1. Escola de Frankfurt - A Escola de Frankfurt é conhecida por sua
abordagem crítica da cultura de massa e do capitalismo tardio, incluindo obras de pensadores como Theodor Adorno, Max Horkheimer e Herbert Marcuse. 2. Sociologia do Conhecimento - A Sociologia do Conhecimento é uma abordagem sociológica que estuda como o conhecimento é produzido e compartilhado na sociedade, incluindo a cultura e as ideias que moldam o pensamento e o comportamento. 3. Teoria da Cultura - A Teoria da Cultura é uma abordagem sociológica que enfatiza a importância da cultura na vida social, incluindo a relação entre cultura e poder, a cultura popular e as subculturas. 4. Teoria do Sistema Mundial - A Teoria do Sistema Mundial é uma abordagem sociológica que estuda a globalização e a interconexão dos sistemas econômicos, políticos e culturais em todo o mundo. 5. Teoria da Modernidade - A Teoria da Modernidade é uma abordagem sociológica que estuda as transformações sociais e culturais da modernidade, incluindo a relação entre a cultura e a racionalidade, a cultura e o indivíduo, e a cultura e a identidade.
A Escola de Frankfurt foi um grupo de pensadores alemães que se reuniram na
Universidade de Frankfurt, na década de 1920, e cujo trabalho foi caracterizado por uma crítica às instituições sociais e políticas, bem como uma abordagem interdisciplinar que combinava a filosofia, a sociologia e a psicologia. Adorno, TW, e Horkheimer, M foram importantes membros da Escola de Frankfurt e suas obras tiveram grande impacto no pensamento social e cultural.
Alguns autores da Escola de Frankfurt que trabalharam com o tema da cultura
incluem:
1. Theodor Adorno: Adorno é conhecido por seu trabalho sobre a indústria
cultural e sua influência na sociedade contemporânea. Ele argumentou que a cultura de massa produz uma falsa consciência, que reforça a dominação da classe dominante. 1. "Dialética do Esclarecimento" (com Max Horkheimer) - Neste livro, Adorno e Horkheimer analisam a cultura de massa e argumentam que ela é uma forma de dominação da classe dominante. Eles exploram a relação entre a razão e a dominação na sociedade moderna. 2. "Teoria Estética" - Neste livro, Adorno explora a relação entre arte, cultura e sociedade. Ele argumenta que a arte é uma forma de crítica social e que pode desafiar as estruturas de poder dominantes. 3. "Indústria Cultural e Sociedade" - Neste livro, Adorno analisa a indústria cultural e sua influência na sociedade. Ele argumenta que a cultura de massa produz uma falsa consciência e reforça a dominação da classe dominante. 4. "Música, Linguagem, e Comportamento" - Neste livro, Adorno explora a relação entre música, linguagem e comportamento. Ele argumenta que a música é uma forma de expressão cultural que reflete a sociedade em que é produzida. 5. "A Indústria Cultural: O Esclarecimento Como Mistificação" - Neste livro, Adorno e seu colega Max Horkheimer discutem a forma como a cultura de massa e a indústria cultural produzem uma falsa consciência, mantendo a dominação da classe dominante. 6. "Mínima Moralia: Reflexões a partir da vida danificada" - Este livro é uma coleção de ensaios curtos, em que Adorno analisa a cultura e a sociedade contemporâneas, criticando a alienação e a falsa liberdade produzidas pela cultura de massa. 7. "A Personalidade Autoritária" - Embora não seja um livro especificamente sobre cultura, neste trabalho Adorno discute as origens psicológicas e sociais do autoritarismo, um tema que é relevante para a análise da cultura e da ideologia. 8. "Dialética do Esclarecimento" - Em colaboração com Max Horkheimer, Adorno apresenta uma crítica radical da modernidade e da razão instrumental, analisando a relação entre a cultura, a tecnologia e a dominação.
