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CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
FEVEREIRO - 2017
Sadeline Faria | O Investimento Direto Estrangeiro em Angola: Análise dos projetos de investimento privado aprovados de Janeiro
de 2012 a Julho de 2016
MESTRADO
CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
ORIENTAÇÃO:
PROFESSOR DOUTOR MANUEL ANTÓNIO DE MEDEIROS ENNES FERREIRA
PROFESSOR DOUTOR PEDRO LUÍS PEREIRA VERGA MATOS
FEVEREIRO - 2017
Sadeline Faria | O Investimento Direto Estrangeiro em Angola: Análise dos projetos de investimento privado aprovados de Janeiro
de 2012 a Julho de 2016
“O investimento direto estrangeiro reflete o objetivo das entidades que residem numa
determinada economia obterem um interesse duradouro por outra entidade, residente numa
Agradecimentos
apoio incondicional de algumas pessoas às quais devo o meu sincero Muito Obrigado:
- Aos Professores Doutores Manuel António de Medeiros Ennes Ferreira e Pedro Luís
Pereira Verga Matos, orientadores do trabalho em apreço, pela sua disponibilidade, prontidão e
Mário Cardoso pelo incentivo inicial na escolha do tema e, bem assim, por me terem ajudado a
profissionais.
disponibilização de dados.
- Aos pais, mano e avó, principal suporte em tudo, aos quais o Muito Obrigada é ao
quadrado.
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Resumo
queda abrupta do preço do petróleo, Angola carece de alternativas que mitiguem a grande
projetos aprovados pelas autoridades públicas competentes entre 2012 e 2016, por forma a
constituída pelos projetos de investimento privado aprovados em Angola entre 2012 a 2016,
tendo-se realizado paralelamente uma leitura político económica que visa destacar para o
Angola, (ii) as notações de risco país atribuídos pelas agências de rating para cada ano e (iii) as
alterações legais, com vista a analisar as eventuais relações entre o IDE e estes indicadores de
contexto.
aprovados, Angola.
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Abstract
The current economic environment, characterized by a crisis scenario due to the fall in
the price of oil, Angola lacks alternatives to mitigate the large economic dependence on the oil
sector, namely, the development of strategies to promote private investment, more specifically
attracting foreign direct investment, as a source of external financing and promoter of strategic
investment to diversify the economy, and at the same time, stimulating the economic growth. In
this context, it is intended to analyze the characteristics of the main projects approved by the
public authorities between 2012 and 2016, in order to verify if there is any relation associated
In fact, the research is based on the construction and analysis of a sample consisting of
private investment projects approved in Angola between 2012 to 2016, a political economic
reading was carried out, which aims to highlight for the same period (i) the main
macroeconomic indicators that describe the economy of Angola and (ii) the country risk ratings
assigned by the rating agencies for each year and (iii) the legal changes. In order to analyze the
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Índice de Tabelas
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Índice de Figuras
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Lista de Siglas
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Índice
Resumo ......................................................................................................................................... ii
Abstract ....................................................................................................................................... iv
I – Introdução .............................................................................................................................. 1
V- Conclusões ............................................................................................................................ 27
ANEXOS .................................................................................................................................... 34
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I – Introdução
direto estrangeiro (IDE) para o sector não-petrolífero pode ser o instrumento decisivo para
jusante do sector de destino dos investimentos, quer pela criação de empregos, transferência de
angolanas no período de 2012 a 2016, a investigação tem como objetivo paralelo identificar os
principais sectores, montante, origem e províncias de destino do investimento para cada ano.
projetos de intenção de investimento, não significando que os mesmos tenham sido executados.
dinamização dos ciclos de investimentos e por esta via determinar as principais tendências
através da análise prospetiva do IDE no país. A amostra em apreço foi elaborada através dos
dados fornecidos pela Unidade Técnica para o Investimento Privado, a qual foi completada com
uma análise paralela dos Diários da República publicados no período compreendido entre
Janeiro de 2012 a Julho de 2016, horizonte temporal este que permite uma análise do período
imediatamente anterior e posterior à crise económica e financeira que Angola atravessa desde o
investimento privado externo aprovados durante o período em análise e deste modo aferir quais
os principais sectores, montante, origem e províncias de destino do investimento para cada ano.
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Para que se possa ter uma ideia mais precisa das intenções de investimento que serão
fruto da investigação neste trabalho, iremos colocá-las sobre a evolução do quadro político e
ode se destaca o papel das agências de rating. Seguidamente, (no capítulo 3) apresenta-se as
último, (no capítulo 5) são apresentadas as principais conclusões deste estudo, a eventual
pautadas na literatura. Adicionalmente, e por forma a dar resposta à research question: (Haverá
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quando um investidor com base num dado país (de origem ou emissor) adquire ou cria uma
empresa em outro país (de destino ou recetor) com a intenção de desenvolver uma dada
atividade económica.
O IDE tem apresentado nos últimos anos um ritmo de crescimento exacerbado. Deste
Definição Autor
Do ponto de vista jurídico-legal, entende-se por investimento direto estrangeiro, como sendo a aplicação de capital do exterior numa Radu (2010)
O investimento direto estrangeiro (IDE) é um motor importante da integração económica internacional. Com o quadro político
adequado, o IDE pode proporcionar estabilidade financeira, promover o desenvolvimento económico e melhorar o bem-estar das Driffield (2015)
sociedades.
O IDE é definido como um investimento efetuado por uma entidade (empresa ou indivíduo) não residente no país de destino desse
UNCTAD
investimento, envolvendo uma relação de longo prazo e o controlo dos ativos transferidos, assim como influência sobre a gestão do
(2016)
investimento.
O investimento direto estrangeiro reflete o objetivo das entidades que residem numa determinada economia obterem um interesse
duradouro por outra entidade, residente numa economia diferente à do investidor. O interesse duradouro implica a existência de uma FMI (2016)
relação de longo prazo entre o investidor direto e a empresa, e implica um grau significativo de influência na gestão da empresa.
O investimento direto estrangeiro tem como principais objetivos a atração de investimento qualificado, a substituição das
importações dos produtos da cesta básica, a promoção da exportação dos produtos de maior valor acrescentado e a diversificação da
UTIP (2016)
economia (internacional).
