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• OBRIGAÇÕES DO SEGURADO
o Pagar o prêmio (art. 757, 763). Se o segurado não pagar o prêmio perde o direito a receber a
indenização. Basta que não pague, não sendo necessário sua constituição em mora.
o Prestar informações exatas (art. 766). É dever do segurado prestar informações certas no
momento da celebração do contrato, também sob pena de anulação por dolo. Perde o direito à
indenização e deve pagar os valores já vencidos. Se a informação incorreta decorrer de fato
diverso da má-fé do segurado o segurador poderá denunciar o contrato ou exigir
complementação do valor do prêmio. Ex. Seguro de vida de pessoa hipertensa e diabética. As
informações devem ser prestadas no momento da celebração, a omissão acarreta perda dos
valore já pagos e da indenização.
o Abster-se dos riscos (art. 767, 799). O segurado deve agir com a mesma diligência de pessoa
mediana sem arriscar-se sob pena de perder o seguro. O código prevê no art. 799 a exceção na
qual obriga o segurador a pagar o seguro se a morte ou doença é decorrente do uso de
transportes de risco, prestação de serviço militar, esportes radicais, e atos de humanidade em
auxilio de outrem.
o Comunicar ao segurador o sinistro (art.769). É obrigação do segurado comunicar que o evento
danoso ocorreu. Deve comunicar em tempo hábil, logo após ocorrer o evento.
o Responsabilidade subsidiária. Frente ao terceiro o segurado tem responsabilidade subsidiária,
havendo a insolvência do segurador o segurado deverá responder frente aos danos causados ao
terceiro.
• OBRIGAÇÕES DO SEGURADOR
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o Pagar a Indenização. A indenização a ser paga será o valor segurado dentro dos limites da
apólice. A apólice poderá convencionar a indenização como reposição do bem segurado por
outro de mesmo gênero, espécie, qualidade e quantidade.
o Pagar juros e perdas e danos na mora pela indenização (art. 772). O segurador demorar pagar
a indenização deverá ao segurado perdas e danos e juros.
o Despesas de salvamento. Também é obrigação do segurador pagar as despesas de salvamento
resultantes do sinistro. Estas despesas terão limites definidos no contrato. Ex. seguro de dano
cobrindo carro que quebra durante viagem, o reboque corre por conta do segurador até o
limite dado pelo contrato, 200km.
o Receber o prêmio. O segurador deverá receber o prêmio, salvo nos casos em que o risco
aumentou e que fez a notificação ao segurado em 15 dias após a agravação. Poderá também
recusar receber o prêmio se provar que o valor do seguro é excessivo em relação ao bem
segurado.
o Responder pelos atos de seus representantes. Qualquer ato realizado por seus representantes
em nome da seguradora são de responsabilidade dela.
• PECULIARIDADES
o Seguro de Vida – despesas com funeral. Apesar de ser comum a confusão, o segurador só tem
obrigação de pagar a indenização, as despesas com o funeral deverão ser convencionadas
expressamente no contrato.
o Dolo do segurador. O dolo do segurador que realizar o contrato sabendo que o risco é passado
e não irá mais se realizar dá ao segurado direito de ressarcimento do prêmio em dobro.
o Sub-rogação do segurador. O segurador sub-roga-se no direito do segurado contra terceiros
somente no seguro de dano, nunca no de pessoa. Ex. colisão de veículos, culpa de terceiro;
morte de segurado por culpa de terceiro.
o Acumulação de seguros. É vedada a acumulação de seguros de dano. Já o seguro de pessoa
poderá ser acumulado.
o Co-seguro. É a responsabilização de mais de uma seguradora pelo pagamento da indenização.
Ocorre quando o valor a ser assegurado é tão alto que uma só seguradora não suportaria pagar.
ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA (ART. 884 A 886 do CC/02); PAGAMENTO INDEVIDO (ART.
876 A 883 DO CC/02) E REPETIÇÃO DO INDÉBITO.
• CONCEITOS.
o ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. Art. 884. Enriquecimento sem causa é a vantagem
auferida por alguém mediante o ônus para outra pessoa sem motivo jurídico que o justifique.
O enriquecimento poderá ser por dinheiro ou outros bens.
o PAGAMENTO INDEVIDO. Art. 876. É o pagamento feito por erro de quem o realiza. O
pagamento indevido é uma das formas de enriquecimento ilícito, ou sem causa.
Paga-se divida inexistente ou extinta. Há aí uma prestação errada do devedor que paga
acreditando haver débito, se o débito não existia ou já estava extinto.
Pagamento feito a pessoa errada. O devedor pode pagar o débito a terceira pessoa
acreditando ser o credor. Ex. transferência de crédito. A deve a B, mas B passa o Título
a C. A paga a B, acreditando ser ele o credor. B tem que restituir a C o débito, ou
haverá enriquecimento sem causa.
o REPETIÇÃO DO INDÉBITO. É a devolução do pagamento indevido.
• PAGAMENTO INDEVIDO
o REQUISITOS.
Enriquecimento sem causa. Alguém tem que enriquecer sem causa para que se
configure pagamento indevido.
Empobrecimento de alguém. Se houver enriquecimento sem causa por uma parte em
contrapartida haverá o empobrecimento de alguém, que será o prejudicado e terá
direito à repetição do indevido.
Ausência de culpa do empobrecido. Art. 877 e art. 882. A pessoa que pagou
indevidamente deve ter feito por erro, não por culpa. Aquele que pagar dívida que já
sabia prescrita não pode exigir a repetição. O ônus da prova do erro é de quem alega
que errou.
Falta de causa jurídica para pagamento. Não poderá haver débito constituído. Não
pode haver relação de crédito e débito entre pagante e recebedor. Dessa forma falta
causa jurídica para pagamento.
• EFEITOS
o Obrigatoriedade de devolução. Art. 876. Aquele que recebeu pagamento indevido deve
devolver o valor para não caracterizar o enriquecimento ilícito.
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o Dos frutos percebidos e das benfeitorias. Art. 878. Se o recebedor do bem estava de boa fé
não deve restituir os frutos percebidos e ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e úteis
podendo ainda levantar as benfeitorias voluptuárias, com direito à retenção, mas se ao
contrário estava de má-fé deve restituir o bem recebido deverá pagar pelos frutos e não terá
direito a restituição das benfeitorias úteis nem levantar as voluptuárias, podendo receber
indenização pelas necessárias, sem direito à retenção.
o Objeto imóvel. Se o objeto do pagamento for imóvel deve-se observar:
Alienação por parte do recebedor de boa-fé. Se o recebedor alienou o imóvel de boa-
fé. Deverá repetir o valor recebido.
Alienação por parte de recebedor de má-fé. Se o recebedor alienou o imóvel de má-fé
pagará o valor recebido mais perdas e danos.
Adquirente de má-fé. Se o adquirente estava de má-fé o pagador em erro tem direito à
reivindicar o imóvel.
* objeto obrigação de fazer ou não fazer. Art. 881. Aquele que recebeu indevidamente obrigação de fazer ou
não fazer fica obrigado indenizar o valor da prestação na medida do lucro obtido.