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A Arte da Serigrafia

Serigrafia, ou "Silk-Screen", consiste em um dos processos mais simples de impressão direta.


Primeiramente pelos recursos rudimentares que são necessários e suficientes para realizá-lo e, em
seguida pela técnica necessária que não exige grande adestramento nem engenho aprimorado. Consiste
de um bastidor, de arco de madeira, no qual é firmemente esticado um pedaço de tecido fino e
resistente, sobre o qual se faz a matriz da figura que se deseja imprimir. A matriz consiste de uma
película que veda toda a superfície do tecido esticado no bastidor, exceto nos pontos onde se quer a
impressão. Esta se faz pela passagem da tinta através da tela, de modo a recobrir a superfície a ser
impressa. Em resumo , "Silk-Screen" é a arte técnica de imprimir em qualquer superfície lisa, fazendo
passar uma tinta através de um tecido (tela) que serve de ordenador para imprimir o que se deseja.

O Processo Serigráfico

A arte gráfica se orienta segundo a bivalência do seu objetivo: RESULTADO e EFEITO. Enquanto o
resultado se prende a praticidade da impressão, os efeitos criam expressões específicas que
especializam o resultado ou alimentam a dinâmica criativa da arte. Na serigrafia, a superfície de
impressão entra em contato íntimo com o reservatório de tinta (parte interna do bastidor), e
consequentemente a impressão se dá por borrões controlados, o que impede a semitonação por
impressões adjacentes e sucessivas, exceção feita ao se utilizar tintas especiais para Policromia (tintas
transparentes). A serigrafia requer matriz individual para cada cor do modelo; o que implica numa
série de medidas para ajustamento das cores e reprodução fiel do conjunto.

Utencílios Básicos

Para realização de um trabalho em Serigrafia são necessários os seguintes equipamentos

• Mesa de impressão (bancada): É uma mesa de bom tamanho, em cujo tampo haja uma área
envidraçada (vidro fosco), com algum dispositivo de iluminação por baixo, de modo a permitir
o ajustamento de impressões com segurança e precisão.
• Garra: As garras são dispositivos usados para fixar os quadros nas mesas ou nas pranchetas.
Devem possuir o máximo de precisão. Existem os tipos mais simples e outros mais sofisticados
• Rodo (puxador): É o acessório usado para conduzir a tinta. É confeccionado com cabo de
madeira e uma lâmina de borracha ou poliuretano. Conforme as necessidades da impressão, a
borracha pode ter diferentes cortes. As borrachas duras são indicadas para impressões de
grandes formatos e impressões reticulares. As borrachas mais moles são indicadas para
impressões gerais. 0 tamanho do rodo deve ultrapassar de 3 a 5 cm de cada lado do desenho a
ser impresso.
• Secador: As tintas empregadas na impressão serigráfica, requerem um tempo maior de
secagem, comparadas a outras tintas usadas em outros processos gráficos e por isso não
podem ser empilhadas. Um equipamento especial para armazenar os materiais impressos
enquanto secam é o secador. Existem diferentes tipos de secadores, podendo inclusive serem
improvisados. É um dispositivo para proteção das impressões durante a secagem.
• Peneira: Deve ser fina o bastante para eliminar crostas endurecidas nas tintas guardadas por
muito tempo, principa1tliente as tintas acrílicas (para tecido).
• Espátula: Empregada para misturar e homogeneizar as tintas.
• Tintas: Trataremos delas num item específico, tendo em vista uma gama de tipos de tintas,
visando as diferentes necessidades de impressão. De um modo geral devemos levar em conta
os seguintes aspectos: qualquer tinta deve ser preparada antes da impressão; as tintas devem
ser diluídas conforme a necessidade de emprego; trata-se de um material tóxico, e por isso é
recomendável que o impressor beba leite periodicamente.
• cola permanente: Tem a finalidade de aderir o material na mesa de impressão.
• Solventes: É o material empregado para diluição da tinta. Os tipos variam de acordo com o
tipo de tinta usada. Utilizado para a limpeza das telas e no afinamento das tintas quando a