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O Investimento Direto Estrangeiro em África (IDE) é captado pelos países com maiores
dimensões, seja geográfica seja, sobretudo, económica. No entanto, para além da área
geográfica e da importância económica (PIB, PIB per capita, recursos naturais, etc), existem
outros indicadores igualmente relevantes e que em grande medida contribuem para a atração de
O IDE em África é de 54 mil milhões, tendo vindo a registar nos últimos anos um
significativo aumento e comprovando que, de facto, o continente Africano tem conseguido atrair
investimento estrangeiro. Contudo, numa perspetiva global, a participação de África nos fluxos
internacionais continua fraca, representando cerca de 3,4% do total mundial. Quanto ao IDE nos
países em desenvolvimento, cumpre referir que o mesmo tem evoluído paulatinamente, tendo
visão e significado atribuído ao Investimento Direto Estrangeiro por parte dos países em
desenvolvimento vêm o IDE como uma fonte de know-how, tanto ao nível de técnicas de gestão
investimento, que permitem ampliar a captação de novas entradas de capital por parte de
igualmente outra mudança a assinalar. Os países recorrem na maioria das vezes aos programas
4Agências internacionais tais como: OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, ONU-
Organização das Nações Unidas, OMC – Organização Mundial do Comércio e UE – União Europeia.
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ligadas às empresas multinacionais. No entanto, é importante salientar que nem sempre foi
assim. Há cinquenta anos atrás, o IDE era sinónimo de neocolonialismo e capitalismo, uma
económica, a interpretação e aceitação do IDE foi evoluindo paulatinamente. O IDE para além
tecnologia, apoiar estratégias de industrialização quer por substituição das importações quer por
também a mudança ao nível da própria estrutura produtiva do país (Paulo Júlio, 2016).
quando existe investimento existe simultaneamente uma acumulação física de capital i.e.
infraestruturas de produção, tais como máquinas, equipamentos assim como, bens intangíveis
que permitem o posterior aumento da produção e produtividade das empresa; (ii) o progresso
mecanismos que permitam assegurar maior volume de produção com a mesma quantidade de
máquinas e equipamentos; (iii) capital humano, que tem em conta a qualificação e formação da
minerais. Quanto a estes últimos, sublinhe-se que atualmente a existência de recursos naturais
não é condição suficiente para garantia de crescimento económico, sendo necessário haver uma
gestão e otimização dos recursos existentes. Neste sentido, cumpre-se salientar que o IDE
potencia três dos quatro motores de crescimento económico referidos supra, designadamente, a
força de trabalho.
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Nordhaus, William, Nordhaus Samuelson, Samuelson Paul. (2012). "Economia". Lisboa: Mcgraw-Hill e bookman.
edição 19. pp. 736.
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Existem outros fatores que têm impacto no crescimento económico dos países,
aglomerados populacionais, os quais têm um efeito direto positivo no crescimento do PIB per
capita. (Naudé, 2004). Deste modo, no caso do continente Africano, o autor refere que o
Por outro lado, baseado na análise de diferentes estudos6 Baumuller (2009), por
exemplo, verifica que o IDE tem contribuído para o crescimento económico dos países, por três
meios distintos: (i) enquanto fonte de capital, por exercer um efeito direto sobre o ritmo de
acumulação de capital; (ii) reforço da inserção dos países de destino nas redes de comércio
país recetor do investimento direto estrangeiro é uma pré condição importante para que o IDE
dos efeitos do investimento estrangeiro nos países, sendo de um modo geral consensual que os
efeitos positivos do IDE no crescimento económico dos países recetores, dependem em larga
medida, de diversos fatores nesses países, designadamente capital humano, grau de abertura da
(Moura, 2009). Destacam-se a este nível, os estudos de Khawar (2005) e Barrios et Al (2004)8,
que referem que o IDE quando representado por via de transferências tecnológicas e de know-
6
Citado por Galego (2010).
Ver Baumuller, H. (2009). Competing for Business - Sustainable Development Impacts of Investments Incentives in
Southeast Asia, International Institute for Sustainable Development.
http://www.tradeknowledgenetwork.net/pdf/competing_business_southeast_asia.pdf.
7
Ver Lensink, N. H. (2010). "Foreign direct investment, financial development and economic growth". The Journal
of Development Studies. vol. 40 (1). pp. 142-163.
8
Ver Khawar, M. (2005). "Foreign direct investment and economic growth: a cross country
analysis”. Global Economy Journal, vol. 5 (1), pp. 1 – 11 e Barrios, S., Dimelis, S., Louri, H. e Strobl, E. (2004).
“Efficiency spillovers from Foreign Direct Investment in the EU periphery: a comparative study of Greece, Ireland
and Spain”. Review of World Economics, vol. 140 (4), pp 687 – 705. Citado por Moura (2009).
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how, só têm um impacto positivo quando existe no país recetor, capital humano desenvolvido,
capaz de utilizar e desenvolver as novas tecnologias. Assim, segundo os autores o impacto que o
IDE tem na economia recetora está condicionado à capacidade da força de trabalho, i.e.
No que concerne ao nível de desenvolvimento dos países Botric and Skuflic9 (2006),
dos países. No caso dos países menos desenvolvidos, em geral estes são relacionados a
investimentos nos quais as empresas apostam apenas numa etapa da cadeia de valor, focadas
apenas numa etapa da cadeia produtiva do negócio e estando os interesses gerais focados apenas
matérias-primas. Este tipo de investimentos é, segundo Botric e Skuflic (2006) denominado por
razão principal para o investimento. Estes últimos designam-se por investimentos verticais.
Adicionalmente, a literatura refere ainda que nem todos os países têm capacidade para
2015). Com efeito, destaca-se o grande impacto causado pelos conflitos bélicos no
Direto Estrangeiro. Como consequência evidente dos conflitos armados, destaca-se a destruição
investimento externo. O continente africano tem sido um colecionador de conflitos armados que
9 Ver Botric, V. e Skuflic, L. (2006). "Main determinants of foreign direct investment in the southeast European
countries". Transition Studies Review. Vol.13 (2). pp. 359-377.
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IDE através de diversos meios, designadamente o impacto dado pelas notícias que atuam como
gerando a ideia de alto risco inerente ao investimento no país, no sentido em que são causados
aumento da receita fiscal para os governos, e transferência de competências que permitam aos
países, fundos acumulados para o desenvolvimento e bem assim, torná-los capazes de potenciar
acordos económicos bilaterais, que por sua vez ajudam a impulsionar o desenvolvimento
risco dos investimentos, as agências de rating são empresas especializadas que avaliam ao nível
do rating interno, o risco de crédito, i.e., disponibilizam informação adicional aos credores que
os ajudam a avaliar o risco associado ao investimento e, bem assim, a capacidade das empresas
cumprirem com as suas obrigações financeiras (Graça, 2012). E ao nível dos ratings externos,
as agências de notação de risco avaliam o risco de dívida soberana emitida ao nível dos Estados
(Silva, 2013).
adicional para os investidores, na medida em que permitem obter uma avaliação da capacidade
para avaliar o grau de risco associado ao investimento, as agências utilizam uma escala de
avaliação de risco que varia entre AAA e D11, onde AAA representa o menor nível de risco, i.e.
uma avaliação que expressa a elevada capacidade que assegura o cumprimento dos
10
Calderon e Serven (2010) citado por (Ezeoha, 2015).
