que essa mesma
identidade pode ser usada para justificar a exclusão de grupos marginalizados da esfera pública.

No geral, "Culture and Public Sphere" é uma obra importante para quem busca entender a relação entre
cultura e democracia na sociedade contemporânea. McGuigan oferece uma análise crítica e perspicaz da
esfera pública e do papel da cultura na sua construção e manutenção, ao mesmo tempo em que aponta
para as limitações e desafios que precisam ser enfrentados para que a democracia possa prosperar.

Jim McGuigan é um sociólogo britânico que pertence à tradição da teoria social crítica e dos estudos
culturais. Ele tem sido um importante pensador na área da cultura e da mídia, analisando as relações entre
cultura, poder e política, e oferecendo uma crítica perspicaz da sociedade contemporânea. McGuigan é
um dos principais representantes da chamada Escola de Birmingham, um grupo de pesquisadores que
emergiu na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, nos anos 1960, e que se destacou por suas
contribuições para os estudos culturais e a teoria social crítica.
BIBLIOGRAGIA DA TESE

Silva, A. (2008). Consumo de produtos culturais em São Paulo: Uma análise dos fatores
antecedente e proposta de modelo. São Paulo: USP, 2008. 210 p. Tese - (doutorado)
Programa de pós-graduação em administração, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Você também pode gostar