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INTRODUÇÃO
O objetivo deste livro é preparar homens e mulheres para obra do Senhor, levando o
evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
A homilética não é indispensável, porém, de grande valia se for colocada a serviço do
Senhor, trazendo mais clareza na exposição das Sagradas Escrituras.
A ORIGEM DA HOMILÉTICA
A homilética é a ciência que se ocupa com a pregação cristã. Homilética vem da palavra
grega HE HOMILIA, que no NT tem o sentido de “estar juntos, o relacionar-se”.
A origem do discurso.
O discurso seria o ato de alguém estar falando “como se fosse” para seus ouvintes. Um
discurso não é direcionado a uma pessoa específica, mas um grupo de pessoas que estão
reunidas no mesmo lugar.
A ORATÓRIA
O discurso tem seu inicio na Grécia, onde os gregos tinham o hábito de ficar nas praças
tendo discussões sobre assuntos urbanos comuns. As pessoas que melhor sabiam por suas
palavras, falar melhor, ganhava a atenção do povo e se destacava. Baseado nisto surgiu a
RETÓRICA.
A palavra retórica vem do grego (rêtor), no qual para os gregos significa orador e para nós
“mestre de oratória”. Então a retórica é a arte de falar bem.
Mais tarde os Romanos aperfeiçoaram a retórica chamando de Oratória.
A HOMILÉTICA
Não existia pregação, ninguém falava de sua religião neste tempo, pois o ensino era dado
em casa, e a foca militar de um povo era determinada pela raça e seus deuses. Cada povo
tinha sua vida política, religiosa e militar tudo fundido, não se pregava sobre as religiões,
simplesmente fazia isso fazia parte da vida deles.
No inicio do cristianismo, era apenas lido os textos das Escrituras dada exortação ao povo
segundo o que estava escrito. Jesus introduziu algo diferente, ele trazia o texto para
aplicação no momento.
Na idade média, qualquer discurso feito no púlpito era sermão. Quando a Bíblia foi
introduzida nos sermões, deixando apenas de ser discursos éticos e litúrgicos, para se
tornarem mensagens evangélicas. A homilética passou a ser a arte de pregar o evangelho.
A homilética pode ser uma ciência, arte ou técnica, dependendo do ponto de vista.
a) É ciência quando analisamos a parte , histórica, psicológica e social.
b) É técnico quando entendemos pois exige habilidade manual específica para se
fazer algo.
c) É uma arte quando esta sendo exposta aos ouvintes, sendo manifesta na vida do
pregador no púlpito.
A intenção da homilética é convencer seu ouvinte e persuadi-lo.
O QUE É HOMILÉTICA
A IMPORTÂNCIA DA HOMILÉTICA
Muitos dizem que não precisam estudar esta matéria, pois já lêem a Bíblia e oram a
Deus. Porém a homilética pode ajudar ao pregador saber se comunicar,se trajar, como
preparar o sermão, como transmiti-lo e como não dizer bobagens ou heresias.
Lembrando que toda honra e glória é de Nosso Senhor e não do pregador.
VANTAGENS
DESVANTAGENS
A HOMILÉTICA TEÓRICA
A HOMILÉTICA NA PRÁTICA
A Homilética é uma excelente matéria, mas o aluno deve colocar em prática quilo
que esta aprendendo, caso contrário, será como um atleta que treinou o ano todo e na hora
de competição seu corpo não tinha preparo físico.
O aluno aprenderá muitas técnicas de como preparar um sermão, como se preservar
diante do povo, como se comunicar e público e a cima de tudo, como ser um instrumento
nas mãos de Deus.
A Homilética é uma ciência que relaciona-se com outras ciências, tais como:
A TEOLOGIA
FILOSOFIA
Filosofia é uma palavra grega que significa “amigo da sabedoria” por causa de
Pitágoras que foi chamado de sábio. Pitágoras achando a palavra sábio muito elevado para
ele, pediu que o chamasse simplesmente de filosofo, isto é, amigo da sabedoria.
A filosofia é a ciência geral dos seres, dos princípios e das coisas.
HISTÓRIA
A história é a narração de fatos ocorridos na humanidade, origens e progressos da
ciência, biografia de um personagem. A história é a ciência do estudo do passado do
homem.
ARQUEOLOGIA
SOCIOLOGIA
PSICOLOGIA
HERMENÊUTICA
ANTROPOLOGIA
APOLOGÉTICA
HOMILÉTICA E ELOQUÊNCIA
A eloqüência é a arte de falar bem, levando seus ouvintes a acatarem aquilo que
você diz.
