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Departamento de Artes

Licenciatura em Teatro

Disciplina: Comunicação e Linguagem

Professora: Gorete Oliveira

Aluna: Lara Nicolau Aniceto Matrícula: 20111014050294

Data: 22/03/2011

Estudo Dirigido

1. Apresentação da obra

Título: Linguagem e Ideologia

Autor: José Luiz Fiorin

Série Princípios

8ª Edição

Editora: Ática

Partes da obra implicadas neste ED: A trapaça discursiva pág. 41-42.

2. O autor – José Luiz Fiorin

José Luiz Fiorin, nascido em 1942 na cidade de Birigui, estado de São Paulo, é
professor e linguista graduado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
de Penápolis e mestre e doutor em Linguística pela Universidade de São Paulo (USP).
Seus estudos linguísticos e participação acadêmica são amplamente reconhecidos,
contando o autor com larga publicação na área.

3. Apresentação

O texto suscita no interlocutor, questionamentos que esclareçam a necessária diferença


entre discurso e texto, a fim de que melhor seja compreendida esta relação que, longe de
ser dicotomia, está mais para mutualística, a serviço da coerção ideológica imposta
pelos grupos sociais.

4. Capítulo 12: A trapaça discursiva

Assumindo que o discurso materialize as formações ideológicas, há obrigatoriamente a


presença de formações discursivas correspondentes ao pensamento social, o que produz,
no campo discursivo, pequena ou quase nenhuma liberdade. Os discursos possuem o
que é na expressão de Edward Lopes uma ‘função citativa’ de discursos anteriores.

O texto é manipulação de elementos para conferir particularidade ao discurso veiculado.


São muitas as possibilidades de textualização do discurso. No entanto, a despeito de
tantas formas de veicular um discurso, de organizar um texto, estas estão sujeitas a
operações modelizantes de aprendizagem e elocução (formação linguística e retórica), o
que torna essa individualidade objetivada.

5. Conclusões do Autor:

O que se pretendeu com esta abordagem do texto e do discurso o autor bem resumiu na
transcrição de mais uma expressão de Edward Lopes: “combinando uma simulação
com uma dissimulação, o discurso é uma trapaça: ele simula ser meu para
dissimular que é do outro”.

A dissimulação consiste em veicular, numa manifestação individual um conteúdo social.


Criando a ilusão de que o homem, subjugado pelo pensamento coletivo tem liberdade
pensativa e discursal.

6. Discussão:

A ‘trapaça’ de que bem fala o texto de Fiorin, elucida e ainda reforça o pensamento de
que tudo que o que produzimos sofre direta influência do contexto social no qual
estamos inseridos e, que por tal motivo é impossível que haja completa autonomia no
que se refere à elaboração de pensamentos e discursos. O que há é uma ‘máscara’ de
que possuímos tal autonomia para produzir conteúdo original, falseada pela existência
de liberdade na elaboração do texto que transmitirá o discurso, completamente
permeado de ideologia.

7. Referências Bibliográficas:
FIORIN, José Luiz. A trapaça discursiva. Págs.41-42 em Linguagem e Ideologia, 8ª
Edição, Editora Ática.

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