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(Mc 1.14).
Também se diz que Cristo “foi” e pregou. Segundo o entendimento
luterano, não é possível espiritualizar essa “ida” ao inferno,
como costumam fazer os calvinistas, dizendo que “quando Cristo
morreu na cruz, os efeitos de sua morte foram sentidos no reino
dos mortos... Como não temos nenhum direito de espiritualizar a
ascensão, assim há pouca justificação para retirar daqui o
sentido mais importante do verbo ou ignorá-lo. Cristo “foi e
pregou aos espíritos em prisão.”71 Existe, portanto, a ideia de
movimento de um local para outro, e não simplesmente a
espiritualização da ideia.
2. A QUEM SE FEZ ESTA PROCLAMAÇÃO?
Esta pergunta tem a ver com os “espíritos em prisão.” Quem
eram eles? As respostas não são absolutamente unânimes entre
os luteranos.
Lutero, no seu comentário do livro de Oséias, na edição de 1545,
refere-se ao texto de 1 Pedro 3.18, dizendo:
Aqui Pedro diz claramente que Cristo apareceu não somente aos
pais e patriarcas mortos, a quem ele em sua ressurreição
levantou consigo mesmo para a vida eterna, mas que ele pregou a
alguns que, nos tempos de Noé, não creram, mas confiaram na
paciência de D-us, isto é, esperaram que D-us não tratasse tão
severamente toda a carne, a fim de que eles pudessem saber que
os seus pecados foram perdoados através do sacrifício de
Cristo.72
Portanto, a ideia de Lutero é que a pregação de Cristo visou
confirmar a salvação daqueles que haviam vivido nos tempos
antigos, confiaram na paciência de D-us e agora estavam em
prisão no Hades. Em outras palavras, D-us salvou alguns que
confiaram não na pregação de Deus, mas na sua paciência. A
estes Jesus confirmou a sua redenção.
Obviamente, esta ideia de Lutero não é bem-vinda entre os
luteranos de modo geral. Scharlemann diz que “seria difícil
concordar com a última parte desta afirmação, mas a primeira
parte indica que nos últimos anos de sua vida Lutero viu o
descensus à luz de 1 Pedro.”73 Melanchton confirma que
posteriormente Lutero mudou a sua posição neste assunto. Ele
ficou “disposto a pensar sobre a pregação de Cristo no Hades,
referida em 1 Pedro, como tendo possivelmente efetuado também
a salvação de pagãos mais nobres como Scipio e Fabius.”74
A visão luterana oficial é a sustentada pelos seus símbolos de
fé já citados, que assimilam o pensamento cristão do século IV,
segundo o qual o descensus ocorreu para conquistar a morte e o
inferno, sem contudo comprometer-se na matéria da libertação
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____________________
* O autor é ministro presbiterano e professor. Obteve o seu
doutorado (Th.D.) na área de Teologia Sistemática no Concordia
Theological Seminary, em Saint Louis, Missouri, Estados Unidos.
1 Esta tradução opcional está no rodapé do texto de Almeida,
Versão Revista e Atualizada, e tem o apoio de alguns estudiosos
recentes, como é o caso de Wayne Grudem em seu artigo “He Did
not Descend Into Hell: A Plea for Following Scripture Instead of
the Apostle’s Creed,” Journal of the Evangelical Theological
Society 34/1 (Março 1991), 108.
2 Herman Witsius, Dissertations on The Apostle’s Creed, vol. II,
reimpressão (Presbyterian and Reformed Publishing Company,
1993), 140.
3 Citado por W. G. T. Shedd, Dogmatic Theology, vol. II (Nova
York: Charles Scribner’s Sons, 1889), 604.
4 Desde o século IX, o Credo Atanasiano tem sido atribuído a
Atanásio (297-373), o bispo de Alexandria e o principal defensor
da divindade de Cristo e da doutrina ortodoxa da trindade.
Todavia, desde o século XVII, abandonou-se entre os católicos e
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Visão adicional:
http://magcalcauvin.wordpress.com/2010/09/30/2327/
LECTIO DIVINA
Para que diabos serve a arte? A questão é das mais polémicas
entre os neurocientistas. A exemplo do que se dá com a religião,
os especialistas podem ser divididos no bloco dos que acreditam
que a arte é uma adaptação humana obtida por seleção natural e
o dos que pensam que ela é apenas um efeito colateral
resultante da forma como os nossos cérebros estão montados. No
último grupo encontram-se os pesos-pesados do neodarwinismo,
como o eterno Richard Dawkins, Stephen Jay Gould e Steven
Pinker. No primeiro, estão o próprio Charles Darwin (para ele, o
senso estético era uma faculdade intelectual fruto da seleção),
a antropóloga Ellen Dissanayake, o psicólogo Geoffrey Miller, e
a dupla dinâmica da psicologia evolutiva, John Tooby e Leda
Cosmides, que mudaram de lado, abandonando a tese da arte como
subproduto para abraçar a teoria da adaptação. Mas prossigamos
com um pouco mais de calma, pois esta é uma questão
extremamente controversa e que envolve conceitos complicados.
