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O NEGOCIO JURIDICO- IE2

Art 217º CC e SS

Noçao de negocio jurídico= são atos jurídicos constituídos por 1 ou mais declarações de
vontade, a fim de produzir certos efeitos práticos com intenção de os alcançar de os alcançar
com a tutela do dto, produzindo efeitos jurídicos de acordo com as intenções ( declarações
voluntarias) por declarante ou declarantes .

Elementos dos Negocios jurídicos= ) pag 3

São as realidades sem os quais o negocio não existiria materialmente. São:

o Declaraçao
o Sujeitos
o Conteudo

No entanto os actos que se materializam em negócios jurídicos quando são validos, pois estes
são considerados requisitos essenciais ( que não de podem eliminar). Logo há que saber os
requisitos de validade dos negócios:

# para alem da validade o outro requisito essencial são as Clausulas ( conteúdo, forma e
modo)= mais adiante

Requisitos ou pressupostos gerais da validade dos negócios jurídicos:

a) A capacidade das partes


b) A legitimidade

A capacidade traduz-se no modo de ser ou qualidade do sujeito em si. No domínio dos negócios
jurídicos fala-se de capacidade negocial de gozo( ou capacidade jurídica negocial e de
capacidade negocial do exercício e traduzem as noções mais genéricas da capacidade jurídica e
da capacidade de exercício.
A capacidade de gozo é a susceptibilidade de ser titular de direitos e obrigações derivados de
negócios jurídicos.
Contrapoe-se-lhe a incapacidade negocial de gozo que representa um absoluto impedimento ou
proibição de ser titular de tais relações e como tal é insuprível.
A capacidade de exercício ( ou de agir)é a idoneidade para actuar juridicamente, exercendo
ou adquirindo direitos,cumprindo ou assumindo obrigações, por si so, ou através de
representante voluntario.
Contrapoe-se-lhe a incapacidade do exercício que representa 1 impedimento ou proibição não
absoluta de realizar 1 negocio e como tal é suprível pelos institutos de representaçao ou da
assistência.
A legitimidade- é a relação entre o sujeito e o conteúdo do acto. A ilegitimidade, ou a falta
dessa relação= ilegitimidade de tal modo que o sujeito não pode com a sua vontade efectuar
esse direito ou essa obrigação.
Os negócios jurídicos traduzem-se um ampla autonomia privada ( provem dele) na medida em
que no seu conteúdo vigora o P . de liberdade negocial- cfr 405º.

1
Qto à forma- há tambem o exercicio da liberdade declarativa- cfr 217º ( declarações
expressas ou tacitas) e 219( liberdade de forma). Por vezes exige a declaração negocial
expressa: nos art 413 nº 1, 587 nº 2, 595 e outros.

Classificações dos negócios jurídicos:

Unilaterais- so 1 declaraçao de vontade, ou varias mas c/ 1 so situação .. testamento, doação, o


mutuo
Contratos- ou negócios bilaterais ou siglamaticos- há 2 ou mais declarações de vontade,com
conteúdo oposto, mas convergente para que seja satisfeita uma pretensão comum. ( compra e
venda).

Outra classificação possível:


Nos unilaterais gera obrigações apenas para 1 das partes.
Nos siglamaticos geram obrigações para ambas as partes. Ligadas entre si por 1 nexo de
causalidade.

Os negócios “mortis causa”-( testamentos- 2179ºCC)destinam-se a produzir efeito depois da


morte da respectiva parte ou de alguma delas enquanto que os negócios entre vivos visam a
produzir efeitos em vida das partes.= quase tds os que existem.

Quanto à forma podem ser:


-formais ou solenes= a Lei exige a necessidade de observância de determinada forma e o
acatamento de certas formalidades. Aqui as partes não podem formalizar de qq maneira mas sim
por aquele imposto por lei[escrito, por documento, mediante 1 cerimonia]. Hj em dia apenas
apenas se exige formalismo em documentos escritos e nalguns casos documento autentico:c
asos de associações, fundações, testamentos etc.
-não solenes=ou consensuais= os contratos= são aq que podem celebrados por quaisquer meios
declarativos de modo a exteriorizarem a vontade negocial.