11 Para mais detalhe, vide tabela em anexo Tabela 2- Escala de avaliação de risco das agências de rating.
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Cumpre referir que os investimentos que se encontrem classificados com uma nota
que possibilitam ao credor o reembolso do valor correspondente aos juros (Hirsch, 2010).
1909, com a fundação da agência Moody’s Investors Service e que surge com o objetivo de dar
Investor Services, a Standard and Poor’s e a Fitch, sendo esta última uma fusão de agências de
notação menores, uma fusão que visava adquirir força para competir com a Moody’s e com a
Standard and Poor’s, as quais em conjunto têm uma quota de mercado superior a 80%,
Existem sete variáveis que são repetidamente citadas nos relatórios das agências de
rating, as quais são determinantes na atribuição final da classificação, designadamente (i) renda
per capita (como proxy da capacidade do governo de pagar a dívida); (ii) crescimento do PIB;
(iii) inflação; (iv) equilíbrio fiscal; (v) equilíbrio externo; (vi) dívida externa, (vii)
desenvolvimento económico (Packer, 1996). A análise é feita tendo por base variáveis de
política económica, as quais contemplam por exemplo as contas públicas e a balança externa;
subida das taxas de juro e, por último, variáveis de risco político, referente à estabilidade
O rating tem uma importância crucial tanto na tomada de decisão de investimento por
parte dos investidores externos, como na captação de IDE por parte dos países. O IDE beneficia
das notações de risco da dívida soberana efetuadas pelas agências de rating, uma vez que a
12Hirsch, C. E. (2010). "The economic function of credit rating agencies - What does the watchlist tell us?" Journal
of Banking & Finance. vol. 34 (2). pp.13.
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tanto a dívida soberana como o risco país por parte dos investidores, gerando simultaneamente
melhorarem o seu desempenho económico de uma forma geral, por forma a obterem avaliações
III – Angola
determinado exercício económico de acordo com o seu objeto social (Governo de Angola,
2015)13.
Após quase trinta anos de guerra civil, o país tem sido submetido a mudanças estruturais
profundas desde o início do período de paz em 2002. Tem igualmente desenvolvido estratégias
para promover o investimento direto estrangeiro através de (i) condições propícias reguladas
pela Legislação do Investimento Privado; (ii) promoção e apoios de alianças entre investidores
13 Alínea e) do Artigo 4º da Lei do Investimento Privado n.º 14/15 de 11 de Agosto de 2015 (Lei do Investimento
Privado).
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atestam as consecutivas alterações aos diplomas legais que vigoram no país. A este nível
cumpre-se destacar a evolução do quadro legal e da legislação que regula o investimento direto
Angola, data da aprovação pelo Conselho da Revolução da República Popular de Angola, com a
entrada em vigor da Lei n.º 10/79 de 22 de Junho e segundo a qual não era permitido
investimento direto estrangeiro nos sectores (i) da defesa; (ii) instituições financeiras de crédito
e seguros; (iii) comércio externo; (iv) serviços públicos, tais como educação, saúde, saneamento
estrangeiro que permitisse a recuperação económica. Neste sentido foi aprovada a Lei n.º
investimentos e, bem assim, foram criados pela primeira vez os direitos decorrentes da
transferência para o exterior dos lucros líquidos mediante autorização do Ministro das Finanças,
Com o fim da Guerra Fria, ou seja, na passagem dos anos 80 para a década de 90 do
mercado Pavia (2011). Com este novo contexto, em 1994 foi aprovada a Lei n.º 15/94, de 23 de
14
A lei vigente naquele período, cabia ao Conselho de Ministros aprovar os investimentos estrangeiros com valor
superior a USD 500.000, sendo os demais investimentos a partir de USD 100.000 até USD 500.000 da competência
dos Ministros das Finanças, do Planeamento e tutela.
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Setembro, a qual previa três regimes processuais, designadamente (i) Regime de declaração
prévia, para os projetos de USD 250.000 a 5.000.000; (ii) Regime de aprovação prévia, para
projetos de USD 5.000.000 a USD 50.000.000 e (iii) Regime contratual para projetos superiores
a USD 50.000.000, considerados projetos com interesse relevante para a economia nacional
Radu (2010).
Em 2002, foi aprovado a Lei n.º 05/02 Lei sobre a delimitação dos sectores da atividade
passou a apostar numa nova visão estratégica, abrangendo no quadro legal também os
todos os operadores económicos privados, nacionais ou estrangeiros. Neste sentido, com vista
ao tratamento não diferenciado (Advogados, 2011), a Lei n.º 11/0316, de 13 de Maio de 2003,
introduziu a categoria de investimento privado que incluía tanto investidores nacionais como
bem como à reforma tributária. Com a Lei 20/11, de 20 de Maio de 2011, o investimento
privado estrangeiro continuou a ser uma aposta estratégica do Governo para a mobilização de
(Advogados, 2011).
Agosto, que aprovou o novo regime do Investimento Privado em Angola, revogando a Lei n.º
para investidores estrangeiros que não pretendam beneficiar de incentivos fiscais e sem direito a
repatriar lucros, ficando estes regidos pelas disposições gerais aplicáveis à atividade comercial e
privado. Neste novo enquadramento cabe à sua sucessora, a Agência para a Promoção do
Deste modo, e nos termos da nova Lei do Investimento Privado17 (Governo de Angola,
dos projetos de investimento até 10.000.000,00 de USD (dez milhões de dólares), e à Unidade
investimento privado, verifica-se que o executivo angolano tem investido na atração constante
benefícios que resultam da reforma tributária que ocorreu em 2014 (Deloitte, 2016) e que é
regida por um novo Código do Imposto Industrial (Lei n.º 19/14, de 22 de Outubro) no qual se
destaca a redução da taxa de imposto de 35% para 30%, um código do Imposto sobre os
Rendimentos do Trabalho (aprovado pela Lei n.º 18/14, de 22 Outubro), no qual se evidencia a
não sujeição a IRT do abono de família, subsídios de alimentação e transporte pago pela
entidade empregadora, entre outras; um código sobre a Aplicação de Capitais (aprovado pelo
riqueza e abundância de recursos naturais, tais como petróleo e fosfatos no Norte de Angola,
diamantes, urânio e ainda madeira, milho, batata, feijão e café, algodão, oleaginosas e água no
mármores e hidroeletricidade de médio porte, refinarias e hortícolas no Sul do país, bem como
florestas, solos aráveis e micro clima favorável aos vários tipos de cultivos em todo o território.
