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GUIA PARA INSTALACAO E OPERACAO DE CAPACITORES DE POTENCIA NBR 5060 Procedimento suuns77 ‘SUMARIO Objetivo Documentos complementares Definigdes Gener Escolha de tenséo nominal ‘Temperatura de tuncionamento CondigBes especiais de funcionamento Sobretensses Sobrecorrentes 10 Equipamentos de manobra, controle, protegso e ligagdes. 41 Escolhe do nivel de laolamento 12 Capacitores ligados a sistemas que possuem telecomando por audio-reqiéncia 13 Requisitos de seguranga 14 Inspegao e manutengso ANEXO A-Tabelas. ANEXO B - Figuras on 1 OBJETIVO Esta Norma fixa as condiyGes exiy(veis ue cardler yeral para @ instalagao @ a operagao de capacitores de poténcia em sistemas de poténcia 2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Na aplicagao desta Norma é necessério consultar: NBR 5456 - Eletrotécnica e eletrénica - Eletricidade em geral - Terminologia NBR 6282 - Capacitores de poténcia - Especificagao 3 DEFINIGOES 3.1 Os termos técnicos utilizados nesta Norma estéo definidos na NBR §282 ena NBR 5456. ‘Origem: Projeto NB-209/1976 ‘€B-03 - Comité Brasileiro de Eletricidade ‘SC 219 - Sub-comita Eletrotéenica | ‘CT-33 - Comissdo Técnica de Capacitores de Poténcia SISTEMA NACIONAL DE ABNT - ASSOCIACAO BRASILEIRA METROLOGIA, NORMALIZACAO DE NORMAS TECNICAS E QUALIDADE INDUSTRIAL © Palavracchave: capacitor NBR 3 NORMA BRASILEIRA REGISTRADA, ‘COU: 621.319.4.004.24 24 paginas 2 NBR-5060/1977 4 GENERALIDADES 4.1 fo contrario da maloria dos equi amentos elétricos, os capacitores Tigados * em derivagio, quando postos em servigo, funcionam permanentemente a plena potén - cia ou a poténcia que se afastam daquele valor somente devido a variagdes de ten so. 4.2 As sobrecargas © os aquecimentos diminucm o vida dos copacitores e, em conse quéncia, as condigdes de funcionanento (Isto é, temperatura, tenséo e corrente) de vem ser rigorosamente controladas. 4.3 Deve-se notar que a introdugdo de uma capacitancia concentrada num sistema pode produzir condigdes insatisfatdrias de funcionamento, cono por exemplo, ampli, Ficagdo dos harminicos, auto-excitagSo das miquinas, sobretensio de manobra, fun- clonamento Insatisfatério dos cquipamentos de telecomando. 4.4 Devido aos diferentes tipos de capacitores e aos muitos fatores que entram en jogo, ndo é possivel abranger por simples regras todos os casos de instalagio! e operagao. As indicagées anteriores referem-se aos pontos mais importantes que devem ser considerados. Por outro lado, devem ser seguidas as instrugées do fabri. cante e das empresas fornecedoras de energia, particularmente aquelas relativas & retirade dos cepecttores do circuite nos perfodos de baixa carga. 5 ESCOLHADA TENSAO NOMINAL 5.1 A tensdo nominal do capacitor, om principio deve ser igual & tensio efetiva de operacao do sistema no qual o capacitor deve ser instalado, levando-se em con- ta a influéncia do prépric capacitor. 5.1.1 Em certos sistemas pode existir uma consideravel diferenga entre a tensio efetiva e a tensdo nominal do sistema devendo o comprador fornecer as informagdes as, de modo que o fab: necess: ante as possa levar em consideragio. 5.1.2 Quando os circuitos de bloqueio sdo montados em série com o capacitor a fim de reduzir os efeitos dos harnénicos,etc., 0 aumento correspondente da tensdo nos terminals do capacitor, com relagio & tensio efetiva de operagio do sistena,exigi 4 um aumento equivalente da tensdo nominal do capacitor. 5.1.3. Salvo indicagdo em contrrio, a tensio efetiva de operacio sera considera~ da como a tensdo nominal do sistema. Notas: a) Deve-se evitar, na escolha da tensdo nominal U, uma excessiva margem de seguranga, porquanto isto resultaria numa diminuiggo da poténcia efeti~ vanente dispontvel, quando comparada a poténcia nominal. NBR-5060/1977 3 b) A poténcia reativa fornecida pelo capacitor & igual a poténcia efet! va do capacitor (considerada a tolerancia de fabricagéo conforme NBR 5282) vozes o quadrado da relagao entre a tensio efetiva de opera do e a tensio nominal do capacitor. 