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Sebastião Botto de Barros Tojal

Sergio Rabello Tamm Renault Consultores


Luiz Tarcisio Teixeira Ferreira
Pedro Estevam Alves Pinto Serrano
Fernanda Barretto Miranda Antonio Carlos Marcato
Jorge Henrique de Oliveira Souza Aristides Junqueira Alvarenga
Juliana Wernek de Camargo Roberto Lopes Telhada
Luis Eduardo Patrone Regules

Aline Carvalho Rêgo


Bruno Andrioli Galvão
Christian Fernandes Gomes da Rosa
Danielle da Silva Franco
Eduardo Rodrigues Evangelista
Eliene Marcelina de Oliveira
Felipe Del Moro
Fernanda Neves Vieira Machado
Fernando Aith
Humberto Polcaro Negrão
Igor Tamasauskas
Jang Hi Son
João Paulo de Lima Rolim
Leonardo Bissoli
Leonardo Carvalho Rangel
Lucio Feres da Silva Telles
Marcela Caldas dos Reis
Marcelo Augusto Puzone Gonçalves
Marcos Eduardo de Santis
Mariana Vitório Tiezzi
Maximilian Mendonça Haas
Reiji Miura
Ricardo Carlos Koch Filho
Ricardo Moreira Tavares Leite

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA


VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE SÃO
PAULO – ESTADO DE SÃO PAULO.

RUI GOETHE DA COSTA FALCÃO, brasileiro,

1
São Paulo Brasília

Al. Itu, 852, 14º andar. Jd. Paulista SHS, Quadra 6, Cj. A, Bloco A, Sala 205
01421-001 São Paulo, SP – Brasil Edifício Brasil 21 – Asa Sul
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casado, advogado, inscrito no RG/SSP-SP sob o n° 3.171.369-X e no CPF/
MF sob n° 614.646.868-15, residente e domiciliado na Rua Virgilio de Carvalho
Pinto, nº 557 - Apto. 201, CEP 05415-030, no município de São Paulo, Estado
de São Paulo, por seus advogados que esta subscrevem (procuração em anexo),
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, com fulcro nos artigos 5º, V,
X, XXXV, da Constituição Federal; 186, 927, caput, e 953 do Código Civil; 94,
caput, do Código de Processo Civil, contra AMAURY MARTINS RIBEIRO
JÚNIOR, brasileiro, separado judicialmente, jornalista, inscrito no RG/SSP-MG
sob o nº 7.976.320, com endereço profissional na Rua do Bosque, nº 1393, CEP
01136-001, no município de São Paulo, Estado de São Paulo, pelos motivos de fato
e de direito a seguir aduzidos.

I – DOS FATOS.

O Autor, vice-presidente nacional do Partido dos


Trabalhadores, foi reeleito Deputado Estadual no Estado de São Paulo pelo
Partido dos Trabalhadores e um dos principais coordenadores da campanha
presidencial da então candidata Dilma Rousseff.

Ainda, o Autor foi apontado no corrente ano


pela conhecida organização não-governamental “Voto Consciente” (http://
www.votoconsciente.org.br), a qual realizou uma pesquisa e acompanhou as
atividades parlamentares na Assembleia Legislativa de São Paulo, como um dos
três melhores deputados estaduais na legislatura 2007-2010, sendo-lhe conferido
notas 10 quantos aos itens relacionados a sua atuação como legislador (Leis) e
sua comunicação com os eleitores (Comunicação), conforme documentos anexos

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(docs. 1, 2, 3 e 4).

Como se não bastasse o Autor possui longa trajetória


política em prol de defesa dos interesses da coletividade e das classes menos
favorecidas, sendo um dos fundadores do partido político que possui um de seus
membros ocupando o mais alto cargo administrativo do País.

Ainda, necessário ressaltar que o Autor goza de grande


prestígio político, tanto em âmbito estadual como nacional, e é conhecido por
pautar-se pela probidade e lisura de seus atos na esfera política e pessoal, sendo
que jamais foi acusado de qualquer conduta delituosa e sequer teve o seu nome
vinculado a prática de atos escusos e imorais.