Em face do exposto, há que destacar os resultados mais recentes ao nível dos fluxos de
milhões de dólares. No entanto, Angola registou uma subida exponencial, atraindo mais de 8,7
mil milhões de dólares de investimento direto estrangeiro em 2015, cerca de 351% mais do que
em 2014. Este aumento de investimento é explicado, por um lado como uma consequência da
sucursais das empresas que operam em Angola foram forçadas a solicitar reforços aos
empréstimos que recebem das sedes, por forma a conseguirem o equilíbrio dos seus balanços,
gerando deste modo mais investimento. E, por outro lado, ocorreram no ano de 2015,
política; (ii) realização de eleições; (iii) as alterações nas relações internacionais, (iv) as
alterações nas políticas fiscais, (v) a evolução da economia, (vi) demografia e por último
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Segundo o The Economist (2016)18 desde o fim da Guerra Civil em 2002, Angola tem
liderado pelo Presidente da República José Eduardo dos Santos, que consolidou a sua posição
no contexto político vencendo as eleições em Agosto de 2012 com aproximadamente 72% dos
votos. No entanto, segundo diversos analistas como, por exemplo, os relatórios do The
Economist Intelligence Unit, Angola é atualmente caracterizada como um país com uma forte
económica e social que impacta quer nas empresas quer nas famílias, e que diante da dificuldade
a resistência da oposição não é suficientemente forte, ainda existe uma falta de dinamismo dos
No que diz respeito às relações internacionais, a literatura revela que entre o período de
1975 a 1989, o país esteve fortemente alinhado com a ex-União Soviética, atual Rússia, e com
Cuba. Porém, com a mudança de paradigma e alteração do sistema político em 1991, Angola
organizações internacionais19, no ano de 2006 Angola foi integrada na OPEP (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo), tendo presidido à organização em 2009, ano em que também
18Ver Economist. (2016). "Angola Forecast July", The Economist Intelligence Unit. pp. 5 - 22.
19Angola é membro de várias organizações internacionais e regionais, nomeadamente): União Africana (1975);
Organização das Nações Unidas (1976); Banco Africano de Desenvolvimento (1980); Banco Mundial (1989); Fundo
Monetário Internacional (1989); Comunidade de Países de Língua Portuguesa (membro fundador 1996); Organização
Mundial do Comércio (1996);Comunidade Económica dos Países da África Central; Organização dos Países
Exportadores de Petróleo 2007); Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, Comissão do Golfo da
Guiné (sede em Luanda) e Nova Parceria para o Desenvolvimento de África;
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Governo continua a ter como prioridade o pagamento da dívida contraída com a República da
China, de modo a poder continuar a obter o crédito. Os dois países têm desenvolvido contínuas
parcerias estratégicas, de salientar a este nível o acordo monetário entre Angola e China que
possibilitou a aceitação mútua do yuan e do kwanza nos dois países. A importância da relação
investimento público com um montante superior a 5 mil milhões de dólares, emprestados pela
República Chinesa (Economist, 2016). Adicionalmente, Angola também visa priorizar as suas
relações com os Estados Unidos da América, não apenas pelo seu estatuto de superpotência
mundial, mas também pela presença de empresas petrolíferas Norte Americanas em Angola
(Alves, 2013).
Ao nível das políticas fiscais, é expectável que Angola continue com um défice fiscal no
curto e médio prazos. O Orçamento de Estado para 2016, aprovado pelo Parlamento Angolano
serviços de defesa pública, bem como os gastos com o desenvolvimento económico. De acordo
com os relatórios The Economist Intelligence Unit, o Executivo prevê o aumento do défice
fiscal para 5,5% do PIB, contrariamente aos 4,2% estimados para o período de 2015. As
projeções do Orçamento Geral do Estado para 2016 baseiam-se na produção de petróleo de 1,88
m de barris por dia com o preço de 45. Entretanto, o Executivo viu-se obrigado a apresentar e
para 6%, uma diminuição do crescimento do PIB de 3,3% para 1,3%, uma dívida pública
20China, Portugal, Estados Unidos da América; Índia; África do Sul, Brasil, Reino Unido; França e restantes países
que têm procurado aprofundar relações comerciais com Angola, como Espanha, Argentina. (Pavia, 2011)
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subindo significativamente para 70% do PIB, uma inflação de 45% e com um valor base do
A economia angolana tem sido grandemente afetada pelo declínio mundial dos preços
organização do sector dos petróleos21, o qual visa otimizar o processo produtivo por forma a
reduzir os custos de produção. Com o declínio do preço do petróleo, prevê-se que o crescimento
desacelere drasticamente para apenas 1,1% em 2016, o que significa que o PIB per capita vai
diminuir pelo terceiro ano consecutivo. A redução dos preços dos combustíveis e a
desvalorização da moeda vão sustentar a inflação, a qual vai aumentar para os 45% em nova
previsão oficial em 2016, após 2015 ter apresentado um valor já elevado de 14,3% face ao
histórico anterior que deteve a taxa de inflação com apenas um dígito. (vide Tabela 2 –
Em termos demográficos, Angola tem uma população com quase 24,2 milhões de
habitantes, estimando-se que em 2017 ascenda a cerca de 26,7 milhões. A população reside
principalmente nas áreas urbanas, sendo maioritariamente jovem i.e., com aproximadamente
60% da população abaixo dos 19 anos. Destacam-se também os fatores geográficos e a posição
geoestratégica de Angola, que beneficia de uma extensão marítima de 1.650 Km e uma extensão
No que diz respeito aos índices internacionais, é relevante analisar o IDH, uma vez que
mede o nível de desenvolvimento de um país através do rendimento per capita, das condições
um país não é medido apenas pela sua riqueza, mas sobretudo pela qualidade de vida das suas
populações. (Silva W. 2016). Angola tem uma esperança média de vida de 60,3 anos e uma
renda per capita de USD 6.50022 ocupando deste modo a 149º posição no ranking mundial de
corrupção, Angola obteve em 2015 uma pontuação de 15 pontos numa escala de 0 a 100, onde
uma maior pontuação é referente a menos perceção de corrupção e uma menor pontuação
conflitos, instituições públicas débeis, ausência de independência dos media locais e um poder
22 Valores substancialmente baixos, comparativamente, com a Noruega líder mundial do IDH, com uma esperança
média de vida de 81,6 anos e uma renda per capita de USD 74.
23 O IDH é medido de 0 a 1, Angola tem um total de 0,532, valor contrastante com os 0,830 de Portugal; 0,755 do
Brasil e 0,646 de Cabo Verde, colocando Angola na sexta posição de entre os nove países da CPLP.
24 Citado de Silva W. (2016) “ Neste estudo participam 52 países e a elaboração do ranking, é realizada com base em
dados fornecidos por 23 instituições diferentes, entre elas órgãos ligados as Noções Unidas, centros de pesquisas e
investigação, organizações não-governamentais e entidades vinculadas ao sector privado” pp.20.
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de 2012 a Julho de 2016
outros. Neste caso Angola, encontra-se em 43º lugar, num total de 52 países africanos (Silva W.