Todo pregador deve ter eloqüência, do contrário nem retórica, homilética podem
ajudar. Para que se tenha uma boa eloqüência é preciso saber se comunicar.
A HOMILÉTICA DO ESPIRITO SANTO
Cheio do Espírito Santo, todo pregador será ótimo. Fora disto a pregação não
poderá alcançar os pecadores e os pregadores não terão unção em suas vidas.
Para Deus não pesa o seu intelecto e habilidades, mas sim uma vida de entrega e
submissão a Ele, com humildade e temor. Deus não depende do que você tem, Ele quer
usar você e não suas coisas!
O bom observador buscar por em prática o que vê. Não se deve olhar os outros com
o fim de critica-los, porém, se for positiva a observação então use-a.
Isso não quer dizer que você não irá se preparar para pregar só por que Deus irá usa-
lo. Claro que vai, mas se estiver cheio de Espírito Santo e preparado.
Ir ao púlpito sem nada preparado, abrir a Bíblia em qualquer lugar e fala do que vem
na boca, dizendo ser dirigido pelo Espírito Santo. Misericórdia!
Existe ainda pregadores que são contra os que estudam, são contra seminários e
defendem a ignorância com unhas e dentes. Fazer a obra de Deus relaxadamente é pecado.
A HOMILÉTICA E O PREGADOR
A IMPORTÂNCIA DO PREGADOR
O homem ou mulher que faz a vontade de Deus, deve entender que esta realizando
que não vem dele e sim de Deus, assim como Jesus chama os pescadores para serem
pescadores de homens.(Mt 4.19)
Vemos também Isaias que responde ao chamado de Deus “Eis me aqui, envia-me a
mim” (Isaias 6.8). A pessoa que tem uma visão de Deus, tem profundo amor pelas almas
perdidas.
O êxito do pregador, depende de sua convicção no seu chamado. Ele recebe dons
como o apostolo Paulo, para pregar em tempo e fora de tempo, ele recebe o “Ide” de Deus.
O pregador não deve pensar que só o preparo cultural e bíblico é o bastante, sendo
que se não houver a direção do Espírito Santo, não haverá unção mensagem, se não houver
total dependência Dele, o sermão não penetrará nos corações, será ineficaz.
O pregador deve ter uma vida de oração, jejum e estudo da Palavra de Deus, por
que o que faz a diferença não é a mensagem e sim a unção de Deus na vida do pregador. Se
não atentarmos para este detalhe, seremos pregadores mecânicos, copiadores de mensagens.
A vida espiritual é uma vida permeada pela fé. E como pode o pregador falar da
vida espiritual que ele não esta vivendo? (I Jô 2.6) “Aquele que diz que está nele, também
deve anda como Ele andou”
É de sua importância que o pregador saiba viver em sociedade e que procure manter
os seus negócios em dia, que tenha um bom relacionamento com os irmãos, vizinhos e os
de casa,que tenha uma boa educação sabendo tratar bem a todos sem privilegiados.
O pregador não pode ser uma pessoa cheia de complexos e timidez, mas deve saber
entrar e sair de qualquer lugar, pois o pregador tem sabedoria divina, por isso não há do que
se envergonhar ou temer de pessoas de alto nível ou menos favorecidos.
A moral é igual a virgindade, só se perde uma vez. O pregador deve ser exemplo de
nova vida. O provérbio brasileiro “faça o que falo e não o que eu faço”, tristes ver a que
ponto chegou os pregadores brasileiros. Lembre-se que suavida fala mais alto que as suas
palavras, pregue a você primeiro, antes de pregar aos outros.
O pregador deve ser uma pessoa equilibrada emocionalmente, pois pelas suas
palavras ele mostra este equilíbrio. Nossas palavras não passam apenas idéias, mas levam
também emoções (alegria,tristeza, ira, amor, coragem, medo, otimismo, frustração, derrota,
vitória) , revelam temperamentos (agressivo, submisso, introvertido,extrovertido)e as
motivações (conscientes e inconscientes).
Existem pregadores que pregam mais sobre sua vida do que das verdades de Deus,
mostrando assim um desequilíbrio enorme.
Qual o significado da nossa vocação quando ocupamos o púlpito? Deve ser auxiliar
os que estão carregados de pecados a alcançarem a fonte de purificação, o escravos a
alcançarem os cânticos de libertação, o coxo e o paralítico a recuperarem a habilidade
perdida, enviar os corações sombrio ao calor da Graça, auxiliar os levianos a se vestirem
com vestidos de louvor.
