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Marília.
Birigui - 2010
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1. CONCEITOS DE DESIGN
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2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PRODUTOS E
SERVIÇOS
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Para os consumidores a idéia de produto como satisfação ou
beneficio é fundamental. Podemos afirmar, portanto, que um produto
deve ser a solução para uma necessidade, real ou latente, de seus
consumidores.
Segundo Gustavo Amarante Bonfim (1995:11), ―O Produto (P)
encerra, dois valores distintos, de acordo com as expectativas do
Sujeito Produtor e Sujeito Consumidor. Por um lado o Produto tem o
valor de troca que se realiza através de sua comercialização, por outro
lado valor de uso, através da utilização...‖.
Isso significa que o Produto tem duas funções, para a Empresa
que o produz este elemento é vital para sua sobrevivência econômica e
para o Usuário ou Sujeito Consumidor segundo Bonfim, o produto
oferece o valor de uso sanando a sua necessidade.
De acordo com Bonfim, as necessidades dos consumidores podem
ser de duas naturezas:
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Produtos de Consumo.
São produtos que quando consumidos deixam de existir. São os
produtos alimentícios, produtos de limpeza e higiene pessoal que
satisfazem as necessidades primarias do usuário.
Produtos de Uso 1.
São produtos desenvolvidos para o uso individual ou pessoal. Tem uma
vida útil muito maior que o produto de consumo e possuem uma
estreita relação com o seu usuário. Como exemplo podemos citar
produtos como o cachimbo, canetas e carteiras.
Produto de Uso 2.
Essa categoria de produtos é utilizada por um pequeno grupo de
pessoas que se conhecem umas as outras. A propriedade desses
produtos se amplia a varias pessoas, por exemplo membros de uma
família. Esses produtos, como refrigeradores, mobiliário, fogão ou
televisor tem seu uso a disposição de varias pessoas já que isto é mais
econômico e favorece as relações entre elas.
Produto de Uso 3.
Nessa classe estão os produtos que permanecem ocultos, que não são
utilizados pelos consumidores. São produtos ou instalações de nosso
mundo complexo com os quais os indivíduos geralmente não possuem
relação direta. Podemos citar os exemplos de Turbinas de geração de
energia, transformadores de energia elétrica um rolamento de esferas,
etc.
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As ofertas imateriais, normalmente efetuadas pelo setor terciário
(comércio, transporte, saúde, comunicações, educação, etc), são
denominados serviços.
Um fator adicional que contribui para a confusão no entendimento
do conceito de produtos é que as atividades relativas à pré-venda de
um bem ou serviço também são comumente chamadas de serviços no
dia-a-dia.
Segundo Kotler e Armstrong (1998:190) ―os produtos incluem
objetos físicos serviços, pessoas, locais, organizações, idéias ou
combinações desses elementos‖.
Por sua vez, McCarthy e Pereault Jr.(1997:149) apude Irigaray
afirmam que ―um produto pode ser um bem físico, um serviço ou a
mistura de ambos‖ e consideram que todos os produtos possuem
ênfase, em graus variados, em bem físico e serviço.
Podemos exemplificar esta argumentação por meio das seguintes
situações de compra de um produto: um quilo de sal no supermercado,
um lanche numa cadeia de fast food, uma refeição um restaurante de
categoria mediana, um jantar a luz de velas num restaurante de
cozinha sofisticada e um curso de gastronomia. Os cinco produtos,
todos vinculados a alimentação, apresentam composições distintas de
bem físico e serviço. Num extremo, no caso do sal, verifica-se ênfase
total em bem físico, enquanto Np outro, na situação do curso, a
concentração ocorre em serviço.
Sobre esse tema, Theodore Levitt, citado por Kotler (2003 :207),
foi incisivo: ―Não há essa coisa de serviços. Apenas em certos setores
os componentes de serviços são mais importantes do que nos demais.
Todos atuam em Produtos‖.
Podemos concluir que o produto contém, em diferentes níveis,
aspectos físicos e de serviços. Por outro lado, o entendimento das suas
características distintas é útil para a gestão de produtos.
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2.3 As diferenças entre produto e serviços
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Figura 01 – Fonte Levitt, 1986 apud Irigaray 2006
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completo do automóvel. Enquanto o modelo mostra um produto
potencial limitado, na realidade, ele está limitado apenas pela
imaginação e criatividade do fornecedor.
Enquanto no passado os fornecedores privilegiaram as tentativas
para diferenciar suas ofertas com base no produto genérico e esperado,
a convergência agora ocorre em minutos marcados. À medida que os
métodos de controle, garantia e gerenciamento da qualidade tornam-se
amplamente entendidos e adotados, a entrega de um produto com
desempenho, conformidade (um produto ―de qualidade, no sentido
clássico da palavra) não será mais o suficiente. Ele prevê que no fundo
haverá uma maior ênfase no produto ampliado e potencial como meio
de agregar valor e seduzir o cliente, criando assim uma vantagem
competitiva.