2016).
ao nível de regulamentação de negócios, há que referir que Angola encontra-se em 181º lugar,
num total de 189 países, devido a elevada burocracia exigida, aos elevados custos e tempo para
abertura do negócio. Contudo, nos últimos anos tem-se torando mais fácil o arranque de um
mais céleres, bem como com a diminuição dos impostos sobre os rendimentos das empresas, o
que possibilitou a subida de dois lugares do posicionamento de Angola no ano de 2016, face ao
Tendo em conta o cenário económico anteriormente descrito, cumpre referir que Angola
um modo geral, bem como implementar medidas para reduzir o défice não petrolífero,
estrangeiro, uma vez que de acordo com as previsões económicas não é expectável que os
preços de petróleo alcancem valores próximos aos registados durante o período de 2011-2014.
Contudo, de acordo com Rocha (2010), Alves (2013) e APIEX (2016), o país beneficia
território angolano, a profusão em recursos naturais tais como minerais e capacidade hídrica em
todas as grandes regiões e, bem assim, as características demográficas baseadas numa população
Recursos Humanos.
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de 2012 a Julho de 2016
De acordo com os mais recentes relatórios de notação de risco das principais agências
de rating, Angola obteve uma nota que, segundo a análise da literatura, é interpretada como um
país com uma capacidade muito vulnerável para honrar e cumprir com os compromissos
financeiros a longo prazo, embora com aptidão para honrar compromissos financeiros atuais. No
cômputo geral, as notas são classificadas como alto risco de incumprimento, conforme se
apresenta na Tabela 3.
Entre 2013 e 2015, o país passou de superavits fiscais e externos para défices. A posição fiscal
passou de um superavit de 0,3% do PIB em 2013 para um défice de 1,6% do PIB em 2015.
um superavit de 6,7% para um défice de 5,7% (Moody's, 2016). Embora a queda do preço do
aproximadamente 56% na taxa de câmbio em relação ao dólar desde o início de 2015 ajudou a
choque petrolífero sobre as receitas do governo através da inflação que aumentou de 7,7% em
estrangeira, que aumentou de 40% em 2013 para 51% em 2015, perspetivando-se o aumento
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das reservas. Embora o Executivo pretenda estabelecer reformas que visam a diversificação da
resultados a curto médio prazos. Do mesmo modo Fitch (2016) reviu em baixa a notação
financeira de Angola, descendo a mesma de BB- para B+ (vide a este respeito Tabela 3), devido
à baixa cotação do petróleo e, bem assim, devido à nova descida dos preços do petróleo desde a
última revisão efetuada pela Fitch, facto que tem resultado automaticamente na subida da dívida
da Standard and Poor’s que efetuou uma revisão da nota atribuída à República de Angola, tendo
sido a mesma alterada de estável para negativa. Esta alteração resultou essencialmente da
verificação de um crescimento económico a um ritmo mais lento do que era expectável pela
agência inicialmente. O sector não petrolífero representa cerca de 60% do PIB e era esperado o
seu contributo para o crescimento económico do país; no entanto, tem-se verificado uma
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Sadeline Faria | O Investimento Direto Estrangeiro em Angola: Análise dos projetos de investimento privado aprovados de Janeiro
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governo, que também contribuem significativamente para o crescimento do PIB, também estes
sofreram um corte devido ao plano de consolidação fiscal. Como resultado do atual contexto, a
agência prevê um lento crescimento do PIB de apenas 1% para 2016. A revisão da nota para
uma avaliação negativa deve-se também à grande dependência de Angola em termos das
exportações de petróleo, da depreciação da moeda em mais de 50% no decorrer dos últimos dois
anos e que no cômputo geral contribuem para a deterioração das reservas externas.
lugar, o levantamento dos projetos de intenção de investimento privado externo aprovados pelas
aprovados durante o período de 1 de Janeiro de 2012 a Julho de 201625. A razão de ser deste
período prende-se com dois aspetos: em primeiro lugar, tornar operacional, dentro dos prazos
concedidos para esta dissertação, uma investigação de um período razoável e que podemos
considerar como exploratório para futuros desenvolvimentos do tema numa série temporal mais
longa; em segundo lugar, fazia sentido incidir sobre a atualidade e o período que decorre de
2012 a 2016 uma vez que permite abranger o período anterior à crise de 2014 e o período
25A escolha do período de análise teve em conta o período anterior e posterior ao início da crise em Angola. Os
dados dos projetos de investimento aprovados de 2012 a 2014 foram solicitados e fornecidos pela Unidade Técnica
para o Investimento Privado de Angola. Os dados referentes a 2015 e 2016, foram construídos através da análise dos
Diários da República publicados de Janeiro de 2015 a Julho de 2016.
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de 2012 a Julho de 2016
implementação e (iv) origem do investimento. (vide Tabela 1 em anexo- “Análise dos projetos
Tendo por base a amostra recolhida, procedeu-se à análise dos principais projetos de
intenção de investimento privado aprovados no período referido (de 2012 a 2016)26. Tendo em
conjuntura do país no período de 2012 a 2016, comparando-as com as alterações verificadas nos
projetos de investimento aprovados. Para isso recorremos aos relatórios económicos para o
período bem como aos relatórios de notação de risco de Angola emitidos pelas agências de
Indicador
2012 2013 2014 2015 2016
Unidade (USD)
Montante total de
2.071.802 4.269.327 674.975 135.131 3.195.657
investimento
Montante de
investimento 1.223.862 1.240.887 60.054
23.288 3.195.657
interno
Montante de
investimento 847.940 3.028.440 614.921 111.843 120.175
externo
Indústria
Principal sector transformadora e Indústria
Indústria extrativa Indústria
económico Atividades Comércio transformadora
transformadora
financeiras
Assim, foi possível concluir que em 2012, ano com avaliações de risco positivas e
estáveis, devido ao equilíbrio verificado nos indicadores económicos, em particular com taxa de
inflação fixada a um dígito (9%), marcado também pelo crescimento do PIB (Duarte, 2016)
verificou-se que o principal sector económico alvo de intenção de investimento foi o sector da
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fábrica de álcool. Em termos da localização geográfica dos projetos, a província de destaque foi
Luanda com 8 projetos de investimento, seguindo-se o Kwanza Sul e Zaire com 2 projetos.