O pregador no púlpito tem que se preocupar com sua aparência diante do povo, tem
que se preocupar com gestos que ele faz quando esta pregando. O tempo todo ele é
vigiado!
O pregador não deve confundir humildade com relaxamento. Roupas velhas,
amarrotadas, sapatos sujos, gravatas rotas, não significam humildade e sim relaxo, falta de
cuidado! A roupa pode ser simples, mas deve estar limpa e bem passada! Os sapatos podem
ser velhos, mas devem estar limpos, a barba deve esta bem feita, cabelo aparado e
penteado.
A aparência do pregador deve ser saudável, alegre, confiante pois semblante caído,
cara trancada, predispõe negativamente a todos.
O exagero no luxo das roupas deve ser evitado para evitar uma barreira para os
ouvintes.
O tempo para o pregador é de suma importância para sua vida devocional. Deve se
aplicar nas coisas do Reino. Os homens que Deus usou eram homens e mulheres que
preenchiam seus dias com coisas de Deus.
Quem dá desculpas que não tem tempo é porque lhe falta administração do mesmo,
e tem como amigo o ativismo.
Se um pregador não se preocupar com seu corpo que é templo do Espírito Santo,
como ele poderá ser usado por Deus, cansado, doente, sem controle mental para organizar
os tópicos do sermão, com estafa e tantas outras coisas?
O pregador que gasta 40 minutos de pregação,s e esforça o equivalente ao serviço
de um ajudante de pedreiro que trabalha oito horas numa obra.
Cada um de nós temos nossos jeito, personalidade e estilo. Não imite os outros, seja
o que você é. Você poderá copiar ou imitar algo, mas não tudo, ou deixamos de ser quem
somos.
A originalidade é a capacidade de se criar idéias novas, de imaginar, de pregar de
maneira diferente. Busque em Deus seu próprio estilo e sinta-se feliz por Ele ter lhe
escolhido para transmitir Sua Palavra.
Um dos maiores perigos para o pregador é ele mesmo. O homem pode conduzir
outros a vereda celeste e ele mesmo pode se perder no caminho. Talvez seja a mais triste e
patética tragédia da vida: o espetáculo do homem que, tendo pregado a outros, viesse a
tornar-se desqualificado (II Co 13.5-7)
Existem perigos conhecidos e desconhecidos. Por exemplo: egoísmo, fama, glória
para si, preconceito, mentiras, invenções, falsa espiritualidade, pompa, arrogância, falta de
humanidade, pecados ocultos, falta de entrega em determinadas áreas da vida, que estejam
irregulares etc.
O conselho de um pregador- Evite as três barras a) A barra de ouro b) A barra da
fama c) A barra da saia. Faça como José, fuja!
Os perigos desconhecidos são aqueles que estão dentro de nós e não vemos, e
aqueles que vemos, mas não queremos admitir.
A HOMILÉTICA E OS SERMÕES
Todo sermão deve ter um alvo ou um objetivo. Este é o primeiro requisito dos
sermão e das idéias que o pregador queira usar no sermão,e ainda, controlar a seqüência das
mesmas. O Sermão não poderá ficar claro e inteligível para os ouvintes se o próprio
pregador não souber aonde quer chegar, ele deve ser claro.
A IMPORTÂNCIA DO SERMÃO
O OBJETIVO DO SERMÃO
O PREPARO DO SERMÃO
O TEXTO
Conselhos:
• Palavra de homens ímpios (Jô 8.33;Mt 27.4)
• Palavras de demônios (Mc 5.7)
• Palavras de satanás (Lc 4.3)
• Texto restristo (Mc 12.18-23, Gn 9.20-24)
• Textos muito conhecido pelo auditório, se deles não puder extrair lições novas
• Prefira textos claros.
• Não exclua o Antigo Testamento.
• Escolha textos que tragam, esperança, ensinamentos, soluções, edificação,
confiança.
• Fique na dependência do Espírito Santo para escolha ideal em cada situação.
• Escolha textos que estão de acordo com o Tema.
2. Argumentos ou provas
Nem sempre o pregador convence com a declaração pura e simples da verdade
evangélica. Daí a necessidade de enriquecer a mensagem com argumentos lógicos e
seguros que não deixam dúvidas. O mais usados são:
2.1 Argumentos apriorísticos ou dedutivos.
Consiste na causa para o efeito ou do geral para o particular.
