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GRANDE ORIENTE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CONFEDERAÇÃO MAÇÔNICA DO BRASIL - COMAB
Filiado a Confederação Maçônica Interamericana - CMI
A. .R...L...S... LUZES DO PENSAMENTO nº 55
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Or... de Várzea Grande - MT

Rito Schröder

A ÉTICA NA MAÇONARIA

Ir∴Carlos Henrique Batista Flores - Ap∴M∴

Or∴de Várzea Grande - MT, 19 de Março de 2017

Reuniões as Segundas-feiras às 20:00hs

Templo Maçônico “Ir.’. Thurland Emanoel Teixeira” Complexo Razão e Lealdade, Cuiabá Estado de Mato Grosso.
www.luzesdopensamento.com.br - adm@luzesdopensamento.com.br
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1. Objetivo do Trabalho

Pretende-se discorrer sobre Ética em seu conceito mais generalista, com foco na Ética em um grupo social
específico, que é a Maçonaria.

2. Desenvolvimento do Trabalho

2.1. Introdução

Entende-se por ética como um conjunto de valores morais e princípios que regem as relações humanas
na sociedade. Segundo Mário Sergio Cortella “ética é o conjunto de valores e princípios que utilizamos para
decidir nossa conduta em sociedade”.
A ética é um tipo de postura e se refere a um modo de ser, à natureza da ação humana, ou seja, como
lidar diante das situações da vida e ao modo como convivemos e estabelecemos relações uns com os outros.
É uma postura pessoal que pressupõe uma liberdade de escolha.
A palavra “ética” vem do grego ethos. Em sua etimologia, ethos significa literalmente morada, habitat,
refúgio. O lugar onde as pessoas habitam. Mas para os filósofos, a palavra se refere a “caráter”, “índole”,
“natureza. Seu correlato no Latim é “morale”, com o mesmo significado; conduta relativa aos costumes.
O que estamos fazendo uns com os outros? Quais são as nossas responsabilidades pessoais diante do
outro? Uma postura ou conduta ética pode ser a realização de um tipo de comportamento mediado por
princípios e valores morais.
A ética, por sua vez, é a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, que reflete e questiona sobre as
regras morais. A reflexão ética pode inclusive contestar as regras morais vigentes, entendendo-as, por
exemplo, como ultrapassadas.
Os filósofos antigos (gregos e romanos) consideravam a vida ética transcorrendo como um embate
contínuo entre nossos apetites e desejos – as paixões – e nossa razão.
A moral é constituída pelos valores previamente estabelecidos e comportamentos socialmente aceitos
e passíveis de serem questionados pela ética, em busca de uma condição mais justa. É possível uma ação moral
ou imoral sem qualquer reflexão ética, assim como é possível uma reflexão ética acompanhada de uma ação
imoral ou amoral.
Enquanto a moral se baseia na obediência a princípios, regras, e costumes recebidos e aceitos
individualmente, dentro de um determinado contexto social, a ética se baseia no estudo do comportamento
humano, que se dá de forma racional, fundamentada e teórica. Pode-se afirmar, portanto, que a ética é uma
reflexão sobre a moral. Assim, a ética é a exteriorização do caráter do homem, ou seja, o seu modo de ser
baseado na moral, através da qual se extrai o que é certo ou errado, o que é justo ou injusto e o que é bom ou
mau.
Ninguém nasce com ética ou com moral. São construções culturais e simbólicas. As pessoas podem
aprender ética na família, na escola, na rua, no trabalho. Esses conceitos são adquiridos ao longo da
experiência humana, seja pela cultura, pelas regras jurídicas, pela educação ou por reflexões pessoais.

Reuniões as Segundas-feiras às 20:00hs

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A Ética na Maçonaria
O objetivo da Maçonaria é a busca da verdade, o exame da moral e a prática de virtudes. Assim, os
Maçons devem, acima de qualquer coisa, combater a ignorância; não estarem presos a vícios e apresentar-se
perante a sociedade com integridade e retidão. Portanto, ser ético para um Maçom não é uma qualidade, e
sim um dever básico, não só perante a própria Ordem, mas principalmente perante a sociedade.
Exige-se do Maçom um comprometimento firme para que saiba distinguir o certo do errado (afinal,
essa dicotomia está inserida no conceito de moral), para que tenha um comportamento ético (justo e
perfeito) em sua vida maçônica, assim como em sua vida profana.
Um Maçom recém iniciado deve começar sua busca por conhecimento nos ensinamentos e filosofia
maçônica como instrumentos de desenvolvimento de sua pessoa, no aperfeiçoamento intelectual, no
amadurecimento emocional e na disciplina da moral. Tudo isso pode ser exteriorizado através de um
comportamento ético, correto dentro daquilo que se entende por moral. Portanto, este agir perfeito pode ser
representado pela pedra polida.
Ao construir, verdadeiramente, o seu templo interior, o Maçom não está beneficiando a si próprio tão
somente. Essa construção deve beneficiar a sociedade, e isso o Maçom deve ter como meta. Pois a meta
maçônica “visa contribuir para o aperfeiçoamento moral, intelectual, material e social da humanidade, por
meio do cumprimento inflexível do dever, pela prática desinteressada da beneficência e da investigação
constante da verdade”.
Além de tudo isso, para finalizar, no que concerne à ética maçônica, é necessário, ainda, que o
Maçom seja tolerante, que ele busque o seu aperfeiçoamento; que pratique a filantropia e a solidariedade,
que são deveres sociais, sem os quais não se constrói o templo interior; que obedeça às leis (maçônicas e
profanas); e que, sobretudo, combata, sem cessar, a ignorância, a superstição e o erro.
O homem, quando passa a ser conhecedor de si mesmo, descobre que é cheio de falhas. No entanto,
sabe o homem que deve ter a esperança de aperfeiçoar-se. Esse aperfeiçoar-se tem um caminho: o agir com
ética em todos os setores de sua vida. Assim, no seio de sua família, ao praticar a sua religião, no seu
trabalho, na vida profana em todas as ocasiões (sociedade) e na Ordem que o escolheu e acolheu, deve o
homem pautar-se sob as regras e códigos morais que orientam a conduta humana.
Não basta ao homem, por exemplo, professar a sua fé dentro de um templo ou de uma igreja, mas
eximir-se de agir com retidão em seu trabalho, por exemplo. Não basta ser o profissional mais correto se
deixa de ser um pai ou um marido exemplar. Não basta praticar os rituais maçônicos em Loja e portar-se de
maneira inadequada perante a sociedade.

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a
injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se
da virtude, a rir-se da honra e ter vergonha de ser honesto.” (Ruy Barbosa)

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