5.2. Deve-se levar em conta, na determinacéo da tensio prevista’ nos terminals * do capacitor, alén do efeito do circuito de bloqueio mencionado, as seguintes ' consideracées: 2) 0s capacitores produzem um aumento de tenso no ponto onde eles se en- contram. Este aumento de tensio pode ser considerdvel para certos hand nicos que possam existir. Em consequéncia, os capacitores podem ser le- vados a funcionar a uma tenséo superior aquela medida antes da ligagio! dos capaci tores; b) a tensdo nos terminais do capacitor pode ser particularmente elevada ' nos perfodos de baixa carga. Neste caso, uma parte ou a totalidade dos capacitores deverd ser colocada fora de funcionamento, de modo a evitar que os capacitores sejam submetidos a esforgos excessivos, e 0 apareci- mento de sobretensdes anormais no sistema. 5.3. Somente em casos excepcionais e durante periodos de curta duragio, os capa itores podem funcionar 4 tensio maxima de operaco e & temperatura anbiente ni xina, simi) taneanente. 54 01 poténcias reat te de 135% da poténcia nominal do capacitor pode ser excedido se as as, conforme a NBR 5282, estiverem presentes simultanea mente. 5.4.1 Casos de aplicagdo de capacitores onde & necessér deverao ser levados ao conhecimento do fabricante. exceder esse limite, 5.5 As tensdes medidas com analisador de harmdnicos entre os terminais dos ca- pacitores devem atender 3s seguintes inequagdes: oP Nutyy <1535 cr we Ba st Nze ky or Fay 108 onde: k = tolerdncia no valor da poténcia do capacitor (detinida conforme 4 NBR-5060/ 1977 eR 5282) 5 N= niimero de ordem do harminico; Yan . an = relacao entre a tensdo do harménico de ordem Ne a tenso no- u ; minal. 6 TEMPERATURA DE FUNCIONAMENTO 6.1 Deve-se considerar particularmente a temperatura de funcionanento do capaci tor, porquanto ela tem uma grande influéncia na vide do capacitor. Ga. A temperatura do elemento mais quente é 0 fator determinante, mas na prati ca @ Impossfvel medir esta temperatura diretamente. 6.1.2 0 valor médio da temperatura do ar de resfriamento durante 1h nao deve ul trapassar de mais de 5%C a temperatura ambiente indicada para a categoria apropr da, na NBR 5282. 6.2 0s capaci tores devem ser dispostos de modo a permitir a dissipacdo,por radia lo € convecgio do calor produzido pelas perdas do capacitor. 6.2.1 0s seguintes pontos devem ser levados em consideracao: a) a ventilag3o do lugar da instalagdo ¢ a disposigdo das unidades devem ' ser tals que assequrem uma boa circulagao de ar em volta de cada unida- de. Esta particularidade é importante principalmente para unidades mon- tadas umas acima das outras; b) a semperatura dos capacitores aumenta consideravelnente, quando submet! dos a05 raios do sol ou 3 radiagio de uma superficie & temperatura ele vada. 6.2.2 Os capacitores, afim de se evitar um aquecimento excessivo desnecessario, devem ser instalados, vol tando a superficie menor da caixa na direcdo do percurso do sol. 6.2.3 Dependendo da temperatura do ar de resfriamento, da intensidade do resfria mento e da intensidade da duragao da radiagdo, sera necessario escolher-se uma das seguintes solucdes: a) proteger os capacitores das radiagdes; b) escother um determinado capacitor para uma temperatura ambiente mais elevada, por exemplo categoria -10°C a +45°C, em lugar de -10°C a +40°C, fou que tenha un projeto apropriados c) utittzer copecitores com uma tens3o nominal superior quel prevista no NBR-5060/1977 5 capftulo 5 (dever-se-a levar em conta a diminuigao da poténcia reativa) . 6.3 No caso de instalacdes abrigadas, deve-se dar atencio especial aos locais em que a temperatura do ar de resfriamento pode se tornar excessiva, por falta de ven, tilacio adequada. 