- reais- qdo para alem da exigência da dclaraçao de vontades, também se exige a pratica
anterior ou posterior de 1 ato material.- ex: venda ou doação de coisa, hipoteca, renuncia à
hipoteca.

Negócios onerosos e negócios gratuitos=

Onerosos- atribuições patrimoniais de ambas as partes , normalmente em prestações= o


arrendamento, o aluguer, a compra e venda, a empreitada.
Negocios gratuitos-há uma intenção liberal de património em relaçao à outra parte sem
contrapartida. = as doações, o deposito, o mandato.

Negocios parciários= é ujma sub espécie dos negócios onerosos. 1 pessoa promete 1 certa
prestação em troca de uma qq participação nos proventos que a contraparte obtenha por força

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daquela prestação.= Ex certas formas de sociedade(dl 231/81); o contrato de consignação(
contrato estimatório)

Negocios de Mera admninistraçao e Negocios de Disposição-

Utilidade principal e de distinção: restrição, por força da lei ou por sentença dos poderes de
gestão patrimonial dos administradores de bens alheios ou de bens próprios e alheios, ou ate
nalguns casos- INABILITAÇOES- de bens próprios.

Legislação=
1967 e 1971= direitos e deveres do admnistrador, qdo nos termos do 1922º seja instituído o
regime de administrador de bens do menor; art 1938º al d)- Poderes de tutor, art 153 e 154
( efeitos das inabilitações), art 1678- adm dos bens do casal etc

Conceito de actos de mera administração e dos disposiçao-


A distinção assenta principalmente nos riscos ou na importância patrimonial.
Os 1ºs são tdos aqueles que estão expressamente previstos no CC-1889, 1937,1938 etc.. qdo não
estão escritos serão os de disposição.
Os de mera administração ou ordinários= são aqueles que resultam duma gestão comedida-
moderada- e limitada, onde estão afastados os atos arriscados e susceptíveis de gerar grandes
lucros e/ou grandes percas. São portanto os atos correspondentes a 1 actuaçao prudente, dirigida
a manter o património.
Os de disposição- são ao invés os que dizem respeito à gestão do património em que afectam a
substancia, alteram a forma ou composição do capital. São aqueles que ultrapassam os de
criteriosos, prudência.

1 Elemento Declaraçao:

A DIVERGENCIA ENTRE A VONTADE E A DECLARAÇÃO:- VICIOS DA


VONTADE
Formas possíveis de divergência:

Normalmente o elemento interno( a vontade) coincide com o elemento externo( declaração


propriamente dita). Nesse caso produz-se efeitos jurídicos de forma automática.
Havendo divergência entre os 2 elementos pode ser:
Intencional
Não Intencional

A)Intencional qdo o declarante emite livre e conscientemente uma declaração com um sentido
objetivo diferente da sua vontade real= Voluntaria
B)Não intencional qdo o declarante não se apercebe da divergência ou porque é forçado
fisicamente irresestivelmente a emitir uma declaração divergente do seu real intento=
Involuntario

A intencional pd ter 3 formas:

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a) Simulaçao= qdo ha de um conluio com o outro declaratario para prejudicar teceiros.-
240
b) Reserva Mental-qdo não há conluio com o declaratario, mas é a esse que quer
enganar. enganar este.244º nº1
c) Declaraçoes não sérias-o declarante emite a declaração mas sem intuito de enganar
nem o declaratario nem terceiros.-245º

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Simulação:
PSP:
a) Intenção de ; conluio/acordo c/ a outra parte; p/ enganar terceiros

Modalidades:

a) Absoluta e relativa

Absoluta= as partes fingem celebrar 1 negocio jurídico e na realidade não querem


celebrar nenhum negocio. É nulo-240 nº 2
Relativo= as partes fingem celebrar 1 negocio jurídico( negocio simulado) e na
realidade querem celebrar outro negocio ou um negocio com outro conteúdo
diferente( negocio dissimulado). Dentro destas relativas há ainda 2 modalidades:
simulação subjectiva-o que dissimulam uma intervenção dum
sujeito( aparente); simulação objectiva- simulação sobre a natureza e sobre o
conteúdo do negocio.

