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RESUMO
No início do século XX, empresas britânicas e demais empresas localizadas no continente
europeu disputavam a liderança para ver qual navio/empresa conseguiria cruzar o oceano
atlântico em menos dias. É nesse contexto que diante das circunstâncias, um acidente marítimo
ceifa mais de mil vidas, alertando todas as autoridades para com a segurança nas viagens
transatlânticas. Quais foram os erros? Quem negligenciou? São todas essas dúvidas que
discutiremos nesse artigo.
PALAVRA CHAVE: Naufrágio, Desastre, Incêndio.
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1
RMS – Royal Mail Ship – Navio à serviço do correio real Britânico.
Fram deixa Bergen, Noruega, 2 de julho de 1893
Sabendo disso, devemos levar em consideração os atos políticos que cresciam dentro da Irlanda
do Norte no final do século XVIIII e no início do século XX. A Irlanda do Norte já vinha desde
a idade média brigando com o Inglaterra por autonomia em seu próprio país, coisa que só
acabaria no dia 10 de abril 1998 com o Acordo de Belfast, no mesmo dia que o Titanic partira
em sua viagem inaugural. Já embarcando no estágio de construção e batimento da quilha do
Titanic e de seu irmão Olympic, construídos nos estaleiros da Harland & Wolff2, em Belfast. A
White Star Line, uma empresa britânica, usava mão de obra irlandesa para construir os seus
navios. Com o sentimento nacionalista irlandês que já era crescente, mal remuneração dos
operários, e casos e mais casos de acidentes fatais com morte no estaleiro, houve sucessivas
convocações para greves, mas nada impediu a construção do navio. O documentário TITANIC –
A Lenda, produzido pela Discovery Channel, mostra que essas greves não eclodiram, pois,
capatazes à mando de empresários da White Star Line3, eram pagos para eliminar os líderes que
convocavam as paralisações, assim, impondo a lei do silêncio entre os operários, e instaurando
um regime árduo de trabalho. O tempo de construção dos dois navios foi recorde, em um tempo
de três anos. A fixação das chapas de aço era feita com rebites de aço ainda encandecido e a
marretadas fixos à furação pré-determinada. Maneira, hoje, considerada por muitos engenheiros
um erro, pois o metal, colocado em atrito, se parte com mais facilidade e ainda mais sob baixas
temperaturas.
Por esse motivo, hoje sabemos que o navio, no dia em que estava no porto de Belfast se
dirigindo para Southampton, foi colocado com o lado direito virado para o público, para que a
marca do incêndio não pudesse ser vista pelos passageiros. Outro fato ocultado dos passageiros
foi o veto do presidente da White Star Line à época dos fatos, o Sr. Joseph Bruce Ismay, havia
impedido o projetista do navio, Sr. Thomas Andrews, que colocasse mais botes salva vidas no
navio, pois havia receio de que mais botes no convés poderia assustar os passageiros. Como
hoje sabemos, essa decisão foi fatal.
5
Leme – direcionador do navio.
Na sua viagem em mar aberto no Atlântico Norte, rumo a Nova York, o experiente capitão
Edward Smith, que era o marinheiro mais bem pago de sua época, se tornou comodoro na White
Star Line em 1904, o mesmo, que estava no comando do RMS Olympic, no dia do acidente com
o cruzador HMS6 Hawke, deu ordens de não usar a força total do navio enquanto estivessem nos
primeiros dias de viagem. Porém, alguns passageiros, no inquérito realizado após o acidente,
mencionam que Smith e os demais membros da tripulação cedessem aos assédios de Bruce
Ismay, presidente da White Star Line e passageiro do navio, para que aumentassem a velocidade
do navio. Isso foi decisivo para que no momento da colisão, o navio não tivesse tempo
suficiente para executar a reversão total dos motores. Outro fato que chama atenção em todo
esse conjunto, é o fato de os binóculos não serem mais vistos no posto de comando do navio
desde quando partiram de Southampton, outro fator que seria crucial.
Jornal do dia 15 de abril de 1912 Bote salva-vidas se aproximando do RMS Carpathia, 1912
BIBLIOGRAFIA
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Macy’s Departament Store – Grande loja de artigos femininos que existe até os dias de hoje.
SPREMO BORIS, Como eu encontrei o Titanic em uma operação secreta na Guerra Fria.
BBC News. Disponível em: <'Como encontrei o Titanic durante operação secreta na Guerra
Fria' - BBC News Brasil> Acesso em: 26/04/2022
PUFF, JEFFERSON, Cem anos após desastre do Titanic, acidentes com navios têm redução de
85%. BBC News. Disponível em: <Cem anos após desastre do Titanic, acidentes com navios
têm redução de 85% - BBC News Brasil> Acesso em: 26/04/2022
RINCÓN, MARIA LUCIANA, Evidências Apontam que Titanic sofreu enorme incêndio dias
antes de afundar. Megacurioso. Disponível em: <Evidências apontam que Titanic sofreu
enorme incêndio dias antes de afundar - Mega Curioso> Acesso em: 26/04/2022