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Fernando Silveira
Negociador Master
fsilveira10@msn.com
Assim, na busca de uma solução proativa pode ser oportuno os negociadores, em comum
acordo, buscarem a participação de uma terceira parte que os ajude na resolução do problema:
- um mediador,um árbitro ou um conciliador- sem que necessitem ir aos tribunais onde as
demandas são caras e de soluções muito demoradas, não raro prejudicando ambos os lados.
Este é o momento em que os negociadores poderão buscar uma solução mediada, arbitrada
ou conciliada para resolverem o problema e obterem um resultado otimizado.
Vejamos cada uma delas:
MEDIAÇÃO
A mediação é muito semelhante à conciliação porém o mediador não fará apenas sugestões
por intermédio de um diálogo negociado, na busca das mais adequadas e mais criativas
soluções de acordo. O papel do mediador é aproximar as partes, identificar os pontos
controvertidos e facilitar o entendimento comum.
Modernamente a mediação está inserida em uma ampla abordagem chamada MESC (Meios
Extrajudiciais de Solução de Conflitos) constituindo-se em uma válida tentativa de negociação
de um acordo possível entre as partes. Uma das grandes vantagens da mediação é que ela
pode evitar um longo e desgastante processo judicial, pois a mesma se dá antes que as partes
se definam por uma contenda nos tribunais, resolvendo suas diferenças objetivamente e de
forma extrajudicial.
ARBITRAGEM
A arbitragem é uma forma de resolução de conflitos na área privada, sem qualquer ingerência
do poder estatal, ou seja, os tribunais. Nela, as partes que têm um impasse ou controvérsia a
ser resolvido de comum acordo e no pleno e livre exercício da vontade, escolhem uma ou mais
pessoas, denominadas árbitros ou juízes arbitrais, estranhas ao conflito e conhecedoras do
assunto e dos aspectos legais do litígio, para resolver a sua questão. Os negociadores
participantes devem submeter-se à decisão final dada pelo árbitro em caráter definitivo.
A arbitragem pode ser prevista na negociação dos contratos desde que ambas as partes assim
estabeleçam formulando inclusive os critérios e itens a serem examinados.
Diferentemente da mediação a decisão proferida pelo árbitro tem valor de sentença judicial (Lei
9307/96) da qual não cabe recurso e o prazo para a apresentação da mesma é de seis meses.
Na arbitragem, a função do árbitro nomeado será conduzir a contenda de forma semelhante ao
processo judicial, porém muito mais rápido, menos formal, de baixo custo e onde a decisão
deverá ser dada por pessoa especialista na matéria objeto da controvérsia, diferentemente do
Poder Judiciário, no qual o juiz, um especialista somente em leis, na maioria das vezes, para
bem instruir seu convencimento quanto à decisão final a ser prolatada, necessita do auxílio de
peritos e especialistas na matéria. Na arbitragem, podem-se escolher diretamente esses
especialistas, que terão a função de julgadores, daí a diferença para os mediadores, que não
julgam.
CONCILIAÇÃO
Trata-se pois da ferramenta mais simples geralmente utilizada em situações que não
demandem profundidade de avaliações, cálculos, normas técnicas, condições , especificações
e outros dados inerentes ao processo de negociação.
Na conciliação, o acordo é finalidade específica buscada por ambos os lados, valendo o mote
"antes um mau acordo que uma boa demanda" cabendo ao conciliador sugerir alternativas
julgadas convenientes e aceitas pelas partes envolvidas.