Reserva Mental: 244º nº1


PSP
Faz 1 declaraçao contraria à vontade real para enganar o declaratario.
Intuito de enganar o declaratario
Efeitos- nº 2do 244- 3 hipoteses: todos desse numero
- se a reserva não é conhecida pelo declaratario= o negocio é valido
-se a reserva é conhecida pelo declaratario = nulo
-No caso de reserva mental inocente, para fundamentar a nulidade, bastará
sinplesmente invocar a cognoscibilidade do vicio, qdo o reservante tenha procedido
com animo de trazer vantagem ao declaratario

Declaraçoes não sérias:

São aquelas que não correspondem à vontade do declarante. Não pretende enganar nem
declaratario nem terceiros. Faz expectativas de que o declaratario conheça a falta de
seriedade da declaraçao, podendo ser jocosas[ trocista], cénicas, didáticas ou
publicitárias.

Efeitos: 245 nº 1 e nº 2
Nº1= a declaração não seria não produz quaisquer efeitos

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Nº2= nos casos em que a declaração é feita de maneira a que o declaratario pense que é
séria, tem este direito a ser indemnizado pelo dano de confiança.

B) A divergência não intencional pode formar-se:


a) Coaçao física ou coação(violencia) absoluta- o declarante é transormado num
autómato, sendo forçado a dizer/escrever o que n quer, não através de mera ameaça,
mas por meio de força física irresestivel( absoluta) .
b) Falta de consciência na declaração- não tem vontade
c) Erro obstáculo ou erro na declaração- o declarante não tem consciência da
divergência
É um erro, um equivoco,, um lapso= Lapsus Linguae ou Lapsus calami,[ erro
mecânico] ou qdo o declarante esta equivocado qto ao nome do objecto.-erro de
juízo.

d)erro na transmissão da declaraçao247º

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Coação Fisica-

É forçado a dizer/escrever por via de uso de força física irresestível

Efeitos:

É ineficaz- 246º

Falta de consciência na declaração-

Falta de vontade sem ter consciência da declaração

Efeitos:

-Ineficaz mesmo que não seja conhecida ou cognoscível ( fácil de conhecer)do


declaratário-246º

- se houver culpa do declarante na falta do declarante, ficará obrigado a indemnizar o


declaratario- 246º in fine.

Erro na declaração ou erro-obstaculo-

O declarante tem consciência do que está a emitir uma declaração negocial, mas por
lapsus linguae, lapsus calami [erro mecânico] ou devido à atribuição às palavras de 1 sentido
diferente do seu sentido objectivo, não se apercebe de que a sua declaração tem 1 conteudo
diferente da sua vontade real[erro de juízo de valor]

Efeitos:

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247º- É anulável desde que o declaratario conhecesse ou não devesse ignorar a
essencialidade, para o declarante, do elemento sobre que incidiu o erro.

Outras hipóteses de efeitos:

236 nº 2- se o declaratário se apercebeu do dissídio e conheceu a vontade real do


declarante, o negócio vale de acordo com a vontade real;

-Se o declaratario conheceu ou devia ter conhecido o erro, o negócio é anulável;

-Se o declaratario aceitar o negocio como o declarante o queria, o negocio é valido-


248º

-O simples erro de calculo ou erro de escrita, revelado no contexto da declaração ou das


circunstancias que a acompanham, da lugar à sua rectificação- 249º

-No caso de divergência ente o querido, o declarado e o compreendido ( dissenso), o


negócio é anulável- reflexo da teoria da aparência eficaz.

