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1.

Constitucionalismo

2. Conceito de constituição

3. Classificação das constituições

3.1. Quadro geral

3.2. Quanto ao conteúdo: constituições materiais, ou substanciais, e formais

3.3. Quanto à forma: constituições escritas e não escritas

3.4. Quanto ao modo de elaboração: constituições dogmáticas e históricas

3.5. Quanto à origem: constituições promulgadas (democráticas, populares)


e outorgadas

3.6. Quanto à estabilidade: constituições imutáveis, rígidas, flexíveis e semi-


rígidas

3.7. Quanto à sua extensão e finalidade: constituições analíticas (dirigentes)


e sintéticas (negativas, garantias)

3.8. Constituição Federal de 1988

3.9. Outras classificações

 
Teoria da Constituição
 
Conceito de Direito Constitucional
 
              O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público responsável pelo estudo da organização do
Poder Político, do Estado, da estrutura do Estado e dos Direitos Fundamentais que controlam o exercício
e o abuso deste Poder.
 
Constitucionalismo
 
Movimento jusfilosófico surgido no século XVIII com as revoluções liberais burguesas baseado na
crença  de que o poder político deve estar submetido à supremacia da lei, de uma Lei Maior, a
Constituição escrita.
 
Constituição
 
Conceito de Constituição
 
A Constituição, segundo José Afonso da Silva, “consiste num sistema de normas jurídicas, escritas ou
costumeiras, que regulam a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e exercício
do Poder, o estabelecimento de seus órgãos e os limites de sua atuação”.
Sendo assim, a Constituição é a norma jurídica suprema e basilar que estrutura juridicamente os limites
de atuação e exercício de toda a nossa sociedade política.
 
Conceito Material
 
A Constituição material significa a reunião de todas as regras, estejam ou não estabelecidas em um único
texto, que abordem a estrutura do Estado, a organização, as formas de atuação e limitação do Poder
Político. Refere-se ao que nós chamamos de normas materialmente constitucionais.
 
Conceito Formal
 
Constituição formal é a Constituição escrita, definindo-se como o conjunto de normas reunidas em um
documento denominado Constituição e elaborado pelo Poder Constituinte Originário ou de Fato.
Para facilitar a sua compreensão, a Constituição formal é o conjunto de todas as normas que estão
escritas na Constituição, sejam ou não de conteúdo tipicamente constitucional, como por exemplo, as
normas previstas nos arts. 180 e 242, § 2o da CRFB/88. Por esta razão, temos normas materialmente
constitucionais e formalmente constitucionais.
 
Tipologia Constitucional
 
Pode-se classificar as constituições das seguintes maneiras.
 
Quanto à Forma
 
Quanto à forma as Constituições podem ser classificadas de duas maneiras: Constituição escrita, ou seja,
àquela codificada em um documento escrito; e a Constituição não escrita ou consuetudinária ou
costumeira, que pode ser definida como o conjunto de leis, costumes e jurisprudências esparsos no
tempo,  em um determinado ordenamento jurídico, que tratem de tudo aquilo que seja considerado
constitucional (forma de governo, estrutura do estado, direitos fundamentais etc).
Os constitucionalistas apontam como um grande exemplo deste tipo de Constituição a chamada
“Constituição Inglesa”. Na verdade, a Inglaterra não possui um documento denominado Constituição,
como é o caso do Brasil, e sim, um conjunto de normas feitas em diversos momentos da história pelo
Parlamento inglês que tratam do que chamamos de normas materialmente constitucionais, ou seja,
àquelas que abordam a estrutura e organização do Estado.
 
Quanto ao modo de elaboração
 
Quanto ao modo de elaboração as constituições podem ser classificadas em duas espécies: dogmáticas
e históricas.
A constituição dogmática é aquela que se origina de forma escrita e sistemática, baseada em dogmas, ou
seja, princípios e idéias incontestáveis existentes no momento de sua elaboração.
Já a constituição histórica, também denominada costumeira, é a que se origina através de uma evolução
de idéias no tempo, produto dos usos e costumes de determinada sociedade,  baseada na tradição de um
povo. São constituições compostas de vários documentos e juridicamente não-escritas.
 
Quanto à origem   
             
Quanto à origem há três formas de classificação:
Diz-se promulgada, popular ou democrática a Constituição que é elaborada através de uma Assembléia
Nacional Constituinte, composta de representantes eleitos pelo povo para esta finalidade. Uma vez
concluída a Constituição esta Assembléia se dissolve.
Quando a Constituição é outorgada, não há participação do povo em sua elaboração, posto ser ela
imposta ao povo, sendo produto exclusivo do Governante que por si só, ou por terceira pessoa, impõe à
sociedade um novo ordenamento jurídico e político.
No Brasil as Constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988 foram promulgadas e, as de 1824, 1937 e
1967  foram outorgadas.
Em relação a “Constituição de 1969” não a inserimos no rol das Constituições outorgadas, visto que
formalmente ela foi uma emenda, Emenda Constitucional n. 1 à Constituição de 1967.
A terceira forma é a Constituição Bonapartista que se carateriza por ser uma Constituição outorgada, na
qual o ditador para dar-lhe uma feição legítima convoca um referendo popular para aprová-la.
             
