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Constitucionalismo
2. Conceito de constituição
Teoria da Constituição
Conceito de Direito Constitucional
O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público responsável pelo estudo da organização do
Poder Político, do Estado, da estrutura do Estado e dos Direitos Fundamentais que controlam o exercício
e o abuso deste Poder.
Constitucionalismo
Movimento jusfilosófico surgido no século XVIII com as revoluções liberais burguesas baseado na
crença de que o poder político deve estar submetido à supremacia da lei, de uma Lei Maior, a
Constituição escrita.
Constituição
Conceito de Constituição
A Constituição, segundo José Afonso da Silva, “consiste num sistema de normas jurídicas, escritas ou
costumeiras, que regulam a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e exercício
do Poder, o estabelecimento de seus órgãos e os limites de sua atuação”.
Sendo assim, a Constituição é a norma jurídica suprema e basilar que estrutura juridicamente os limites
de atuação e exercício de toda a nossa sociedade política.
Conceito Material
A Constituição material significa a reunião de todas as regras, estejam ou não estabelecidas em um único
texto, que abordem a estrutura do Estado, a organização, as formas de atuação e limitação do Poder
Político. Refere-se ao que nós chamamos de normas materialmente constitucionais.
Conceito Formal
Constituição formal é a Constituição escrita, definindo-se como o conjunto de normas reunidas em um
documento denominado Constituição e elaborado pelo Poder Constituinte Originário ou de Fato.
Para facilitar a sua compreensão, a Constituição formal é o conjunto de todas as normas que estão
escritas na Constituição, sejam ou não de conteúdo tipicamente constitucional, como por exemplo, as
normas previstas nos arts. 180 e 242, § 2o da CRFB/88. Por esta razão, temos normas materialmente
constitucionais e formalmente constitucionais.
Tipologia Constitucional
Pode-se classificar as constituições das seguintes maneiras.
Quanto à Forma
Quanto à forma as Constituições podem ser classificadas de duas maneiras: Constituição escrita, ou seja,
àquela codificada em um documento escrito; e a Constituição não escrita ou consuetudinária ou
costumeira, que pode ser definida como o conjunto de leis, costumes e jurisprudências esparsos no
tempo, em um determinado ordenamento jurídico, que tratem de tudo aquilo que seja considerado
constitucional (forma de governo, estrutura do estado, direitos fundamentais etc).
Os constitucionalistas apontam como um grande exemplo deste tipo de Constituição a chamada
“Constituição Inglesa”. Na verdade, a Inglaterra não possui um documento denominado Constituição,
como é o caso do Brasil, e sim, um conjunto de normas feitas em diversos momentos da história pelo
Parlamento inglês que tratam do que chamamos de normas materialmente constitucionais, ou seja,
àquelas que abordam a estrutura e organização do Estado.
Quanto ao modo de elaboração
Quanto ao modo de elaboração as constituições podem ser classificadas em duas espécies: dogmáticas
e históricas.
A constituição dogmática é aquela que se origina de forma escrita e sistemática, baseada em dogmas, ou
seja, princípios e idéias incontestáveis existentes no momento de sua elaboração.
Já a constituição histórica, também denominada costumeira, é a que se origina através de uma evolução
de idéias no tempo, produto dos usos e costumes de determinada sociedade, baseada na tradição de um
povo. São constituições compostas de vários documentos e juridicamente não-escritas.
Quanto à origem
Quanto à origem há três formas de classificação:
Diz-se promulgada, popular ou democrática a Constituição que é elaborada através de uma Assembléia
Nacional Constituinte, composta de representantes eleitos pelo povo para esta finalidade. Uma vez
concluída a Constituição esta Assembléia se dissolve.
Quando a Constituição é outorgada, não há participação do povo em sua elaboração, posto ser ela
imposta ao povo, sendo produto exclusivo do Governante que por si só, ou por terceira pessoa, impõe à
sociedade um novo ordenamento jurídico e político.