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2.3.3 Produto ampliado
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apresentam um cortador "aéreo" de lâminas rotativas com depósito
coletor de grama cortada.
Um fator da maior importância na diferenciação de um produto
ou serviço dos seus concorrentes é a qualidade. Qualidade significa a
adequação do produto ou serviço à finalidade prevista. No caso de
produtos manufaturados, isso implica a durabilidade, a aparência ou a
classe do produto, enquanto na área de serviços ela muitas vezes se
traduz em elementos tangíveis do serviço, na confiabilidade e presteza
do prestador do serviço, na garantia do valor do serviço e na empatia
ou atenção recebida. A qualidade pode refletir de forma expressiva
tanto as matérias-primas utilizadas quanto o grau de controle exercido
durante a manufatura e entrega.
De vital importância é a percepção da qualidade por parte do
cliente, que pode não ser igual à percepção do fabricante. Vejamos um
exemplo em que as duas não coincidem: o departamento de pesquisa
de marketing de um fabricante de produtos de papel para uso
doméstico solicitou uma avaliação pelo consumidor de um novo papel
higiênico. A reação foi favorável, mas o produto foi considerado
insuficientemente macio. O departamento de P&D passou então a
desenvolver meios de amaciar o papel, enfraquecendo as fibras e
reduzindo sua densidade. Nos testes de uso subseqüentes, o produto se
desmanchou e ficou inutilizado para a finalidade a que se destinava.
Testes complementares mostraram que para que o produto ficasse
macio ao talo precisaria, na realidade, ter a resistência e a densidade
das fibras aumentadas.
A qualidade tem sido apontada como o determinante principal do
sucesso comercial. Concluímos que a qualidade relativa percebida, isto
é, as avaliações feitas pêlos clientes quanto à qualidade do produto
oferecido pelo fornecedor em relação às ofertas dos concorrentes, é o
fator único e mais importante que afeta o desempenho em longo prazo
de um negócio. Mostra-se que a qualidade tem um impacto maior sobre
o nível do retomo sobre o investimento (RÓI), sendo mais eficaz no
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momento para aumentar a participação no mercado do que um preço
mais baixo.
As percepções de estilo, principalmente para produtos com grande
apelo emocional, como cosméticos, apresentam uma forte relação com
a percepção da qualidade. Nos mercados de moda, tais como
vestuários, o design pode ser um meio poderoso para a diferenciação.
Vejamos o caso da Du Pont, que rejuvenesceu com sucesso seu
mercado de meias para mulheres oferecendo cores diferentes,
reposicionando, desta maneira, as meias como um acessório da moda
— uma cor diferente para cada vestuário.
Uma maneira bastante eficaz de diferenciar de forma tangível o produto
é criar uma marca específica com uma imagem e reputação favoráveis,
pois ambos podem ser ativos muito poderosos.
A marca ou o logotipo, como veremos brevemente, pode ser uma
indicação da procedência e uma garantia do que esperar do produto,
uma declaração de qualidade e um sinal de valor pelo dinheiro.
Os serviços também são um importante meio de diferenciação na
compra de muitos produtos, especialmente bens duráveis, tanto de
consumo como industriais. Um serviço primoroso foi um fator
importante para o sucesso da Tintas Coral, uma empresa fabricante de
tintas. A Coral desenvolveu o Coral Color Service, um serviço para seus
clientes efetivos e potenciais que lhes permite experimentar cores e
combinações diferentes.
O serviço não precisa necessariamente ser adicional ao produto.
Em algumas circunstâncias uma redução pode agregar valor. Vejamos,
por exemplo, o crescimento da Gol Linhas Aéreas. Seu aparente
sucesso, o qual só se provará pela consistência daqui em diante, está
vinculado à implantação de um modelo de negócio diferente de
qualquer outro utilizado no mercado brasileiro. A parte mais visível é a
sustentação de passagens aéreas em média 30% mais baratas que as
da concorrência. A inovação, porém, está na estratégia que viabiliza
esses preços. O modelo, conhecido como "baixo custo, baixa tarifa", se
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inspira nos que são adotados por companhias que estão obtendo
lucratividade no igualmente complicado mercado mundial de aviação. É
o caso das americanas Southwest e JetBlue e da inglesa EasyJet. Elas
ganharam destaque, nos últimos anos, por transformar a cultura
tradicional da aviação comercial, caracterizada pelo bilhete com papel-
carbono vermelho, por refeições de bordo de sabor duvidoso e pelo
glamour dos comissários. A opção oferecida por elas é menos
charmosa, mas também mais acessível. A Gol aproveitou uma demanda
não atendida, acertando em cheio um público que estava insatisfeito
com o preço das passagens e disposto a pagar menos, por menos
serviços.
