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Extradição é o processo oficial pelo qual um Estado solicita e obtém de outro a entrega
de uma pessoa condenada por, ou suspeita de, infração criminal.
O direito internacional entende que nenhum Estado é obrigado a extraditar uma pessoa
presente em seu território, devido ao princípio da soberania estatal. Por este motivo, o
tema costuma ser regulado por tratados bilaterais que podem gerar, a depender da
redação, este tipo de obrigação.
Condições
Em geral, os Estados costumam impor como condições prévias e necessárias para
extraditar uma pessoa em seu território:
Restrições
Muitos Estados recusam o pedido de extradição quando o extraditando é procurado por
crime político ou pode ser submetido a tribunal de exceção pelo Estado requerente.
O Brasil celebrou diversos tratados bilaterais de extradição. Até 2006, o país mantinha
acordos bilaterais sobre o tema[1] com Argentina, Austrália, Bélgica, Bolívia, Chile,
Colômbia, Coréia do Sul, Equador, Espanha, Estados Unidos da América, França, Itália,
Lituânia, México, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido, Suíça, Uruguai e Venezuela.
Deportação
A deportação é o processo de devolução compulsória, ao Estado de sua nacionalidade
ou procedência, de um estrangeiro que entra ou permanece irregularmente no território
de outro Estado[1]. Em geral, a lei permite o posterior retorno do deportado ao território
do Estado que o deportou, desde que atenda às exigências legais para tanto.
Como regra, a deportação pode ter como causa o uso de documento de viagem ou visto
de entrada falso, o exercício de atividade profissional incompatível com o visto de
entrada, a permanência além do prazo facultado no visto de entrada ou a violação de
condição para permanência (por exemplo, mudança da atividade profissional ou do
lugar de exercício de atividade, quando fixados no visto).
Não se deve confundir a deportação com os institutos da expulsão, que não permite o
retorno do estrangeiro, ou da extradição, no qual o indivíduo é entregue às autoridades
estrangeiras que o reclamam.
Deportação pode ser também a ação de expulsar, banir um grupo de pessoas de seu
território ou de seu país, mantendo-o ou não em cativeiro. Em certos casos precisos, tais
como o genocídio dos armênios, dos judeus e dos ciganos, a deportação teve como
objetivo a destruição física desses povos.
Expulsão
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• Expulsão é o ato administrativo que obriga o estrangeiro a sair do território de
um Estado e o proíbe de a ele retornar. Difere da extradição, segundo a qual o
indivíduo é entregue às autoridades de outro Estado que o reclama; na expulsão,
o único imperativo é que o estrangeiro saia do território do Estado e, satisfeita
esta condição, estará, em princípio, livre. Distingue-se, também, da deportação,
pois nesta última o estrangeiro não está proibido de retornar ao território do
Estado que o deportou, satisfeitas as exigências legais para o reingresso.
• Em geral, o direito internacional proíbe a expulsão de estrangeiros por motivo
privado, permitindo-a apenas em casos de atos nocivos à ordem ou segurança
pública. Em princípio, um Estado não pode se recusar a admitir em seu território
um indivíduo de sua nacionalidade expulso por país estrangeiro.
• O direito internacional proíbe a xenelásia, isto é, a expulsão em massa de
estrangeiros pertencentes a Estado inimigo, ao ser declarada a guerra.
• A expulsão de nacionais é chamada exílio ou banimento.