 
Quanto à estabilidade
 
Quanto a este critério estamos preocupados em saber do processo legislativo
para alteração das normas constitucionais. Sendo assim, a doutrina nos aponta
que as constituições podem ser de cinco tipos:
1)    Imutáveis – não contém a possibilidade de reforma de suas normas.
2)    Super rígidas – esta é uma classificação que alguns doutrinadores dão à
Constituição de 1988, visto que esta Constituição possui um núcleo duro em
seu art. 60, parágrafo 4º, conhecido como cláusulas pétreas, que exigem um
processo legislativo ainda mais rígido ou dificultoso para alteração destas
normas estabelecidas como pétreas, pois não poderão ser abolidas ou
restringidas, podendo somente sofrer alterações para serem ampliadas.
3)    Rígidas – são as constituições que estabelecem que qualquer alteração de
suas normas deverá passar por um processo legislativo mais dificultoso do
que o processo legislativo ordinário. Em nossa Constituição esse processo
encontra-se no art. 60.
4)    Semi-rígidas ou Semi-flexíveis – são aquelas que estabelecem para
alteração de um determinado grupo de suas normas um processo legislativo
mais árduo e para reforma do outro grupo de suas normas um processo
legislativo ordinário ou simples. Por exemplo: Constituição Imperial de 1824.
5)    Flexíveis – são àquelas constituições que estabelecem para alteração de
suas normas o mesmo processo legislativo previsto para as leis ordinárias.
 
Quanto à Extensão
 
Quanto a este critério estamos preocupados em analisar o tamanho da Constituição. Sendo assim, as
constituições podem ser:
 
1)    Analíticas – quando possuem uma grande quantidade de artigos,
que descrevem diversos assuntos ou,
2)    Sintéticas – quando possuem poucos artigos que estabelecem
princípios e normas gerais da estrutura do Estado. Por exemplo:
Constituição Norte-americana de 1787 e a Constituição dos Estados
Unidos do Brasil de 1891.
 
Quanto à Ideologia
 
Quanto à ideologia, a doutrina leva em conta a que sistema de produção econômica está atrelada a
Constituição. Elas podem ser de dois tipos:
 
1)    Ortodoxas – são aquelas atreladas a um única ideologia, por
exemplo a Constituição da República da antiga URSS de 1977, que
estabelecia o modelo socialista;
2)    Heterodoxas ou Ecléticas – são aquelas que estabelecem mais de
uma ideologia, como a Constituição de 1988, que possui valores
capitalistas como a livre iniciativa e, valores socialistas, como a
valorização do trabalho (art. 170 da CRFB/88).
 
Quanto à Finalidade
 
Quanto à finalidade a Constituição pode ser de três tipos:
 
1)    de garantia – os grandes exemplos são as Constituições liberais burguesas que
estabelecem liberdades públicas ou os chamados Direitos Fundamentais de 1ª geração
como mecanismos de controle do poder estatal, como a Constituição Norte- americana de
1787.
2)    de balanço – como grande exemplos podemos citar a Constituição
do México de 1917 e a Constituição da República de Weimar de
1919, onde encontramos direitos sociais como também liberdade
públicas, ou seja, direitos fundamentais individuais e direitos
fundamentais sociais. Elas recebem esse nome porque procuram
equilibrar os anseios burgueses e proletários;
3)    dirigente – são aquelas que além de estabelecer direitos individuais
e sociais que o Estado deveria alcançar, prevêem normas
conhecidas como programáticas (tipo de normas de eficácia limitada)
que procuram fixar metas, programas, políticas públicas, como
valores a serem perseguidos pelo ente estatal. Por exemplo: saúde
para todos, moradia para todos. Como exemplo deste tipo de
constituição temos a Constituição Brasileira de 1988 e a Portuguesa
de 1976.
 
Classificação da Constituição Brasileira de 1988
 
A Constituição de 1988 é classificada da seguinte forma: formal, escrita,
dogmática, promulgada, super rígida, analítica, heterodoxa e dirigente.