Todavia, consoante notoriamente apresentado pela


grande mídia brasileira, o Autor foi citado em diversas matérias jornalísticas,
as quais destacavam o depoimento do jornalista Amaury Martins Ribeiro
Júnior, ora Réu, cujo trecho apontava o nome do Autor como responsável
pela violação de dados existente no seu notebook, mais especificamente dados
fiscais sigilosos de pessoas ligadas a um partido adversário, conforme documentos
anexos (docs. 5, 6, 7, 8 e 9).

Nesse sentido urge transcrever o referido trecho do


depoimento pessoal prestado pelo Réu em 15/10/10 e constante às fls. 650 dos
autos do Inquérito Policial nº 839/2010 SR/DPF/DF (doc. 10):

“QUE AFIRMA TER CERTEZA QUE TAL


MATERIAL FOI COPIADO POR RUI FALCÃO, pois

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somente ele tinha a chave do citado apartamento, pois já havia
residido no mesmo, tendo o declarante verificado que o nome de
Rui Falcão constava da portaria do hotel com sendo o ocupante
daquela unidade.”

Neste desiderato, insta observar que a maioria dos


veículos de comunicação em massa (docs. 8 e 9) tiveram acesso aos dados tidos
como sigilosos extraídos do Inquérito Policial nº ILP 839/2010 SR/DPF/DF
(docs. 10, 11 e 12), sendo que a mesma oportunidade não foi conferida ao Autor,
quando este tentou, de modo infrutífero, consultar os autos.

Aliás, o Autor somente acesso ao depoimento do


Réu através do site “Folha.com” (doc. 9), o qual estranhamente obteve na íntegra
o referido depoimento que constava no citado inquérito policial supostamente
sigiloso.

Pois bem.

Ocorre que o Réu ao afirmar em seu depoimento


que tem “certeza” que o Autor copiou dados do seu notebook sem a devida
autorização, violando-lhe o sigilo de dados e do apartamento em que se hospedava,
e lastreado apenas em meras suposições solitárias de qualquer prova documental
ou testemunhal que pudesse comprová-las, ofende a honra do Autor, haja vista
imputar-lhe a prática de atos criminosos e de conduta imoral, como também
macula a imagem de homem público probo que detém o Autor perante a
coletividade, especialmente seus eleitores.

Em outras palavras, nota-se que o Réu com o seu


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depoimento calunia e difama a pessoa particular e pública do Autor, consoante os
tipos penais dispostos nos artigos 138, caput, e 139, caput, ambos do Código Penal:

“Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato


definido como crime: (...)”

“Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua


reputação: (...)”

Aliás, o Réu afirma a prática de conduta criminosa


pelo Autor simplesmente justificando-a pelo fato do Autor supostamente ter
residido em ocasião pretérita no apartamento ocupado na época pelo Réu, o
que não restou comprovado. Também, justifica o Réu suas acusações levianas
afirmando que hipoteticamente teria o Autor a chave do apartamento pelo fato
dele supostamente ter residido no apartamento em ocasião pretérita, mas não
prova o alegado e, tampouco, discrimina o período em que o Autor teria ocupado
o aludido apartamento.

Aliás, cumpre notar que o Réu, ao acusar o Autor de


entrar no quarto do hotel em que estava hospedado sem a devida autorização,
também lhe imputa o crime de violação de domicílio, previsto no artigo 150 do
Código Penal.

Sobre o tema, cumpre observar a anotação do Prof.


Nelson Nery Junior a seguir transcrita1:

“XI: 19. Inviolabilidade de domicílio. O direito fundamental

1NERY JUNIOR, Nelson. Constituição Federal comentada e legislação constitucional. 2ª edição. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2009. Pág. 176.
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da inviolabilidade de domicílio tem titular tanto a pessoa
física do brasileiro ou estrangeiro residente no País...como a
pessoa jurídica..., porque as garantias fundamentais estendem-
se também para as pessoas jurídicas. Ao mencionar casa, ao
invés de domicílio ou edifício, a norma constitucional ampliou
o objeto da proteção, que atinge o lugar onde a pessoa física
ou jurídica se encontra, habite ou instale...., cuja intimidade e
privacidade devem ser respeitadas. Assim são objeto de proteção:
a casa física; a casa móvel (trailer, barco etc.); a casa de campo,
de veraneio, de caça, de inverno; o lugar de trabalho; o quarto
de hotel onde encontra hospedada a pessoa. A proibição de
violação de domicílio dirige-se às autoridades públicas e também
aos particulares....Aquele que invade domicílio de outrem sem
autorização pode cometer o crime de violação de domicílio (CP
150)”

