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Prop. dosé Bernarde da Silva
Peleia do Cege hier
Com Zé Pretinko
APRECIEM meus leitores
uma forte discussao
que tive com Zé Pretinho
um cantador do sertao
o qual no tanger do verso
vencia qua)quer questao
Um dia determinei
a sair do Quixadé
uma das belas cidades
do Estado do Ceara
‘ui até ao Piaui
ver os cantores de 14
Hospedei-me em Pimenteira
depois em Alagoinha
cantei no Campo Maior
no Angieo e na Baixinha
de 14 tive um convite
para cantar na Varzinba
Quando cheguei na Varzinha.
foi de manh& bem cedinho
entio @ dono da ¢asa(]
me perguntou sem carinho?
cego, voce nfo tem médo
da tama de Zé Pretinho?
Eu Ihe disse: nao senhor
mas da verdade eu nio zombo
mande ¢hamar ésse preto
qu’eu quero dar-lhe am tombe
éle vindo, um de nds dois.
hoje ha de arder o lombo
O dono da casa disse:
Zé Preto pelo comum
d& em dez ou doze cegos
quanto mais’ sendo s6 um;
mandou um macumanzeiro
chamar José do Tucum
Chamou um dos filhos e disse:
mewn filho, vocé va ja
dizer a José Pretinho
que desculpe eu nado ir 14
€ éle como sem falta
A noite venha por ca
Em casa do tal Pretinho
foi chegando vu portador
foi dizendo: 14 em casa
tem um cego cantador
o meu pai manda dizer
que va tirar-lhe o calor(3)
Zé Pretinho responden:
bom amigo é quem visa
menino, dizei ao cego
que va tirando a camisa
mande benzer logo o lombe
que eu vou dar-lhe uma pisa
Tudo zombava de mim
eu ainda nfo, sabia
que o tal José Pretinho’
vinha para a cantoria
as cinco horas da tarde
chegou a cavalaria
O preto vinha na frente
todo vestido de branco
seu cavalo encapotado
com um passo muito trance
riscaram de uma 86 vez
todos no primeiro arranco
Saudaram o dono da casa
todos com muita alegria
0 velno bem satisfeito
folgava alegre e sorria
vou dizer o nome do fove
que veic pra Cantoria
Vieram o capitio Duda
Tonheiro ¢ Pedro Galvio
August6 Antonio Feitosa -*