No Brasil as Constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988 foram promulgadas e, as de 1824, 1937 e
1967 foram outorgadas.
Em relação a “Constituição de 1969” não a inserimos no rol das Constituições outorgadas, visto que
formalmente ela foi uma emenda, Emenda Constitucional n. 1 à Constituição de 1967.
A terceira forma é a Constituição Bonapartista que se carateriza por ser uma Constituição outorgada, na
qual o ditador para dar-lhe uma feição legítima convoca um referendo popular para aprová-la.
Quanto à estabilidade
Quanto a este critério estamos preocupados em saber do processo legislativo
para alteração das normas constitucionais. Sendo assim, a doutrina nos aponta
que as constituições podem ser de cinco tipos:
1) Imutáveis – não contém a possibilidade de reforma de suas normas.
2) Super rígidas – esta é uma classificação que alguns doutrinadores dão à
Constituição de 1988, visto que esta Constituição possui um núcleo duro em
seu art. 60, parágrafo 4º, conhecido como cláusulas pétreas, que exigem um
processo legislativo ainda mais rígido ou dificultoso para alteração destas
normas estabelecidas como pétreas, pois não poderão ser abolidas ou
restringidas, podendo somente sofrer alterações para serem ampliadas.
3) Rígidas – são as constituições que estabelecem que qualquer alteração de
suas normas deverá passar por um processo legislativo mais dificultoso do
que o processo legislativo ordinário. Em nossa Constituição esse processo
encontra-se no art. 60.
4) Semi-rígidas ou Semi-flexíveis – são aquelas que estabelecem para
alteração de um determinado grupo de suas normas um processo legislativo
mais árduo e para reforma do outro grupo de suas normas um processo
legislativo ordinário ou simples. Por exemplo: Constituição Imperial de 1824.
5) Flexíveis – são àquelas constituições que estabelecem para alteração de
suas normas o mesmo processo legislativo previsto para as leis ordinárias.
Quanto à Extensão
Quanto a este critério estamos preocupados em analisar o tamanho da Constituição. Sendo assim, as
constituições podem ser:
1) Analíticas – quando possuem uma grande quantidade de artigos,
que descrevem diversos assuntos ou,
2) Sintéticas – quando possuem poucos artigos que estabelecem
princípios e normas gerais da estrutura do Estado. Por exemplo:
Constituição Norte-americana de 1787 e a Constituição dos Estados
Unidos do Brasil de 1891.
Quanto à Ideologia
Quanto à ideologia, a doutrina leva em conta a que sistema de produção econômica está atrelada a
Constituição. Elas podem ser de dois tipos:
1) Ortodoxas – são aquelas atreladas a um única ideologia, por
exemplo a Constituição da República da antiga URSS de 1977, que
estabelecia o modelo socialista;
2) Heterodoxas ou Ecléticas – são aquelas que estabelecem mais de
uma ideologia, como a Constituição de 1988, que possui valores
capitalistas como a livre iniciativa e, valores socialistas, como a
valorização do trabalho (art. 170 da CRFB/88).
Quanto à Finalidade
Quanto à finalidade a Constituição pode ser de três tipos:
1) de garantia – os grandes exemplos são as Constituições liberais burguesas que
estabelecem liberdades públicas ou os chamados Direitos Fundamentais de 1ª geração
como mecanismos de controle do poder estatal, como a Constituição Norte- americana de
1787.
2) de balanço – como grande exemplos podemos citar a Constituição
do México de 1917 e a Constituição da República de Weimar de
1919, onde encontramos direitos sociais como também liberdade
públicas, ou seja, direitos fundamentais individuais e direitos
fundamentais sociais. Elas recebem esse nome porque procuram
equilibrar os anseios burgueses e proletários;
3) dirigente – são aquelas que além de estabelecer direitos individuais
e sociais que o Estado deveria alcançar, prevêem normas
conhecidas como programáticas (tipo de normas de eficácia limitada)
que procuram fixar metas, programas, políticas públicas, como
valores a serem perseguidos pelo ente estatal. Por exemplo: saúde
para todos, moradia para todos. Como exemplo deste tipo de
constituição temos a Constituição Brasileira de 1988 e a Portuguesa
de 1976.