Como se não fosse suficiente, afirmou o Réu em seu


depoimento que supostamente constaria na portaria do hotel o nome do Autor
como ocupante pretérito do apartamento, mas não discrimina as datas e períodos
de ocupação.

De qualquer forma, urge sublinhar que o Autor, em


função do importante papel que exerce no canário político atual e pelo fato de
ter sido um dos principais coordenadores da campanha presidencial da então
candidata Dilma Roussef, teve que ir diversas vezes para Brasília, assim como
fizeram e fazem outros membros do comitê político e de outros partidos.

Outrossim, eventuais viagens e hospedagens, ainda que


coincidam com o período em que o Réu esteve em Brasília, não possuem o condão

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de permitir a acusação por ele da prática de ilícito penal pelo Autor e que acabou
por repercutir de forma extremamente danosa à honra e imagem do Autor em toda
mídia nacional.

Para exemplificar o alegado urge destacar a manchete


publicada pelo site de notícias Terra, intitulada “JORNALISTA ATRIBUI
A RUI FALCÃO FURTO DE SIGILO DE TUCANOS” (doc. 5), bem como
notícia publicada pelo site UOL, na qual se destaca o seguinte trecho: “Em
depoimento à Polícia Federal , O JORNALISTA AMAURY RIBEIRO JR.
TERIA DITO TER “CERTEZA” DE QUE FALCÃO TERIA FURTADO
DOCUMENTOS COM DADOS SIGILOSOS da filha de Serra, Verônica, e do vice-
presidente do PSDB, Eduardo Jorge, do seu computador em um quarto de hotel em Brasília”
(doc. 6).

Cumpre notar que o Réu em nenhum momento


procurou os meios de comunicação em massa para se retratar perante o Autor e a
opinião pública ou sequer desmentir as manchetes que acusaram o Autor da prática
do crime de furto, o que deixa claro o dolo do Réu em caluniar e difamar a pessoa
pública e privada do Autor ao imputar-lhe a prática de crimes sem qualquer prova
que pudesse lastrear suas acusações.

Não obstante, o Réu exerce a profissão de jornalista


e certamente detém conhecimento dos danos que uma reportagem mentirosa e
com nítido caráter calunioso e difamatório causam à honorabilidade de qualquer
indivíduo, principalmente se exerce cargo público e possui longa carreira política,
como é o caso do Autor.

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Nesse sentido cumpre observar o julgado abaixo do
Colendo Superior Tribunal de Justiça:

CIVIL. DANOS MORAIS. A liberdade de imprensa


assegura o direito de informar; não justifica a mentira e a
injúria. Recurso especial não conhecido. (REsp 264.580/RJ, Rel.
Ministro ARI PARGENDLER, TERCEIRA TURMA, julgado
em 04/04/2006, DJ 08/05/2006, p. 193)

Assim, figura-se totalmente cabível e necessário o


ajuizamento da presente demanda para que ocorra o ressarcimento do Autor diante
do dano a sua imagem pública e à sua pessoa particular, oriundo do depoimento
feito pelo Réu com clara intenção de prejudicar a honorabilidade do Autor e que
teve enorme repercussão em toda mídia impressa e eletrônica nacional, gerando-lhe
danos.