6.3.1 Reconenda-se, neste caso, utilizagao de ventilagao forgada, para evitar o envelhecimente muito rSpido do capacitor. 7 CONDIGGES ESPECIAIS DE FUNCIONAMENTO 7-1 0 comprador dove informar ao fabricante, por ocasiSo do pedido, além da alta temperatura anbiente, se existir, outras condigdes desfavoraveis. Estas informa - Ses devem também ser dadas aos fornecedores de todos os equipamentos da instala- gio de capacitores. 7.2 As condigdes desfavordveis mais importantes sao as seguintes: a) ocorréncia frequente de perfodos de alta umidade relativa. Podera ser ne- cessdrio escolher-se una instalagdo com nTvel de isolamento mais elevado! ou utilizar isoladores especiais. Deve-se considerar a possibilidade de derivacdo dos fu: eis por gua condensada sobre sua cobertura; b) 0 aparecimento rapido de bolor: = 0s metais, as matéricas ceramicas e um grande niimero de pinturas e de lacas no suportam o bolor. Podem ser utilizados produtos fungicidas.en tretanto, eles s6 conservam por alguns meses suas propriedades proteto- ras; ¢) atmosfera corrosiva, que se encontra nas zonas industrials e costeiras: - em climas de alta temperatura, os efeitos dessa atmosfera podem ser bem mais severos do que em climas tenperados; 4) aglo de insetos. 8 SOBRETENSOES 8.1 Quando os capacitores sido colocados fora de funcionamento por dispositivos * de manobra que permitem reigniga0, podem se reproduzir sobretensdes ttansitérias! elevadas. 8.1.1 Reconenda-se escolher dispositivos de manobra que operem sem causar exces- siva sobretenséo devida as reignigoes. 8.2 Capacitores que podem ser submetidos @ sobretensdes elevadas, devido a des- descargas atmosféricas devem ser adequadamente protegidos. No caso de serem usa~ dos para-raios, os mesmos devem ser colocados 0 mais préxim possivel dos capaci- tores. Cuidados especiais devem ser tomados, quando se utilizam para-raios em gran es Lances'de capecttoress pera suportar a corrente de descarga, pedem ser neces sdrios para-ralos especiais. 8.3 Quando um capacitor & permanentemente ligado a um motor, podem surgir proble mas quando 0 motor € desligado da fonte de alimentagao. 0 motor ainda girando po- de atuar cono um gerador ¢ fazer surgir tensdes consideravelmente mais’ elevadas do que a tensdo do sistema. Entretanto, previne-se este inconveniente, asseguran- do-se que ® corrente do capacitor seja inferior 3 corrente de excitagie do motor; sugere-se um valor de cerca de 90%. 8.3.1 Como precaugo, no se deve tocar as partes vivas de um motor ao qual um capacitor & permanentemente ligado, antes de para-lo. Notas: a) A possibilidade de que a tensio possa subsistir apés o desligamento da maquina 6 particularmente perigosa no caso de geradores de inducao e de motores providos de um sistema de frenagem que opera por ocaside de uma falta de tensao. b) No caso em que o motor pare imediatamente depois de ter sido desligado! da rede, a corrente do capacitor pode ultrapassar o valor indicado ac ©) Capacitor (ou bance) de poténcia superior 3 acima indicada deve ser des ligado do motor quando este & desligado da rede. A providéncia nao é obrigatéria no caso da Nota b). 8.4 Quando um capacitor é ligado @ um motor com partida estrela-trigngulo a ins- talagdo deve ser feita de maneira a impedir sobretensdes, durante a partida. 8.5 Na constituigéo de um banco de capacitores as ul dades devem ser escolhidas! convenientemente, de modo que as diferengas de capacitancia entre as unidades nao causem sobretensdes Inadmissiveis em algumas unidades. 8.5.1 A diferenga de capacitancia entre duas unidades igualmente especi ficadas pode ser de até 15% (ver NBR 5282). 8.5.2 Podem ser adotados of procedimentos deseritos em 8.5.2.1 © 8.5.2.2. 8.5.2.1 Constituir o banco da maneira recomendada pelo fabricante, que levou em consideragdo as diferengas de capacitancia, evitando as diferengas de tens3o en- tre as unidades. 