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A Pintura de retrato não vale nada…

Por mais que falar em gênero, hoje possa parecer politicamente incorreto, aqui
estamos falando da pintura de gênero, termo usado para uma das antigas modalidades
da composição da pintura sobre tela.
A lei nunca retroage, e as denominações também não, e existiam salões de arte para
os artistas apresentarem as pinturas de gênero. Certames específicos para estes temas.
Da mesma forma que para o de modelo vivo, pinturas humanas, que o mercado de
arte brasileiro por falsos especialistas inescrupulosos, começaram a maldosamente
chamarem de retrato. Numa tentativa espúria de diminuírem os valores de obras
primas. Mas a história da arte, mostra se ao contrário, pois existem incontáveis
grandes recordes milionários da pintura da figura humana. Iniciamos pelo renomado
trabalho, com o titulo Retrato de Dr. Gachet que é uma obra de 1890 do pintor
holandês Vincent van Gogh, vendido em 1990 por US$ 82,5 milhões. Seguindo com
mais exemplos temos um dos últimos retratos feitos pela pintora mexicana Frida
Kahlo que bateu o recorde de preço para obras de um artista latino-americano em
leilão em Nova York. O auto retrato Diego e eu, de 1949, foi a estrela da venda na
casa Sotheby’s, em Nova York, como parte da temporada do outono boreal no
mercado da arte.
Com um preço inicial de 30 milhões de dólares (165 milhões de reais), a tela, que
mostra a autora de frente, com a figura de Diego Rivera inserida em sua testa como
uma presença inquietante, acabou sendo arrematada por 34,9 milhões (191,9 milhões
de reais), e hipoteticamente qual o valor poderíamos atribuir a Mona Lisa,
originalmente La Gioconda (em italiano), que é um dos quadros mais famosos do
mundo e a obra mais célebre de Leonardo da Vinci. Foi produzida no século XVI e
atualmente está exposta no Museu do Louvre, na França. E certos falsos especialistas
do mercado de arte brasileiro, sendo inescrupulosos continuam a afirmar, que
pinturas de retrato, não valem nada. A historia da arte, sempre prova ao contrario.

Texto de Ricardo V. Barradas


Advogado, marchand, curador e avaliador de arte.
Ativo no mercado de arte brasileiro e internacional.

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