II - DAS LEGITIMIDADES ATIVA E PASSIVA

Cumpre frisar, inicialmente, que a legitimidade ativa


resta amplamente verificada no presente caso, tendo em vista que o depoimento
do Réu em comento faz alusão ofensiva direta à pessoa do Autor, sendo
que as reportagens publicadas na grande mídia impressa e eletrônica relacionam
diretamente a imagem do Autor à acusação fantasiosa e não comprovada de
cópia ilegal de dados fiscais existentes no notebook do Réu através violação
do quarto do hotel em que se hospedava, induzindo, de pronto, o receptor da
mensagem a interligar lógica e dedutivamente a prática de atos criminosos à pessoa
do Autor, mais especificamente, os crimes de furto de dado com a violação de
dados e de domicílio do Réu.
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É importante frisar, desde logo, que o fato do Autor
ser pessoa pública, em razão do cargo que ocupa, não lhe subtrai, em absoluto,
a legitimidade para postular a reparação dos danos morais ocasionados pela
divulgação do depoimento pessoal em comento feito pelo Réu, no qual acusa o
Autor da prática de ato criminoso.

De fato, não se ignora que as pessoas públicas, como


é o caso do Autor, estão sujeitas a críticas voltadas à sua atuação política e atos
dela decorrentes e ao seu desempenho à frente das questões públicas, tampouco
que a abrangência da esfera inviolável de intimidade e privacidade seja, para essas
pessoas, mais restrita que a do cidadão comum, uma vez que a atividade por elas
desenvolvida afeta em maior grau a coletividade, que terá, portanto, direito de
informação com relação aos atos e decisões externadas por aqueles indivíduos.

Todavia, impõe-se reconhecer que, ainda que


com abrangência mais restrita em comparação com o cidadão comum, às
pessoas públicas também atine o direito à inviolabilidade da intimidade, vida
privada, honra e imagem inserto no artigo 5°, X, da Constituição Federal, que
contempla a proteção em face da imputação de fatos caluniosos e difamatórios
comprovadamente falsos, assistindo-lhes, outrossim, o direito à indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação, nos termos do mesmo artigo
5°, V e X, e também dos artigos 186 e 953, ambos do Código Civil.

Quanto a legitimidade passiva, essa resta evidente

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diante do depoimento prestado pelo Réu nos autos do Inquérito Policial nº 839/
2010 SR/DPF/DF ao afirmar que tem “certeza” que o Autor violou o sigilo de
dados do seu notebook ao copiar dados fiscais sem a devida autorização e de forma
escusa.

Nesse sentido, deve-se observar o disposto nos artigos


186 e 927, caput, do Código Civil, os quais dispõem que aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, come ato ilícito, sendo obrigado a repará-
lo.

Desta forma, estando o Réu, absolutamente ciente dos


males provocados e afirmado categoricamente a prática de condutas criminosas
pelo Autor, não resta dúvida quanto à sua figuração no pólo passivo da presente
demanda, passando-se, adiante, à análise das razões jurídicas que ensejam sua total
procedência

III – DO DIREITO.

O direito do Autor de ver-se ressarcido dos danos


morais causados pelo Réu advém do disposto no artigo 5º, X, da Constituição
Federal, conforme trecho abaixo transcrito:

“X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das


pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação”.

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Ora, no presente caso, é evidente a ocorrência de dano
moral oriundo da acusação feita pelo Réu contra o Autor pela prática dos crimes
de violação e furto de dados do seu notebook, bem como de violação de domicílio,
conforme se verifica no seu depoimento constante nos autos do Inquérito Policial
nº 839/2010 SR/DPF/DF, mas sem que apresentasse qualquer meio de prova
irrefutável.

Tal agressão atingiu diretamente o Autor e causou


sério constrangimento perante seus eleitores e membros do Partido a que está
filiado, uma vez que nada fez para merecer tão exacerbado e desleal ataque a sua
honra e imagem.