A prestação de um serviço de qualidade superior como meio de
criar um vínculo entre o fornecedor e o cliente pode ter conseqüências
marcantes. Em particular, ela torna o cliente menos propenso a buscar
outras fontes de fornecimento e, portanto, age como uma barreira
contra a entrada de concorrentes.
Para garantir o atendimento, é importante que a empresa realize
periodicamente levantamentos do grau de satisfação do cliente para
avaliar o quanto ela está atendendo às suas expectativas e para buscar
meios de melhorar o atendimento.
Outros elementos do produto ampliado que podem ser usados para
diferenciar o produto são a instalação, disponibilidade de crédito,
entrega rápida e dentro do prazo, quando prometido, e garantia. Todos
esses itens aumentam a diferenciação do produto em relação aos seus
concorrentes.
Resumindo, existem muitas maneiras pelas quais os produtos e
serviços podem ser diferenciados dos seus concorrentes. Ao escolher o
tipo de diferenciação a adotar, devem ser levados em conta vários
fatores: o valor agregado da diferenciação para o cliente, o custo da
diferenciação em relação ao valor agregado, a probabilidade de o
concorrente copiar a diferenciação e a velocidade em que isso ocorrerá,
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bem como o grau com que a empresa adota a inovação nos ativos de
marketing da empresa.
3.INOVAÇÃO EM PRODUTOS
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entrantes ao segmento, fornecedores e até clientes, por meio de
alianças estratégicas, joint ventures, fusões, aquisições, associações e
programas de relacionamento e fidelização.
Parecemos estar diante de um assunto de difícil sistematização, ao
qual, com certeza, "receitas de bolo" não se aplicarão. Isso é uma
grande verdade, porém a partir do estudo de exemplos e práticas de
empresas nacionais e transnacionais como a 3M, Dell Computadores,
Unilever, Natura, Embraer, Arisco, entre outras, estaremos buscando
demonstrar que existem formas para a modelagem e, especialmente,
registro e possibilidade de rápida consulta e acesso a iniciativas
empreendedoras.
Neste momento instala-se um dilema, pois a maioria dos
empresários está apenas preocupada em chegar no final do mês, do
trimestre. Porém, não será esta simples preocupação com os resultados
de curto prazo que vai garantir a perpetuidade dos negócios de forma
sustentável. É fundamental empreender e inovar buscando
constantemente a diferenciação.
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preconceitos, que nos foram introjetados ou fizeram parte de nosso
aprendizado, da nossa cultura e que, nesse caso, podem dificultar mais
que ajudar. Nossa imaginação tende a se contrair à medida que nosso
conhecimento e julgamento se expandem. Parafraseando os 4Ps do
marketing, temos também os 5Ps dos fatores inibidores da criatividade,
conforme a figura 2.
PAIS
PROFESSORES
PADRES
PATRÕES
PREGUIÇA.....
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Não podemos também esquecer o fato de que o sucesso na
introdução de novos produtos está longe de ser uma atividade fácil e de
êxito garantido. A inovação também é um risco. No Brasil, segundo
entrevista realizada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial
(Inpi), mais de 80% dos produtos registrados não chegam nem a ser
lançados, e em levantamentos realizados, apenas cerca de 200
chegaram a mais de US$ 15milhões de faturamento e menos de 1 ano
US$ 100 milhões nos últimos 10 anos, numa base de cerca de 6 mil
patentes (2002).
Nos EUA, o Departamento Nacional de Marcas e Patentes recebeu
mais de 250 mil pedidos em 2002 com crescimento anual de 15% nos
últimos anos.
Mas, apesar de a inovação significar risco, não podemos deixar de
levar em consideração que ela também é foco de grandes
oportunidades de ruptura na obtenção de novas receitas. Portanto,
essas oportunidades devem ser exploradas. Neste caso, vamos utilizar
um exemplo de insucesso para ilustrar. A Xerox foi uma empresa que
não soube transformar grandes desenvolvimentos de produtos em
negócios efetivos. Ela foi durante grande parte dos anos 1970 e 80, a
descobridora de diversos novos produtos de extrema relevância no
mercado, como o computador pessoal, a rede de computadores
Ethernet, o fax, a estrutura de janelas e navegação do Windows, o
mouse para notebooks, entre diversos outros. Infelizmente, devido à
manutenção do foco exclusivamente em seu principal negócio, a co-
piadora, todo o potencial desses negócios não foi explorado pela
empresa. Contudo, o mercado desses produtos hoje é, pelo menos, é
milhares de vezes maior que o tamanho da própria Xerox.