8.5.2.2 Escolher a tensa nominal das ul fades considerando 0 acréscimo possivel conseqilente 4 escolha a esmo das unidades e de acordo com a NBR 5282. NBR-6060/ 1977 7 8.5.3 Quando um ou nals unidedes de um benco séo retirades pelos dispositivus de protesao, em consequéncia de faltas, algunas das unidades no atingidas po dem ficar sujeitas 2 tensdes mais elevadas. A andlise poderd ser feita como au xflio das Tabelas 1, 2, 3, 4, 5, 6 @ 7 (ver Anexo A). 9. SOBRECORRENTES 9.1 05 capacitores nao devem jamais funcionar com correntes superiores a0 va~ lor méximo especificado na NBR 5282. 9.2 As correntes de sobrecarga podem ser produzidas por uma tenso excessiva ! na frequéncie fundamental, ou por harménicos, ou por ambos. 9.2.1 As principais fontes de harménicos sao 05 retificadores e os niicleos fer romagnéticos dos transformadores, reatores ¢ outros equipanentos principalmente quando saturados. 9.3. Se a elevagio da tensio nos perfodos de baixa carga é mantida pelos capaci tores, a saturagao dos niicleos dos transformadores pode ser consideravel. Neste caso, produzem-se harmdnicos de amplitude anormal, um dos quais pode ser ampli- Ficado por ressondncia entre o transformador e 0 capacitor. 9.3.1 Este é @ razdo principal para ve recomendar © desligonento dos capaci to- res nos perfodos de baixa carga, cono mencionado em 5.2 alfneas a) eb). 9.4 Se a corrente do capacitor ultrapassar 0 valor miximo especificado na NBR 5282, enquanto que a tensao se encontra nos limites admissiveis do 1,10U,, © harnénico predominante deve ser determinado de maneira a se encontrar a me- Ihor solugdo.. As solugdes seguintes devem ser consideradas: 2) deslocar uma parte ou a totalidade dos capacitores para outro ponte do sistemas b) ligar uma reatancia em série com o capacitor, a fim de baixar a frequé cia de ressonancia do circuito até um valor inferior aquele do harnéni~ co perturbador; ©) aumentar valor da capacitincia quando o capacitor esté instalado per to de retificadores. 9.5 A forma da onda da tensao e as caracte ticas do circuito devem ser deter minades antes © depots da instalagde do capacitor, cobretude se existem fontes de harnénicos, tais cono grandes retificadores. 9.6 Quando os capacitores s&0 colocados em funcionamento, podem se produzir so brecorrentes transitorias de grande amplitude a alta frequéncia. NBR-5060/107 9.6.1 Efeitos transitérios devem ser esperados, quando uma seco de banco de ca pacitores & colocada em paralelo com outras segdes jé energizadas. Pode ser ne- cessério reduzir-se estas sobrecorrentes transitérias a valores aceitéveis para os capacitores ¢ equipancntos, colocando=ze om Funcionamento os capaci tores por meio de uma resisténcia (comutagzo por resisténcia) ou introduzir-se reaténcias' no circuito de alimentago de cada segdo do banco. 10 EQUIPAMENTOS DE MANOBRA, CONTROLE, PROTECAO E LIGAGOES. 10.1 0s equipanentos de manobra, controle e protecdo, ¢ as ligagdes, devem ser projetadas para suportar permanentemente uma corrente Igual a 1,3 vezes a corren te dada para una tensio senoidal de valor eficaz igual 4 tensdo nominal, na fre- quéncia nominal (ver Anexos) . 10.1.1 Como 0 capacitor pode ter capaciténcia igual a 1,1 vezes o capacitancie! correspondente & sua poténcia nominal, esta corrente pode ter um valor maximo de 1,3 x 1,1 vezes a corrente nominal. Por outro lado, os harménicos eventua a den ter um efeito térmico mais elevado do que o harménico fundamental correspon- dente, devido ao efeito pelicular (ver Anexos). 10.2 0s dispositivos de manobra, controle e protecio e as ligagdes, devem supor tar as contragocs térmicas e eletrodinamicas ocasionadas pelas sobrecorrentes * transitdrias de grande amplitude e de frequéncia elevada, que podem aparecer no momento da energizagdo. Estes efeitos transitérios sdo esperados, quando uma se~ G30 de um banco de capacitores é colocada em paralelo com outras segdes que ja esto energizadas (ver Anexos) . 