Erro na transmissão da declaração- 250º

Vicios da Vontade – perturbações no processo formativo da vontade voluntaria do sujeito=


ilegitimidade

 Erro na formação de vontade ou erro vicio- 251º anulabilidade


 Dolo-definiçao no art 253º
 253º- nº 1 pd ser comossivo ou possitivo e omissivo ou negativo. Comissivo/positivo o
dolo faz com que se engane o autor da declaração, isto é não ávida do erro;
omissivo/negativo-qdo se omite ( ma fe) ; em termos de anulabilidade ( invalidade) o
nº 2 tem o regime: assim na 1ª parte do nº2 é o dolus bónus- isto é, sem dto a
anulabilidade, qdo esulta por via de comercio/publicidade. na parte final é o dolus
malus, com INTENÇAO CLARA.
 Coacçao moral-256º
 Estado de necessidade-334 E SS-
Nota: Estado de necessidade e coação são situações diferentes. Há nos dois intervenção
humana, mas na coação( situação de perigo) tem unicamente o intuito de extorquir
/roubar 1 negocio.

Nota: em relação à coação. Pode ser física ( absoluta) e coação moral (relativa)-255º.
 Incapacidade acidental-257º- trata-se de 1 situaçao não permanente; a declaração é feita
por alguém que se encontrava acidentalmnte incapacitado de entender o
sentido/significado ou porque não tinha o livre exercício da sua vontade-nº 1 desde que
seja notório- nº 2. É anulavel

A declaração negocial tem perfeição e eficacia qdo chegue ao seu poder- 224 nº~1
O principio da libedade de forma é o 219ºCC

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O quanto às formas- 217º CC

2- Elemento objecto-art 280 e ss


a) Objecto imediato ou conteúdo= efeitos jurídicos
b) Objeto mediato ou objeto stricto sensu= quid= incide os efeitos jurídicos- a
situação de vida real para mim.= é onde incidem os poderes do activo da relação
jurídica

Os requisitos do elemento objecto estão no art 280ºCC

Estamos aqui a falar dos negócios por usura- art 282º.

Há RQ subjectivos e objectivos, de acordo com as notas do prof. Assim:

Objetivos= 282 nº 1 in fine;

Subjetivos= 282 nº 1 -1ª parte.

São anuláveis- 282 e neste regime também pode ser modificado- 283º. Não confundir com o
estado de necessidade previsto no art 334º!!

Elementos acidentais nos negócios jurídicos- fazem parte do conteúdo, logo é tudo

a) Condição- prof- clausula contratual típica que subordina a eficácia da declaração a 1


acontecimento incerto futuro. Nos negócios unulaterais, art 848, 1618 nº 2, 1852, 2054
nº 1 e 2064 são INCONDICIONAVEIS-
Se se puser condição nestes= nulidade- mas ver 1618 nº 2 ( ver- foi o prof que disse)
Podem ser: 270º e 272 a 277º- ainda não as vi…

 Suspensivas- o negocio so produz efeitos qdo se der o evento


 Resolutivas- o negocio deixa de produzir efeitos sempre que se de
aquele evento/situação
 Condições protestativas- dependem da vontade de uma das partes,
casuais- dependem de 1 acontecimento natural- chove, se falecer sem
herdeiros, e mistas- dependem da vontade do proprio e da vontade do
outro
 Condições possíveis, impossíveis- 271 nº 2)¸ilicitas( 271 nº1) ver
também 2230 e 967º
 Condições positivas- alteram o estado anterior e negativas- nao
alteram o estado anterior
 Condições perplexas e não perplexas= contraditórias ou nao
contraditorias
b) Termo-clausula pelo qual as partes subordinam a eficácia do negocio à verificação de 1
evento futuro e certo( o evento da~se de certeza mas não se sabe quando)- 278º CC

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Em principio pode ser aposto em qq negocio jurídico. Os imprazaveis- art 848, 1618º nº
2, 1852, 2054º nº 1, 2064º)-
Se se puser neste s artigos= nulidade- art 848º - ou a nulidade do termo 1618 nº 2 e
2243º-
Podem ser:
o Termo inicial, suspensivo ou dilatório ( se os efeitos do negocio so começam
ou so se tornam exercitáveis a partir de certo momento- isto é, é marcado o
prazo) e termo final, resolutivo ou peremptório( se os efeitos começam desde
logo, mas cessam a partir de certo momento).
o Tempo certo- qdo se sabe antecipadamente o momento exacto em que se
verificará;e tempo incerto- desconhecido
o Termo expresso ou proprio- qdo a clausula exoste por vontade propria das
partes e termo tácito ou improprio- resulta da lei
o Termo essencial – fica estipulada a data pela qual deveser satisfeita a
condiçao/prestaçao e termo nao essencial= qdo tendo sido ultrapassado o
prazo do termo nao impossibilita a prestaçao , gerando apenas 1 situaçao de
mora( adiamento).- art 804º. O credor pd-8º8 nº 1 fixar depois um termo
ESSENCIAL- aki depois ja nao pode pagar.
o Contagem dos prazos= 279º CC-

c) Modo( so nas doaçoes-963º e liberalidades testamentarias-2244)- clausula típica no


qual nas doações e liberalidades testamentarias, o disponente impõe ao beneficiário 1
encargo, isto é, a obrigação de adoptar um certo comportamento no interesse do
disponente, de terceiro ou do próprio beneficiário- ver art 963º e 2244º
A clausula modal impossível ou ilícita tem-se por não escrita- art 967º e 2245º
Qto ao inadimplemento do modo- ver art 966º e 2248º

 Distinção entre modo e condição:


O modo confunde-se, por vezes, com a condição.

- Enquanto a cláusula modal se traduz na imposição, ao beneficiário, no dever de


adoptar uma determinada conduta, a condição pode ter como evento condicionante
um facto de qualquer das partes, um facto natural ou de terceiro ou um evento de
carácter misto.

- Se a condição for suspensiva não se produzem imediatamente os efeitos do


negócio mantendo-se o período da pendência até há verificação da condição.

No modo, ou cláusula modal os efeitos produzem-se imediatamente, não suspendem,


mas pode vir a ser destruído devido ao incumprimento culposo do modo.

- A condição suspensiva suspende mas não obriga. O modo obriga mas não suspende.

- A cláusula modal obriga o beneficiário da liberalidade e a condição resolutiva


não impõe qualquer obrigação.

Para saber se estamos perante uma cláusula modal ou condicional recorre-se à


interpretação dos negócios jurídicos.

Em caso de dúvida, a doutrina entende que se deve optar pelo modo pois conserva
mais o negócio.

- No caso da condição esta depende da vontade

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No modo o negócio só deixa de produzir efeitos se for requerida judicialmente.

Tem legitimidade para intentar a acção os interessados.

Ex: A deixa a B uma herança com uma cláusula modal de que B teria que pagar os
cursos às pessoas da terra.

B não paga.

Tem interesse para intentar a acção as pessoas que iriam beneficiar desse curso,
os herdeiros, a pessoa que fez a doação (se foi em vida).

.Clausula Penal- 810º

É uma clausula acessoria que poderá ou nao existir.

Noçao- as partes estipulam anteecipadamente uma determinada prestaçao, normalmente em


quantia em dinheiro, que o devedor terá de satisfazer ao credor em caso de nao cumprimento ou
nao cumprimento perfeito da obrigaçao-

Modalidades:

a) Compensatória- estipulada para o não cumprimento


b) Moratória- estipulada para a simples mora do devedor( adiamento)

É a fixação antecipada e convencional do montante da indemnização. Assim, se a obrigação


principal for nula, a clausula penal também será- art 810º

Tem vantagem porque muitas vezes em tribunal é difícil provar os


prejuízos. Se houver uma cláusula penal o prejuízo já está calculado.