Classificação da Constituição Brasileira de 1988
A Constituição de 1988 é classificada da seguinte forma: formal, escrita,
dogmática, promulgada, super rígida, analítica, heterodoxa e dirigente.
instituto jurídico aplicado à generalidade das normas conhecido como eficácia jurídica, ou seja, os efeitos que
essas normas produzirão no ordenamento jurídico e social. Sendo assim, estabeleceremos, dentre as diversas
classificações existentes, a mais famosa entre nossos doutrinadores, visto que é a adotada pelo Supremo
Tribunal Federal – STF, que é de autoria de José Afonso da Silva, onde as normas constitucionais são
classificadas como normas de eficácia plena, normas de eficácia contida e normas de eficácia limitada.
1) Normas de eficácia plena – são aquelas que estão aptas a produzir
todos os seus efeitos desde a entrada em vigor da Constituição.
Desta forma, não necessitam de regulamentação infraconstitucional e
possuem aplicabilidade imediata, direta e integral. Por exemplo: art.
5º, inciso II;
2) Normas de eficácia contida – são aquelas que, assim como as de
eficácia plena, produzem todos os seus efeitos. Entretanto, admitem
serem restringidas ou contidas em seus efeitos por legislação
infraconstitucional. Portanto, têm aplicabilidade imediata e direta,
mas não integral, visto que admitem contenção em seus efeitos,
como por exemplo a norma do art. 5º, inciso XIII;
3) Normas de eficácia limitada – são aquelas que para a produção
ampla de seus efeitos necessitam de norma infraconstitucional que
as venham complementar. Assim sendo, enquanto não existir a
legislação infraconstitucional elas não produzirão efeitos integrais,
por isso, sua aplicabilidade é indireta, mediata e reduzida. Por
exemplo: art. 37, inciso VII.
O Fenômeno da Superveniência de Nova Constituição
A doutrina aponta ainda como tópico importante para o estudo das normas constitucionais, o problema que é
acarretado para o ordenamento jurídico em relação ao processo legislativo quando da superveniência de uma
nova Constituição. Para tanto, ela aponta três possíveis fenômenos a fim de solucioná-lo. São eles: a recepção, a
repristinação, e a desconstitucionalização:
Recepção – Norma jurídica infraconstitucional criada na vigência do ordenamento constitucional anterior que é
interpretada como compatível com a nova constituição. Trata-se pois de um principio de segurança jurídica, mas
que também é de economia legislativa, porque não há razão alguma para a retirada das normas em perfeita
1. Poder Constituinte
5. Poder Constituinte Originário
6.2. Características
7.1. Características
1. Direito à vida
2. Integridade física
3. Princípio da Isonomia
4. Princípio da Legalidade
5. Direito de Reunião
6. Direito de Associação
7. Direito do Autor
8. Direito de Liberdade
9. Intimidade e Vida Privada
10. Direito à Honra
11. Direito à Imagem
12. Inviolabilidade do Domicílio e das Comunicações
13. Direito de Propriedade
14. O Devido Processo Legal
15. Contraditório e Ampla Defesa
16. Proibição de Prova ilícita
17. Presunção de não-cupabilidade
18. Publicidade dos atos processuais
19. Princípios do Juiz e Promotor Natural
20. Garantias Constitucionais Penais
21. Direito de Petição
22. Direito de Ação
Pela importância do tema em provas e para o exercício da cidadania
destacaremos alguns direitos estabelecidos no rol do art. 5 o da CRFB/88.
