O contratorpedeiro Santa Catarina serviu na Marinha do Brasil de 1910 a 1944, participando de exercícios, missões de patrulhamento costeiro durante a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, e apoiando operações navais durante revoltas internas no Brasil. Foi construído na Inglaterra e incorporado à Marinha em 1910, sendo o primeiro navio brasileiro a ostentar o nome de Santa Catarina.
O contratorpedeiro Santa Catarina serviu na Marinha do Brasil de 1910 a 1944, participando de exercícios, missões de patrulhamento costeiro durante a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, e apoiando operações navais durante revoltas internas no Brasil. Foi construído na Inglaterra e incorporado à Marinha em 1910, sendo o primeiro navio brasileiro a ostentar o nome de Santa Catarina.
O contratorpedeiro Santa Catarina serviu na Marinha do Brasil de 1910 a 1944, participando de exercícios, missões de patrulhamento costeiro durante a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, e apoiando operações navais durante revoltas internas no Brasil. Foi construído na Inglaterra e incorporado à Marinha em 1910, sendo o primeiro navio brasileiro a ostentar o nome de Santa Catarina.
Contratorpedeiro Incorporação: 15 de setembro de 1910. Baixa: 28 de julho de 1944.
(Acervo: Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha)
Contratorpedeiro construído pelos Estaleiros Yarrow, West Glasgow, Inglaterra, nono de
uma série de dez (Amazonas, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Paraná, Mato Grosso e Santa Catarina), encomendados pelo Governo Brasileiro como parte do Programa de Construção Naval de 1906 do Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar. Foi lançado ao mar em 27 de outubro de 1909 e entregue ao Governo Brasileiro em 11 de junho de 1910. Partiu de Glasgow na Escócia em 20 de junho de 1910 e chegou ao Rio de Janeiro em 14 de agosto do mesmo ano. A Mostra de Armamento foi realizada em 20 de setembro de 1910 recebendo o indicativo visual 9. Foi incorporado a Esquadra por meio do Aviso n° 4103 de 15 de setembro 1910. Primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar o nome Santa Catarina recorda o Estado da Federação do mesmo nome. O navio foi construído em chapa de aço de 5 mm, rebitado com reforço horizontal, dividido em doze compartimentos estanques, sem couraçamento, possuindo apenas dois conveses de chapa de aço recoberto com corticina. O primeiro convés percorria todo o comprimento do navio da proa até o compartimento de colisão. O segundo convés era interrompido pelos compartimentos de máquinas e caldeiras e formado, portanto, por duas partes, uma à vante abrangendo as cobertas e outro à ré, abrangendo os alojamentos dos oficiais. Possuía as seguintes características: 650 t de deslocamento; 73,15 m de comprimento entre perpendiculares; 7,16 m de boca; 4,27 m de pontal; 2,31 m de calado à vante; 2,31 m de calado à ré. Era artilhado com dois canhões de 101,6 mm, Armstrong, 40 calibres, fechamento por parafusos cilindro tronco cônico e obturação plástica Eslwick, ficando um à vante e outro à ré. Possuía quatro canhões de 47 mm, Armstrong, 45 calibres, semiautomáticos, fechamento por cunha vertical e obturação por estojo metálico, ficando dois a bombordo, dois a boreste com alças telescópicas iluminadas e o disparo elétrico ou por percussão. Era equipado com duas máquinas á vapor, Yarrow, 8.000 HP, alternativas, tríplice expansão com quatro cilindros invertidos desenvolvendo alta, média e baixa pressão. Possuía dois condensadores, duas caldeiras aquatubulares, tipo expresso, Yarrow, colocadas em dois compartimentos separados e estanques. Tinha cinco carvoeiras com capacidade total de 173 metros cúbicos de combustível e capacidade em sobrecarga de 111 t adicionais acondicionados nas caldeiras e no convés. Possuía duas chaminés e conseguia desempenhar a velocidade máxima de 27 nós com um raio de ação de 1.600 milhas a 15 nós. A água potável era produzida por vaporizador e destilador sistema Laird Rapier com capacidade de 6000 l por dia e 17 t para alimentação das caldeiras. Os paióis de