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para gesto, o BCP tratava de lhes comprar, obviamente sem os consultar, aces do prprio banco nos aumentos de capital, deixando-os depois desamparados nas perdas da bolsa; Aos grandes depositantes e amigos dos gestores, abria-lhes crditos de milhes em "off-shores" para comprarem aces do banco, cobrindo-lhes, em caso de necessidade, os prejuzos do investimento. Desta forma exemplar, o banco financiou o seu crescimento com o plo do prprio co, alis, com o dinheiro dos depositantes - e subtraiu ao Estado uma fortuna em lucros no declarados para impostos. Ano aps ano, tambm o prprio BCP declarava lucros astronmicos, pelos quais pagava menos de impostos do que os porteiros do banco pagavam de IRS em percentagem. E , enquanto isso, aqueles que lhe tinham confiado as suas pequenas ou mdias poupanas viam-nas sistematicamente estagnadas ou at diminudas e, de seis em seis meses, recebiam uma carta-circular do engenheiro a explicar que os mercados estavam muito mal.
comendador Berardo, ele s o homem que mais riqueza acumula e menos produz no pas (protegido pelo 1 Ministro (Scretina), que lhe deu um museu do Estado para armazenar a coleco de arte privada. Mas, verdade se diga, as brasas espalhadas por Berardo tiveram o mrito de revelar segredos ocultos e inconfessveis daquela casa. E assim ficmos a saber que o filho do engenheiro fora financiado em milhes para um negcio de vo de escada, e perdoado em milhes quando o negcio inevitavelmente foi por gua abaixo. E que havia tambm amigos do engenheiro e da administrao, gente que se prestara ao esquema das "off-shores", que igualmente viam os seus crditos malparados serem perdoados e esquecidos por acto de favor pessoal.