1. Aplicabilidade das normas constitucionais


1.1. Eficácia, aplicabilidade, validade e vigência
2. A nova ordem constitucional em face das normas anteriores: Recepção,
revogação, repristinação e desconstitucionalização
3. Eficácia do Preâmbulo da Constituição
4. Classificação de José Afonso da Silva
4.1. Normas constitucionais de eficácia plena
4.2.  Normas constitucionais de eficácia contida
4.3. Normas constitucionais de eficácia limitada
4.4. princípio institutivo
4.5. princípio programático
5. Outros critérios classificatórios
5.1. Normas constitucionais de eficácia absoluta
5.2. Normas constitucionais de eficácia plena
5.3.  Normas constitucionais de eficácia relativa restringível
5.4. Normas constitucionais de eficácia relativa complementável ou
dependentes de complementação
 
Classificação das Normas Constitucionais
 
Quando a doutrina estabelece a classificação das normas constitucionais, ela está preocupada quanto ao

instituto jurídico aplicado à generalidade das normas conhecido como eficácia jurídica, ou seja, os efeitos que

essas normas produzirão no ordenamento jurídico e social. Sendo assim, estabeleceremos, dentre as diversas

classificações existentes, a mais famosa entre nossos doutrinadores, visto que é a adotada pelo Supremo

Tribunal Federal – STF, que é de autoria de José Afonso da Silva, onde as normas constitucionais são

classificadas como  normas de eficácia plena, normas de eficácia contida e normas de eficácia limitada.

 
1)    Normas de eficácia plena – são aquelas que estão aptas a produzir
todos os seus efeitos desde a entrada em vigor da Constituição.
Desta forma, não necessitam de regulamentação infraconstitucional e
possuem aplicabilidade imediata, direta e integral. Por exemplo: art.
5º, inciso II;
2)    Normas de eficácia contida – são aquelas que, assim como as de
eficácia plena, produzem todos os seus efeitos. Entretanto, admitem
serem restringidas ou contidas em seus efeitos por legislação
infraconstitucional. Portanto, têm aplicabilidade imediata e direta,
mas não integral, visto que admitem contenção em seus efeitos,
como por exemplo a norma do art. 5º, inciso XIII;
3)    Normas de eficácia limitada – são aquelas que para a produção
ampla de seus efeitos necessitam de norma infraconstitucional que
as venham complementar. Assim sendo, enquanto não existir a
legislação infraconstitucional elas não produzirão efeitos integrais,
por isso, sua aplicabilidade é indireta, mediata e reduzida. Por
exemplo: art. 37, inciso VII.
 
O Fenômeno da Superveniência de Nova Constituição

 
A doutrina aponta ainda como tópico importante para o estudo das normas constitucionais, o problema que é

acarretado para o ordenamento jurídico em relação ao processo legislativo quando da superveniência de uma

nova Constituição. Para tanto, ela aponta três possíveis fenômenos a fim de solucioná-lo. São eles: a recepção, a

repristinação, e a desconstitucionalização:

 
Recepção – Norma jurídica infraconstitucional criada na vigência do ordenamento constitucional anterior que é

interpretada como compatível com a nova constituição. Trata-se pois de um principio de segurança jurídica, mas

que também é de economia  legislativa, porque não há razão alguma para a retirada das normas em perfeita

congruência com o ordenamento constitucional vigente.

Repristinação – Ocorre uma espécie de ressurgimento ou restauração de


vigência da norma jurídica anteriormente revogada, de maneira tácita, pela
ordem constitucional pretérita, mas que agora foi substituída através de uma
nova constituição escrita (art 2º § 3º Dec-lei 4657/42).
Desconstitucionalização – Fenômeno ainda não inteiramente admitido pela
doutrina, no qual algumas normas da constituição anterior permaneceriam em
sua vigência, desta feita sob uma nova forma de lei ordinária.

1. Interpretação da norma constitucional


1.1. Interpretação e hermenêutica
2. Métodos clássicos
2.1. Gramatical
2.2. Lógico
2.3. Sistemático
2.4. Histórico-evolutivo
3. Princípios ou métodos condicionantes da interpretação constitucional
3.1. Unidade
3.2. Concordância Prática
3.3. Efeito Integrador
3.4. Correção Funcional
3.5. Interpretação Conforme a Constituição
3.6. Coloquialidade
3.7. Máxima Efetividade
3.8. Proporcionalidade
 
 
Princípios de Interpretação Constitucional
 
Importante ressaltar no aspecto das normas constitucionais os princípios de interpretação das normas apontados
pelos teóricos dos Direito Constitucional.
 