Ex: “Tudo que o homem semear, isso também ceifará”-causa-semente; efeito- a
ceifa.
“No principio Deus criou o céu e a terra.”- causa- Deus; efeito – o céu e a terra
2.2 Argumentos a posteriori ou indutivo
Consiste do efeito para causa e do geral para o particular.
Ex: “Os céus declaram a gloria de Deus”- efeito- os céus; causa – a glória de Deus.
2.3 Argumentos do testemunho
Consiste em depoimentos de amigos e testemunhas a favor do Evangelho. No
argumento do testemunho devemos considerar dois elementos indispensáveis:
2.3.1- O caráter das testemunhas:- dever ser pessoas idôneas, verdadeiras e sábias,
capazes de distinguir o falso do verdadeiro.
2.3.2 – O número das testemunhas:- quanto mais numeroso, mais digno de crédito.
2.4 Argumentação analógico.
Analogia significa –PROPORÇÃO- é a semelhança correspondência entre as
relações dos objetos comparados.
Ex. Jesus é o cabeça da igreja, o crente é o templo do Espírito Santo, Eu sou a porta.
2.5 Silogismo.
O silogismo regular se constitui sempre de três proposições (propostas): premissa
maior, premissa menor e conclusão.
2.5.1. silogismo de conclusão positiva: todo homem é mortal
2.5.2. silogismo de conclusão negativa: nenhum homem é perfeito
2.5.3. silogismo de conclusão particular afirmativa: todo crente é amável; alguns
homens são crentes; logo alguns homens são amáveis
2.5.4 silogismo de conclusão particular negativa: nenhum incrédulo é amável;
alguns homens são incrédulos, logo alguns homens não são amáveis.
2.6 Silogismo irregulares:
2.6.1. entitema: é o silogismo em que uma das premissas é a conclusão
2.6.2. epiquirema: são as premissas acompanhadas das respectivas provas.
2.6.3 polossilogismo: é o encadeamento de vários silogismos.
2.6.4. dilema: é o silogismo duplo com uma só conclusão, ou seja leva a pessoa a
alternativa em que cada um dos termos leva a mesma conclusão.
2.7 Ordem dos argumentos:
2.7.1. O pregador não deve apresentar nenhum argumento fraco.
2.7.2. Não apresentar todos de uma vez, guardar algum para surpresa.
2.7.3. Os argumentos escrituristicos devem vir em primeiro lugar, depois filosófico,
cientifico, teológico.
3. Ilustração
3.1 Conceito: Ilustrar é iluminar, esclarecer; elemento retórico que torna a verdade
evidente.
3.2 O valor da ilustração.
3.2.1. Quebra a monotonia do sermão chamando a atenção do ouvinte.
3.2.2. Ajuda a memorizar o sermão na mente
3.2.3. Traz convicção e harmonia entre as coisas espirituais e naturais
3.2.4. Tem valor para explicar.
3.2.5. Tem valor como prova.
3.2.6. Orna ou embeleza o sermão atraindo e impressionando o ouvinte.
3.2.7. Te valor para despertar emoções, as vezes rir ou chorar.
3.3 Fontes de ilustração
3.3.1. As escrituras é a principal fonte.
3.3.2. A vida humana e suas facetas.
3.3.3. Ávida humana nas relações domésticas entre pais, filhos, marido e mulher etc.
3.3.4. A vida campestre. As leis naturais que presidem a sementeira, a ceifa etc.
3.3.5. A vida natural, pública, ciências, história.
3.4 Espécies de ilustração
3.4.1. Linguagem pitoresca:- é a linguagem de expressiva e atraente imagem
3.4.2. O símile:- Uma coisa comparada a outra- “O Reino do céus é semelhante a
um grão de mostarda”
3.4.3. A metáfora:- é a transformação de uma palavra em outra semelhante “vos sois
o sal”
3.4.4. A descrição:- é a figura de retórica que torna visível as coisas materiais.
4. Aplicação
Conceito:
Aplicação é a arte de persuadir, induzir ou exortar a pratica da verdade ensinada.
Valor da aplicação
Se pregarmos para o povo e não perante o povo, a mensagem se multiplicará em
cada ouvinte aplicante.
Como fazer a aplicação:
Pode-se fazer no fim de cada ponto através de uma ilustração, à medida que vão
surgindo lições práticas para cristã ou no fim do sermão de uma só vez
recapitulando ponto-a-ponto.