A cláusula penal pode ser estipulada no início do contrato ou


posteriormente ao contrato, mas tem que ter a forma que for exigida para
a obrigação principal (artº 810º nº 2).

Antigamente a cláusula era imutável, ou seja, se as partes estipulassem


que a cláusula penal era por exemplo 10 contos, ela não alterava.

Hoje a lei admite que as partes possam reduzir esse montante se se


mostrar demasiadamente excessiva, pois se não o fosse poderia estar em
causa o princípio da boa fé.

Assim a cláusula poderá ser reduzida se se mostrar manifestamente


excessiva, de acordo com o princípio da equidade (artº 812º)

O funcionamento da cláusula pena está previsto no artº 811º.

Difere da sanção pecuniária compulsória (artº 829º-A) pois na sanção


pecuniária compulsória quem fixa é o juiz enquanto que na cláusula penal
são as partes. A sanção pecuniária compulsória tem a finalidade de fazer
respeitar as decisões dos tribunais e intimidar as pessoas a cumprir,
enquanto que a cláusula penal tem a finalidade de antecipar os prejuízos
que venham a sofrer.

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O pofessor tem ainda escrito: clausulas limitativas e de exclusão de responsabilidade
civil… ????- será o art 816º CC?? – nao fui à aula.

CADUCIDADE- 328 A 333º E PRESCRIÇÃO -300 A 327º

 Prescrição:
Aplica-se aos direitos subjectivos propriamente ditos. Quando se fala em prescrição,
fala-se em prescrição extintiva ou negativa. Ao lado desta existe ainda a prescrição
aquisitiva ou positiva, através da qual se adquirem direitos reais. Ex: usucapião.

O prazo da prescrição será variável, se não houver nenhum é de 20 anos (artº 309º).

 Caducidade:
Visará direitos potestativos.

A nossa lei seguiu um critério formal afirmando que quando um direito deva ser
exercido durante certo prazo se aplica, regra geral, a caducidade, salvo se a lei
disser que é prescrição (artº 298º nº 2). A lei fixa o prazo.

DIFERENÇA ENTRE CADUCIDADE E PRESCRIÇÃO:

Artº 300º (prescrição), artº 330º (caducidade).

- A prescrição tem uma ideia de justiça e segurança. A base da prescrição é punir a


inércia negligente.
- A caducidade permite convenções e a prescrição não permite convenções.
Se forem direitos disponíveis nada obsta que as partes possam convencionar outro
prazo da caducidade. Na prescrição isso já não é possível.

- A caducidade é do conhecimento oficioso e a prescrição não é.


- A prescrição interrompe-se (artº 319º) e suspende-se (artº 318º) ao passo que a
caducidade não. A caducidade só suspende com o exercício
- A caducidade só é impedida, em princípio, pela prática do acto (ar de direito. tº
331º), enquanto que a prescrição se interrompe pela citação ou notificação
judicial de qualquer acto que exprima a intenção de exercer o direito

CADUCIDADE-328 A 333 PRESCRIÇAO-300 A 327

Dtos protestativos dtos subjetivos em sent. Estrito


É qdo 1 dto nao é exercido durante um So se aplica a prescriçao qdo a lei o
certo tempo-298 nº2 refere-298 nº2
Pd ser objeto de estipulaçoes em Nao pode ser afastado por vontade das
contratos- 330º partes-300º
Pd ser conhecida oficiosamte Tribunal- Tem de ser invocada pelas partes-303º
333º
Nao se interrompe ou suspende Interrompe-se (323 e ss) e suspende-se-
318º e ss
Apenas pondera sobre aspecto objectivo da VER 309,310,312º A 317º
certeza e segurança juridicas
Destina-se a censurar a inercia
negligente do titular do dto

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