10.2.1 Quando a considerago das contragdes térmicas e eletro-dindmicas pode le vor @ um aobredimenstonamento doc equipamentos, devom sor tomedas a2 preeougies especiais previstas em 9.6 para protecdo contra as sobrecorrentes. Notas: a) Em particular os fusiveis escolhidos devem ter uma capacidade térmica adequada. b) Em certos casos, por exemplo, quando os capacitores so de controle au tomitico, as operacdes repetidas de ligar e deslicar podem ocorrer em intervalos de tempo relativamente curtos: = 0 equipanento de controle e os fusiveis devem ser escolhidos de modo a suportar estas condigées; = nas operagées repetidas de_desligar e ligar, a tensao nos terminals do capacitor, na reaplicagdo da tensao, nao deve ser maior que 10% da sua tenedo nominal « 10.3 Devem ser utilizados dispositivos de manobra, especialmente previstos para 18 operagdo de capacitores. Por exemplo, os dispositivos devem ser tais que néo ocorra uma reignigao durante uma operagia da ahertura, que pode recultar em sox NBR-5060/1977 a bretensdes elevadas. 10.3.1 Se © movimento dos contatos durante a abertura e 0 fechamento pode ser influenciado pelo operador, o mesmo dever& seguir as instrugdes, por exemplo,efe tuar a manobra o mais rapidamente possivel 10.3.2 Recomenda-se consultar o fabricante do capacitor, ou do dispositive de controle que devera ser utilizado com os capaci tores. 10.4 Recomenda-se proteger os capacitores contra as sobrecorrentes por mi de relés de sobrecorrentes adequados, e ajustados para 1,3 vezes a corrente nominal. 10.4.1 Este procedimento pode ser inadequado nas instalacdes prdxinas a fontes de harnén 0s. 10.4.2 Ew certos casos, os fusiveis nlo constituem una protegau sufictente con- tra sobrecorrentes. Nota: A protegio_de sobrecorrente de uma instalaglo de capacitores ndo assegura lune protegdo contra as sobretensées, nem geralmente contra us defeitos In= ternos de um capacitor unitario. A protecao contra defeitos internos de um banco de capacitores € necessaria. Medidas apropriadas devem ser tomadas neste caso, para eliminar automatica e imediatamente toda unidade defe sa. 10.5. No caso de utilizagao de reatores com nicleo ferro-magnético, deve*se con siderar a possib! Idade de saturagio e sobreaquecimento do niicleo por harnénicos. 10.6 Qualquer mau contato dos circuitos no banco de capacitores pode provocar pequenas descargas, que causam oscilagées de alta frequéncia suscetiveis de aque cer e sobrecarregar os capacitores. 10.6.1 Reconenda-se uma inspecdo a intervalos regulares de todos os contatos do equipamento capacitor. 11 ESCOLHA DO NIVEL DE ISOLAMENTO 11.1 Onfvel de isolamento do banco de capacitores deve ser escolhido de acordo com 0 sistema ao qual o banco sera ligado, conforme a NBR 5282. 11.1.1 Deve-se distinguir bem.o nivel de isolamento do banco e o das unidades. Devem ser consideradas as seguintes possibilidade: a) o nivel de isolamento das unidades idéntico a0 do banco. Este pode ' ser, por exemplo, 0 caso de quando as unidades no sio montadas em sé- rie. Um isolamento externo suplementar das unidades nao é necessario; 10 NBR-5060/1977 b) 0 nivel de isolamento das unidades € inferior a0 do banco. tste é geral- mente o caso em que as unidades sdo montadas em série, e & necessério un isolanento externo suplenentar das unidades. Quando existirem dividas so hre a reparticin da tancia antra ac unidadas an tenlamenta eutarna, aco te iiltimo devera estar de acordo como nivel de isolamento pleno do ban- co. 12 CAPACITOHES LIGADOS A SISTEMAS QUE POSSUEM TELECOMANDO POR AUDIO-FREQUENCIA 12.1. A impedéacia dos capacitores em dudio-freqiféncia é mito baixa. Quando eles so ligados a sistemas que usam telecomando por éudio-freqléncia, o transmissor * do telecomando corre o risco de ser sobrecarregado e seu funcionanento resultar insatisfatério. 12.1.1. Fxterem varios métodos para corrigir estes Inconveniantes. A ascolha do nelhor nétodo deve ser feita por acordo entre as partes interessadas. 