1)    Princípio da unidade – ao interpretar a Constituição devemos levar em conta que ela é um todo
coerente e coeso, devendo o intérprete procurar harmonizar todas as suas normas de forma a não
estabelecer contradições;
2)    Princípio da supremacia constitucional -   o intérprete deve levar em conta que a Constituição
está no topo do ordenamento jurídico e é o fundamento de validade de todas as outras normas,
sendo assim nenhuma lei pode contrariá-la, formal ou materialmente, sob pena de ser
considerada inconstitucional;
3)    Princípio da máxima efetividade – a Constituição não estabelece normas supérfluas,  todo
intérprete deve buscar o máximo dos efeitos da Constituição;
4)    Princípio da harmonização – uma vez que todas as normas constitucionais estão no mesmo
patamar hierárquico e devem ter máxima efetividade, ao interpretar a Constituição devemos
buscar harmonizar antinomias aparentes de forma proporcional;
5)    Princípio do efeito integrador – a Constituição deve ser interpretada de forma a estabelecer
critérios e soluções que reforcem o seu papel de principal norma nas relações sociais;
6)    Princípio da força normativa da Constituição – a Constituição deve ser interpretada da maneira
mais efetiva e atual possível quando diante de um caso concreto, ou seja, a norma quando
aplicada deve solucionar o problema real;
7)    Princípio do conteúdo implícito – o interprete deve atentar que a Constituição estabelece
comandos que não estão expressos explicitamente em seu texto, mas sim na coerência interna de
seus objetivos e fundamentos;
8)    Princípio da conformidade funcional – o intérprete não pode contrariar a distribuição explícita da
repartição de funções estatais estabelecidas pelo Constituinte;
9)    Princípio da imperatividade das normas constitucionais – uma vez que todas as normas
constitucionais emanam da vontade popular e são normas cogentes ou imperativas, o intérprete
deve sempre lhes dar a maior extensão possível;
10) Princípio da simetria – princípio de interpretação federativo que busca adequar entre os entes os
institutos da Constituição Federal às Constituições e institutos jurídicos dos Estados-Membros.
Por exemplo, cabe ao Presidente da República a iniciativa de leis para o aumento do efetivo das
forças armadas, caberá por simetria ao Governador os projetos de lei para aumento do efetivo da
Polícia Militar, por exemplo: art. 61 da CRFB/88;
       11) Princípio da presunção de constitucionalidade das normas infraconstitucionais – o intérprete
deve dar às normas hierarquicamente inferiores à Constituição uma interpretação que as coadune com a Lei
Maior, visto que foram fruto de um processo legislativo que, em tese, procurou adequá-las aos comandos
constitucionais.

1. Poder Constituinte

1.1. Conceito e finalidade

2. Legitimidade do Poder Constituinte

3. Formulação teórica de Sieyès

4. Titularidade e exercício do poder constituinte

5. Poder Constituinte  Originário

5.1. Natureza e conceito

5.2. Características do poder constituinte originário

6. Poder constituinte derivado ou Reformador

6.1. Natureza e conceito

6.2. Características

7. Poder Constituinte Decorrente

7.1. Características

Teoria do Poder Constituinte


 
Conceito
 
A idéia de poder constituinte surge no século XVIII com o teórico Emmanuel Sieyés, contemporânea a idéia de
constituição escrita. O poder constituinte incorpora a vontade política, sendo o fundamento de legitimidade
manifestado no documento Constituição para a configuração e finalidades do Estado, e como tal, da estrutura de
seu ordenamento jurídico. Em poucas palavras, ele é o poder que elabora, em ocasiões excepcionais, as normas
jurídicas de valor constitucional.
 
Titularidade do Poder Constituinte (a questão da legitimidade).
 
O que se pretende com o estudo da titularidade do poder constituinte é conhecer quem é o detentor do poder
soberano no Estado. Quem é legítimo para fazer a constituição?
Mas o que é legitimidade?  Legitimidade refere-se a todo comando que se reconhece como não arbitrário. Por
exemplo: se você vive em uma democracia e acredita que o povo é o detentor do poder soberano, você cumpre
as ordens daquele que foi eleito para representá-lo porque este poder foi deferido ao representante por seu livre
arbítrio, ou seja, esse comando é válido porque teria emanado de um poder que você reconhece como legítimo
e não como um poder imposto a força.
Sendo assim, se vivemos em uma democracia o titular do poder soberano será o povo, enquanto o agente desse
poder constituinte será a Assembléia Nacional Constituinte eleita para os fins de fazer a Constituição em nome
do povo. Caso vivêssemos em uma Monarquia, o detentor do poder soberano seria o Rei e como tal, o
legitimado do poder constituinte.
 

Espécies de Poder Constituinte

Ainda que teoricamente só exista um poder constituinte, esta afirmação encontra


dificuldade de se sustentar, visto que encontramos no exercício deste poder duas
manifestações distintas. Uma caracterizada por ser um poder inicial (não se funda
em outro poder), ilimitado(não encontra limites do direito
positivo), incondicionada (sua manifestação não é pré-fixada), conhecida
como poder constituinte originário ou de fato. A outra caracterizada por ser fruto
da rigidez constitucional, ou seja, submetida a um processo legislativo mais
dificultoso para alteração das normas constitucionais.
Em nossa Constituição esse processo e manifestação desse poder encontra-se no
art. 60, subordinada as limitações circunstanciais, formais e materiais (art. 60,
§1º,2º e 3º, CRFB/88), impostas pelo poder constituinte originário e condicionada a
sua manifestação. Este poder é conhecido como poder constituinte
derivado ou reformador ou de direito.
Se o poder constituinte originário optar ainda por criar um Estado Federal
vislumbra-se o surgimento do poder constituinte derivado decorrente[1]. Este
poder por ser derivado do originário possui as características de
ser secundário, subordinado e condicionado,podendo ser definido como a
autorização de autonomia aos Estados-Membros para se auto-organizarem através
de suas Constituições Estaduais, como também para reformá-las.
Quanto aos Municípios, a uma discussão doutrinária se eles seriam ou não auto-
organizados por um poder constituinte derivado decorrente municipal. Prevalece o
posição de que não. Eles se organizariam por Leis Orgânicas submetidas às
Constituições Estaduais e à Constituição Federal.