INOVAÇÃO = OPORTUNIDADE
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Estrutura de janelas (Windows)
Fax
Primeira tecnologia de ambiente em rede — Ethernet
Primeiro PC (personal computer)
Multifuncional
Mouse, notebooks
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pequenos aperfeiçoamentos de idéias existentes, da melhoria contínua,
de miniaturização, da modularidade. Muitas vezes algumas melhorias
de produtos já haviam sido introduzidas, mas eram disponibilizadas
pouco a pouco como uma forma de manter o mercado em constante
inovação. Para exemplificar esta modularização, existe o caso de um
videocassete no qual, se utilizando o controle remoto de um modelo
posterior, descobria-se que algumas das "novas" funções já estavam
incorporadas e eram funcionais no modelo anterior, porém não
disponibilizadas.
A indústria japonesa foi extremamente bem-sucedida nesta
estratégia de busca contínua de inovação até o momento em que, no
início dos anos 1990, os americanos passaram a adotar o mesmo
modelo, ampliando a sua forma de encarar o desenvolvimento de
produtos.
Em síntese, se fôssemos avaliar a inovação segundo a teoria dos
conjuntos, ela seria um conjunto mais amplo que contém, também, a
invenção.
Várias empresas já incorporaram a importância da inovação em
seus processos, mas a 3M, em especial, é um exemplo de instituição
que tem a inovação incluída tanto na sua missão empresarial quanto na
assinatura de sua marca. A empresa tem como meta: "30% da receita
de cada divisão deve ser proveniente de produtos que foram lançados
nos últimos quatro anos". Além disso, em todas as suas comunicações
com o mercado a 3M assina "3M Inovação". A empresa lança mais de
100 produtos por ano e tem uma campanha de incentivo à inovação,
direcionada para seus funcionários, denominada Golden Step, na qual
são premiadas todas as criações que venham a alcançar mais de US$ 2
milhões de faturamento nos EUA ou US$ 4 milhões no mundo em até
três anos após seu lançamento. A empresa fabrica mais de 60 mil
produtos e toma o cuidado de criar divisões ou, até, novas empresas
subsidiárias. Dessa forma, os produtos de maior volume, já existentes,
não sufocam esses lançamentos, como o que aconteceu com a Xerox.
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Além disso, esses executivos inovadores da 3M são alçados, em boa
parte dos casos, à liderança dessas empresas criadas a partir de seus
novos produtos.
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3.2.2 Novas linhas de produtos
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3.2.4 Aperfeiçoamentos e revisões
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4. CICLO DE VIDA DOS PRODRUTOS.
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Segundo Irigaray, ―se o produto deixar de ser atraente ou
cobiçado pelos compradores, deixará de ser comprado e produzido
encerrando, portanto, o seu ciclo de vida‖.
O apanhamento do ciclo de vida do produto (CVP) é de suma
importância para o desenvolvimento e da organização, pois em cada
fase desse ciclo a empresa deve alterar a estratégia e o volume do
investimento sobre o produto ou grupo de produtos.
Irigaray, cita o exemplo do disco de vinil que nossos avos
tocavam nos gramofones e posteriormente em suas vitrolas viveu
pouco mais de 70 anos, embora ainda exista uma pequena produção
para alguns nichos de mercado. No inicio dos anos 1970 chegou um
produto substituto, a fita cassete, que reinou absoluta no mercado em
um período de 20 anos. A maioria das casas e dos carros dos anos 70 e
80 eram dotadas de toca-fitas.
Nos anos 90 um novo produto chega ao mercado brasileiro, o
Compact disc (CD), com grande capacidade de armazenamento de
dados e músicas, um pequeno volume a transformar e guardar, mas
com alta qualidade sonora. O CD hoje, com menos de 10 anos no
mercado, já começa a ficar ameaçado por um novo tipo de registro
musical, o Mp3. Podemos concluir que é cada vez menor o ciclo e vida
dos produtos, uma vez que a globalização e a concorrência cada vez
mais acirrada têm reduzido o tempo de vida dos novos produtos.
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As vendas dos produtos atravessam estágios distintos,
sendo que cada um apresenta desafios, oportunidades e
problemas diferentes;
Os lucros sobem e descem em diferentes estágios do ciclo
de vida do produto;
Os produtos requerem estratégias de marketing,
financeiras, de produção, de compras e de recursos
humanos diferentes a cada estágio de seu ciclo de vida.
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importância de sempre se estudar o comportamento dos consumidores
por segmentos de mercado.
Outro exemplo atual de produto que não está "decolando" no
mercado e que por certo terá uma vida curta é o automóvel Bora, da
Volkswagen. Em algum momento de seu lançamento ou na seqüência
da administração do produto houve um erro de análise e de decisão
estratégica. Certamente há um erro em um dos Ps do marketing. O
produto (marca, qualidade, design, embalagem, garantia, assistência
técnica) está inadequado? O preço está inadequado? A praça
(localização, logística) está inadequada? A promoção (propaganda,
publicidade, promoção de vendas, venda pessoal) está inadequada?