isonomia jurídica – o legislador, o Juiz e o administrador público na
elaboração da lei ou em sua aplicação não pode dispensar distinções
entre os indivíduos;
princípio da legalidade – somente a lei pode obrigar a conduta dos
indivíduos, todos podem fazer tudo aquilo que a lei não proíbe;
direito à vida – a Constituição proíbe qualquer conduta que vise à
extinção da vida humana, como a pena de morte e o aborto;
direito à opinião – a Constituição estabelece a regra da manifestação do
livre pensamento;
direito à expressão – é assegurado a manifestação dos valores e
sentimentos artísticos;
direito à informação – assegura a garantia de se receber e buscar
informações;
direito à resposta – garantia de manifestação às ofensas e agravos
recebidos;
direito à informação pública – dever do Estado e direito do cidadão de se
manter ciente das atividades públicas;
direito à intimidade – direito a ver respeitado os seus espaços privados, ou
seja, suas atividades e segredos de cunho pessoal;
direito à privacidade – garantia de manter afastado do público em geral as
suas relações privadas;
direito à honra – divide-se em duas espécies: honra subjetiva, que significa
o auto reconhecimento do indivíduo e, honra objetiva, o reconhecimento do
indivíduo perante a sociedade;
direito à imagem – desdobra-se em duas espécies: imagem atributo, que
são os conceitos que a sociedade reúne desse indivíduo e, imagem retrato,
que significa a reprodução em meios midiáticos da figura física do indivíduo;
inviolabilidade de domicílio – espaço físico de exercício da privacidade e
da intimidade, entende o Supremo Tribunal Federal que este espaço
estende-se aos locais de trabalho, como consultórios e escritórios;
liberdade de locomoção – direito de ir e vir do indivíduo que impossibilita o
Estado de incomodá-lo;
direito de reunião – direito de congregação de indivíduos para trocar
interesses comuns;
direito de associação – direito de reunião de caráter permanente com o
objetivo de realizar finalidades em comum;
direito de propriedade e sua função social – direito de monopólio de um
indivíduo sobre bens que deverá dar-lhes uma função que se converta
como útil ao bem geral;
princípio da inafastabilidade da jurisdição – direito de monopólio de
jurisdição pelo Estado e de ação pelo indivíduo;
limites à retroatividade da lei – princípio que visa a segurança jurídica das
relações não autorizando o desrespeito ao ato jurídico perfeito, ao direito
adquirido e a coisa julgada material;
princípio do juiz natural – proibição a Juízos de Exceção, ou seja, para
cada situação a ser julgada deverá existir previamente um juízo competente
predeterminado;
princípio do devido processo legal – o Judiciário deverá respeitar em
todos os casos as formalidades legais. No seu sentido material refere-se a
necessidade da observância da igualdade na lei. Já em seu sentido
processual engloba a necessidade ao respeito ao contraditório e a ampla
defesa, ao Juiz natural e a prévia citação;
princípio da presunção de inocência – ninguém será considerado culpado
até o trânsito em julgado de uma sentença condenatória;
Tribunal do Júri – direito a ser julgado pelo povo quando do cometimento
de crimes dolosos contra a vida;
Extradição- na verdade é a garantia de não extradição de brasileiros natos
e de não naturalizados, caso não tenham cometido crimes antes do
processo de naturalização e não estiverem envolvidos em crimes de tráfico
entorpecente. A extradição é instituto jurídico de medida compulsória de
retirada de estrangeiro que tenha cometido crime em outro Estado e este o
requisita ao Estado no qual este indivíduo se encontra, para que o prenda e
o entregue;
Proibição da prisão civil – não existirá prisão por inobservância de leis
civis, salvo nas questões do depositário infiel e dívida de obrigação
alimentar.
REMÉDIOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
Os remédios são instrumentos processuais que visam assegurar o
exercício dos direitos fundamentais quando violados. São eles:
Habeas Corpus - significa tomes o corpo do delito. É uma ação gratuita
que visa proteger a liberdade de locomoção, e dispensa a necessidade de
advogado. Ela pode ser proposta a seu favor ou de terceiro, preventiva
(quando se há ameaça à liberdade) ou repressivamente – art. 5 o , inciso
LXVIII da CRFB/88;
Mandado de Segurança – ação que pode ser individual ou coletiva que
visa proteger direito líquido e certo, ou seja, aquele que pode ser provado
de plano, ou seja, só pode ser provado por provas documentais irrefutáveis
e apto a ser exercido no momento da impetração, que não seja protegido
por habeas corpus ou habeas data quando se sofre um ilegalidade de
poder por uma autoridade pública. (art. 5 o, incisos LXIX e LXX da CRFB/88
e Lei 12016/09);
Habeas Data – significa tomes a informação. Segundo José Afonso da
Silva “tem por objeto proteger a esfera intima dos indivíduos contra: a) usos
abusivos de registro de dados pessoais coletados por meios fraudulentos,
desleais ou ilícitos; b) introdução nesse registro de dados sensíveis; c)
conservação de dados falsos ou com fins diversos autorizados em lei”. É
uma ação gratuita. (art. 5o , inciso LXXII da CRFB/88, Lei 9507/97 e súmula
2 do STJ);
Mandado de Injunção - remédio que objetiva garantir a toda pessoa a
eficácia plena de direitos fundamentais assegurados pela Constituição de
forma que busque obrigar o Poder Público a estabelecer norma
regulamentadora – art. 5o, inciso LXXI da CRFB/88 e art. 24 da Lei 8038/90;
Ação Popular – ação gratuita própria de cidadão em sentido estrito que
visa proteger atos lesivos ao patrimônio público ou de entidades que o
Estado participe, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico – art. 5 o , inciso LXXIII da CRFB/88 e lei 4717/65 e
súmula 35 do STF;
Ação Civil Pública – remédio cabível para defesa do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de interesses difusos e coletivos e tem a sua
única previsão constitucional no art. 129, inciso III. (Lei 7347/85).
1. Natureza jurídica
2. Nacional e cidadão
3. Classificação
3.1. Originária
3.2. Secundária
4. Conflitos negativos e positivos
5. Brasileiros natos e naturalizados
6. Perda da Nacionalidade
7. A não extradição de nacional
DIREITOS DE NACIONALIDADE
• CONCEITO: vínculo jurídico político que se estabelece entre um
indivíduo e um Estado e o torna membro do POVO.
1. ESPÉCIES DE NACIONALIDADE
• ORIGINÁRIA ou PRIMÁRIA: reconhecida pelo Estado desde o
nascimento do indivíduo
• DERIVADA, ADQUIRIDA ou SECUNDÁRIA: adquirida por ato de
vontade.
• Naturalização expressa e tácita
1. NACIONALIDADE ORIGINÁRIA OU PRIMÁRIA (ART. 12, I, CF)
• CRITÉRIOS CONSTITUCIONAIS PARA RECONHECIMENTO DA
NACIONALIDADE ORIGINÁRIA:
• JUS SOLI (art. 12, I, a, CF)
• JUS SANGUINIS (art. 12, I, b, c, CF)
• JUS SOLI (art. 12, I, a, CF): “os nascidos na República Federativa
do Brasil, ainda que de pais estrangeiros , desde que não estejam a
serviço de seu país.”
• JUS SANGUINIS (art. 12, I, b, CF): “os nascidos no exterior, de pai
brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil.”
• JUS SANGUINIS (art. 12, I, c, CF): “os nascidos no exterior, de pai
brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela
nacionalidade brasileira.” (Emenda 54, de 2007)
• NACIONALIDADE POTESTATIVA (art. 12, I, c, CF):
• OPÇÃO:
• Confirmação
• Jurisdição voluntária
• Justiça Federal (art. 109, inc. X, CF)
• Efeitos ex tunc
• REGIME DE TRANSIÇÃO (art. 95, ADCT acrescentado pela Emenda
54/07):
• “Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da
promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou
mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou
consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a
residir na República Federativa do Brasil."