Adicionalmente, cumpre referenciar que Portugal foi o principal investidor externo, tanto em
construção.
nas principais infraestruturas, tais como água e energia, urbanismo e transportes. Em termos de
que deu lugar cimeiro ao sector da indústria extrativa, com 49,37% do investimento (vide figura
investimento, manteve-se o foco de atração para a capital do país que reuniu um total de 12
projetos aprovados.
no PIB nominal entre 2013 e 2014 (vide Tabela 2), os valores demonstram que se continua a
biliões de dólares e a taxa de câmbio nominal entrou numa fase de relativa estabilização (BIC,
externos no país, nomeadamente da África do Sul, Escócia, Espanha, Holanda, Ilhas Virgens
global se tenha verificado uma diminuição face ao ano transato. Em 2014, o principal foco de
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de 2012 a Julho de 2016
Investimento Privado, Lei 14/15 de 11 de Agosto, que entrou em vigor em 2015 com medidas
de lucros e dividendos, mais benefícios e incentivos fiscais que passam com esta nova lei a ser
projecto, (ii) do número postos de trabalho criados, (iii) do montante de investimento, (iv) do
cálculo de uma taxa final que permite a redução do Imposto Industrial, Imposto sobre a
fiscais bastante atrativos (Governo de Angola, 2015). Contudo, ainda no ano de 2015, há que
destacar, paralelamente, o início da grande desvalorização cambial que esteve aliada à subida
de uma política de contenção das importações. Este último aspeto é crucial para o investidor
externo já que a economia doméstica não está, em larga medida, à altura de prover os produtos e
2015, houve uma diminuição do montante de investimento externo aprovado i.e. uma
consequente descida das avaliações de rating das principais agências de notação de risco para
negativo. No entanto, o governo angolano patenteou uma nova lei do investimento privado
medidas de promoção ao investimento com vista a tentar manter Angola como foco de atração
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do IDE no continente Africano. Destaca-se para este ano a República da China como principal
República das Maurícias, Ilhas Virgens Britânicas, França e China. Adicionalmente, há que
V- Conclusões
No que concerne à revisão da literatura do presente trabalho, ficou patente que existe
investimento.
que Angola se tem mostrado como um foco de atracão de capital de investimento estrangeiro,
para o que concorre o facto de ser um importante produtor de petróleo, de diamantes e gás
natural, o que lhe confere algum desafogo e garantia de liquidez e solvabilidade financeira
perante os investidores externos, ao que se adiciona o facto de ser um país com grande extensão
com uma produção interna ainda escassa e, por isso onde o investimento direto estrangeiro é
bem recebido.
De referir ainda, ao nível político, que o país tem vindo a consolidar as suas relações
bilaterais com os principais parceiros o que tem promovido a atração de investimento junto dos
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de 2012 a Julho de 2016
que se tem feito notar nas mais recentes políticas estabelecidas, designadamente as alterações do
quadro legislativo, em termos da política cambial, pauta aduaneira, regime fiscal e lei do
notações de risco pelas agências de rating, Moody’s, Fitch e Standard and Poor’s, centradas no
patamar de crédito de baixa qualidade com elevado risco de incumprimento (Duarte, 2014) e,
dado o contexto político económico geral, as políticas de promoção ao investimento não se têm
vigorado suficientes.
privado aprovados, que os anos de 2012 e 2013 foram aqueles em que se registou maior
montante de investimento aprovado de origem externa (vide Tabela 5). Neste caso verificou-se
contínua estabilidade política e económica, com notações de risco estáveis. (vide Tabela 3)
alterações verificadas no foro político e no quadro legal e as alterações verificadas nos projetos
vigor no mês de Agosto, (ii) as alterações verificadas na conjuntura económica, marcada no ano
petrolífero, alterações estas refletidas nos ratings atribuídos ao país, com uma avaliação de
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longo prazo negativa, o que poderá funcionar como potencial fator de inibição do investimento
investimento externo no sector do comércio, com origem na República da China (vide Tabela 12
parcerias estratégicas entre os dois países no ano de 2015, designadamente, o acordo monetário
foro económico a subida abrupta da taxa de inflação com um valor estimado superior a 30%,
juntamente com a dependência do sector petrolífero, que contribuíram para que a notação de
significativo aumento global do montante de investimento privado no país, tanto a nível interno
como externo, destaca-se para este último os principais países com projetos de intenção de
França e China. Neste caso verificou-se uma coincidência temporal entre o aumento de projetos
de intenção de investimento tanto de origem interna como externa face ao ano anterior, logo
após a entrada em vigor da Lei do Investimento Privado, bastante vantajosa para o investidor
reduções fiscais e, igualmente, para o investidor interno ao qual são dadas majorações no
Podem ser apontadas algumas limitações relativas ao presente trabalho e aos resultados
obtidos, designadamente o facto de ter sido escolhido um horizonte temporal (2012 a 2016)
relativamente curto e, bem assim, o facto dos dados de 2016 serem relativos apenas até ao mês
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de 2012 a Julho de 2016
de Julho. Adicionalmente, pode ainda ser referido o facto da presente investigação incidir
unicamente sobre a análise dos projetos de investimento aprovados, os quais não contemplam a
futuros, tais como, o apuramento dos restantes projetos aprovados no ano de 2016 e a extensão
VII. Bibliografia
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ANEXOS
Tabela 6 – Escala de avaliação (rating de longo prazo) atribuída pelas principais agências de rating
Standard &
Fitch Ratings Moody's Interpretação
Poor's
Grau de Investimento Crédito de alta qualidade
Capacidade extremamente forte para cumprir compromissos financeiros.
AAA AAA Aaa O mais alto índice de qualidade, com o menor risco possível de
incumprimento.
AA+ AA+ Aa1
AA AA Aa2
Capacidade muito forte para cumprir com os compromissos financeiros. Risco muito pequeno de incumprimento
AA- AA- A3
AA+ AA+ A1
A A A2
Capacidade forte para cumprir compromissos financeiros. Pequenos riscos de incumprimento.
A- A- A3
BBB+ BBB+ Baa1 Capacidade adequada para cumprir compromissos financeiros. Riscos moderados de incumprimento diante de
BBB BBB Baa2 condições adversas. Pode conter algumas características especulativas.
BBB- BBB- Baa3
Grau Especulativo Crédito de baixa qualidade
BB+ BB+ Ba1
Capacidade vulnerável para cumprimento de compromissos financeiros, sujeitos a condições adversas. Características
BB BB Ba2
especulativas, riscos substanciais de incumprimento
BB- BB- Ba3
B+ B+ B1
Capacidade muito vulnerável para cumprimento de compromissos financeiros a longo prazo embora com aptidão para
B B B2
honrar compromissos financeiros atuais. Risco altos de incumprimento.
B- B- B3
CCC+ CCC+ Caa1
Capacidade atual muito vulnerável para cumprimento de compromissos financeiros, dependente de condições
CCC CCC Caa2
favoráveis de negócios. Riscos reais de incumprimento.
CCC- CCC- Caa3
CC CC Ca Capacidade totalmente vulnerável para cumprimento de negócios financeiros. O incumprimento é provável.
C C Situação de incumprimento atual ou iminente, embora haja alguma possibilidade futura de cumprimento, ainda que
C
SD RD parcial.
D D D Situação de incumprimento total, com pouca possibilidade futura de cumprimento, mesmo que parcial.