Você, por certo, se lembra de vidas efêmeras de alguns produtos, tais
como os automóveis Pointer e Logus, da Volkswagen; o 147 e o Oggi,
da Fiat, além de outros que necessitaram ser renovados e
reposicionados, buscando uma nova posição no mercado, como o Astra,
da Chevrolet, o Fiesta, da Ford, e o Brava e o Siena, da Fiat, que
mereceram revisões completas de todo o composto de marketing para
prosseguir em seu ciclo de vida.
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Figura 04 – Ciclo de Vida do produto Fonte: Sandhusen, 1998:62.
Introdução
Esse período representa o lançamento do produto na carteira de
ofertas da empresa. Suas vendas começam lentamente, uma vez que o
produto não é conhecido pelo mercado. De modo geral, o custo de
produção é alto, pois a empresa ainda não adquiriu a experiência
necessária para reduzir os custos de produção, assim como o volume de
produção/vendas não permite economias de escala. O produto recém-
lançado necessita ainda de investimentos em desenvolvimento
tecnológico, embalagem, distribuição e propaganda. Essa fase se
caracteriza por prejuízos constantes.
Crescimento
Nessa fase há uma expansão significativa das vendas, visto que
uma grande parte dos consumidores potenciais toma conhecimento da
existência do produto. Aumentando o volume de vendas, surge a
economia de escala e a distribuição de forma mais eficiente do novo
produto. É na fase de crescimento de vendas que aparecem os
primeiros concorrentes, pois a demanda do mercado aumenta
rapidamente. O mercado fica mais competitivo com a entrada de um
grande número de concorrentes, e com isso cresce a necessidade de
novos investimentos por parte da empresa para consolidar e aumentar
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a participação de mercado, o que se dá num momento difícil, pois, com
o incremento de oferta, os preços caem.
Maturidade
O estágio da maturidade se caracteriza por um crescimento de
vendas lento e baixo. As vendas tendem a se estabilizar, tão somente
acompanhando, nessa fase, o crescimento vegetativo do mercado.
Estão instalados no segmento todos os concorrentes; logo, a luta por
parcela de mercado implica desalojar alguma organização que já esteja
instalada. Os lucros se estabilizam ou começam a declinar no final do
estágio da maturidade.
Declínio
Na quarta e última fase — o declínio — o produto fica obsoleto,
superado por algo que o substitui ou porque está saindo de moda. As
vendas caem vertiginosamente e os lucros despencam. As empresas
reduzem os investimentos em desenvolvimento, propaganda,
distribuição e diminuem a oferta de diferentes modelos. Ao fim do
estágio de declínio a organização deverá decidir o momento de retirar o
produto do mercado ou reposicioná-lo em outro nicho específico.
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Isso ocorre fundamentalmente pelo incremento de forte propaganda.
Esse segundo arco é o reciclo.
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Alguns fatores colaboraram para o declínio do produto, podendo-se
destacar o surgimento dos isqueiros de baixo custo e grande
confiabilidade, produzidos pela BIC e pela Gillette. E em uma de suas
propagandas a BIC enfatizava: "acende mil vezes ou mais", buscando
uma comparação com a caixa de fósforos que continha 45 palitos.
Outro fator importante foi o acendimento automático dos modernos
fogões a gás. Uma vela de automóvel plugada no fogão e um
interruptor de eletricidade fazem a chama brotar sem a necessidade do
palito de fósforo.
Vemos, portanto, dois produtos novos aluando em segmentos de
mercados distintos acelerar o declínio de um produto de grande
sucesso.
Hoje, a empresa líder do segmento de palitos de fósforos continua
operando, mas nos parece que se restringe a mercados distintos e
pequenos: o mercado doméstico de menor poder aquisitivo e no
segmento de brindes, ou seja, caixinhas de fósforos para restaurantes e
hotéis, não mais em palitos de madeira e sim de papelão. Como já
existem acendedores elétricos para churrasqueiras e para lareiras,
cremos que esse segmento — que ainda existe para os palitos de
fósforo — tende também a desaparecer.
5. METODOLOGIA DE PROJETOS.
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Dessa forma a atividade projetual assume características próprias,
onde não basta apenas criar um produto, que seja belo ou adequado a
função principal.
O objetivo do designer não é, portanto, apenas desenhar para a
aprovação do cliente e orientação do fabricante, mas a criação de
produtos que seja adequado aos diversos usuários.
O designer deve compreender a relação entre estes diversos
usuários e antecipá-las no caso do desenvolvimento de novos produtos.
A partir daí que começa a verdadeira dificuldade, pois o Designer
deve conhecer o resultado final do projeto antes de te-lô concluído.
Nesse momento aplicasse o uso da metodologia de projeto, onde
está por muitas vezes não deve ser seguida ao pé da letra, como forma
rígida de processo de projetação, mas como maneira didática de
orientação aos profissionais pouco experientes, até que consigam
elaborar suas próprias metodologias, muitas vezes apoiadas em
diversas literaturas.
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grupo populacional que poderia ser considerado como uma espécie de
mercado consumidor.