1. Direitos Fundamentais e Direitos Humanos


2. Processo histórico
3. Gerações dos Direitos Fundamentais
4. Características dos Direitos Fundamentais
5. Eficácia dos Direitos Fundamentais
6. Choque entre Direitos Fundamentais
 
Conceito de Direitos Fundamentais
 
              Segundo José Afonso da Silva “os direitos fundamentais é expressão
que designa em nível do direito constitucional positivo, àquelas prerrogativas e
instituições que ele concretiza em garantias de uma convivência digna, livre e
igual de todas as pessoas. No qualificativo fundamental acha-se a indicação de
que se trata de situações jurídicas sem as quais a pessoa humana não se
realiza, não convive, e às vezes nem sobrevive; fundamentais do homem, no
sentido de que a todos, por igual devem ser, não apenas formalmente
reconhecidos, concreta e materialmente efetivados”.
              O constituinte organizou os direitos fundamentais da seguinte forma:
 
1)       direitos individuais, também conhecidos como liberdades públicas,
direitos negativos, liberais ou de 1 a geração (art. 5o da CRFB/88) -  são
direitos que apresentam como principais características terem os
indivíduos como titulares e controlar os abusos de poder estatais;
 
2)       direitos coletivos e difusos (ou de 3 a geração) – os primeiros
caracterizam-se por serem direitos de um grupamento humano com
interesses homogêneos, por exemplo o pleito dos sindicatos. Já os
difusos são direitos que pertencem a todos, ou seja, não somos
capazes de identificar quem são o seus titulares, como por exemplo o
meio ambiente;
 
3)       direitos da nacionalidade – caracteriza-se como vínculo jurídico-
político de uma pessoa com o Estado que nos permite dizer que esta
pessoa faz parte do povo deste Estado. Ela pode ser de dois tipos:
originária, que chamamos de natos, que no Brasil pode ser adquirida
pelo critério misto, ou seja, pelo nascimento em nosso território (ius
soli) ou pela consangüinidade (ius sangunis) de pai ou mãe
brasileiros ou; derivada, que se adquire com um pedido ao governo
brasileiro atendendo aos requisitos de se for originário de país de
língua portuguesa: ter visto (autorização de permanência regular no
Estado Brasileiro) de permanência, residência ininterrupta por um ano
e idoneidade moral e, se originário de outro país: visto de permanência,
quinze anos de residência ininterrupta e nenhuma condenação penal.
(art. 12 da CRFB/88);
 
4)       direitos políticos – segundo Pedro Lenza “direitos políticos nada mais
são do que instrumentos através dos quais a Constituição Federal
garante o exercício da soberania popular atribuindo poderes aos
cidadãos para interferirem na condução da coisa pública, seja direta ou
indiretamente”. Esses direitos são basicamente exercidos pelo sufrágio
universal e pelo voto direto e secreto. O sufrágio (capacidade eleitoral
ativa) determina o direito de eleger e ser eleito (capacidade eleitoral
passiva). O voto é um direito público subjetivo que tem como
características ser personalíssimo, sigiloso, obrigatório, livre, periódico
e igual. Apenas para não confundir, vale lembrar que escrutínio
significa a maneira pela qual se vota e que a legislação
infraconstitucional referente aos direitos políticos é a Lei 4737/65;
 
5)       direitos sociais – são direitos sociais ou de 2a geração, se
caracterizam por terem como titulares grupos específicos de pessoas
como por exemplo crianças, mulheres, trabalhadores etc. Exigem do
Estado um fazer, um animus de proteção efetiva na persecução desses
direitos a fim de amenizarem as desigualdades sociais.
 
Importante ressaltar que como já entendeu o STF o rol dos direitos
fundamentais (que são cláusulas pétreas – art. 60, §4 o ,inciso IV da CRFB/88)
é meramente exemplificativo, visto que podemos depreender novos direitos
implicitamente como também pela incorporação de tratados internacionais de
direitos humanos (art. 5o §§ 2o e 3o da CRFB/88).
 
       A doutrina aponta sete características para os direitos fundamentais, são
elas:
 

a)    universalidade – eles se destinam a todos os seres humanos;


 
b)    imprescritibilidade – esses direitos não se perdem pelo decurso do tempo;
 
c)    inalienabilidade – esses direitos não podem ser transferidos;
 
d)    irrenunciabilidade – esses direitos não podem ser renunciados;
 
e)    concorrência – possibilidade de acumular os direitos fundamentais;
 
f)     relatividade – estes direitos não são absolutos, pois podem entrar em
conflito com outros direitos fundamentais e;
 
g)    historicidade – eles são direitos conquistados por revoluções políticas e
tecnológicas no decorrer da história no mundo ocidental.

