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magnésia
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
2. OBJETIVO
Determinar o teor de hidróxido de magnésio no leite de magnésia.
3. MATERIAS E MÉTODOS
3.1 Materiais e reagentes
_ Béqueres de 50 mL
_ Erlenmeyers de 50 mL e 100 mL
_ Pipeta volumétrica de 50 mL
_ Pipeta volumétrica de 25 mL
_ Balança analítica
_ Bastão de vidro
_ Leite de magnésia, 1200 mg em 15 mL (Phillips)
_ Água destilada
_ Solução padrão de HCl 0,1 mol.L-1
_ Solução padrão de NaOH 0,1 mol.L-1
_ Fenolftaleína
3.2 Metodologia
Para a realização do experimento, inicialmente agitou-se o leite de magnésia
para homogeneizar a suspensão. Tomou-se um erlenmeyer de 250 mL na balança e tara,
em seguida, adicionou-se uma alíquota do leite de magnésia e pesou sua massa em
gramas.
Pipetou-se 50 mL de solução de HCl 0,1 mol.L -1 nesse erlenmeyer e
homogeneizou-se a solução resultante. Feito isso, adicionou-se 3 gotas de fenolftaleína
como indicador.
Para a titulação colocou-se o erlenmeyer abaixo da bureta que estava no suporte e
iniciou-se o gotejamento de NaOH 0,1 mol.L-1 sob agitamento do erlenmeyer.
Encerrou-se a titulação quando a solução titulada mudou de cor. Anotou-se o volume de
NaOH gasto.
Repetem-se todas as etapas mais duas vezes (triplicata).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Antes de tomar uma quantidade representativa do leite de magnésia para análise,
foi necessário agitar bem o frasco, já que ele é constituído de uma suspensão de
hidróxido de magnésio, e para uma análise com precisão deve-se medir tanto o
magnésio em suspensão quanto o magnésio dissolvido [3].
A reação ocorrida entre o hidróxido de magnésio com ácido clorídrico em
excesso está representada abaixo:
Mg(OH)2(s) + 2HCl(aq) MgCl2(aq) + 2H2O(l) (I)
A Eq. (I) representa uma equação de neutralização, ou seja, um ácido (no caso,
HCl) reage com uma base (Mg(OH)2) formando um sal (MgCl2) e água. O reagente HCl
foi colocado em excesso para garantir que tal reação fosse completa [ 1].
A importância para que a reação (I) ocorra anteriormente à titulação com NaOH
se deve ao fato do leite de magnésia ser uma suspensão branca e opaca. Dessa forma, a
titulação direta do leite de magnésia não seria completamente solúvel - as partículas de
hidróxido de magnésia interagiriam com as paredes do erlenmeyer ficando fora do
contato com o titulante - e de difícil percepção de cor no ponto de viragem, - líquido
opaco - dificultando então na determinação do ponto de equivalência. Logo, como
procedimento alternativo para contornar tais problemas adicionou-se ácido clorídrico
em excesso – Eq. (I) – que dissolveu e neutralizou todas as partículas suspensas,
resultando numa solução clara apta a ser titulada com a base NaOH [3 ,4 ].
A Tabela 1 abaixo relata os valores individuais encontrados com a titulação das
soluções transparentes com NaOH.
Tabela 1 - Volume de base gasto para titular cada respectiva amostra de leite de
magnésia.
Titulações 1 2 3
Massa (gramas) de 1,0365 g 1,0923 g 1,0485 g
Leite de magnésia
Volume (mL) de 20,1 mL 21 mL 20,5 mL
NaOH gasto
Coloração no ponto Rosa claro Rosa claro Rosa claro
de viragem
Figura 1- A Estrutura I corresponde a fenolftaleína em pH menor que 8,3 (incolor) e a Estrutura II em pH maior
que 10 (rosa) [1].
A Eq. (II) representa uma titulação ácido-base, entre um ácido forte e uma base
forte, ou seja, qualquer quantidade de H+ adicionada irá consumir uma quantidade
equivalente de OH-. Como a proporção entre os reagentes é de 1:1, no ponto de
equivalência tem-se que:
Titulação 2
Pela Eq. (III):
n(NaOH) = n(HClexcesso)
Molaridade(NaOH) x Volume(NaOH) = n(HClexcesso)
0,1 mol.L-1 x 21 x 10-3 L = n(HClexcesso)
n(HClexcesso) = 2,1 x 10-3 mol
Titulação 3
1200 mg 15 mL
X 100 mL
X = 8000 mg = 8g = 8%
Como a média encontrada foi de 8,12% e o desvio padrão muito pequeno de
0,333 podemos dizer que a porcentagem encontrada no experimento difere muito pouco
da porcentagem contida na embalagem.
5. CONCLUSÃO
Ao realizar essa titulação obteve-se um valor de teor de hidróxido de magnésio
no leite de magnésia muito próximo ao contido na embalagem -8%. Então, constata-se a
eficácia da titulação reversa, ou titulação por retorno.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS