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Lesões Celulares Irreversíveis
Lesões Celulares Irreversíveis
Caso o estímulo agressor seja mais prolongado ou mais intenso, ocorre lesão
celular irreversível, culminando com a morte da célula.
Os sistemas das células são de tal modo interligados, que qualquer que seja o
ponto inicial da lesão celular, a tendência é que com o passar do tempo, todos
os sistemas da célula sejam atingidos. Quatro desses sistemas são
especialmente vulneráveis:
INTRODUÇÃO
Algumas dessas lesões embora classificadas como lesões reversíveis, podem causar
graves danos às células.
Patologia
Estudo da anatomia patológica: principal objetivo chegar ao diagnostico. Macroscopia: visão, palpação e
olfato (hipótese de diagnostico) prognostico, tratamento.
Microscopia: citologia esfoliativa:
Classe 0: não vê nada.
Classe I: presença de células normais.
Classe IV: presença de poucas células malignas (displasia) que indica que esta havendo carcinoma in situ
(inicio do câncer).
Biopsia: remoção cirúrgica de uma lesão em um paciente vivo, se o resultado da biopsia der diferente da
citologia esfoliativa confia-se no resultado da biopsia (pois observa-se toda a camada. Coloca-se o
material no fixador (formol a 10%).
Biopsia excisional: faz-se a remocao cirúrgica de toda a lesão, indicado para pequenas lesões. O
cirurgião é obrigado a fazer a hipótese de diagnostico. Biopsia incisional: faz-se a remoção cirúrgica de
uma parte da lesão, indicado para lesões grandes. Utiliza-se o fixador.
Degeneração celular
Vacúolos autofágicos: só é visto em microscopia eletrônica, é formado por digestão lissossomica.
Degeneração hidrópica ou tumefação turva: é o acumulo de água no citoplasma da célula, é uma lesão
reversível, metabolismo celular baixo. Causas: anoxia, hipoxia, álcool, vômitos, diarréia, desnutrição.
Patogenia: diminui O2 no sangue → diminui a produção de ATP pelas mitocôndrias → altera a bomba de
sódio e potássio → a membrana fica mais permeável → aumenta pressão osmótica → altera ainda mais a
permeabilidade na membrana → ocorre aumento da entrada de água.
Aterosclerose: é a deposição de colesterol livre e esterificado na camada intima das artérias que
chamamos de placas de ateroma. A gordura se deposita na túnica intima. Causas: dieta hipergordurosa,
níveis de colesterol LDL elevados, diabetes, obesidade, vida sedentária e tabagismo. Patogenia: a placa
de ateroma se desenvolve principalmente em regiões em que ocorrem lesão no revestimento endotelial
dos vasos sanguineos ativando a agregação plaquetaria e interação dos macrófagos repletos de lipídeos.
Macroscopia: placas de ateromas estão localizadas na camada intima das artérias com coloração
amarelada que se projetam para a luz do vaso sanguineo tornando-se saliente e endurecidas causando
obstrução do fluxo sanguineo. Microscopia: as placas de ateromas encontram-se no interstício e dentro
das células da parede intima da artéria e os macrófagos cujo o citoplasma se torna vacuolados cheios de
lipídeos (macrófagos espumosos). Importância clinica: são varias as complicações, por ex: infarto
cerebral, infarto no miocárdio, aneurisma de aorta, gangrenas e outros.
Degeneração hialina: acumulo de proteínas no interior do citoplasma da célula. Hyalos → vidro. Tanto no
aspecto macrscopico quanto microscópico, apresenta região com brilho e apresenta eosinofilo.
Degeneração hialina goticular: túbulos renais com glomerulonefrite.
Degeneração hialina Mallory: são encontrados nos indivíduos com doenças hepáticas, cirrose, hepatite,
câncer, observa-se no interior do citoplasma presença de grumus, eosonofilas que representam ser o
acumulo de proteínas.
Corpúsculo de Russel: plasmocito.
Degeneração hialina conjuntiva: observa-se nas cicatrizes antigas que contem grande quantidade de
colágeno e pouco fibroblasto. Dando um aspecto eosinofilo e homogêneo.
Amiloidose: acumulo de proteínas no interstício (entre as células). Amiloidose diferente de degeneração
hialina: degeneração hialina dentro da célula, amiloidose fora da célula. Amiloidose: proteína +
carboidrato.
Amiloidose primaria: etiologia desconhecida e pode ser: tumoral que a substancia amilóide se deposita
em um mesmo ponto tendo aspecto de tumor. Neuropática (própria dos portugueses) a substancia
amiloide se deposita ao redor dos nervos periféricos e em grande quantidade causa perda da
sensibilidade tátil e motricidade.
Amiloidose secundaria: ocorre sempre após uma doença consuptiva, uma doença crônica. Macroscópico:
em muita quantidade, dá para observar aumento de volume e coloração mais acinzentada. Microscopia:
tec: vermelho congo (marca a substancia amilóide).
Necrose celular: alterações bioquímicas e morfologicas que ocorrem após a morte celular. Autólise:
quando a célula morta libera enzimas lissossomiais. Heterolise: as células mortas sofrem alterações
devido a liberação de enzimas lissossomiais extracelulares. Ex: leucócitos, bactérias.
Morfologia macroscópica: áreas de necrose podem ter variações na sua cor (desde esbranquiçado ate o
negro). Apalpação: o tecido necrótico pode ter um rigidez ou flacidez, ou pode estar friável (sem adesão),
odor fetido (mal cheiro).
Morfologia microscópica: o citoplasma vai perdendo o seu contorno e sua nitidez e eosinofilos (o
citoplasma se torna acido). O núcleo vai apresentar tais alterações:
1-Picnose: o núcleo diminui de tamanho devido a condensacao da cromatina nuclear e tona-se
intensamente basofilico indicando a cessacao da transcrição de DNA;
2º cariorrex: fragmentação do núcleo em varias partículas pequenas induzidas pelas nucleases.
3º cariolise: é a dissolução completa do núcleo tornando-se anuclear. A célula vai ficar: amorfa, anucleada
e eosinofila.
Tipos de necrose:
Necrose de coagulação ou isquêmica: é muito comum, a célula necrosada passa de um estado liquido
para solido. Devido a coagulação das proteínas citoplasmáticas. Ocorre em infartos do miocárdio.
Necrose de liquefação ou liquefativa: muito comum, o tecido necrosado sofre um amolecidmento ou pode
ate se liquefazer devido a ação de enzimas hidroliticas. No cérebro ocorre um amolecimento por autólise.
Ex: pus. Abscesso: presença de pus em uma cavidade neo formada. Empiema: presença de pus no
interior de uma cavidade anatômica.
Necrose caseosa: é uma combinação da necrose de coagulação com a de liquefação. O tecido necrótico
tem muita semelhança a um queijo branco fresco. Ex: tuberculose.
Necrose gordurosa: é a necrose do tecido adiposo. Origem: enzimática → comum em pacientes com
pancreatite aguda. Aspecto de pingos de vela. Origem traumática.
Necrose fibrinosa: o tecido necrosado vai apresentar na sua superfície uma pseudomembrana de
coloração branca ou acinzentada, que corresponde ser uma malha de fibrina. Necrose de mucosas ou na
parede dos vasos sanguineos dos pacientes com hipertensão arterial maligna.
Necrose gomosa: ocorrem nos pacientes que apresentam sífilis tardia ou terciária. Goma sifilítica.
Necrose Hemorrágica: encontram-se muitas hemácias na área de necrose tornando a região bastante
avermelhada. Pulmão e intestino.
Necrose gangrenosa: o tecido necrosado sofre modificações quando entra em contato com agentes
externos. Pode ser o ar ou bactérias anaeróbias. 1º seca: o tecido necrosado sofre perda de água quando
entra em contato com o ar. Pacientes diabéticos (extremidades). O 2º úmida: o tecido necrosado sofre um
amolecimento quando entra em contato com bactérias anaeróbicas. 3º bolhosa: o tecido necrosado forma
bolhas que contem gases quando entra em contato com bactérias anaeróbicas do grupo clstridium.
Efeito clinico da necrose: são vários. A área de necrose ocorre a perda da função. Na área necrosada
pode haver invasão de bactérias. Há formação de ulceras, feridas.
Reparação tecidual
Reparar os danos teciduais causados pelos agentes agressores. Não existe reparação tecidual sem haver
um processo inflamatório. 1º célula de defesa: neutrófilo.
Células labeis: células que sempre se renovam.
Cicatrização / fibrose: as células lesionadas vão ser substituídas por células com e morfologia diferente,
ou seja, por um tecido conjuntivo fibroso (rico em colágeno).
1º intenção: existe um corte onde não ocorreu a perda de tecido, e se consegue se aproximar as nordas
da ferida. A cicatriz é menor e o tempo de reparação tecidual é menor.
2º intenção: perda muito grande de tecido, não se consegue aproximar as bordas da ferida. A cicatriz é
maior e o tempo de reparação é maior. Coagulo sanguineo: serve para proteger a ferida e matéria prima
para formar um tecido de granulação. Crosta serohematica: faz a função do epitélio.
3 a 5 dias: diminui o processo inflamatório agudo e aumenta processo inflamatório crônico (diminui
neutrófilo, aumenta linfócitos e plasmocitos).
Reparação do tecido ósseo: basicamente a mesma resposta, muda o tipo de tecido que irá se formar.
Distúrbios hídricos e hemodinâmicos: ligados ao que ocorre dentro e fora dos vasos. Edema: é o acumulo
de liquido que ocorre nos espaços intersticiais e ou nas cavidades do corpo. (liquido composto de
proteína plasmática). Quando o edema for rico em proteina plasmática é chamado de exsudato. Quando o
edema for pobre em proteína é chamado de transudato.