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temperatura ambiente está baixa. A diluição varia de 5 a 10% quando a temperatura variar de
25 a 0° C.
• Retardador: Material que deve ser diluído à tinta para evitar a secagem rápida, bem como
para proporcionar o afinamento quando a temperatura ambiente estiver alta. A diluição varia
de 6 a 15% quando a temperatura variar de 25° C em diante. Quanto maior a temperatura,
maior o percentual, uma vez que em tempo quente a secagem da tinta torna-se acelerada, e
por isso mesmo as telas ficam sujeitas a freqüentes entupimentos.
• Fita gomada: Serve para isolar, vedar a parte externa da tela, evitando assim o provável
vazamento de tinta pelas bordas da matriz.
• Estopa ou trapo de pano: Material mais usado para limpeza das matrizes depois da impressão.
Apesar de ser muito usada, a estopa solta fiapos e resíduos que se depositam nas tintas e nos
materiais depois de impressos. 0 material mais indicado é o trapo de pano.
• Cloro ou água sanitária: Empregados para a remoção da emulsão fotográfica das telas,
quando se deseja fazer um novo trabalho nas mesmas. É bom lembrar que o constante uso
desse material concorre para a deterioração das malhas. Para facilitar a limpeza das telas
preparadas com emulsão para tintas acrílicas, recomenda-se o álcool combustível.

O Que Você Gostaria de Fazer

É o esboço do trabalho. Nele está a aparência visual do que será o trabalho depois de pronto.
0 lay-out é apresentado em tamanho natural, a não ser nos cartazes de grandes formatos, que
são apresentados no lay-out em tamanho menor, mas nas proporções do trabalho original.

Depois do lay-out aprovado, será desenvolvida a arte final, para desta forma ser confeccionado o
fotolito (em caso de trabalhos que requeiram maior precisão de detalhes). A arte final será um
trabalho totalmente acabado, feito sobre material especial (acetato, poliester ou vegetal) utilizando-
se tinta nankim, letras ou símbolos transferíveis(decadry, letra-set, etc). Os elementos que compõem
uma arte final são: ilustrações, textos e fotos (em caso de trabalhos mais sofisticados).

Para cada cor do desenho deverá ser feita uma arte correspondente em papel separado.

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Deve-se fazer iniciaimente a arte do contorno do desenho que, aliás, é a que possui miaiores detalhes e
, portanto, a que requer maior atenção e melhor acabamento. É importante fazer duas demarcações
em forma de cruz em locais diferentes do papel, cuja finalidade será a de facilitar o ajustamento das
cores, uma vez que todas as outras artes terão as mesmas demarcações coincidentes. Observe que
deverá ser preenchido com a tinta nankim somente a área que desejamos obter determinada cor.

Chama-se diapositivo o material que dará origem às matrizes serigráficas fotográficas. 0 diapositivo é o
material que transportará o desenho para a matriz (tela). Sua função é gravar a matriz, isto é, as áreas
pretas que compreendem o desenho farão um bloqueio da passagem da luz quando a matriz for
submetida a gravação, deixando as áreas que não foram expostas a luz solúveis em água. As áreas
transparentes que compõem o diapositivo deixarão a luz passar, e a ação desta sobre a emulsão a
deixará insolúvel em água.
Assim, depois de revelada a matriz, as áreas que formam o desenho estarão abertas, possibilitando a
passagem da tinta.
Existem 02 (dois) tipos de diapositivo:

Dispositovo Manual:

- Existem 02(dois) tipos:


Filme de máscara e desenho sobre material transparente. 0 Filme de Máscara é o diapositivo obtido
através de um filme que consiste em uma camada de laca aplicada sobre uma base de poliester
totalmente transparente. É um filme recortado a mão. Suas características proporcionam um
diapositivo que nas áreas transparentes possibilitarão a queima das emulsões fotosensíveis, deixando-as
insolúveis em água, e nas áreas com filme, a luz não ultrapassa, deixando essas áreas solúveis. Quando
a matriz serigráfica é submetida a água, a área solúvel se desfaz, deixando a área aberta e
possibilitando a passagem da tinta. É um tipo de filme utilizado para desenhos grandes, áreas chapadas
ou desenhos que não contenham detalhes muito pequenos, impossíveis de recortar. Esse tipo de
diapositivo também pode ser combinado com outros tipos, através de montagem. 0 Desenho sobre
material transparente é o tipo de diapositivo utilizado para trabalhos sem muita precisão. É obtido

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através do desenho feito à mão sobre material transparente (vegetal, poliester, etc), com tinta
especial opaca (nankim, abidec), para se obter o bloqueio da luz na gravação da tela.

Fotolito:

É o tipo de diapositivo obtido através de equipamentos foto-mecânicos. Este equipamento é chamado


de máquina de fotolito e reproduz com fidelidade a arte final. 0 fotolito é o diapositivo mais preciso.
Através dele é possível a reprodução de traços, retícula, bendays, fotografias, etc.

Na serigrafia a confecção de matrizes tem grande importância, pois é através dela que se obtém os
resultados de qualidade da impressão. A matriz é composta pelos seguintes elementos: quadro (ou
bastidor ou moldura),cordel de algodão (ou grampos) e a malha (nylon ou monyl).

Quadros

Chamamos de quadro a armação que irá sustentar a malha esticada. 0 quadro pode ser de madeira,
ferro ou alumínio. 0 mais usual, por ser mais barato e mais simples é o de madeira, muito embora a
moldura de ferro ou alumínio ofereça maior estabilidade ao trabalho.

Malha

As malhas mais comumente encontradas no mercado são o nylon e o monyl (poliéster). Em geral as
malhas devem possuir as seguintes características:
• textura regular;
• elevada resistência aos esforços mecânicos;
• resistência a uma serie de produtos químicos, pois será exposta a solventes;

As malhas são caracterizadas por diferentes números, isto é, fios por cm linear. O número de fios das
malhas varia de 15 a 180 fios. Quanto menor o número, mais aberta será a trama da malha, permitindo
maior passagem de tinta. Quanto mais detalhado o desenho, menor deverá ser a passagem de tinta
(para tal, um número maior da malha). Comumente o número do nylon varia de 15 a 120, e o monyl
(poliéster) de 21 a 180.
As malhas devem ser desengorduradas com água e sabão ou detergente neutro, mantendo-as
umedecidas antes da esticagem. A forma mais correta é estica-la ligeiramente e com um pano
molhado, umedecê-la, principalmente nas matrizes de grandes dimensões. Deve ser umedecida por
igual em toda sua extensão, evitando zonas de diferentes esticagens.

A esticagem pode ser feita através de grampos, com grampeadores especiais (grampeador automático)
ou através de um cordel de algodão.

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Cordel de Algodão

0 cordel de algodão de 5 mm de diâmetro, serve para ser introduzido na ranhura (canaleta) da


moldura, sobre a malha, produzindo grande firmeza no tecido esticado.

Cordel de algodão

A confecção de matrizes pode ser dividida em três processos:


- Processo Direto;
- Processo Indireto;
- Processo Misto.
Processo Direto é aquele em que a emulsão fotográfica é aplicada diretamente na tela.
Processo Indireto pode ser dividido em duas partes: processo indireto manual, que é feito através de
um filme de recorte (é indireto porque é cortado fora e depois aplicado na tela) e o outro seria o
processo indireto fotomecânico, que é feito através de filme fotográfico pré sensibilizado (é indireto
porque é fotografado fora e depois aplicado na tela).
Processo Misto é feito com filme não sensibilizado e com emulsão fotosensível. É misto porque é
aplicado na tela através da emulsão. Depois de seco é fotografado.
Utilizando-se qualquer um dos processos é indispensável que se faça antes o desengraxamento da tela,
com a finalidade de eliminar gorduras, prejudiciais à revelação. Existem no mercado pastas especiais
ou desengraxantes líquidos para esse uso. Caso não possua nenhum destes produtos, utilize uma
solução de água e sabão de coco ou neutro, enxaguando bem a tela posteriormente para retirar os
excessos. Em último caso utilize álcool para o desengraxe.