1. NACIONALIDADE DERIVADA, ADQUIRIDA OU SECUNDÁRIA (Art. 12, II,
CF)
• PROCEDIMENTO DA NATURALIZAÇÃO:
• PROCESSO MISTO:
• FASE ADMINISTRATIVA: Portaria do Ministro da Justiça
• FASE JUDICIAL: Entrega do certificado de naturalização (art.
111 e 119 da Lei 6815/80 e art. 129, Decreto 86715/81)
1. ESPÉCIES DE NATURALIZAÇÃO (Art. 12, II, CF)
• NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA (art. 12, II, a, CF):
• Regime constitucional diferenciado aos estrangeiros
conforme sua ORIGEM
• Originários de países de língua portuguesa: residência
por um ano ininterrupto + idoneidade moral
• Demais: na forma da lei (Lei 6815/80)
• NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA (art. 12, II, b, CF):
• Regime isonômico aos estrangeiros
• Residência há mais de 15 anos ininterruptos
(QUINZENÁRIA) +
• Ausência de condenação +
• Requerimento da nacionalidade
• 1. O PORTUGUÊS EQUIPARADO (art. 12, §1o, CF): aos brasileiros
naturalizados na medida da reciprocidade
• Decreto 3927, 19/09/01 - Tratado de Amizade, Cooperação e
Consulta entre Brasil e Portugal
• Requisitos para concessão da equiparação civil:
• Visto de permanente +
• Reciprocidade em favor dos brasileiros
• Equiparação política: equiparação civil + residência por no
mínimo 3 anos e requerimento à Justiça eleitoral
• 1. APATRÍDIA: CONFLITO NEGATIVO NOS CRITÉRIOS DE
ATRIBUIÇÃO DA NACIONALIDADE
• APÁTRIDAS, HEIMATLOS OU APÓLIDOS
2. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL ISONÔMICO AOS BRASILEIROS
NATOS E NATURALIZADOS (art. 12, §2o, CF)
• DISTINÇÕES CONSTITUCIONAIS:
• Art. 12, §3o, CF
• Art. 89, inc. VII, CF
• Art. 5o, incisos LI e LII, CF
• Art. 222, CF
• Art. 12, §4o, I, CF
3. PERDA DA NACIONALIDADE (art. 12, §4o, CF)
• ESPÉCIES DE PERDA:
• PERDA-PUNIÇÃO (art. 12, §4o, I, CF)
• PERDA-MUDANÇA (art. 12, §4o, II, CF)
3. PERDA-PUNIÇÃO (art. 12, §4o, I, CF)
• PRESSUPOSTO: prática de atos nocivos aos interesses nacionais
• ABRANGÊNCIA: Brasileiros naturalizados
• PROCESSO: Ação de cancelamento da naturalização de
competência da justiça federal
• DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO
• EFEITOS EX NUNC
• REAQUISIÇÃO: Ação rescisória
3. PERDA-MUDANÇA (art. 12, §4o, II, CF)
• PRESSUPOSTO: naturalização voluntária
• ABRANGÊNCIA: qualquer brasileiro
• PROCESSO ADMINISTRATIVO: renúncia de nacionalidade
• DECRETO PRESIDENCIAL
• EFEITOS EX NUNC
• REAQUISIÇÃO: Decreto presidencial (art. 36, Lei 818/49)
• 4. POLIPATRÍDIA (art. 12, §4o, II, CF)
• HIPÓTESES:
• Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira
• Imposição de naturalização pela norma estrangeira ao
brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição
para permanência em território estrangeiro ou exercício de
direitos civis