32
qualidade de soluções; e para que se possa acelerar o tempo gasto
no processo de criar e analisar soluções”.
33
Figura06 – Metodologia de projetos segundo Lobach- Fonte:Lobach
2001,pag.142
34
Recolher todas as informações que cercam o problema a fim
de entendê-lo a fundo, e prepará-las para uma posterior
avaliação;
Análise da Necessidade:
Devem-se estudar quantas pessoas estariam
interessadas na solução do problema, essa informação
poderá demonstrar para a empresa quais seriam os retornos
do investimento.
Análise da Relação Social:
Estuda as relações do provável usuário em relação ao produto.
Classe social
Faixa etária
Status social
Análise da relação com o meio Ambiente:
Analisa as circunstancia em que o produto será
utilizado durante sua vida útil, relacionando impacto ambiental,
poluição, etc.;
Análise de Mercado:
Analise dos produtos concorrentes;
Serve para que o designer tenha um referencial em
relação aos similares, processo também conhecido como, Análise
Comparativa de Produto.
Análise da Função:
Informa o designer sobre o tipo de função técnica do
produto.
Análise Estrutural:
Server para demonstrar a complexidade estrutural.
Análise da Configuração:
Estuda os aspectos estéticos do produto.
Análise dos materiais e processos de fabricação:
Considera os materiais e processos empregados na
fabricação do produto.
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Fase 2 – Geração de alternativas
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Muitas vezes a melhor alternativa é a combinação de varias
boas características encontradas em varias alternativas.
O designer deve converter a melhor alternativa em um
produto industrial, realizando todos os ajustes possíveis para criar
um protótipo.
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importância basta ver inúmeras publicações sobre o assunto como as
referências e exemplos encontrados no dia-a-dia.
Para citar alguns exemplos tem-se: o velcro e a semente do
carrapicho; o sonar e o golfinho e o morcego; aviões (forma, asas,
estrutura) e pássaros; robôs manipuladores (formas, graus de
liberdade, acionamentos) e o braço humano (só com muito mais graus
de liberdade); propulsão e direção de veículos aquáticos e a medusa
que se desloca por meio da propulsão a jatos de água; estruturas
diversas otimizadas semelhantes à de ossos, plantas, favos de mel e
teias de aranha; sensores diversos análogos encontrados nos animais.
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Rasgar dobrar cisalhar entalhar
Dobrar trincar dividir fatiar
Riscar fundir tracionar corroer
Fundir furar romper desgastar
Esmerilhar jatar serrar separar
7.2.1. Votação
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colocados os votos. Cada pessoa que compõe o júri recebe um certo
número de fichas adesivas (cada ficha corresponde a um voto).Essas
fichas são colocadas na frente das alternativas preferidas pelos
membros do júri.
Cada participante receberá uma quantidade de fichas (05
fichas geralmente) e pode colocá-las todas em uma única idéia ou
distribuí-las entre varias idéias.
Figura 08 – Votação
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Determinados pontos de vista podem se mais convincentes e a
escolha pode recair, então, sobre uma idéia que não tinha preferência
da maioria.
Além do mais, alguns aspectos das idéias mais fracas podem se
aproveitadas para melhorar a idéia mais forte. Pode acontecer também
que algumas idéias descartadas durante o processo sejam recuperadas
mais tarde, quando aquela selecionada para o desenvolvimento,
mostra-se inadequada durante esse desenvolvimento.
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7.2.3. Matriz decisória.
7.2.4. Mescrai
42
S – Substitua - O que posso substituir no material, no processo,
na abordagem, na interface, na aparência, etc.
C – Combine - Quais propósitos, idéias, processos, ingredientes,
aromas, cores, etc.. Que outro produto ou sistema pode mesclar
com esse?
R – Rearranje - Olhar de trás para frente? Reestruturar?
A – Adapte - O que mais é assim? O que posso copiar?
I – Inverta - O que posso transpor? Virar de ponta cabeça? Virar
pelo avesso?
08008813355
43
A estética empírica faz a pesquisa de idéias sobre os valores
estéticos em um grupo determinado de pessoas, contribuindo com
conhecimento aplicáveis pelo designer industrial no processo de design
de acordo com as preferências do usuário.
44
Quando falamos de um produto atrativo, raramente nos referimos
ao seu som, cheiro ou tato. A percepção humana é amplamente
dominada pela visão, e quando se fala no estilo do produto, referimo-
nos ao seu estilo visual, pois o sentido visual é predominante sobre os
outros demais sentidos.
45
. Um conhecimento prévio do produto – produtos já familiares aos
consumidores, que gostam deles e pretendem continuar a comprá-los.
. Atração semântica – o produto transmite a imagem de um bom
funcionamento.
. Atração simbólica – O produto representa valores pessoais ou
sociais do consumidor.
. Atração intrínseca – a forma do produto apresenta uma beleza
própria.