Veremos a seguir o processo mais utilizado em trabalhos de serigrafia: o processo direto.


Para que possamos entender o processo direto, temos que nos familiarizar com as emulsões, que são a
base de todo o processo. Existem muitos tipos de produtos para a fabricação de emulsões, e isso pode
causar diferentes resultados dependendo do produto utilizado. A sensibilidade à luz é obtida pela
mistura com sensibilizantes, como o bicromato por exemplo. A proporção adequada é de 09 (nove)
porções de emulsão para 01 (uma) de sensibilizante (pode-se utilizar uma colher como medida), em
circunstâncias ambientais normais. Em caso de grande umidade relativa do ar, recomenda-se adicionar
em torno de 50% a quantidade de sensibilizante. As emulsões devem ser preparadas em local escuro ou
com auxílio de luz vermelha .Seu armazenamento poderá ser feito, sem sensibilizar, em temperaturas
entre 10º C e nunca mais de 40º C, pois a esta temperatura ou acima dela as emulsões são destruídas.
Após ter sido sensibilizada, pode ser armazenada em local fresco e escuro , (de preferência na
geladeira). O tempo de armazenamento é inferior ao das não sensibilizadas (no máximo cinco dias) e a
emulsão sensibilizada não pode ser exposta à luz. A mistura da emulsão com o sensibilizante deve ser
feita com movimentos leves e constantes, descansando algumas horas antes do uso (não menos de duas
horas) para evitar bolhas. É necessário que tenhamos conhecimento de que há dois tipos de emulsão a
serem utilizadas em trabalhos simples de serigrafia:

• Emulsão Hidrofoto;
• Emulsão Plastifoto.

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Emulsão Hidrofoto - Emulsão a base de cola (várias cores) para ser usada na impressão de motivos
coloridos, com tintas à base de água, exclusiva para tecidos.
0bs: Logo após a série de impressões lavar bem a tela com água para que a mesma não seja perdida por
causa do entupimento dos orifícios de passagem da tinta.
Emulsão Plastifoto - Emulsão a base de álcool polivinílico, para ser usada na impressão de motivos
coloridos, com tintas que não sejam a base de água.
Ex.: Vinílica, sintética, epóxi.
Obs: Para cada tipo de tinta, existe um solvente próprio para limpeza da tela, que deverá ser realizada
logo após a série de impressões, com a finalidade de não entupir os orifícios de passagem da tinta.
É fundamental ressaltar que a emulsão hidrofoto, resistente às tintas solúveis em água (acrílicas) pode
ser feita a base de cola plástica (mais barato do que as já pré fabricadas), sendo sua coloração
efetuada com pigmentos para tintas a base de PVA (suvinil, por exemplo). As cores mais comuns
encontradas para emulsão hidrofoto são laranja, amarelo e verde.
As emulsões plastifoto, resistentes à tintas a base de solventes, são encontradas no comércio nas cores
azul e roxa.
O sensibilizante é comum em ambos os casos.