Fonte: Adaptado de (Gullo, 2014) – Sites Moody’s, Standard and Poor’s e Fitch
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GE-GLS Oil & Gas Angola, Lda 175.000 Industria Transformadora Zaire Angola Aprovado
Movicel, SA (Modernização e expansão) 300.000 Transportes, Armazenagem e Comunicações Nacional Angola Aprovado
Nocebo - Nova Companhia de Cervejas do Huambo 42.600 Industria Transformadora Huambo Angola Aprovado
Vidrul - Vidreira de Angola, SA (II) 68.000 Industria Transformadora Luanda Angola Aprovado
BAI - Banco Angolano de Investimentos 194.500 Atividades financeiras Luanda Portugal Aprovado
Banco Angolano de Negócios e Comércio, SA 18.890 Atividades financeiras Várias Províncias Portugal Aprovado
Banco Caixa Geral totta de Angola 109.250 Atividades financeiras Luanda Portugal Aprovado
Banco Espírito Santo de Angola 10.000 Atividades financeiras Várias Províncias Portugal Aprovado
Banco Fomento Angola 45.740 Atividades financeiras Várias Províncias Portugal Aprovado
Banco Millénnium Angola 42.209 Atividades financeiras Várias Províncias Portugal Aprovado
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GA Angola Seguros, SA Cessão de Quotas 42.524 Atividades Financeiras Luanda Costa do Marfim Aprovado
FMC Technologies, Lda - G8 30.762 Indústria Extractiva Luanda Estados Unidos da América Aprovado
Sociedade de Desenvolvimento e Construção
100.020 Construção Luanda Holanda Aprovado
de Angola, Lda (Soares da Costa Angola)
Empreendimento Muxima Plaza - G4 195.717 Construção Luanda Ilhas Virgens Britânicas Aprovado
Eni Angola - Exploration B.V. Sucursal de
801.000 Indústria Extrativa Várias Províncias Itália Aprovado
Angola
Eni Angola Production B.V. - Sucursal de
589.000 Indústria Extrativa Luanda Itália Aprovado
Angola - Nair Costa
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Banco Espírito Santo (Aumento) - ver 5140 500.000 Atividades Financeiras Luanda Portugal
Fonte: Adaptado de dados fornecidos pela Unidade Técnica para o Investimento Privado (“UTIP”)
Investimento total
Designação do projecto Sector económico Província de implementação País de origem do investimento Estado de Evolução dos Projetos
USD milhares
Exploração de empreendimentos
Kulanda Belas Malls 136.265 Luanda Angola e África do Sul, respetivamente. Aprovado
imobiliários
Angolata 93.000 Indústria transformadora Luanda África do Sul e Angola, respetivamente. Aprovado
Luanda, Benguela, Huíla, Kwanza-
Nova Rede de Norte, Kwanza-Sul, Malanje, Uíge,
74.320 Comércio por grosso e a retalho Angola e África do Sul, respetivamente. Aprovado
Supermercados de Angola Moxico, Kuando Kubango, Lunda-
Sul e Bié.
Leo Investimentos - Hotel
60.054 Alojamento e restauração Luanda Angola Aprovado
Península
Angofret, Lda 52.709 Infraestruturas Huambo Ilhas Virgens Britânicas Aprovado
Sumol + Compal, Angola,
51.000 Indústria transformadora Luanda Portugal e Angola. Aprovado
SA
Única - Cervejas de Angola
Produção e Distribuição - 112.130 Indústria transformadora Luanda Portugal e Angola. Aprovado
Can P & D (II)
Best Angola Steel, Lda, 22.906 Indústria transformadora Luanda India Aprovado
Tuboscope Vetco Capital,
Atividades mobiliarias - Serviços
Ltd - Sucursal de Angola 47.194 Luanda Escócia Aprovado
Prestados as Empresas
(aumento)
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Investimento total
Designação do projecto Sector económico Província de implementação País de origem do investimento Estado de Evolução dos Projetos
USD milhares
Makiber - Sucursal em
17.529 Construção Cuando Cubango Espanha Aprovado
Angola
Aprovado
Prodaca Angola, S.A. 7.868 Indústria transformadora Bengo Holanda
Fonte: Adaptado de dados fornecidos pela Unidade Técnica para o Investimento Privado (“UTIP”) e consulta de Diários da República em www.lexlink.eu
Designação do Investimento total USD Força de trabalho Província de País de origem Estado de evolução do
Sector económico Objeto do contrato de investimento
projecto milhares prevista implementação do investimento projecto
São Vicente e
Inernship Limited 1.000.000 Indústria de petróleo e gás 7 Prestação de serviços e logística Luanda Aprovado
Granadinas
Fornecimento de pacotes de canais de
Multichoice Angola 1.100.000 Comércio 272 televisão por assinatura Pay tv, venda de Luanda Ilhas Maurícias Aprovado
descodificadoras e antenas parabólicas
Produção de mobiliário para uso
Hua Dragão, Comércio
9.054.600 Indústria transformadora 120 doméstico, escritórios e outros artefactos Luanda China Aprovado
geral (SU) Limitada
de madeira
Comercialização de materiais de
Anseba, Limitada 1.000.000 Comércio 24 Luanda Alemanha Aprovado
construção
Construção de um hotel com 57 quartos no
Mikka Hotel, Limitada 9.900.000 Hotelaria e Turismo 50 Luanda Zâmbia Aprovado
Município de Viana
Yongjin Angola 7.748.903 (n.d.) (n.d.) (n.d.) (n.d.) China Aprovado
Amspapel - Comércio e Construção e exploração de uma unidade
Indústria de Papel, 1.486.802 Indústria transformadora 34 de papel tissue, papel higiénico, Luanda Ilhas Maurícias Aprovado
Limitada guardanapos
Geovias - Engenharia e Construção e obras públicas no sector
3.000.000 Construção 21 Cunene Portugal Aprovado
Construções (SU) rodóviário de pequena dimensão
Oxidrill Angola 2.000.000 Indústria transformadora 42 Indústria fabril metalomecânica Luanda Portugal Aprovado
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Designação do Investimento total USD Força de trabalho Província de País de origem Estado de evolução do
Sector económico Objeto do contrato de investimento
projecto milhares prevista implementação do investimento projecto
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Designação do Investimento total USD Força de trabalho Província de País de origem Estado de evolução do
Sector económico Objeto do contrato de investimento
projecto milhares prevista implementação do investimento projecto
Sonimech, Limitada 3.333.334 Indústria de petróleo e gás 74 Prestação de serviços e logística Luanda Ilhas Maurícias Aprovado
40
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Designação do Investimento total USD Força de trabalho Província de País de origem Estado de evolução do
Sector económico Objeto do contrato de investimento
projecto milhares prevista implementação do investimento projecto