13 REQUISITOS DE SEGURANGA 13.1 Recomenda-se que sejam aguardadds pelo menos 5 min para a descarga, e sé 5 capacitor ligados entre si e & terra, se devem tocar apis terem sido os termini partes vivas.Nos casos de capacitores sem dispositivo de descarga, ver 14.3.7. 13.2 Durante os ensaios de campo mencionados em 14.3, devem ser tomadas medidas! adequadas de protegdo do pessoal contra possivel explosio do capacitor. 13.3. 0s dispositivos de proteco devem interromper as correntes de falta nos ca~ pacitores de modo que a probabilidade de ruptura da caixa do capacitor se enqua - dre no grau de periculosidade admitido pela instalagdo. 13.3.1 Nas instalagdes normais, a probabilidade de ruptura da caixa do capacitor deve ser igual ou inferior a 10%. 13.3.1.1 Nessa faixa de probabiItdades, uma falta no capacitor & geralmente acom panhada de to somente pequeno inchamento da caixa. 13.3.2 Nos locais em que a ruptura da caixa e/ou vazamento do Ifquido isolante ' nao oferecem perigo, a probabilidade de ruptura da caixa pode se situar entre 10% e 508. 13.3.3. Em locais em que, apds cuidadoso estudo, for considerado que a ruptura ! violenta da caixa néo apresenta perigo, a probabilidade desta ruptura pode ser ad mitida entre 50% e 90%. 13.3.4 Uma probabI1Idade de rupture ual ou superior a 90% € Insegura na maio ~ NBR5060/1977 n ria das aplicagies. Geralmente ocorre a ruptura da cava com vialancia cuficien= te para danificar os capacitores vizinhos. 13.3.5 A probabilidade de ruptura da caixa do capacitor pode ser deter: la labela 8 (ver Anexo). jada pe 14 INSPEGAO E MANUTENCAO 1l.| No perfodo de 8 ha 24h apds a Instalagdo dos capacitores, e durante os primeiros perfodos de carga baixa, devem ser lidas a tenséo e a corrente em cada fase, de forma a determinar: a) que as tensdes estejam equilibradas e dentro dos limites nominais dos capacitores; b) que @ poténcia de funcionamento no exceda o limite de 135% da nominal. cluir 14.2 0 programa de inspecdes regulares da instalag3o de capacitores deve veri cages de ventilacdo, fusiveis, tenperaturas e tensdes. 14.2.1 AS buchas € superffctes Isolances dos capacitores devem ser limpas perio dicamente. 0 intervalo entre as inspeges depende das condigdes a que estiverem expostos 0s capacitores. 14.2.2 Capa ra evitar corrosdo e garantir a qualidade da super: ‘ores © equipamentos a0 tenpo podem requerer pintura perfodica pa ie de radiacao. 14.3 Podem ser feitos ensaios de campo nos capacitores, para verificagaa do die létrico, Isolagdo contra caixa, capacitancia ou corrente, tangente do dngulo de perdas ou perdas, ¢ vazamento. 14.5.1 urante a reallzagdo destes ensatos deve-se ovservar as precaugdes reco- mendadas em 13.2. 14.3.2. A verificagio de capacitores novos, antes da entrada em funcionamento,po de ser feita através de ensaios de tenso aplicada para verificag3o apenas do dielétrico € isolagio contra a caixa. 14.3.2.1 Deverao ser aplicadas por 10s. tenses de valores nio superiares a 75% dos especificados na NBR 5282, para ensaios de fabrica. 14.3.3. A tensdo aplicada entre os terminais no deve ser aplicada de uma s6 vez du al lernada. se 0 ensalo for realizado ew U 14.3.3.1 Deve-se aumentar a tensdo continuamente até atingir o valor da tensdo de ensaio ou entéo aplicar uma tensio ndo superior a tensio nominal do capacitor 5060 2 Nt @ entao, levantar continuamente a tensdo ate o valor da tensao de ensaio. 14.3.3.2 Para se desligar o capacitor, a tensio deverd ser abaixada con inuamente até a tensdo nominal do capacitor ou abaixo, antes da abertura do circuito. 14.3.4 Se o ensaio for realizado em tensdo continua, a duragao total, inclusive ' tempo necessario para carregar 0 capacitor, nao deve exceder um minuto, para no sobrecarregar 0 dispositive interno de descarga. 