2. Max Horkheimer: Horkheimer foi um dos fundadores da Escola de
Frankfurt e argumentou que a cultura era um meio pelo qual a ideologia era transmitida. Ele enfatizou a importância de uma análise crítica da cultura para entender as relações de poder na sociedade. 1. "Eclipse da Razão" - Neste livro, Horkheimer discute a relação entre a cultura e a racionalidade, argumentando que a cultura moderna produz uma forma de irracionalidade e opressão. 2. "Teoria Crítica" - Este livro é uma coletânea de ensaios de vários membros da Escola de Frankfurt, incluindo Horkheimer, sobre diversos temas, incluindo a cultura e a arte. 3. "Dialética do Esclarecimento" - Em colaboração com Theodor Adorno, Horkheimer apresenta uma crítica radical da modernidade e da razão instrumental, analisando a relação entre a cultura, a tecnologia e a dominação. 4. "Autoridade e Família" - Nesta obra, Horkheimer analisa as relações entre a família, a cultura e a autoridade, argumentando que as instituições sociais reforçam a dominação e a alienação. 5. "Crítica da Razão Instrumental" - Neste livro, Horkheimer discute a natureza da razão instrumental na sociedade moderna, argumentando que ela produz uma forma de racionalidade que serve aos interesses da dominação e da exploração.
3. Walter Benjamin: Benjamin foi um crítico cultural que escreveu
extensivamente sobre arte, literatura e cinema. Ele explorou a relação entre a arte e a política e argumentou que a cultura poderia ser um meio para a libertação humana. 1. "A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Técnica" - Neste ensaio, Benjamin discute as implicações da reprodução técnica da arte na cultura contemporânea, argumentando que isso produz uma perda da aura e uma democratização da arte. 2. "Passagens" - Este livro é uma coletânea de escritos de Benjamin, incluindo ensaios sobre a cultura, a cidade e a história. É uma obra complexa e multifacetada que aborda temas importantes como a modernidade, a experiência urbana e a crítica cultural. 3. "O Narrador" - Neste ensaio, Benjamin discute a importância da narrativa na cultura, argumentando que a perda do narrador na sociedade moderna é uma perda da experiência autêntica e da conexão com a tradição. 4. "Teses sobre o Conceito de História" - Este ensaio é uma reflexão sobre o papel da história na cultura e na política, e apresenta uma visão crítica do conceito de progresso e da noção de que a história é uma linha reta e unidirecional. 5. "Infância em Berlim por volta de 1900" - Este livro é uma memória de infância de Benjamin, que reflete sobre a cidade de Berlim e sua cultura na virada do século XX. É uma obra rica em detalhes e sentimentos, que oferece uma perspectiva única sobre a experiência urbana e cultural da época.
4. Herbert Marcuse: Marcuse foi um filósofo e sociólogo que argumentou
que a cultura de massa era uma forma de controle social e que a verdadeira liberdade só poderia ser alcançada através da emancipação cultural. 1. "Eros e Civilização" - Neste livro, Marcuse discute a relação entre a cultura, a psicanálise e a revolução, argumentando que a liberação da sexualidade é fundamental para a libertação da sociedade. 2. "A Dimensão Estética" - Este livro é uma coletânea de ensaios de Marcuse sobre a cultura, a arte e a estética, onde ele defende a importância da experiência estética para a emancipação social. 3. "O Homem Unidimensional" - Nesta obra, Marcuse discute a cultura de massa e a sociedade tecnológica, argumentando que a dominação é reforçada pela falsa liberdade e pelo conformismo da sociedade unidimensional. 4. "A Ideologia da Sociedade Industrial" - Neste livro, Marcuse discute as ideologias da sociedade industrial e o papel da cultura e da mídia na produção e reprodução da dominação. 5. "Contra-revolução e Revolta" - Este livro é uma reflexão sobre a necessidade de uma revolta contra a ordem estabelecida, incluindo a cultura e a política, e apresenta uma crítica radical da sociedade contemporânea.