Aplicação da Emulsão na Tela

Para uma matriz de boa qualidade é indispensável uma aplicação uniforme da emulsão (qualquer uma
delas). A camada mais grossa deve estar sempre do lado externo da matriz. Esta operação deve ser
feita em local escuro ou sob luz de segurança (vermelha). Para a aplicação, o tecido deve estar
perfeitamente seco. A melhor forma de aplicar a emulsão é mediante uma espátula de emulsionar,
podendo-se também utilizar uma régua bem lisa. A emulsão deverá ser colocada na calha da espátula
de emulsionar ou na base da régua, que estará apoiada na borda inferior da tela e encostada na malha,
formando um ângulo de 45º com esta. Derrama-se então um pouco da emulsão na malha e, com um
único movimento de baixo para cima, aplica-se a emulsão. O desenho a seguir demonstra a forma
correta da aplicação, lembrando-se que tal operação deverá ser executada em ambos os lados da tela,
retirando-se os excessos ao final da aplicação.

Secagem da Tela Emulsionada

A secagem da emulsão deve ser feita em um ambiente livre de poeira, com ausência de luz ou sob luz
de segurança e se possível fechado, a uma temperatura máxima de 30° C, pois temperaturas superiores
podem causar endurecimento térmico da emulsão. A secagem pode ser feita mediante circulação de ar
através de um ventilador, não devendo ultrapassar 20 (vinte) minutos. Depois de seca a emulsão é
extremamente sensível à luz, por isso deve ser protegida de qualquer foco, com exceção da luz de
segurança (vermelha).

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Exposição a Luz

Depois de completamente seca a tela, teremos a exposição à luz. Esta pode ser feita através de uma
prensa especial (oferece melhores resultados), entretanto a mais usual, por ser mais acessível a sua
aquisição, é a chamada mesa de revelação ou mesa de luz. Essa mesa é constituída de um tampo de
vidro transparente de 80 X 80 cm, com espessura de 6 mm. Abaixo desse tampo, um dispositivo com
uma lâmpada Photo flood de 500 W a uma distância de aproximadamente 60 cm (se a mesa a ser
construída ultrapassar essas medidas, recomenda-se utilizar mais uma lâmpada); ou um dispositivo com
12 lâmpadas fluorescentes de 40 W a uma distância de aproximadamente 8 cm do tampo de vidro.

De um laboratório para outro as condições de trabalho são diferentes, portanto, o tempo de exposição
deverá ser determinado a partir de testes realizados com o material a ser empregado. A qualidade do
diapositivo; a temperatura ambiente; os tipos de lâmpadas; etc. ; são fatores que podem determinar o
tempo ideal de exposição. Podemos sugerir que o tempo com o dispositivo das 2 lâmpadas de 500 W ou
o dispositivo das 12 lâmpadas fluorescentes de 40 W seja em torno de 2 (dois) minutos. Com o
dispositivo de uma lâmpada, o tempo de exposição deverá ser em torno de 3(três) minutos. 0 fato é
que para a exposição torna-se necessário uma fonte de luz rica em raios ultravioleta e um esquema
adequado para o contato perfeito do fotolito com o filme (tela). Este contato na prensa a vácuo dá-se
perfeitamente. No caso das mesas, usa-se calços perfeitamente planos com um determinado peso para
o contato do filme (tela) com o diapositivo.

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Para uma futura impressão sem problemas é necessário que se observe uma distância de
aproximadamente 10 cm entre o diapositivo e a margem do quadro, a fim de evitar a distorção da
imagem.

Revelação

A revelação deve ser feita logo após a exposição à luz. A matriz deve ser lavada com água morna
(preferencialmente) a uma temperatura não superior a 35º C, com uma pressão moderada, insistindo
até as áreas do desenho estarem livres da emulsão. A revelação não deve ser muito prolongada, pois
sofre inchamento que prejudicará as áreas de detalhes finos.

Retoques

Depois de revelada e seca, a matriz deve ser retocada, a fim de tampar eventuais furos. Deve-se
utilizar emulsão sensibilizada para o retoque.
observação: 0 processo direto é um processo mais popular, mais barato e menos trabalhoso. Vamos
recapitular a seqüência para uma revelação fotográfica da tela (processo direto):

1º) a. Sensibilizar a tela; b. Secagem da tela;


2º) Disposição do desenho ou fotolito (diapositivo) sobre a copiadora (mesa de luz);

3º) Colocação da tela sobre a figura (diapositivo);

4º) Exposição à luz;

5º) Revelação com água;

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6º) Secagem da tela gravada;

7º) Retoques.