Farta a doutrina pátria a respeito do tema:

“(...) Na realidade, multifacetário o ser anímico, tudo aquilo


que molesta gravemente a alma humana, ferindo-lhe
gravemente os valores fundamentais inerentes à sua
personalidade ou reconhecidos pela sociedade em que
está integrado, qualifica-se, em linha de princípio, como
dano moral; não há como enumerá-los exaustivamente,
evidenciando-se na dor, na angústia, mo sofrimento, na tristeza
pela ausência de um ente querido falecido; no desprestígio,
na desconsideração social, no descrédito à reputação,
na humilhação pública, no devassamento da privacidade;
no desequilíbrio da normalidade psíquica, nos traumatismos
emocionais, na depressão ou no desgaste psicológico, nas
situações de constrangimento moral.”2

2 CAHALI, Youssef Said. Dano Moral. 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. Págs. 20/21.
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“(...) Assim, depois de minucioso estudo a respeito da
reparabilidade dos danos quando ofendidos os direitos à
integridade moral da pessoa, o ilustre relator é conclusivo: o ser
humano tem uma esfera de valores próprios que são postos em
sua conduta não apenas em relação ao Estado, mas, também
na convivência com os seus semelhantes. Respeitam-se, por
isso mesmo, não apenas aqueles direitos que repercutem no seu
patrimônio material, de pronto aferível, mas aqueles direitos
relativos aos seus valores pessoais, que repercutem nos
seus sentimentos, postos à luz diante dos outros homens” 3.

“X: 18. Direito à intimidade. A ofensa à honra, liberdade ou


intimidade das pessoas enseja indenização por dano moral e
patrimonial. Trata-se de hipótese de responsabilidade objetiva,
porquanto a norma não prevê conduta para que haja o dever de
indenizar.”4

“V: 17. Dano material, moral ou à imagem. O texto não deixa


dúvida quanto a categoria do dano à imagem, distinta do dano
material e moral. É possível, portanto, cumular-se dano material,
moral e à imagem derivados do mesmo fato (v. STJ 37). Como
a norma não impõe limitações à indenização por dano moral,
nem remete seu regulamento para a lei, nesse caso ela é ilimitada
(STF-RT 740/205).”5

Ora, verifica-se que o Réu ofendeu o Autor no


depoimento que prestou à Autoridade Policial ao acusá-lo categoricamente de

3 CAHALI, Youssef Said. Dano Moral. 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. Pág. 544.
4 NERY JUNIOR, Nelson. Constituição Federal comentada e legislação constitucional. 2ª edição. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2009. Pág. 176.
5 NERY JUNIOR, Nelson. Constituição Federal comentada e legislação constitucional. 2ª edição. São Paulo: Editora Revista dos

Tribunais, 2009. Pág. 176.


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copiar ilicitamente os dados fiscais de membros de partido adversário existentes
no computador dele e supor que o Autor entrou furtivamente no quarto de hotel
em que ele estava hospedado. Tais afirmações revelam nítida intenção do Réu de
caluniar e difamar a pessoa pública e particular do Autor.

Desta forma, tendo como parâmetro de observação à


estrutura emocional do homem médio, a afirmação categórica do Réu indicando
o Autor como responsável pela cópia ilegal de dados existentes em seu notebook,
passando a idéia ao leitor de que o Autor teria praticado um furto de dados
eletrônicos fiscais sigilosos de membros de partido adversário em plena campanha
presidencial, atingem veementemente a honra e dignidade do Autor, que sempre
procurou manter um grau de respeitabilidade compatível com a posição social que
sustenta. Nota-se que pelo conteúdo e manchetes das notícias veiculadas na época
e que acompanham a presente exordial, as quais foram oriundas do depoimento
pessoal dado pelo Réu à Autoridade Policial, possuem o condão de acarretar
grave abalo emocional que não precisa ser suportado em razão da sua visibilidade
pública.

Ora, qualquer pessoa que preserve determinada


imagem perante o quadro social – seja ela qual for – tem o direito de preservação
do mínimo que acha necessário para a condução de sua vida. No caso em apreço,
está se discutindo os danos causados à pessoa pública e privada do Autor, o qual
é político respeitado com larga experiência e que nunca teve qualquer conduta sob
suspeita pelos seus pares, eleitores e imprensa.

Caracterizada, deste modo, a incursão no preceito


primário da norma incriminadora constante da legislação substantiva pela conduta

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do Réu, a reparação civil mostra-se como o mínimo de resposta que o Estado, no
exercício de sua função jurisdicional, deve albergar no conflito ora apresentado,
haja vista o disposto nos artigos 5º, V6 e XXXV7, da Constituição Federal, 1868,
927, caput9, e 95310 do Código Civil.