1. Direito à vida
2. Integridade física
3. Princípio da Isonomia
4. Princípio da Legalidade
5. Direito de Reunião
6. Direito de Associação
7. Direito do Autor
8. Direito de Liberdade
9. Intimidade e Vida Privada
10. Direito à Honra
11. Direito à Imagem
12. Inviolabilidade do Domicílio e das Comunicações
13. Direito de Propriedade
14. O Devido Processo Legal
15. Contraditório e Ampla  Defesa
16. Proibição de Prova ilícita
17. Presunção de não-cupabilidade
18. Publicidade dos atos processuais
19. Princípios do Juiz e Promotor Natural
20. Garantias Constitucionais Penais
21. Direito de Petição
22. Direito de Ação
 
Pela importância do tema em provas e para o exercício da cidadania
destacaremos alguns direitos estabelecidos no rol do art. 5 o da CRFB/88.
  isonomia jurídica – o legislador, o Juiz e o administrador público na
elaboração da lei ou em sua aplicação não pode dispensar distinções
entre os indivíduos;
 
  princípio da legalidade – somente a lei pode obrigar a conduta dos
indivíduos, todos podem fazer tudo aquilo que a lei não proíbe;
 
  direito à vida – a Constituição proíbe qualquer conduta que vise à
extinção da vida humana, como a pena de morte e o aborto;
 
  direito à opinião – a Constituição estabelece a regra da manifestação do
livre pensamento;
 
  direito à expressão – é assegurado a manifestação dos valores e
sentimentos artísticos;
 
  direito à informação – assegura a garantia de se receber e buscar
informações;
 
  direito à resposta – garantia de manifestação às ofensas e agravos
recebidos;
 
  direito à informação pública – dever do Estado e direito do cidadão de se
manter ciente das atividades públicas;
 
  direito à intimidade – direito a ver respeitado os seus espaços privados, ou
seja, suas atividades e segredos de cunho pessoal;
 
  direito à privacidade – garantia de manter afastado do público em geral as
suas relações privadas;
 
  direito à honra – divide-se em duas espécies: honra subjetiva, que significa
o auto reconhecimento do indivíduo e, honra objetiva, o reconhecimento do
indivíduo perante a sociedade;
 
  direito à imagem – desdobra-se em duas espécies: imagem atributo, que
são os conceitos que a sociedade reúne desse indivíduo e, imagem retrato,
que significa a reprodução em meios midiáticos da figura física do indivíduo;
 
  inviolabilidade de domicílio – espaço físico de exercício da privacidade e
da intimidade, entende o Supremo Tribunal Federal que este espaço
estende-se aos locais de trabalho, como consultórios e escritórios;
 
  liberdade de locomoção – direito de ir e vir do indivíduo que impossibilita o
Estado de incomodá-lo;
 
  direito de reunião – direito de congregação de indivíduos para trocar
interesses comuns;
 
  direito de associação – direito de reunião de caráter permanente com o
objetivo de realizar finalidades em comum;
 
  direito de propriedade e sua função social – direito de monopólio de um
indivíduo sobre bens que deverá dar-lhes uma função que se converta
como útil ao bem geral;
 
  princípio da inafastabilidade da jurisdição – direito de monopólio de
jurisdição pelo Estado e de ação pelo indivíduo;
 
  limites à retroatividade da lei – princípio que visa a segurança jurídica das
relações não autorizando o desrespeito ao ato jurídico perfeito, ao direito
adquirido e a coisa julgada material;
 
  princípio do juiz natural – proibição a Juízos de Exceção, ou seja, para
cada situação a ser julgada deverá existir previamente um juízo competente
predeterminado;
 
  princípio do devido processo legal – o Judiciário deverá respeitar em
todos os casos as formalidades legais. No seu sentido material refere-se a
necessidade da observância da igualdade na lei. Já em seu sentido
processual engloba a necessidade ao respeito ao contraditório e a ampla
defesa, ao Juiz natural e a prévia citação;
 
  princípio da presunção de inocência – ninguém será considerado culpado
até o trânsito em julgado de uma sentença condenatória;
 
  Tribunal do Júri – direito a ser julgado pelo povo quando do cometimento
de crimes dolosos contra a vida;
 
  Extradição- na verdade é a garantia de não extradição de brasileiros natos
e de não naturalizados, caso não tenham cometido crimes antes do
processo de naturalização e não estiverem envolvidos em crimes de tráfico
entorpecente. A extradição é instituto jurídico de medida compulsória de
retirada de estrangeiro que tenha cometido crime em outro Estado e este o
requisita ao Estado no qual este indivíduo se encontra, para que o prenda e
o entregue;
 
  Proibição da prisão civil – não existirá prisão por inobservância de leis
civis, salvo nas questões do depositário infiel e dívida de obrigação
alimentar.
 
REMÉDIOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
 
Os remédios são instrumentos processuais que visam assegurar o
exercício dos direitos fundamentais quando violados. São eles:
 
      Habeas Corpus  - significa tomes o corpo do delito. É uma ação gratuita
que visa proteger a liberdade de locomoção, e dispensa a necessidade de
advogado. Ela pode ser proposta a seu favor ou de terceiro, preventiva
(quando se há ameaça à liberdade) ou repressivamente – art. 5 o , inciso
LXVIII da CRFB/88;
 
      Mandado de Segurança – ação que pode ser individual ou coletiva que
visa proteger direito líquido e certo, ou seja, aquele que pode ser provado
de plano, ou seja, só pode ser provado por provas documentais irrefutáveis
e apto a ser exercido no momento da impetração, que não seja protegido
por habeas corpus ou habeas data quando se sofre um ilegalidade de
poder por uma autoridade pública. (art. 5 o, incisos LXIX e LXX da CRFB/88
e Lei 12016/09);
 
      Habeas Data – significa tomes a informação. Segundo José Afonso da
Silva “tem por objeto proteger a  esfera intima dos indivíduos contra: a) usos
abusivos de registro de dados pessoais coletados por meios fraudulentos,
desleais ou ilícitos; b) introdução nesse registro de dados sensíveis; c)
conservação de dados falsos ou com fins diversos autorizados em lei”. É
uma ação gratuita. (art. 5o , inciso LXXII da CRFB/88, Lei 9507/97 e súmula
2 do STJ);
 
      Mandado de Injunção -  remédio que objetiva garantir a toda pessoa a
eficácia plena de direitos fundamentais assegurados pela Constituição de
forma que busque obrigar o Poder Público a estabelecer norma
regulamentadora – art. 5o, inciso LXXI da CRFB/88 e art. 24 da Lei 8038/90;
 
      Ação Popular – ação gratuita  própria de cidadão em sentido estrito que
visa proteger atos lesivos ao patrimônio público ou de entidades que o
Estado participe, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico – art. 5 o , inciso LXXIII da CRFB/88 e lei 4717/65 e
súmula 35 do STF;
 
      Ação Civil Pública – remédio cabível para defesa do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de interesses difusos e coletivos e tem a sua
única previsão constitucional no art. 129, inciso III. (Lei 7347/85).

1. Classificação dos Direitos Sociais


2. Direitos Sociais Trabalhistas na Constituição
3. Proteção do Hipossuficiente na Constituição
4. Proteção à Relação de Emprego
5. Salário Mínimo
6. Férias
7. Direito de Greve
 
Seguem alguns apontamentos como sugestão:
1- Os Direitos Sociais surgem, por meio de diversas Constituições, a partir do
século XX, com a segunda geração de Direitos Fundamentais, que exige a
prestação positiva do Estado através de políticas públicas, destinadas a reduzir
as desigualdades sociais existentes e garantir uma existência humana digna.
2- Direitos fundamentais sociais - Consiste em um conjunto de direitos, mais
precisamente de direitos sociais formado por bens e serviços
públicos imprenscindíveis a uma vida digna. São eles: saúde, educação,
acesso à justiça, trabalho, segurança, lazer e previdência social.
3- Classificação dos Direitos Sociais segundo a Constituição Federal Brasileira
de 1988:
a) Artigo sexto: saúde, educação, alimentação, trabalho, moradia, lazer,
segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, 
assistência aos desamparados;
b) Os direitos trabalhistas elencados nos incisos do artigo sétimo;
c) Seguridade Social - artigos 194 a 204;
d) Ciência e Tecnologia - artigos 218 a 219;
e) Comunicação Social - artigos 220 a 224;
f) Meio ambiente - artigo 225;
g) Proteção aos índios - artigos 231 a 232;
h) Proteção à família, criança, adolescente e ao idoso - artigos 226 a 230

1. Natureza jurídica
2. Nacional e cidadão
3. Classificação
3.1. Originária
3.2. Secundária
4. Conflitos negativos e positivos
5. Brasileiros natos e naturalizados
6. Perda da Nacionalidade
7. A não extradição de nacional  
 
 
DIREITOS DE NACIONALIDADE
•         CONCEITO: vínculo jurídico político que se estabelece entre um
indivíduo e um Estado e o torna membro do POVO.
 