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pesado devem ter aspecto robusto e forte. Os produtos engraçados
devem parecer leves e alegres, enquanto produtos usados para
trabalhos sérios devem parecer sóbrios e eficientes. Essa é a essência
da semântica do produto.
Em matéria de carros é interessante notar que as logomarcas dos
carros alemães têm um anel de aço, como forma característica. O anel
de aço representa integridade, força e qualidade, refletindo as
qualidades funcionais da indústria automobilística alemã.
47
Figura 14 – Expressões semânticas de produtos para lavagem de cabelos – Fonte:
Baxter 1998:188
48
8.4.3 A emoção provocada pelo produto
49
produtos que estejam de acordo com o espírito pretendido para o novo
produto.
O painel do tema visual permite que a equipe de projeto explore
os estilos de produtos que foram bem sucedidos no passado. Esses
estilos representam uma rica fonte de formas visuais e servem de
inspiração para o novo produto. Eles podem ser adaptados, combinados
ou refinados para o desenvolvimento do estilo do novo produto.
Processo de desenvolvimento de um novo aparelho celular.
No início, os aparelhos celulares foram usados de forma restrita
por homens de negócios, para fins profissionais.
Refletindo seus usuários, os telefones celulares tinham estilos
sóbrios e práticos.
Com a crescente expansão desse meio de comunicação, uma
ampla camada da população aderiu seu uso.
Chegando a hora de procurar um novo estilo para o telefone
celular, que reflita as expectativas semânticas e simbólicas dessa faixa
ampliada de consumidores.
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A segunda chamada de diversão, mostra situações descontraídas
e alegres.
51
elementos como a rude sola da bota em um elemento menos áspero e
transforma-lo em uma superfície emborrachada onde a pessoa vai
empunhar o aparelho.
Também é possível transferir para o produto as sensações lúdicas
que aferimos junto ao painel do conceito diversão.
Segue os conceitos gerados através dos painéis cuja o estilo
atende de forma clara os requisitos de cada um deles.
52
Figura 19 - Conceitos de estilo derivados da expressão de diversão – Fonte: Baxter
1998: 194
53
Os produtos industriais configurados com uma disposição
agradável de seus elementos alavancam as vendas da empresa, porque
tem vantagens frente aos produtos de configuração pobre, atraindo a
predileção dos interessados sobre tais produtos.
A figura é um valor que a percepção humana antepõe à não-
figura. Daí é compreensível que os produtos sejam configurados, de
forma a serem usados por um tempo maior. De sua configuração
depende o fato do produto ser aceito ou não. O efeito da configuração é
determinado pelo conjunto de seus elementos configuradores.
8.5.1.1 Forma
54
Forma Plana: é aquela obtida pela projeção de um produto sobre um
plano, e é determinada pelo seu conforto. Essa forma permanece
constante mesmo com variação de um ponto de observação.
8.5.1.2 Material
8.5.1.3 Superfícies
55
8.5.1.4 Cor
56
9.Tecnologia, Matérias, Processos de
Fabricação
57
Observando a Figura 01 vemos a imagem da bicicleta grasshopper
que teve sua forma emprestada do inseto gafanhoto (Figura 02), onde
seu quadro foi confeccionado em alumínio (Figura 03). Para que isso
fosse possível, foi necessário um estudo prévio e aprofundado sobre o
tipo de material (alumínio) a ser empregado em sua construção e tipos
de processos a serem utilizados em sua fabricação.
58
Segundo Lesko (2004;93), a soldagem a arco gás-tungstênio (gás
tungsten arc welding – GTAW), também conhecida como TIG, tem sua
soldagem é feita através de um eletrodo feito de tungstênio, cuja
temperatura de fusão é bastante alta.
Basicamente todos os tipos de metal podem ser soldados pelo
processo TIG, incluindo a maioria dos aços, ligas de alumínio, cobre,
alguns tipos de latão e bronze, titânio, ouro e prata.
Essa pesquisa previa possibilita ao designer verificar os diferentes
tipos de materiais disponíveis para a fabricação do novo produto, ou até
encontrar novas utilizações para materiais existentes em novas
utilizações.
Como exemplo de nova utilização de materiais já existentes, pode-se
citar o caso do Renault Cenic, onde parte de sua carroceria é construída
em plástico.
Esse tipo de aplicação não é novidade no design automotivo uma vez
que a partir da década de 80 começaram a surgir os carros com pára-
choques em plástico.
A possibilidade da utilização de novas tecnologias em novos produtos
também é importante para o designer.
Existe hoje no mercado uma gama muito grande de novas
tecnologias, como podemos citar os exemplos das maquinas CNC
(Comando numérico computadorizado), onde estas possuem uma
capacidade de produção maior, com excelente qualidade e precisão.
59
utilizadas de forma a tornar o produto mais detalhado possível para a
sua futura fabricação.