IV – DO VALOR A SER FIXADO A TÍTULO DE DANOS MORAIS.

Cumpre ressaltar, ainda, a necessidade de que a


fixação do montante indenizatório para a reparação do dano moral seja deixada
ao prudente arbítrio do Juízo, já que necessária a apreciação subjetiva da extensão
do dano causado ao ofendido, sendo pacífico, por esta razão, tanto na doutrina
quanto na jurisprudência, que tal função deve incumbir ao magistrado, conforme
se depreende dos excertos abaixo colacionados:

“Está, portanto, solidamente estabelecido na doutrina que, não


apenas o poder de decidir sobre a existência e configuração do
dano moral e do nexo causal entre ele e a conduta do agente,
mas, também e sobretudo, a sua quantificação, correspondem a
temas que somente podem ser confiados às mãos do julgador e
ao seu prudente arbítrio.”11

“O arbitramento do dano moral é apreciado ao inteiro arbítrio


do juiz, que, não obstante, em cada caso, deve atender à

6 Art. 5º (...): X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
7 Art. 5º (...) XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
8 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a

outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.


9 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
1 Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao

ofendido.
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o
valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.
1 in “Dano Moral”, Humberto Theodoro Júnior, 4ª edição, págs. 34 e 35.
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repercussão econômica dele, à dor experimentada pela vítima e
ao grau de dolo ou culpa do ofensor.”12

Deste modo, a intensidade do dano provocado deve


ser avaliada dentro da capacidade interpretativa do magistrado, que, aliada à sua
experiência de vida e à capacidade funcional inerente a função que exerce, deve
quantificar o somatório pecuniário naquilo que entender pertinente, relativamente
aos fatos apresentados à sua cognição.

Assim, o julgador deve, baseado nos fatos concretos


trazidos ao seu conhecimento, arbitrar com rigor o valor da reparação, tendo como
parâmetro a intensidade dos danos experimentados pelo Autor, conforme tem
entendido a jurisprudência:

“DANO MORAL - INDENIZAÇÃO - FIXAÇÃO DA


VERBA COM A AVALIAÇÃO DE ELEMENTOS
SUBJETIVOS DO CASO CONCRETO E GRADUAÇÃO DE
ACORDO COM A INTENSIDADE E A DURAÇÃO DO
SOFRIMENTO SUPORTADO PELA VÍTIMA. O valor da
indenização por danos morais deve ser fixado com a avaliação
de elementos subjetivos do caso concreto, e graduado de acordo
com a intensidade e a duração do sofrimento suportado pela
vítima" (Ap. 97.000356-0, CCv, v. un., j. em 16.9.97, in RT 748/
385).

No caso em debate nesses autos, a intensidade do


dano causado ao Autor pode ser aferida pela repercussão que teve a acusação do
Réu na mídia impressa e eletrônica, principalmente pelo fato de ocorrerem durante

1 Apelação nº 219.366-1/5 - TJSP


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o ápice da campanha para sucessão presidencial, o que consiste fato notório,
donde se conclui que o injusto ataque ocasionado pela veiculação de fato ofensivo
estendeu-se aos milhões de leitores, tornando, assim, imenso o prejuízo à sua
honra, moral e imagem.

A avaliação da amplitude dos danos ocasionados ao


Autor deve considerar, ainda, as futuras aspirações políticas que, obviamente, lhe
são legítimas, elementos que denotam a necessidade de o montante reparatório ser
fixado de forma suficientemente compatível com a reparação que o mal causado
pelo Réu enseja, diante da violação de sua imagem pública.