1. ESPÉCIES DE NACIONALIDADE
•         ORIGINÁRIA ou PRIMÁRIA: reconhecida pelo Estado desde o
nascimento do indivíduo
•          DERIVADA, ADQUIRIDA ou SECUNDÁRIA: adquirida por ato de
vontade.
•         Naturalização expressa e tácita
 
1. NACIONALIDADE ORIGINÁRIA OU PRIMÁRIA (ART. 12, I, CF)
•           CRITÉRIOS CONSTITUCIONAIS PARA RECONHECIMENTO DA
NACIONALIDADE ORIGINÁRIA:
•         JUS SOLI (art. 12, I, a, CF)
•         JUS SANGUINIS (art. 12, I, b, c, CF)
•         JUS SOLI (art. 12, I, a, CF): “os nascidos na República Federativa
do Brasil, ainda que de pais estrangeiros , desde que não estejam a
serviço de seu país.”
•         JUS SANGUINIS (art. 12, I, b, CF): “os nascidos no exterior, de pai
brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil.”
•         JUS SANGUINIS (art. 12, I, c, CF): “os nascidos no exterior, de pai
brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela
nacionalidade brasileira.” (Emenda 54, de 2007)
•         NACIONALIDADE POTESTATIVA (art. 12, I, c, CF):
•          OPÇÃO:
•         Confirmação
•         Jurisdição voluntária
•         Justiça Federal (art. 109, inc. X, CF)
•         Efeitos ex tunc
•         REGIME DE TRANSIÇÃO (art. 95, ADCT acrescentado pela Emenda
54/07):
•          “Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da
promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou
mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou
consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a
residir na República Federativa do Brasil."
 
1. NACIONALIDADE DERIVADA, ADQUIRIDA OU SECUNDÁRIA (Art. 12, II,
CF)
•           PROCEDIMENTO DA NATURALIZAÇÃO:
•         PROCESSO MISTO:
•         FASE ADMINISTRATIVA: Portaria do Ministro da Justiça
•         FASE JUDICIAL: Entrega do certificado de naturalização (art.
111 e 119 da Lei 6815/80 e art. 129, Decreto 86715/81)
 
1. ESPÉCIES DE NATURALIZAÇÃO (Art. 12, II, CF)
•           NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA (art. 12, II, a, CF):
•         Regime constitucional diferenciado aos estrangeiros
conforme sua ORIGEM
•         Originários de países de língua portuguesa: residência
por um ano ininterrupto + idoneidade moral
•         Demais: na forma da lei (Lei 6815/80)
•           NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA (art. 12, II, b, CF):
•         Regime isonômico aos estrangeiros
•         Residência há mais de 15 anos ininterruptos
(QUINZENÁRIA) +
•         Ausência de condenação +
•         Requerimento da nacionalidade
•         1. O PORTUGUÊS EQUIPARADO (art. 12, §1o, CF): aos brasileiros
naturalizados na medida da reciprocidade
•           Decreto 3927, 19/09/01 - Tratado de Amizade, Cooperação e
Consulta entre Brasil e Portugal
•         Requisitos para concessão da equiparação civil:
•         Visto de permanente +
•         Reciprocidade em favor dos brasileiros
•         Equiparação política: equiparação civil + residência por no
mínimo 3 anos e requerimento à Justiça eleitoral
•         1. APATRÍDIA: CONFLITO NEGATIVO NOS CRITÉRIOS DE
ATRIBUIÇÃO DA NACIONALIDADE
•           APÁTRIDAS, HEIMATLOS OU APÓLIDOS
 
2. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL ISONÔMICO AOS BRASILEIROS
NATOS E NATURALIZADOS (art. 12, §2o, CF)
•         DISTINÇÕES CONSTITUCIONAIS:
•          Art. 12, §3o, CF
•          Art. 89, inc. VII, CF
•          Art. 5o, incisos LI e LII, CF
•          Art. 222, CF
•          Art. 12, §4o, I, CF
 
3. PERDA DA NACIONALIDADE (art. 12, §4o, CF)
•         ESPÉCIES DE PERDA:
•         PERDA-PUNIÇÃO (art. 12, §4o, I, CF)
•         PERDA-MUDANÇA (art. 12, §4o, II, CF)
 
3. PERDA-PUNIÇÃO (art. 12, §4o, I, CF)
•         PRESSUPOSTO: prática de atos nocivos aos interesses nacionais
•          ABRANGÊNCIA: Brasileiros naturalizados
•         PROCESSO: Ação de cancelamento da naturalização de
competência da justiça federal
•          DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO
•          EFEITOS EX NUNC
•          REAQUISIÇÃO: Ação rescisória
 
3. PERDA-MUDANÇA (art. 12, §4o, II, CF)
•         PRESSUPOSTO: naturalização voluntária
•          ABRANGÊNCIA: qualquer brasileiro
•         PROCESSO ADMINISTRATIVO: renúncia de nacionalidade
•          DECRETO PRESIDENCIAL
•          EFEITOS EX NUNC
•          REAQUISIÇÃO: Decreto presidencial (art. 36, Lei 818/49)
•         4. POLIPATRÍDIA (art. 12, §4o, II, CF)
•         HIPÓTESES:
•         Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira
•         Imposição de naturalização pela norma estrangeira ao
brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição
para permanência em território estrangeiro ou exercício de
direitos civis

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