projeteis e pólvora eram ventilados pelo sistema tradicional com admissão de ar atmosférico e pelos sistemas de ar frio circulatório fornecido por termotanques e máquinas frigoríficas J.C.Hall. A energia elétrica era fornecida por um grupo eletrogênio montado no compartimento à ré das máquinas motoras. Consistia na associação direta de um motor a vapor Peter Brotherhood, 18 HP com um dínamo Siemens Brothers, tipo 12F, corrente contínua, excitação compound, multipolar, 80 v, 150 amperes, 12 kw, 650 a 682 rotações. Os circuitos de baixa tensão eram alimentados por pilhas e destinados ao serviço de artilharia e disparo de torpedos. A manobra do navio era feita por leme compensado servo-assistido por máquina a vapor, do passadiço e torre de comando, e a mão, na popa, por ante a ré da gaiuta da praça d'armas. As comunicações eram feitas por estação telegráfica do sistema Marconi, 15 kw, alcance máximo de 70 milhas. O navio dispunha de um mastro de madeira, comum, com verga para sinais com 17,4 m de altura, acima do convés, e uma guindola à ré para fixação da antena de telegrafia da haste da bandeira. Para navegação o navio dispunha de agulha magnética padrão (de líquido) no tijupá, de agulha magnética (de líquido) no passadiço, agulha magnética seca na popa, máquina de sondar Lord Kelvin de 1906 e dois odômetro de superfície Walker Cherub & Neptune para altas e médias velocidades, respectivamente. Originalmente, dispunha de um escaler de seis remos, um escaler de quatro remos, uma canoa de quatro remos, uma chalana e duas jangadas; nove boias salva-vidas e 24 coletes de cortiça de salvação. Sua lotação inicial constava de 11 oficiais e 73 praças em tempo de paz e em tempo de guerra de 11 oficiais e 88 praças. Durante o período em que serviu na Marinha do Brasil realizou inúmeras missões as quais se destacam: 25/09/1910 – Participou de exercícios conjuntos com o Encouraçado São Paulo; 22/11/1910 – Comboiou uma Divisão Argentina; 23/11/1910 – Suspendeu para evitar a abordagem da Torpedeira Tamoio, um dos navios rebelados durante a Revolta dos Marinheiros, sendo perseguido a até a Ilha do Rijo (RJ); 10/12/1910 – Suspendeu das proximidades da Ilha das Cobras (RJ) em consequência da Revolta do Batalhão Naval, mantendo-se em prontidão nas imediações da Ilha do Boqueirão (RJ); 05/03/1911 – Em consequência da Revolução no Paraguai seguiu para aquele país, realizando manobras conjuntas com os Contratorpedeiros Paraná e Rio Grande do Norte e o Tender Itaúba. Fundeou em Assunção no dia 25 de março de 1911; Antes mesmo da declaração de guerra do Brasil à Alemanha, a Marinha já vinha patrulhando a costa com a missão de vigilância para manter a neutralidade e, depois da entrada no conflito, mantendo a vigilância de atividades inimigas na fronteira marítima brasileira. Foram constituídas três divisões navais, cada uma delas comandadas por um contra-almirante. A Divisão Naval do Norte, com sede em Belém, era composta dos Encouraçados Deodoro e Floriano, Cruzadores República e Tiradentes, os Contratorpedeiros Piauí e Santa Catarina e flotilhas do Amazonas. A Divisão Naval do Centro, com sede no Rio de Janeiro era composta dos Encouraçados Minas Gerais e São Paulo e os Contratorpedeiros Amazonas, Pará, Paraíba, Alagoas e Paraná. Com a declaração de guerra do Brasil, o Ministro da Marinha determinou que fosse preparada uma Divisão Naval para operações de guerra nos mares europeus. Essa Divisão seria comandada pelo Contra-Almirante Pedro Max de Frontin e composta dos Cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul, Contratorpedeiros Piauí, Santa Catarina, Paraíba e Rio Grande do Norte. Posteriormente foram incorporados à Divisão o Tender Belmonte e o Rebocador Laurindo Pitta. Em 7 de maio de 1918 suspenderam do Rio de Janeiro os Contratorpedeiros Piauí e Paraíba. No dia 9 suspenderam o Rio Grande do Norte e o Santa Catarina, e por fim os Cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul; A área de operações determinada pelo Comando Aliado para a atuação da DNOG incluía Dacar, Ilhas de Cabo Verde e Gibraltar, sendo à base de operações no Porto de