14.3.5 0 capacitor poderd ser danificado se descarregado pela colocagio em curto- Circuito dos terminais, antes de decorrido um minuto da retirada do potencial de ensaio. 1.3.6 A tensdo de ensaio dos terminais curto-circuitados para caixe, quando for necessério fazer 0 ensaio de campo em tensio continua deve ser a indicada na Tabe- la 9 do Anexo A. 14.3.7 Na real izagio de ensaios em tensio continua a corrente de carga no deve exceder 1A. Isto pode ser obtide colecando om er resisténcia em ohms, numericamente igual ou maior do que a tensio de ensaio, em com © capacitor um resistor de volts. Um resistor de 50 W 6 satisfatério. 14.3.7.1 Resistor similar, de 5U.UUUM ou 10U.0UUR, deve ser ligado aos terminals do capacitor para descarrega=lo, aps a remogao da tensdo de ensaio. 14,4 Ensaios para verificar @ condigo de um capacitor apés ter estado em servico, sdo necessdrios em casos de suspeita de defeito ou apés exposigao a possivel causa de defeito. Estes ensaios sao os descritos de 14.4.1 a 14.4.6. 1h.41 Tensdo aplicada a da mesma forma estabelecida em 14.1 desta Norma. Pode ser fe 14.4.2 Capacttancia Pode ser ensaiada satisfatoriamente pela medida da corrente durante a aplicagdo de tensdo e freqiéncia conhecidas (de preferéncia as nominais), de boa forma de onda, no distorcida por dispositivos de controle da tensio. 1h.4.2.1 Este ensaio também indica capacitores abertos e em curto-cirei 0. Os va lores deven estar de acordo com a NBR 5282 e coma placa de Identificagio. 14.4.3 Resisténcia de tsolarento do dielétrico Pode ser medida entre terminais por ponte ou pela leitura de tense e corrente em NBR-6060/197 13 tensio continua, nos capaci tores de duas buchas. Quando houver dispositive inter no de descarga, a medida correspondera ao resistor de descarga, cuja resisténcia € muito menor que 2 de isolamento. Os valores, seja da resisténcla interaade des, carga, seja da ractetincia de solamente (capacitores sem dispositive interna de descarga) devem ser obt jos do fabricante. 14.4.4 Reststéncta de tgolanento entre terminate ¢ catsa Pode ser medida nos capacitores de duas buchas para determinar a condigao das bu chas © do isolamento para a caixa. A resisténcia medida deve ser superior 2! 1000 KR. Se o capacitor é de uma s6 bucha e tem dispositivo de descarga interno, a medida corresponderé a este. 05 valores, seja da resisténcia interna de descar ga, seja da resisténcia de isolamento (capacitores sem dispositivos interno de descarga) devem ser obtidos do fabricante. 14.4.5 Ensaio de vazamento Pode ser feito limpando completamente a caixa, aquecendo © capacitor durante pe- lo menos 4h em estufa, © colocando-o hori © ponto de suspeita de vazanento para baixo. ontalmente sobre um papel limpo, com Nota: A temperatura da caixa nao deve exceder 100°C, 14.4.6 Tangente do Gngulo de perdas (perdas dielétricas) Um outro meio de determinar a condigdo das buchas e do isolamento para a caixa é a medig3o da tangente do dngulo de perdas ou das perdas dielétricas de terminais para a caixa. Esta medigo é mais i) que a descrita em 14.4.4 desta Norma, @ no apresenta vantagen sobre ela. Wb woe gle da tangente do Angulo de perdas ou das nerdas dialétricas an tre terminals é um outro modo de determinar a condigao do dielétrico, e ndo é ne cessdrio em acréscimo aos ensaigs descritos em 14.4.1, 14.4.2, 14.4.3, 14.4.4 @ 14.4.5 desta Norma. 14.4.6.2 As medigdes devem ser feitas a frequéncia nominal e 9 tensdes superio~ res a 25% da nominal, para obter resultados satisfatérios. 14.5 Nao so necessdrios ensaios de capacitores a intervalos curtos. Como eles slo hermeticamente fechados suas caracteristicas permanecem relativamente cons - tantes em condigées normais de funcionamento. 