Outro ponto interessante é o da ficção. Foi ele que fez com que
Tooby e Cosmides mudassem de posição. OK, toda a gente está
cansada de saber que a arte é um universal humano. Não há
aldeia indígena, por mais remota que seja, que não faça alguma
coisa pragmaticamente inútil com penas e sementes e não se
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reúna para cantar e dançar. Mas isto não é tudo. A ficção, isto é,
histórias inventadas também são universais e, exceto pelos
fundamentalistas religiosos, ninguém as toma por realidade. Já
desde a mais tenra idade aprendemos a diferenciá-las. Para os
dois pesquisadores, este mecanismo de decupagem é um sinal de
adaptação. Confundir fatos com ficções é, evidentemente,
perigoso, como o provam os homens-bombas que imaginam ir
para um paraíso repleto de virgens (Alcorão 44:54 e 55:70) e
"mancebos eternamente jovens" (Idem 56:17). Se desenvolvemos
um sistema para operar a distinção e aparentemente estamos
todos dotados com a capacidade de extrair prazer de narrativas
inventadas, isto implica que a experiência ficcional é benéfica.
Ponto para a adaptação.
ARTE - O SUDÁRIO
E isto nos leva à questão de fundo desta coluna: por que raios,
quando o assunto é política, as pessoas param de pensar com a
cabeça e reagem apenas emocionalmente? O problema, receio, é
mais grave. Eu diria que a política é um dos poucos assuntos
onde conseguimos perceber com alguma clareza que nossos
cérebros são profundamente enviesados. Em outras áreas, nosso
órgão executivo central também age segundo um sistema de
preferências internas preestabelecidas, com base em emoções e
intuições morais esculpidas por condicionamentos culturais,
mas nós mal nos damos conta disto.
João 3:36
“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se
mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele
permanece a ira de Deus.”
Diz o professor:
Respondo eu:
- Como fica Romanos 9:14-18 onde D-us diz claramente que têm
misericórdia de uns (eleitos para a salvação) e endurece aos
outros (predestinados à perdição)?
http://reformaecarisma.blogspot.com/2010/05/ultima-resposta-leandro-quadros-
parte.html
Jesus liberta Adão e as suas Companheiras Lilith e Eva do Cativeiro da morte: http://magcalcauvin.wordpress.com/2010/09/30/2327/
Dois estudos internacionais indicam que a religiosidade pode proteger da morte por problemas cardíacos e de
doenças como a hipertensão.
Durante 30 anos, os médicos norte-americanos acompanharam a saúde cardiovascular de 6.500 adultos que
não apresentavam factores de risco (obesidade, tabagismo etc.). Constataram um menor número de mortes
por doenças do coração entre os que seguiam alguma religião.
Outro estudo americano, realizado pela Universidade de Duke com 3.963 pessoas, concluiu que a leitura de
textos religiosos, a prática de oração ou a participação em cultos reduziu em 40% o risco de a pessoa
desenvolver hipertensão. Com base nestes resultados, a Sociedade de Cardiologia de São Paulo, Brasil,
discutiu pela primeira vez a relação entre espiritualidade e saúde cardiovascular, num congresso.
"Cada vez mais os estudos apontam esta associação benéfica. Os resultados ainda não são definitivos, mas
merecem ser discutidos", diz o cardiologista Álvaro Avezum, director da divisão de pesquisa do Instituto Dante
Pazzanese de Cardiologia de São Paulo, Brasil. Existem algumas teorias para explicar por que as pessoas
religiosas têm menos doenças cardiovasculares. A principal delas, de acordo com Avezum, é o controle do
stress.
"O stress aumenta os níveis de cortisol no sangue. Isto eleva a pressão arterial e pode provocar taquicardia -
factores de risco para os problemas cardiovasculares. As pessoas espiritualizadas têm maior convivência
social e enfrentam os problemas da vida de maneira mais fácil, gerenciam melhor o stress", diz.
O psicólogo José Roberto Leite, do departamento de Psicobiologia da Unifesp (Universidade Federal de São
Paulo, Brasil), concorda. "As pessoas que têm uma crença religiosa costumam alimentar expectativas
positivas em relação ao futuro."
Resultados controversos
O geriatra Giancarlo Lucchetti, do Departamento de Neurologia da Unifesp, diz que a dobradinha religiosidade
e espiritualidade sempre esteve muito próxima da saúde, embora haja conclusões controversas. "Há estudos
que mostram benefícios, outros não. Mas a religiosidade é benéfica não apenas para o coração, mas para a
saúde como um todo."
Lucchetti fez um levantamento com 110 pacientes idosos que estavam em reabilitação na Santa Casa de São
Paulo, Brasil. Aqueles que eram mais religiosos tiveram uma melhora mais rápida no tratamento e relataram ter
mais qualidade de vida, segundo o médico. Ele alerta, porém, para o facto de que a religião pode atrapalhar o
paciente, dependendo da abordagem: "Muitas pessoas acham que um problema de saúde acontece porque
estão a ser punidas, porque D-us as abandonou. Isto provoca desfechos piores no tratamento e maior índice
de depressão".
A religiosidade, sozinha, não faz milagres, como lembra o cardiologista Marcos Knobel, do hospital israelita
Albert Einstein de São Paulo, Brasil: "Quem só se dedica à religião e esquece-se dos outros factores não
estará mais protegida do que alguém que cuida da saúde, mas não é tão religioso".
FREUD NO DIVAN
O sempre polémico filósofo francês Michel Onfray aprontou mais uma. Acaba de lançar o livro "Le Crepuscule
d'une Idole - L'Affabulation Freudienne" (O Crepúsculo de um Ídolo - A Fabulação Freudiana), no qual desfere
fortes ataques à vida e à obra de Sigmund Freud (1856-1939), o pai da psicanálise. Mesmo antes da chegada do
catatau de 624 páginas às livrarias, no último dia 21, a França vivia clima de guerra intelectual, com a
comunidade psicanalítica (principalmente freudianos e lacanianos) se mobilizando para responder à ofensiva.
O objetivo de Onfray em "Le Crepuscule", cujo título já escancara sua inspiração nietzschiana, é demonstrar
que "a psicanálise funciona como uma metafísica de substituição num mundo sem metafísica e oferece
elementos para a construção de uma religião numa época do pós-religioso". Segundo o filósofo, as
instituições da psicanálise foram construídas por seus "sacerdotes" num esquema próximo ao da religião
cristã, com seus patriarcas trabalhando diligentemente para esconder o que poderia vir a macular o mito --daí a
própria razão de ser do livro, que é desconstruir as falsificações.
Confesso que tenho simpatias por Onfray. Não tanto pela qualidade da sua obra, da qual li uma pequena
fração, mas pela capacidade de colocar o dedo nas feridas intelectuais francesas e torcê-las sem dó. Neste
caso, porém, só lhe dou meia razão.
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É claro que a psicanálise não é nem nunca foi uma ciência. E quem frequentar um psicanalista em busca de
cura para doenças mentais não apenas joga o seu dinheiro fora como ainda pode estar a retardar as
intervenções médicas necessárias. Parece-me entretanto historicamente falso, além de injusto, negar a Freud
um lugar no panteão dos pioneiros. Afinal, ele foi o primeiro a identificar o inconsciente e a ressaltar a sua
importância nos processos mentais humanos --o que não é pouca coisa. Receio, porém, que já me esteja a
antecipar. Voltemos às críticas de Onfray. Depois retomo a apreciação do que, a meu ver, sobrevive de Freud.
Pela reportagem que o caderno "Mais!" (só para os assinantes do UOL e da Folha de São Paulo) publicou no
último Domingo, "Le Crepuscule" não tem muito de inédito. Ele como que retoma, agora sob a coreografia do
polêmico filósofo, objeções epistemológicas e argumentos "ad hominem" que já haviam sido publicados em
2005 em "Le Livre Noir de la Psychanalyse" (O Livro Negro da Psicanálise), a obra coletiva que reúne 40 artigos
contra Freud.
E o próprio "Livre Noir" não é exatamente uma novidade. Ele é uma tradução para o francês dos humores
antipsicanalíticos que emanam do mundo acadêmico norte-americano, onde a visão preponderante é a de que
Freud nunca passou de um charlatão.
Isto foi algo que me chamou a atenção durante o ano sabático de 2008-2009 que passei na Universidade de
Michigan. Ali ninguém fala de Freud, que praticamente não consta dos programas de psicologia, seja de
graduação ou de pós, de nenhuma das grandes universidades que consultei. (Além de Michigan, dei uma
olhadinha em Stanford e Yale, que têm os dois mais conceituados departamentos de psicologia dos EUA). Com
um pouco de sorte, o nome do pensador vienense talvez seja mencionado --e bem "en passant"-- em algum
curso introdutório. O resto é basicamente neurociência, ciência cognitiva, psicolinguística, um pouquinho de
nada de sociologia e, na parte clínica, terapias não psicanalíticas.