4.4 Psicologia da aplicação:
Ela deve abranger todas as classes de pessoas ou restrita quando é para um grupo.
É contra procedente a aplicação para pessoas em particular, individual ou família.
4.5.Método de aplicação:
4.5.1.Apresenta-la com veemência e poder, tirando toda duvida e resistência
contrária.
4.5.2. Apelar aos sentimentos e emoções levando os ouvintes há pratica do sermão.
4.5.3. Despertar o desejo da prática pelo exemplo de outros personagens bíblicos.
4.5.4. Advertir os ouvintes das conseqüências de sua negligência em não aplicar a
mensagem, mas especialmente a benção de sua prática.
Classificação:
1. Temas doutrinários:
A salvação, o pecado, dízimo, o arrependimento, a fé, a regeneração, a graça, são
sermões que objetivam ensinar doutrinas.
2. Temas morais:
Relacionam-se com a conduta, as virtudes da vida cristã pelos padrões éticos do
Evangelho, da denominação da igreja e seu pastorado, evitando exageros.
3. Temas históricos:
Fatos bíblicos revelam a relação da história com a história humana de modo geral.
4. Temas biográficos:
Abrão, Isaque, Jacó, Paulo e acima de todos Jesus.
5. Temas espirituais.
São temas oriundos das experiência com elementos morais, históricos e
doutrinários.
6. Temas ocasionais:
Têm em vista circunstâncias ocasionais.
Cerimônias fúnebres – O pregador deve ter o cuidado de na ferir credos, princípios éticos
e religiosos. Os textos devem ser consoladores e evangelísticos. Ex.:1 Co 15.45-57;Ap
14.13;Rm 10.6 –13.
Sermões congrecionais- São apropriados para congressos, convenções, encontros
nacionais etc.
Sermões acadêmicos – São dirigida a formaturas de escolas superiores ou a nível mais
abrangente. Devem ser curto e abordar o assunto em pauta.
Sermões exortativos- Advertir aconselhar, incitar, persuadir os irmãos a andar na presença
do Senhor.
Sermões evangelisiticos- Tem o objetivo de despertar os irmãos a terem amor pelos
perdidos.
Sermões edificativos- Estes servem para instruir os irmãos a permanecerem firmes até a
volta de Jesus.
Sermões avivalistas- A finalidade é levar os crentes a uma vida poderosa e cheia do
Espírito Santo.
Sermões para crianças- Para falarmos às crianças devemos usar a linguagem apropriada,
com assuntos do interesse usando ilustrações, fábulas, mímicas.
Sermões nupciais- Deve ser breve e mostrar a base bíblica para o casamento. Ex: Gn 2.18-
24; Ef 5.22-31; Mt 19.5-6 e outros.
Temas gratulatórios- São para aniversários, bodas, ações de graças.
Temas consagratórios- Para consagração de pastores, evangelistas, diáconos, consagração
de templos e ministério em geral.
DISPOSIÇÃO
PARTES DO SERMÃO
1- Introdução ou exórdio
2- Divisão ou desenvolvimento
3- Conclusão ou peroração
1. Introdução
1.1. Características:
- Preparar com antecipação;
- Proferir com segurança;
- Deve ter o mesmo estilo do sermão.
1.2. Fontes da introdução:
- O texto;
- O contexto;
- O tema;
- As circunstâncias ambientais;
- A ilustração ou fatos históricos;
2. Divisão do Sermão
2.1. Características da divisão ou corpo:
- Deve ser lógica;
- Deve ter em vista a unidade do sermão;
- Fundamentar-se no texto e relacionar-se com ele;
- Um ponto não pode incluir matéria do outro;
- A passagem de um ponto a outro deve ser suave.
2.2. Quantidade de pontos ou divisões:
- Pode ser divido e vários pontos evitando exagero
- Recomendável não mais que 4 ou 5 e nem menor que 2.
2.3. Quantidade de subpontos:
Cada ponto do sermão pode ter subpontos. Porém muitos subpontos deixam
o sermão cansativo.
2.4. Fontes de divisão:
- O texto, se o sermão for textual ou expositivo;
- O tema, se o sermão for temático.
2.5. Importância da divisão:
- Auxilia no planejamento do sermão
- Facilita e análise e argumentação dos pontos
- Facilita a memorização evitando repetição desnecessária.
2.6. Ordem das divisões:
- Deve ser progressiva, começando do ponto mais fraco ao mais
forte.