14.5.1 As condigdes de funcionamento podem, entretanto mudar, recomendando-se ' inspegdes e verificagées perfodicas, para constatar condigdes de funcionamento ' capazes de danificar ou reduzir a vida dos capaci tores. BNEXO A 4 NBR-5060/1977 ANEXO A — TABELAS TADELA 1 - Tonsfe nosuniledesromantes de ur grape parle fmm Pi A rotirada de Nr unidades) race frie wise era 6 grea ‘ee | are ST ed Neer eee ass Plea ay 3 A Mae ney ees nas iS Peele hae ae Pela eet Beeley une 13h Salat on cee ee fo 3 ee 7/3 sala Fei & i ey aa eae sea Buel a 3 : 3 By 3 ; , so : Ven } ie : at 3 a : 1a : “a 3 eo Nota: Esta Tabela deve ser usada com as ligagdes da Figura 1. 16 NBR-5060/1977 ‘TABELA 2 - Corrente durante o curto-circuito de uma unidade (om P.U. da corrante anterior por fase) Nimero de grupos-paralelo em série vy2 3 4 5 fa) |7 8 9 10 n 12 2,000/1,500] 1,333/1,250]1,200|1,167]1,143]1,125] 1,111] 1,100] 1,091 (A) Nao depende do banco: igual 4 corrente de curto-circuito do sistema. Nota: Esta Tabela deve ser usada com as ligagdes da Figura 1. (TABELA 3 TABELA 3 — TensSo nas unidades de um grupo paralelo (em PU. da tonso anterior & NBR-5060/1977 retirada de Ny unidaes) Pf d RE ib 3s ae iB ae le iy rh ry ae i] ifs Ae Hi a i] Hi ; : eg aat Pr Ryd Be ‘ sous : ie Nota: Esta Tabela deve ser usada com as ligagdes da Figura 2. NBR-5060/1077 (om PU. da corrente anterior) Nimero de grupos-paralelo em série Bias) 9: 10 W 2 1,065} 1,059 rv [2 fs fe [5 6 7 3,000] 1,500) 1,286] 1, 154)1,135)1,125]1,105|1,091|1,080) 1,071 (TABELA 5 N&R-5060/ 1977 TABELA 5 — Tensfo nas unilades restantos de um grupo-paralelo (em P.U, da tensio anterior ‘i retirada de Ny unidedes) is eee 0.000 1288.20 oe zr]: ee ata ha 3] es 3] 5 aime ta eile g]a Hale a tf] f] 3 iy } Rel a] r|s ay st Bele 315 343 alee ya ®] 3 Bl my ny ; 3 ; : : 13 as in By ca realy 19 Bios ie Nota: €sta Tabela deve ser usada com as ligages da Figura 3. NBR-5060/1977 TABELA 6 ~ Corrente no neuiro durante o curto-ireuite de uma unidade (om P.U. da corrente de linha do banco} Numero de grupos-paralelo em série 4 |s je 7 |8 jo fro far 12 0,150]0,115]0,094/0,079|0,068/0,060] 0,054/ 0,048] 0,044 Hota: Esta Tabela deve ser usada com as ligagdes da Figura 3. STABELA 7 NBR-5060/1977 2 TABELA 7 — Corrente no neutro ap6s a retirada de um grupo-paralelo {em P.U. da corrente de uma linha do banco) 5 3 3 3 : ‘ ? ; ; ‘ i : 2 3 3 Notas: ) corrente durante o curte cireuito de una unidade (ver Tabele 4) 5 b) esta Tabela deve ser usada com as ligagdes da Tabela 3. 2 NBR-5060/1977 TABELA 8 — Tempos méximos de interrupeto da corrente (em segundos) Capacitores de 25%Vkr ou 50 kVér Probabilidade 10%, 50%, 90% lcorrente (Anpéres) 70 > 30 > 60 - TOU 6 > 60 - 200 0,9 10 > 60 500 0,15 0,55 5,5 1 000 0,047 0,15, 0,75 2 000 0,018 0,043 0518 2 5uu vais 0,030 0,12 4 000 0,013 0,017 0,05 Acima de 4000A, a probabilidade & considerada superior a 90%, para qualquer tenpo 100 30 > 60 int e 200 6 30 > 60 oe 500 0,8 3 > 60 $s 1 000 0,2 0,6 3 82 z ooo 0,06 O15 0,4 fee 5 000 0,013 0,027 0,046 & | acima de 50008, a probabilidade & considerada superior 2 903, para qualquer tempo TABELA 9 — Tensfode onsalo do campo Tensio de ensaio de campo terminais & caixa corrente contfnus Tenso nominal do capacitor (terminal a terminal) w w 216 a 1 199 15 000 (a) 1200 a 5 000 28 500 5 001 a 15 000 39 000 (A) 7 500 para capacitores nao expostos. /ANEXO B efile NBR-5080/1977 23 ANEXO B ~ FIGURAS. Bence monotisico Banco avril com neutro Banco tidngulo Nr Ne Néenar de unidodes nur grupoparalalo Nomero de grupos parla em sete pj = eimero de unidades por tase tana de und rer eum grupo-parialo FIGURA 1 — LigapSes banco monofésico, estréla com neutro aterrado e tridngulo Niro do under num grupo-partelo [Namo de grupos-paraelo em série Np xy © niece de unidades por tose Nama de undedesretiradas de wn grupe-paallo FIGURA 2 — Ligagéo estréla com neutro nfo aterrado NBR-5060/1077 an Nimero de unidedes nur grupo parle Nome de yujorperlao em sro NpxNy = nme de unis por fase Nimero de unidedes eis de um grupo aralelo FIGURA 3 — Ligago entrée dupla

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