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1.

Sociedades primitivas:
1.1. Principío do parentesco.
1.2. O direito é ordem querida (e não criada) por Deus.
1.3. Confunde-se com a maneira de agir do povo. Expectativas consagradas e punição para
os que as desiludem.
1.4. Contraventor é expulso da comunidade, ou está dentro do direito ou fora dele.
1.5. Conhecimento e prática do direito se confundem.
2. Após as polis:
2.1. Homens como tais (ser livre), independente de parentesco. Liberdade como um status
próprio do cidadão.
2.2. Fórmulas prescritivas de validade permanente independente de relações de
parentescos mas que reconhece certa liberdade de escolha. Participação na vida da
cidade (liberdade participativa).
2.3. O contraventor passa a poder invocar o direito dentro da comunidade. O ilícito passa
a ser um comportamento jurídico, só que proibido.
2.4. Surge o conhecimento do direito como algo separado dele, e surgem os juristas que
se especializam nele.
Efinéias Stroppa dos Santos Mat. 10/0099327

Como o aparecimento dos mercados e a consequente organização das comunidades


como polis (sociedades politicas) afetou o direito?

Nas sociedades primitivas o poder de estabelecer o equilíbrio social está fundado no


princípio do parentesco. O individuo só é alguém por sua posição parental no clã. O direito
confunde-se com a maneira de agir da comunidade e é manifesto por regras gerais. Existem
expectativas consagradas e aquele que a desilude (o contraventor) é imediatamente expulso
da comunidade. Assim, não existe separação entre o conhecimento do direito e sua prática,
sendo ele percebido quando ocorre sua violação e a consequente retaliação por parte da
sociedade.

Com o surgimento das polis o princípio do parentesco desaparece como base da


organização social e é substituído por uma forma de hierarquia baseada em prestígio, relações
de status. Com isso o homem passa a ter direito como um ser livre, como cidadão da polis.
Isso exige que o direito se manifeste por meio de formulas prescritivas de validade
permanente que reconheçam essa liberdade. O contraventor passa então a poder invocar o
direito dentro da comunidade e não mais é expulso dela. A punição ao comportamento
desviante passa a ser regulada, surgindo as formas de jurisdição. Essa procedimentalização do
direito faz ele assumir a forma de um programa decisório que formula as condições para uma
decisão concreta. Nasce então o conhecimento do direito como algo diferente dele, a distinção
entre o direito-objeto e o direito-ciência (sua interpretação, seu saber e as técnicas de
persuasão).

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