O contraste com o Brasil é gritante. Aqui, a julgar pelo programa da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo, Brasil), Freud e sucessores, como Jung e Melanie Klein, ainda compõem algo como um terço do
currículo. Não creio que a situação seja muito diferente nas outras instituições.
O ocaso de Freud nos EUA (e em outros países que prestam mais atenção à ciência do que à metafísica) teve
início nos anos 50, com o desenvolvimento dos primeiros fármacos psicoativos. A constatação de que as
drogas eram capazes de provocar alterações no psiquismo abriu toda uma nova avenida para as pesquisas. Os
antipsicóticos fizeram-nos compreender melhor o sistema dopaminérgico. Depois vieram os antidepressivos e,
com eles, foram destrinchados os sistemas da serotonina e das monoaminas. Ressonâncias magnéticas
funcionais e tomografias por emissão de pósitrons completaram o arsenal do qual hoje a neurociência se vale
para esquadrinhar o cérebro. Paixões, pensamentos e até o raciocínio lógico deixam cada vez mais de ser
abstrações para tornar-se manifestações físicas nos neurônios. É o triunfo do monismo.
Os avanços neste campo foram tão rápidos e surpreendentes que há autores como George Lakoff afirmando
que até mesmo as metáforas que utilizamos na linguagem têm existência material nas nossas células
nervosas. Diante de tão palpáveis evidências, fica mesmo difícil recorrer a conceitos algo nebulosos como
complexo de Édipo, recalque, pulsão de morte e cura pela palavra.
Paradoxalmente, o próprio Freud, que jamais renunciou à pretensão de fazer ciência, teria aplaudido o avanço
da psicofarmacologia. No seu último livro, o inacabado "Esboço de Psicanálise", de 1938, ele escreveu: "O
futuro provavelmente vai nos ensinar a influenciar diretamente as quantidades (psíquicas) de energia e a sua
distribuição no aparelho psíquico por meio de matérias químicas especiais. Talvez surjam ainda outras
possibilidades ainda desconhecidas de terapia; por enquanto nós ainda não temos nada melhor que a técnica
psicanalítica à nossa disposição e por isso ela não deve ser desprezada, apesar das suas limitações".
Aparentemente, este futuro chegou --em que pese a forma ainda grosseira com que atuam os psicofármacos.
Do modo que foi formulada, a psicanálise jamais passou perto de ser uma ciência. Faltam-lhe metodologia,
resultados e conteúdo empírico para reclamar estatuto epistemológico. E acho complicado até tentar reservar
para ela o papel de saber curativo. Pelo menos para mim, é especialmente chocante a ideia de que o principal
que havia a ser dito sobre o psiquismo humano foi dito por Freud mais de 70 anos atrás e, de lá para cá, nada
de muito relevante surgiu. Se é verdade que as ciências duras, em especial as biológicas, padecem do defeito
de olhar muito pouco para o seu próprio passado --os médicos raramente leem um texto com mais de cinco
anos--, a psicanálise tem a falha de ser imune ao presente. A verdade já foi revelada pelo profeta vienense, não
havendo mais nada (ou quase nada) a acrescentar.
E esta é uma característica que, na minha opinião, dá razão a Onfray quando afirma que a psicanálise
estruturou-se de forma semelhante às religiões --ou aos partidos políticos de esquerda, ouso acrescentar. Para
prová-lo, basta conferir o elevado número de defecções, rompimentos e até excomunhões entre os seus
membros.
É claro que, numa sociedade livre, cada um pode ir atrás do que lhe faz bem. Se o fiel encontra conforto na
missa/culto/sinagoga..., é perfeitamente legítimo que o neurótico busque o alívio no divã. Dada, entretanto, a
ausência de evidências científicas de que estas terapias funcionam para além do efeito placebo, relutaria
bastante antes de introduzi-la na rede pública de atendimento.
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Só que nem a precariedade epistemológica da psicanálise nem as várias picuinhas levantadas por Onfray,
como as supostas infidelidades conjugais de Freud ou as suas propaladas simpatias pelo fascismo, são
suficientes para tirar do vienense o grande mérito de ter "inventado" o inconsciente. Os avanços da
neurociência vão mostrando que esee conceito é ainda mais importante do que suspeitava o pai da
psicanálise. Experiências neste campo já colocam em dúvida até a existência do livre-arbítrio. Ter percebido
isto num mundo ainda vitoriano é definitivamente uma façanha. Apenas isto já bastaria para colocar Freud no
mesmo patamar dos outros grandes pensadores que, munidos apenas da especulação, contribuíram para que
a humanidade pudesse lançar um novo olhar sobre si mesma.
Hélio Schwartsman, 43 anos, é articulista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O
Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.
E-mail: helio@uol.com.br
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