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Introdução
Histórico
O gesso é conhecido a muito tempo entre os materiais da
construção cuja obtenção exige uma certa transformação usando a
intervenção do homem, ele é geralmente considerado como um do
mais antigos junto com o cal e a terracota.
Obtêm-se, na verdade, simplesmente aquecendo à uma
temperatura que não é tão elevada, depois reduzindo a pó, um
mineral que ocorre bastante na natureza: A pedra de gesso ou
gipsita.
Assim, pensa-se geralmente, que o homem pôde descobrir o
gesso – e, tão logo, sua reação com a água – um dia onde,
procurando construir uma casa, ele encontrou-se escavando um
lugar sobre o qual aflorava o gesso.
Por ai a fora com técnica análoga que o gesso é fabricado ainda
hoje artesanalmente para uso local em alguns países do oriente
médio.
Recentes descobertas arqueológicas mostraram que o emprego
do gesso remonta oito mil anos AC. (escavações na Síria e na
Turquia). Revestimentos de gesso e cal serviram de suporte para
afrescos decorativos, para fabricar pisos e mesmo para fabricar
recipientes.
Descobriu-se igualmente em algumas escavações em Jericó
(seis mil anos AC) traços do emprego de gesso em molduras e em
modelagens.
É bem conhecido que a grande pirâmide, construída por
Quéops, rei do Egito da quarta dinastia, em torno do ano de 2800
antes da nossa era, continua a demonstrar um dos mais antigos
testemunhos do emprego de gesso na construção: pela execução,
seguindo uma técnica que permanece inexplicável, juntas
surpreendem pela precisão de aproximação entre os blocos de 16
ton que constituem o monumento.
De qualquer forma, o filosofo Theophrastus que viveu do IV e III
século entes de Jesus Cristo e que foi discípulo de Platão e
Aristóteles parece ser pelo seu “Tratado da Pedra” o mais antigo e o
mais documentado dos autores que foram interessados pelo gesso.
Ele cita a existência de estucadores no Chipre, na Fenícia e na Síria.
Ele indica que o gesso é utilizado revestimento, para ornamentação,
afrescos, baixo relevo e estátuas. Ele enfatiza as qualidades e os
fortes ligantes que o gesso permite obter. Theophrastus nota a
possibilidade de se recuperar os revestimentos ou antigas obras de
gesso submetendo-os à um novo cozimento e utilizando novamente
o gesso obtido.
Mais próximo de nós, Caton e Columelle mencionaram
diferentes utilizações do gesso a quem Plínio dedicou importantes
desenvolvimentos.
Menos conhecido e talvez menos evoluído que estes que
forram transmitidos pelos Gregos e pelos Romanos, as aplicações
do gesso existiram igualmente durante muito tempo em outros
diferentes cantos do globo. Assim, na África, foi com o gesso muito
resistente que os Berbères construíram as barragens e os canais
que asseguram depois de séculos a irrigação dos palmeirais de
Mzab, e é o gesso que eles montam os blocos de terra preparada
com os quais são montadas as suas habitações.
Na França, foi com a invasão dos romanos que nossos
ancestrais obtiveram conhecimento dos processos de construção
usando alvenaria e o gesso. Por conseguinte, esses métodos de
construção com o emprego desses materiais regressam em favor
da construção em madeira que os Francos trazem com eles e que
prevaleceram durante as épocas Carolingienne e Mérovingienne (fig
I.1).