Sociologia do Conhecimento - A Sociologia do Conhecimento é uma
abordagem sociológica que estuda como o conhecimento é produzido e compartilhado na sociedade, incluindo a cultura e as ideias que moldam o pensamento e o comportamento.
1. Peter L. Berger e Thomas Luckmann - Autores de "A Construção Social da
Realidade" (1966), que propõe a ideia de que a realidade social é construída através dos processos de interação social e é moldada pela cultura. Peter L. Berger e Thomas Luckmann são conhecidos por seu trabalho pioneiro na Sociologia do Conhecimento e por seu livro "A Construção Social da Realidade", publicado em 1966. Embora este livro não seja exclusivamente sobre cultura, ele trata da influência da cultura e das instituições sociais na construção da realidade social. Alguns outros livros importantes desses autores que tratam do tema da cultura incluem:
1. "A Socialização: Como Tornar-se um Membro da Sociedade" (1966) -
Este livro explora o processo de socialização e como ele é moldado pela cultura e pelas instituições sociais. é considerado uma das obras fundamentais da Sociologia do Conhecimento e propõe a ideia de que a realidade social é construída através dos processos de interação social e é moldada pela cultura 2. "O Dossel Sagrado: Elementos para uma Teoria Sociológica da Religião" (1967) - Neste livro, os autores exploram a natureza da religião e como ela é influenciada pela cultura e pelas instituições sociais. 3. "O Riso e o Sagrado" (1972) - Este livro explora a natureza do humor e do riso e como eles são influenciados pela cultura e pelas instituições sociais. 4. "Modernidade Pluralista: A Mudança Cultural na Sociedade Avançada" (1974) - Neste livro, os autores exploram as mudanças culturais na sociedade moderna e como elas afetam a vida social. 2. Karl Mannheim - Autor de "Ideologia e Utopia" (1929), que explora a relação entre as ideologias e as culturas e como elas moldam a visão de mundo das pessoas. Karl Mannheim foi um importante sociólogo alemão e um dos principais teóricos da Sociologia do Conhecimento. Embora seu trabalho não seja focado exclusivamente na cultura, ele oferece uma perspectiva única sobre como as ideologias e as culturas moldam a visão de mundo das pessoas. Alguns de seus livros mais conhecidos incluem:
1. "Ideologia e Utopia" (1929) - Neste livro, Mannheim analisa a
relação entre as ideologias e as culturas e como elas moldam a visão de mundo das pessoas. Ele argumenta que as ideologias são produtos da história e que surgem em resposta a mudanças sociais e políticas. 2. "Ensaios sobre a Sociologia do Conhecimento" (1952) - Este livro é uma coletânea de ensaios de Mannheim sobre a Sociologia do Conhecimento, incluindo seu famoso ensaio "O Problema da Sociologia do Conhecimento". 3. "Liberalismo e Socialismo" (1926) - Neste livro, Mannheim analisa as diferenças entre o liberalismo e o socialismo e como essas ideologias moldam a visão de mundo das pessoas. 4. "Diagnóstico de Nossa Época" (1945) - Neste livro, Mannheim oferece uma análise da crise da cultura ocidental na época da Segunda Guerra Mundial.
3. Norbert Elias - Autor de "O Processo Civilizador" (1939), que discute
como a cultura molda o comportamento humano e como as normas sociais são internalizadas ao longo do tempo. Norbert Elias foi um sociólogo alemão conhecido por seu trabalho na teoria da civilização e pela sua teoria do processo civilizador. Embora seu trabalho não se concentre especificamente no tema da cultura, ele oferece uma visão única sobre como as sociedades e as pessoas mudam ao longo do tempo. Alguns dos livros mais conhecidos de Norbert Elias que abordam a cultura incluem:
1. "O Processo Civilizador" (1939) - Este livro é a obra mais conhecida de
Elias e apresenta sua teoria do processo civilizador. Ele explora como as normas sociais e as práticas culturais mudam ao longo do tempo e como isso afeta a maneira como as pessoas se comportam e se relacionam. 2. "A Sociedade de Corte" (1969) - Neste livro, Elias explora a sociedade europeia dos séculos XII a XVII e como as normas e práticas culturais da corte influenciaram a vida social. 3. "A Solidão dos Moribundos" (1982) - Neste livro, Elias explora a morte e o morrer na sociedade moderna e como as práticas culturais em torno da morte mudaram ao longo do tempo. 4. "A Busca da Excitação" (1987) - Neste livro, Elias explora a busca pelo prazer e pela excitação na sociedade moderna e como isso afeta a cultura e as normas sociais.