60
Figura 26 - Exemplo de Desenho Técnico Aplicado á Mecânica - Fonte- Autor
61
10.1.1 Elaborando um desenho técnico
62
Baxter diz (1998:243) ―O termo modelo, no sentido técnico,
geralmente é uma representação física ou matemática de um objeto
como um aeroporto ou de um sistema abstrato ou modelo matemático,
como o crescimento populacional. No projeto de produto, modelo
refere-se a uma representação do produto ou parte do produto‖.
Essa forma de verificação pode ser feita através de um modelo
Tridimensional em escala (dimensão reduzida) do produto como mostra
a Figura 07 o modelo de verificação da Bicicleta Grasshopper.
63
Figura 29 – Modelo de verificação de um carro conceito
construído com espuma de Poliuretano – Fonte: Autor
64
novas idéias sobre o projeto a partir da forma tridimensional e fica fácil
de especificar aspectos da fabricação e instruções de montagem do
produto.
Hoje existe a possibilidade de obtenção de um modelo em escala
de uma forma rápida, precisa e mais barata que é a modelagem virtual
que iremos ver nas próximas aulas.
10.3 Protótipo
65
PROTOTIPAGEM RÁPIDA
Laser/Fotopolímeros
Jato de Tinta
66
Figura 03 - Processo SLS – Fonte: Lesko (2004:264)
Modelagem Direta
67
11. Ficha Técnica de Produto e Levantamento de
Custo.
68
insumos estão apresentados em forma de materiais usados no processo
como a tinta, os produtos químicos a solda etc.
Já os componentes são tidos como tudo aquilo que a empresa não
produz que entram na configuração do produto apenas nos setores de
montagem ou embalagem.
Foi necessário estimar a quantidade de produtos que poderiam
ser fabricados diariamente e mensalmente, isso foi realizado através de
comparações com produtos similares já fabricados. Dessa forma
chegou-se a um número de 300 unidades/dia, onde multiplicados por
22 dias trabalhados resultará em 6600 unidades/mês. A partir desses
dados foi possível estimar o custo de mão de obra, que foi calculado de
acordo com a produção mensal.
O Cálculo de mão de obra (tabela 01) foi realizado da seguinte
forma; através do número de processos foi calculado o número de
funcionários necessários para confecção do produto que foi de 14
pessoas, depois se achou a média dos salários entre todos que
participavam diretamente do processo. Multiplicou-se o número de
pessoas pelo salário médio onde o resultado foi o subtotal 01 (tabela
01). Depois desse resultado somaram-se os encargos sociais e dessa
forma foi encontrado o valor final que dividido pela produção mensal
resulta no valor de mão de obra que será utilizada para cada unidade
de produtos produzidos (tabela 01).
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FICHA TÉCNICA
Produto Móvel Multifuncional
MATERIAIS FUNÇÃO PESO (g) PEÇAS Valor (R$) Total (g) Total(R$)
TUBOS Tubo 7/8" x 1,06 x 4080 Quadro Superior 2260,0 1 R$ 2,70 2,26 R$ 6,10
Tubo 7/8" x 1,06 x 2970 Quadro Intermediário 1645,0 1 R$ 2,70 1,65 R$ 4,44
Tubo 2" x 0,90 x 690 Haste de sustentação 765,00 1 R$ 2,70 0,77 R$ 2,07
INSUMOS
Tintas/Pintura 0,150 R$ 12,79 kg R$ 1,919
Arame Mig 0,9 0,120 R$ 6,96 kg R$ 0,835
Argônio 0,009 R$ 11,00 m3 R$ 0,099
Gás Carbônico 0,006 R$ 3,00 kg R$ 0,018
COMPONENTES
Batoque 2" Externo 1 R$ 0,53 pç R$ 0,53
Conjunto de luvas giratórias 2 R$ 0,90 pç R$ 1,80
Rodízios plásticos com trava 4 R$ 1,50 pç R$ 6,00
Parafuso fixer 4,8x30 8 R$ 0,025 pç R$ 0,20
Mão de Obra
Mão R$ R$ R$
de Obra 14 615,00 R$ 348,95 963,95 13.495,31
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Salienta-se que essa forma de ficha técnica é uma dentre muitas
variações possíveis que dependem tanto do produto como da matéria-
prima empregada ou tipo seguimento da empresa.
Veremos a seguir mais alguns parâmetros que poder ser
verificados na formação de preço de um produto.
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O preço-teto é aquele que o mercado estaria disposto a pagar pelo
seu produto. Ele é fixado mediante a uma analise da concorrência do
novo produto e verificação do mercado no quais se encontram.
A figura 32 demonstra como o método de ―Subtração do preço-
teto‖ funciona.
BIBLIOGRAFIA:
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LOBACH, B. Design Industrial: Bases p/ a configuração dos
produtos Industriais. São Paulo: Edgard Blücher, 2001
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