Famosa Angola -
Bonecas e Brinquedos, 1.270.000 Comércio 7 Bonecas e brinquedos Luanda Portugal Aprovado
S.A
Super Palanca –
Aautomóvel Comércio de viaturas automóveis,
9.000.000 Comércio 200 Luanda Angola Aprovado
Companhia (SU) acessórios e reparação
Limitada
West Bay Invest,
1.000.000 Construção 52 Construção civil e obras públicas Luanda Angola Aprovado
Limitada
Sochial - Sociedade
Chino-Angolano, 1.500.000 Comércio 80 Comércio de bens alimentares Luanda China Aprovado
Limitada
Lucialf International,
2.000.000 Comércio 37 Comércio geral de produtos Luanda Líbano Aprovado
Limitada
Alaskan-Comércio Estados Unidos
1.000.000 Indústria alimentar 23 Comércio geral de produtos alimentares Luanda Aprovado
Geral, (SU) da América
EDINEG - Empresa de
Distribuição logística de bens alimentares,
Distribuição e 1.500.000 Comércio 80 Luanda China Aprovado
mobílias e diversos
Negócios (SU) Limiada
Logística, agenciamento de carga,
Transitex Angola 1.000.000 Transportes e Logísticas 18 Luanda África do Sul Aprovado
trânsitos, frete e fretamento
Kaleido Logistics
1.149.924 (n.d.) 11 Criação de uma sociedade por quotas Namibe Espanha Aprovado
Angola (SU), Limitada
Friviana, Limitada 3.000.000 Indústria transformadora 35 Fabrico de unidades de frio e congelação Luanda Portugal Aprovado
BMMTR Grupo
1.000.000 Construção 70 Construção civil e obras públicas Luanda Turquia Aprovado
Angola (SU) Limitada
South Ddelta Group
4.000.000 Comércio 40 Comércio de geradores Luanda Líbano Aprovado
(SU)
Fábrica de Refinação e Destilação e refinação de derivados de Estados Unidos
5.000.000 Indústria transformadora 35 Benguela Aprovado
destilação de Angola petróleo da América
Heran General Trading
1.000.000 Indústria alimentar 10 Bens alimentares e diversos Luanda Eritreia Aprovado
e Indústrai (SU)
Fonte: Elaboração própria – Análise dos Diários da República publicados de Janeiro a Dezembro de 2015 - Disponível em http://www.lexlink.eu/FileGet.aspx?FileId
41
Tabela 11 – Projetos de Investimento aprovados (2016)
Angoflex Indústria, Lda. 40.000 Indústria 16 Ampliação da sua unidade de fabrico de umbilicais França Benguela
Transformadora
Instituto Médio Politécnico Construção e exploração de um estabelecimento de ensino
10.545 60 Angola Bié
Cassoma, Lda. Educação politécnico
SKAC Soluções Globais (SU), Construção e exploração de uma unidade fabril vocacionada à Benguela -
113.150 Indústria transformadora 58 Angola
Lda. refinação de óleo vegetal alimentar e a produção de sabonetes Catumbela
Água de Nascente Natural Construção de uma unidade industrial de bebidas não alcoólicas e a
11.403 Indústria transformadora 94 Angola Luanda
Preciosa produção de todos componentes necessários para o engarrafamento.
Popular Juice Industries 2.000 Indústria alimentar 72 Fornecimento de bebidas não alcoólicas, sumos de fruta Paquistão Benguela
Vida Cabelos (SU) Limitada - Exploração de uma unidade fabril vocacionada a produção de República das
1.000 Indústria transformadora 880 Luanda
DGH Angola extensão de cabelos sintéticos Maurícias
Angola,
Ap-foods-Indústria alimentar,
8.025 Indústria alimentar 58 Unidade fabril vocacionada para a produção de massa alimentar Tanzânia e Luanda
Limitada
Quénia
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Indústria de
AT 360 - Indústria (SU), Lda 1.050 30 Unidade fabril de embalagens de cartão para ovos Líbano Luanda
transformadora
Angola Yongda Industrial, Criação e implementação de uma unidade fabril vocacionada para a
28.125 Materiais de construção 221 Hong Kong Luanda
Limitada produção de tubagens hidráulica
S.Tulumba Investimentos e
313.700 Indústria n.d. Implementação de unidade avícola para produção de frangos e ovos Angola Cunene
Participações
Fonte: Elaboração própria – Análise dos Diários da República publicados de Janeiro a Julho de 2016 - Disponível em
http://www.lexlink.eu/FileGet.aspx?FileId=1157068
44
Resultados projetos de investimento aprovados em 2012
Luanda
10
Várias província
2
Zaire kwanza Sul
Huambo Benguela Bengo 2 10
1 1 1
Portugal
Maurícias
Espanha
Angola
0 2 4 6 8 10 12
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Industria Actividades Construção Transportes, Alojamento e
Transformadora financeiras Armazenagem e Restauração
Comunicações (Restaurantes e
Fonte: Elaboração própria Similares)
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2012 a Julho de 2016
Várias Províncias 2
Huambo 1
Benguela 1
Kwanza Norte 2
Malanje 2
Bengo 3
Luanda 12
Portugal
Itália
Ilhas Virgens Britânicas
Holanda
Estados Unidos da América
Costa do Marfim
Angola
Alemanha
África do Sul
0 2 4 6 8 10 12
46
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2012 a Julho de 2016
Bengo
Cuando Cubango
Huambo
Várias Províncias
Luanda
0 2 4 6 8
Portugal
India
Ilhas Virgens Britâncias
Holanda
Espanha
Escócia
Angola
África do Sul
40,00%
35,00%
30,00%
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
Indústria Construção Alojamento e Actividades Comércio por
Transformadora Restauração Imobiliarias, grosso e a retalho
(Restaurantes e Alugueres e
Similares) Serviços Prestados
as Empresas
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2012 a Julho de 2016
(n.d)
Namibe
Bengo
Cabinda
Luanda
Várias Províncias
0 5 10 15
(n.d.)
Estados Unidos da América
França
Canadá
Espanha
Noruega
Brasil
Turquia
Holanda
Malta
Emirados Árabes Unidos
Eritreia
África do Sul
Líbano
Vietnam
Angola
Zâmbia
China
Portugal
Alemanha
Ilhas Maurícias
São Vicente e Granadinas
0 2 4 6 8 10 12
48
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2012 a Julho de 2016
(n.d.)
Transportes e Logísticas
Indústria Extrativa
Indústria de petróleo e gás
Comércio
Indústria alimentar
Indústria transformadora
Hotelaria e Turismo
Construção
0 5 10 15 20 25 30
Cunene
Bengo
Cuanza Sul
Bié
Várias Provincias
Cuando Cubango
Luanda
Benguela
0 2 4 6 8 10 12 14
49
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2012 a Julho de 2016
Hong Kong
Líbano
Angola, Tanzânia e Quénia
República das Maurícias
China
Paquistão
Ilha Virgens Britânicas
França
Angola
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Indústria Comércio Prestação de Educação n.d. Alojamento e Indústria Construção
Transformadora serviços restauração alimentar
50