3. Conclusão:
- Deve ser breve
- Não deve ser improvisada
- Pode ser a recapitulação dos pontos
- Pode ser uma aplicação prática do sermão
- Pode ser um apelo ao que foi pregado.
ESPÉCIES DE SERMÕES
1 – Temático
2 – Textual
3 - Expositivo
1. Temático
Definição:
É aquele cuja divisão é extraída do tema, divide-se o tema e não o texto.
Vantagens:
- É o de melhor lógica –
- Proporciona melhor relacionamento entre os pontos do sermão.
2. Sermão textual:
Definição:
É aquele cuja a divisão é tirada do texto e divide-se em três modalidades
Sermão textual natural ou puro;
- As divisões são formadas como se acham na Bíblia
- As subdivisões são constituídas de citação do texto.
Sermão textual analítico (pergunta no texto)
- baseia-se nas perguntas feita ao texto. Onde?Como?Que?
Quem?Porque?Para que?
- As respostas são dadas pelo texto
Sermão textual por inferência:
- As expressões textuais são sintetizadas em um termo que
encerre o conteúdo ou o sentido implícito do texto.
- Nos texto de divisão natural deve-se usar esse tipo de sermão.
3. Sermão expositivo:
Definição:
É o que se ocupa da exegese de um texto das Escrituras.
Características:
- É uma análise lógica e precisa do texto ou trecho bíblico.
- Adapta-se melhor a estudos ou doutrinas.
- Dispensa ilustrações e outros elementos fora do texto.
- Leva o povo ao estudo e exame da Bíblia
- Exige do pregador:
Muito trabalho e profundo conhecimento das Escrituras.
Conhecimentos hermenêuticos
Noções dos textos originais (hebraico e grego)
Dedicação diária ao estudo das Escrituras
Vida consagrada a defesa das verdades do Evangelho.
Que sua vida seja um respaldo daquilo que prega e ensina.
SERMÃO TEMÁTICO
Vantagens:
• De mais fácil divisão
• Mais lógica e clareza nas idéias
• Facilita o pregador de pouco conhecimento bíblico que tenha cultura intelectual.
• Maior elegância na pregação
Desvantagens:
• Dá lugar a cultura intelectual em lugar do Espírito Santo
• Exigem maior cultura intelectual por ser menos apegado ao texto.
• Depende mais do pregador para dar-lhe o toque de espiritualidade
• Pode-se tornar vazio e sem graça.
• Sem unção do Espírito Santo, se tornara um discurso.
• E alguns escolhem qualquer tema, muito cuidado!
ORIGINALIDADE
A originalidade é a capacidade de se criar idéias novas; imaginar e colocar as coisas
de maneira diferente.
Entretanto, a originalidade é sempre muito relativa, especialmente na homilética.
Muitos pregadores se inspiram em trabalhos e sermões de outro.
PLÁGIO
Plagiar pe pegar uma idéia alheia e reproduzi-la como se fosse sua. Pela lei isso
considerado furto literário ou artístico. Então podemos dizer que reproduzir o sermão de
outro é crime?
No cristianismo , há 3 aspectos que tornam o plágio até recomendável.
1. O objetivo maior do sermão é a glória de Deus e não do pregador que o fez.
2. O pregador ficará feliz em saber que seus sermões estão sendo usados para
salvar vidas.
3. Não é pecado ser repetidor de sermões. O pecado está na preguiça mental, por
negligência ou comodismo.
IMPROVISO
Improvisar é fazer algo sem preparo. Isso não quer dizer que o pregador não sabe o
que está falando, mas sim, que foi apenas pego de surpresa. Ele pode usar um sermão que já
pregou em outro lugar ou até de assuntos do qual ele já vem pensando e estudando. Isso
tudo pode ocorrer sem que o pregador tenha qualquer tipo de anotação.
ENRIQUECIMENTO DO SERMÃO
Recolhendo material
O pregador leigo deve ler jornal diariamente, para estar a par do que se passa no
mundo. Isso gera um fonte de ilustrações. Também a leitura de revistas e livros de natureza
elevada: livros evangélicos, história, ciência, psicologia e de atualidades mundiais.
Arquivo de materiais
É importante guardar recortes, copias de artigos, escritos de próprio punho e uma
relação de assuntos que se encontram em livros e revistas.
Fichário temático
O pregador deve guardar todo seu trabalho homilético em disquetes ou em um
fichário. Isso será de grande valia, como material de estudo, aprimoramento para futuras
mensagens.