Impressão

A impressão serigráfica pode ser feita manualmente ou através de máquinas. Em qualquer um dos
casos, diversos fatores influenciam na qualidade do trabalho. os principais fatores são:
• Conhecimento do impressor;
• Precisão da máquina, dispositivo ou garra;
• Tensão do tecido esticado na malha;
• Dureza da borracha do rodo (puxador);
• Ajuste do "fora de contato";
• Velocidade de impressão;
• Diluição das tintas;
• Formas de registro do material a ser impresso;

Impressão Propriamente Dita

É executada pela ação do rodo sobre a matriz. A inclinação, pressão, fio da borracha e velocidade,
determinarão a qualidade da impressão.

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Inclinação do rodo: Deve ser feita a 45°, isto é, em relação ao plano da matriz o rodo deve ter uma
inclinação de 45°.
Pressão: A pressão que o rodo deverá exercer sobre a malha deverá ser o suficiente para fazer com que
a malha toque no material a ser impresso apenas no local onde o fio do rodo tange o material. Uma
pressão excessiva provoca distorção da imagem e tende a borrá-la. Uma sub-pressão, provoca uma
descarga irregular de tinta e tende a deixar a impressão falhada.
Fio de borracha: 0 corte do fio da borracha pode causar diferentes efeitos na impressão. 0 corte
arredondado provoca maior descarga de tinta e pouca definição. Corte em canto vivo, proporciona
ótima descarga de tinta e boa definição. Corte em ângulo proporciona menor descarga de tinta e maior
definição.
Velocidade: Deve ser constante. Menor velocidade ocasiona maior descarga de tinta e menor definição.
Muita velocidade ocasiona pouca descarga de tinta e há tendência a falhas. 0 ideal para impressões em
geral é uma velocidade média. Um fator importante é que o material deve estar bem preso, o que é
fácil se conseguir com um tampo à vácuo ou através de um processo mais rudimentar que é a cola
permanente. A impressão deve ser feita sempre no mesmo sentido (da parte superior para a inferior da
matriz).
Cobertura: chama-se cobertura a forma de manter-se as malhas cobertas de tinta depois de ter sido
feita a impressão. A cobertura é usada principalmente para evitar o entupimento (ressecamento da
tela) e ao mesmo tempo garante um depósito correto da tinta, principalmente em malhas mais
fechadas.
Secagem: Depois de impresso, o material deve ser submetido a um tempo de secagem antes de ser
empilhado. Essa secagem pode ser feita ao ar livre, em secadores ou feita através de estufas especiais.

Registro

Chama-se registro, a forma de posicionar o material a ser impresso no local correto para receber a
impressão sempre no mesmo lugar. Os tipos de registro mais conhecidos são:
• Registro de encosto gabarito ou batente: É feito mediante pequenas tiras coladas na lateral
do material a ser impresso, servindo de guia para que todas as folhas sejam impressas com
precisão e possam receber as cores subsequentes exatamente no registro da primeira cor.
(utilizado principalmente na impressão de adesivos).
• Registro de máscara: É o tipo de registro utilizado em casos especiais, pois é um registro
bastante preciso, mas muito moroso. É feito mediante a impressão do desenho sobre uma
folha de material transparente, presa na lateral da mesa ou prancheta. Colocando-se o
material a ser impresso sob essa folha, obtemos exatamente a posição da segunda cor.(figura
do registro de máscara)
• Registro visual: É um tipo de registro difícil de ser executado, por haver a necessidade da
visualização através da tela, da localização exata da próxima impressão, sendo utilizado
somente em impressões de pequenas quantidades e poucos detalhes.

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O Fora de Contato

Em toda impressão serigráfica, o fora de contato é a forma de se garantir o registro, a definição da


impressão e evitar de borrar. Para se obter uma impressão limpa e de registro exato, é importante
ajustar corretamente o fora de contato. Denomina-se fora de contato, a distância entre a matriz e o
material a ser impresso. 0 fora de contato é necessário, em primeiro lugar, para que o material a ser
impresso não seja tocado pela matriz e eventualmente não borre; em segundo lugar, para que a malha
esticada na matriz, desprenda-se do material a ser impresso durante a ação do rodo sobre a malha. 0
fora de contato varia de 2 a 5 mm, dependendo do tamanho do material a ser impresso; quanto maior,
maior a distância. (desenho do fora de contato)

Tintas

Existem vários tipos e fabricantes de tintas; vamos abordar apenas as mais usadas:
TINTA PARA TECIDOS (T.T): Não muito consistente, porém ótima para certos trabalhos,
principalmente os que podem ser feitos com registro visual, entretanto após a secagem devemos
colocar um pano em cima da impressão e passar um ferro quente para fixar, caso contrário com a
lavagem a impressão vai desbotando.
TINTA ACRÍLICA: De altíssimo rendimento em tecido, extrema resistência ao atrito nas lavagens e
também aos detergentes domésticos, dispensa toda e qualquer forma de polimerização ou fixação a
calor.
TINTA PUFF: Para impressão em tecidos, tendo a característica de ficar em relevo após ser submetida
à estufa, ferro quente ou secador de cabelos, proporcionando grande feito visual.
TINTA SINTÉTICA BRILHANTE: Impressões serigráficas sobre chapas de ferro e metais, duratex,
cartolina, papéis, flâmulas, poliéster e madeira.
TINTA SINTÉTICA FOSCA: Chapas de ferro e metal, duratex, papelão, papel, cartolina , flâmulas,
sacolas de papel para posterior plastificação.
TINTA SINTÉTICA LUMINOSA: Se presta aos casos acima citados.
TINTA VINÍLICA BRILHANTE: Material vinílico flexível, semi-rígido. Bolsas, carteiras e sacolas, auto-
adesivos, embalagens industriais, brinquedos.
TINTA VINÍLICA FOSCA: Vinílicos flexíveis e semi-rígidos como bolsas, plásticos, encadernações, auto-
adesivos, pastas e carteiras, brinquedos, pneumáticos, embalagens industriais, etc.
TINTA VINÍLICA LUMINOSA: As mesmas aplicações do item anterior, além de decalques.
TINTA ETCH-RESIST p/ circuito impresso: Tinta branca para gravar e imprimir circuitos eletrônicos
com posterior aplicação ácida com percloreto de ferro e remoção final com álcalis.
SOLDER RESIST p/ circuito impresso: Tinta serigráfica verde transparente, base de epóxi, dois
componentes, para dar acabamento no circuito impresso (máscara), para posterior soldagem com
estanho.
TINTA PARA ACETATO: Impressão serigráfica sobre acetato, celofane, cartolina, papel, duratex,
poliéster ou acrílicos em chaveiros de propaganda.
TINTA EPÓXI: Impressão serigráfica sobre Polietileno tratado, Polipropileno tratado, metais (ferro,
alumínio, etc.), vidro, fórmica e semelhantes, baquelites e chapas fenólicas. Esta tinta é diluída a uma
proporção de 10% com o seu catalizador.
TINTA PARA COURO: Impressão sobre couro, tecidos de nylon, diversos materiais vinílicos. Observação:
Empega-se solvente vinílico para a limpeza da tela ou diluição, no caso de se utilizar tinta vinílica;
emprega-se solvente sintético ou água raz, no caso em que houver utilização de tintas sintéticas;
emprega-se solvente epóxi no caso de tinta epoxi.

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