Gibraltar. Caberia a DNOG patrulhar essa área contra submarinos inimigos, liberando os navios aliados e desempenhando assim a guerra antissubmarino; No dia 28 de abril de 1919 a DNOG partiu de Gibraltar com destino ao Brasil, sendo recebida de forma festiva em Recife no dia 23 de maio, chegando no Porto de Recife em 9 de junho, sendo saudada e escoltada por navios que estavam próximos ao porto; 26/01/1920 – Foi incorporado à Primeira Divisão Naval pela Ordem do Dia n° 24 do dia 26 de janeiro; 29/01/1920 – Zarpou para o Cabo de São Tomé para prestar socorro a um navio encalhado; 19/09/1920 - Suspendeu para recepcionar o Encouraçado São Paulo que transportou os Reis da Bélgica em visita oficial ao Brasil; De 1921 a 1926 – Passou por um reforma geral a encargo da empresa Teixeira, Nunes e Cia. Em 3 de outubro de 1930 ao se ter notícias dos levantes no Sul do país, a Esquadra recebeu ordens para se aprestar. O Contratorpedeiro Santa Catarina, já se encontrava em Florianópolis com os Contratorpedeiros Paraná e Maranhão. Assim, foi criada a Força Naval de Operações no Sul, sob o comando do Almirante Heráclito Belfort Vieira. Do dia 17 ao dia 24 de outubro de 1930, as artilharias dos Contratorpedeiros Santa Catarina e Maranhão atiraram contra a povoação de Palhoça (SC). Até o dia 24 a situação permaneceu inalterada com Florianópolis sob o poder dos legalistas, assim as forças navais recebem ordem para cessar hostilidades, emitida pela Junta Governativa Provisória que se formou no Rio de Janeiro. Durante a Revolução Constitucionalista de São Paulo em 1932 integrou a Segunda Divisão fazendo o bloqueio de Santos. 08/09/1938 – Suspendeu com uma turma de aspirantes, indo até fora da barra. Reconhecido o estado de beligerância entre o Brasil e os países do Eixo foi criado pelo Aviso n° 1351 de 25 de agosto de 1942 o Grupo Patrulha do Sul, sob o comando do Capitão de Fragata Ernesto de Araújo e incorporava inicialmente os Contratorpedeiros Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Sergipe. Assim, em 26 de agosto de 1942, o Contratorpedeiro Santa Catarina suspendeu arvorando o pavilhão do Comandante do Grupo Patrulha do Sul, com destino a Santos e Laguna, o navio se manteve no Sul até outubro, quando regressou ao Rio de Janeiro no dia 21 de outubro, onde permaneceu como defesa local até o final da guerra. Pelo Aviso Ministerial n° 1.248 de 28 de julho de 1944, foi determinada a sua baixa do Serviço Ativo da Marinha do Brasil.
Foram seus Comandantes:
Capitão de Corveta Francisco Lemos Lessa Capitão de Corveta Luiz Lopes da Cruz Capitão de Corveta José Francisco de Moura Capitão de Corveta Arnaldo Pinto da Luz Capitão de Corveta Protógenes Pereira Guimarães Capitão de Corveta Octacílio Perry Capitão de Corveta Emanuel Gomes Braga Capitão de Corveta Hipólito Plech Areias Capitão de Corveta Ricardo Greenhalgh Barreto Capitão de Corveta Cesar de Amaral Gama Capitão de Corveta Mário de Amaral Gama Capitão de Corveta Adalberto Guimarães Bastos Capitão de Corveta Milcíades Portela Ferreira Alves (interino) Capitão de Corveta Francisco Bonfim de Andrade Capitão de Corveta Artur Lima do Rego Meirelles Capitão de Corveta Miguel de Castro Caminha Capitão de Corveta Joaquim Aureliano Freire de Carvalho Capitão de Corveta Ubaldo Xavier da Silveira Capitão de Corveta Alfredo Buarque Pinto Guimarães Capitão de Corveta João Cândido Martins Filho Capitão de Corveta Luiz Coutinho Ferreira Pinto Capitão de Corveta Raymundo Beltrão Pontes Capitão de Corveta Artur de Rego Meirelles Capitão de Corveta Armando Augusto Gonçalves Capitão de Corveta Francisco Xavier da Cunha Capitão de Corveta Adalberto Landin Capitão de Corveta Oscar de Almeida Capitão de Corveta Heitor B. Coelho Capitão de Corveta Francisco Rodrigues da Silva Capitão de Corveta Octavio Fernandes Faria Machado Capitão de Corveta Guilherme Bastos Pereira das Neves Capitão de Corveta Osvaldo Mesquita Braga Capitão de Corveta João Paiva de Azevedo Capitão de Corveta Augusto Pereira Capitão de Corveta Jorge da Silva Leite Capitão de Corveta José Paraguassú de Sá Capitão de Corveta Luiz Felipe Pinto da Luz