A doutrina tem igualmente firmado, enquanto


parâmetro à fixação do montante indenizatório, entendimento no sentido de que
a reparação por danos morais deve guardar proporção com o grau de intensidade
do dano suportado pela vítima, à vista do caráter reparatório, sancionador e
pedagógico que assume, não podendo, desta forma, configurar valor irrisório, sob
pena de não atender a todas as suas finalidades, consoante os ensinamentos de
Youssef Said Cahali13, abaixo transcrito:

“Diversamente, a sanção do dano moral não se resolve numa


indenização propriamente, já que a indenização significa
eliminação do prejuízo e das suas conseqüências, o que não
é possível quando se trata de dano extrapatrimonial; a sua
reparação se faz através de pagamento de uma certa
quantia de dinheiro em favor do ofendido, ao mesmo
tempo que agrava o patrimônio daquele, proporciona a este
uma reparação satisfatória.”

1 in “Dano moral”, 2a. ed, Editora Revista dos Tribunais, 1998.


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Corroborando este entendimento, insta trasladar a
jurisprudência firmada pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
e pelo Segundo Tribunal de Alçada Cível do Estado de São Paulo, no sentido do
caráter punitivo da reparação para o causador do dano:

“A doutrina atribui à reparação do dano moral natureza de


caráter punitivo, pois sua finalidade abriga-se na função
de proporcionar vantagem à pessoa ofendida. O ilícito é
errado. Tudo que é errado deve ser reparado. O direito, por ser o
conjunto de normas que regulam a convivência sócio humana, é
a aplicação da correção dos erros cometidos. O preceito magno
do direito à indenização do dano moral é o mais perfeito
fundamento para responsabilizar aqueles que firam nossos
espíritos, provocando a chamada 'dor moral'". (Ap. Cível. n.°
97.003672-2, 1ª Vara Cível, Comarca da Capital, j. em 16.03.98,
rel. Des. João Antonio de Moura, in Revista do Foro, Ano 98.1,
vol. 100, p.254/5).

“A reparação do dano moral tem natureza também


punitiva, aflitiva para o ofensor, com o que tem a
importante função, entre outros efeitos, de evitar que
se repitam situações semelhantes. A teoria do valor de
desestímulo na reparação dos danos morais insere-se na missão
preventiva da sanção civil, que defende não só o interesse
privado da vítima mas também visa a devolução do equilíbrio
às relações privadas, realizando-se assim, a função inibidora da
teoria da responsabilidade civil.14”

A reparação deve, portanto, ser compensatória,

1 in Apelação nº 477.907-00/3, Segundo Tribunal de Alçada Cível de São Paulo.


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na medida em que, embora não restabeleça o status quo ante, sirva a minimizar
a dor sofrida pelo ofendido, assumindo, outrossim, as funções sancionadora e
pedagógica, já que a todo ato ilegal deve corresponder uma punição, neste caso,
com o gravame sobre o patrimônio do Réu, servindo, assim, de exemplo para toda
a sociedade, desestimulando a reincidência.

Desta forma, requer-se o arbitramento da reparação


pelos danos morais experimentados pelo Autor em um patamar alto, compatível
com o prejuízo sofrido e com a justa reprimenda que se deve dar ao Réu, a fim de
que esta reparação cumpra com todas as suas funções.

V – DOS PEDIDOS.

Por todo exposto, requer-se que seja determinada a


TOTAL PROCEDÊNCIA da presente Ação para condenar o Réu ao pagamento
de indenização a título de danos morais, em quantia a ser fixada por esse d. Juízo,
de custas judiciais, despesas processuais e honorários advocatícios na base usual de
20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.

Requer-se, também, a citação do Réu para, querendo,


contestar os termos da presente ação, sob pena de revelia, e o deferimento em
favor do Senhor Oficial de Justiça dos benefícios do artigo 172, § 2º, do Código de
Processo Civil, no cumprimento de suas diligências.

Protesta-se, finalmente, pela produção de todos meios


de prova em Direito admitidas, especialmente a oitiva de testemunhas, depoimento
pessoal do Autor, prova pericial e a juntada de novos documentos, sem prejuízo de

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outras porventura que se fizerem necessárias.

Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais)


para efeito de alçada.

Termos em que, pede deferimento.

São Paulo, 18 de novembro de 2010.

PEDRO ESTEVAM A. P. SERRANO


OAB/SP nº 90.846

RICARDO CARLOS KOCH FILHO


OAB/SP nº 187.159

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