4. Michel Foucault - Autor de "As Palavras e as Coisas" (1966), que examina
a relação entre linguagem, conhecimento e cultura, argumentando que as práticas discursivas moldam a realidade. Michel Foucault foi um filósofo e teórico social francês cujo trabalho se concentra em questões de poder, controle social e conhecimento. Embora ele não tenha escrito extensivamente sobre o tema da cultura, seus trabalhos abrangem uma ampla gama de questões culturais. Alguns dos livros mais conhecidos de Michel Foucault que abordam a cultura incluem:
1. "As Palavras e as Coisas" (1966) - Neste livro, Foucault investiga as
maneiras pelas quais o conhecimento é construído e organizado na sociedade e como ele é influenciado por fatores culturais e históricos. 2. "Vigiar e Punir" (1975) - Neste livro, Foucault investiga a história e a natureza do sistema penal e como ele é usado para exercer controle social e manter o poder. 3. "Microfísica do Poder" (1979) - Neste livro, Foucault investiga as formas pelas quais o poder é exercido em níveis microscópicos da vida social, incluindo as relações interpessoais e as práticas culturais. 4. "História da Sexualidade" (1976) - Nesta série de livros, Foucault investiga a história da sexualidade humana e como ela foi moldada por fatores culturais e sociais. 5. "Arqueologia do Saber" (1969) - Neste livro, Foucault investiga a história do conhecimento e como ele é organizado e estruturado na sociedade.
5. Pierre Bourdieu - Autor de "A Distinção" (1979), que analisa a relação
entre a cultura, a classe social e o consumo, argumentando que o gosto e o consumo cultural são formas de distinção social. Pierre Bourdieu foi um sociólogo francês conhecido por seu trabalho sobre a teoria social, a cultura e a estratificação social. Seus trabalhos oferecem uma perspectiva crítica sobre como a cultura é usada como um meio de distinção e poder na sociedade. Alguns dos livros mais conhecidos de Bourdieu que abordam a cultura incluem:
1. "A Distinção: Crítica Social do Julgamento" (1979) - Neste livro,
Bourdieu investiga como a cultura é usada como um meio de distinção social e como os diferentes grupos sociais usam a cultura para se posicionar na hierarquia social. 2. "As Regras da Arte: Gênese e Estrutura do Campo Literário" (1992) - Neste livro, Bourdieu investiga o campo literário francês e como os escritores e editores usam a cultura como um meio de poder e influência. 3. "O Poder Simbólico" (1989) - Neste livro, Bourdieu investiga como o poder é exercido por meio de símbolos e práticas culturais e como isso afeta a estratificação social. 4. "A Economia das Trocas Simbólicas" (1974) - Neste livro, Bourdieu investiga como as relações sociais são estruturadas por meio de práticas culturais e simbólicas, como a linguagem e a comunicação. 5. "O Que Fazer?" (1996) - Neste livro, Bourdieu reflete sobre a responsabilidade social dos intelectuais e o papel da cultura na luta contra a desigualdade e a exclusão social.
TAVOLARO, Sérgio. Retratos Não-Modelares Da Modernidade. Hegemonia e Contra-Hegemonia No Pensamento Brasileiro. Civitas, V. 17, N. 3, P. E115-E141, 2017.