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O antagonismo entre a Igreja Católica e a Maçonaria vem de longa data, isto acontece de
verdade há mais de 300 anos. Por mais a maioria dos maçons desejam pensar ao
contrário, por comodidade, as duas instituições não se comunicam.
A versão mais recente da maçonaria teve início com a formação da Grande Loja da
Inglaterra, em 1717, em um bar chamado Goose & Gridiron, próximo à Catedral de São
Paulo Apóstolo. Nos primeiros anos, antes que a Igreja Católica fizesse qualquer
pronunciamento oficial sobre o assunto, muitos católicos já faziam parte da maçonaria e
a "diáspora" dos católicos e jacobitas foi crucial para espalhar a maçonaria na Europa
continental.
A Igreja Católica se converteu na maior inimiga das praticas maçônicas. Entre o papado
do Papa Clemente XII, em 1738, e a promulgação do primeiro Código de Direito
Canônico, em 1917, oito papas ao todo escreveram condenações explícitas à Franco-
maçonaria. Todas previam a mais estrita pena eclesiástica para quem se associasse a
maçonaria, o da excomunhão automática atributo só reservada à Santa Sé Apostólica e
inquestionável.
Por mais que muitos teóricos em Maçonaria, pensem que tal condenação tenha vindo
com o envolvimento da ordem com a Revolução Francesa, onde a Igreja defendia o
velho modelo absolutista dos monarcas, pois sempre esteve intimamente ligada ao poder
dos reais governantes, não era esta a verdadeira razão da rejeição. O findamento que o
Papa Clemente XII denunciou na época originalmente não era a oposição a uma
sociedade republicana revolucionária, mas um grupo que propagava o indiferentismo
religioso: A ideia de que todas as religiões (e nenhuma delas especifica) têm igual valor,
e que na Maçonaria todas estão unidas para servirem a um entendimento comum e mais
elevado da virtude.
Sendo assim desde o princípio, da rejeição da maçonaria pela Igreja Católica, consistia
na preocupação primária da Igreja, que a Maçonaria submetia a fé de um católico à
crença de um único Deus universal, chamado de Gadu, Grande Arquiteto do Universo,
cultuado nas lojas maçônicas dos diversos ritos . Sendo assim segundo a compreensão da
Igreja Católica, obrigava ao membro católico- a colocar por uma fraternidade secularista
fundamental acima da comunhão divina da Igreja.
Mais recentemente quando o Código de Direito Canônico foi reformado, após o Vaticano
II, o cânon específico que proibia os católicos de aderirem a "seitas maçônicas" foi
revisado. No novo código, promulgado em 1983 por São João Paulo II, , a menção
explícita à Franco-maçonaria foi retirada completamente. O novo cânon 1374 refere-se
somente a associações "que maquine[m] contra a Igreja". O que levou a muitos maçons a
pensarem que por esta mudança a Igreja Católica sinalizava como um indicativo de que
a Franco-maçonaria não mais era considerada má aos olhos da Igreja. Mas na verdade,
os membros do comitê responsável pela reforma canônica esclareceram que eles queriam
se referir não apenas aos franco-maçons, mas a muitas outras organizações e por isto,
preferiram colocar de forma genérica Então o O então Cardeal Ratzinger emitiu um
esclarecimento da nova lei em 1983, no qual deixou claro que o novo cânon havia sido
formulado para encorajar uma interpretação e uma aplicação mais abrangentes. E
reafirmou que o catolico que pertencer a maçonaria, esta em Pecado Grave, e não poderá
ter acesso a nenhum sacramento e nem participar de nenhuma ação pastoral mesmo
como leigo.
Mais recentemente, o Papa Francisco tem falado repetidas vezes de sua grave
preocupação com a infiltração maçônica na Cúria Romana do Vaticano, assim como
também em outras organizações católicas espalhadas pelo mundo. Ao mesmo tempo, ele
alertou contra a Igreja Católica se tornar uma mera ONG em seus métodos e objetivos —
perigo que vem diretamente dessa mentalidade secularista a que a Igreja sempre chamou
“perversa filosofia maçônica”.