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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS
ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A
FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
OUTUBRO DE 2008
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS
ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO
DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Júri:
Presidente: Doutor Dinar Reis Zamith Camotim
Vogais: Doutor João Carlos Gomes Rocha de Almeida
Doutor João Carlos de Oliveira Fernandes de Almeida
Doutor Nuno Miguel Rosa Pereira Silvestre
OUTUBRO DE 2008
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
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RESUMO
RESUMO
Este trabalho versa sobre a análise e dimensionamento de estruturas de aço enformadas a frio,
ou estruturas de “aço leve” como frequentemente são designadas. Em virtude de serem
estruturas muito esbeltas, tanto do ponto de vista local (das secções) como global (das barras),
as estruturas de aço enformadas a frio são muito susceptíveis a fenómenos de instabilidade. Do
ponto de vista regulamentar, o Eurocódigo 3 permite tratar este tipo de estruturas recorrendo às
Partes 1-1, 1-3 e 1-5, cuja compreensão e inter-ligação das suas disposições nem sempre é a
mais fácil e adequada. Desta forma, o presente trabalho tem como principais objectivos
(i) apresentar, explicar e sistematizar as disposições do Eurocódigo 3, em particular a sua
Parte 1-3, para dimensionar e verificar a segurança de elementos estruturais de aço
enformados a frio, bem como (ii) “fazer a ponte” entre as disposições do EC3-1-1 (regras
gerais) e do EC3-1-5 (regras para placas e estruturas laminares).
Inicialmente, efectua-se uma breve alusão à origem e aplicação corrente de perfis de aço
enformados a frio na indústria da construção civil, salientando as principais vantagens da sua
aplicação em comparação com perfis laminados a quente de aplicação corrente e, em
particular, caracteriza-se sucintamente o seu comportamento estrutural. Em seguida, abordam-
se os principais conceitos teóricos subjacentes à estabilidade de estruturas com secção de
parede fina, nomeadamente, os fenómenos da instabilidade (i) local de placa, (ii) distorcional e
(iii) global. Em virtude dos perfis de aço enformados a frio apresentarem correntemente secções
de alguma complexidade, nomeadamente com dobras (cantos) arredondados, descrevem-se
metodologias para obtenção de propriedades geométricas de secções brutas com as
propriedades geométricas da secção. Posteriormente, introduz-se a filosofia de classificação de
secções de acordo com o EC3 e, no caso de secções de classe 4 (maioria das secções de aço
enformadas a frio), abordam-se os conceitos de (i) largura efectiva associada à resistência
devido a modos de instabilidade local de placa e (ii) espessura reduzida associada à resistência
ao modo distorcional. Em ambos os casos, apresentam-se e sistematizam-se as metodologias
prescritas pelo Eurocódigo 3 para a sua obtenção e descrevem-se as diversas regras de
verificação de segurança de secções (a tensões directas) estipuladas pelo EC-1-3. Finalmente,
explica-se a filosofia do EC3 para contabilizar a influência das instabilidades globais (flexão e
flexão-torção) e descreve-se a metodologia do EC3 para a obtenção de resistência de barras à
encurvadura global, nomeadamente de colunas, vigas e vigas-coluna.
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
ABSTRACT
The present work is focused on the analysis and design of cold-formed steel structures
(frequently designated as light gauge steel structures). Due to their high local (from the cross-
section point of view) and global (from the member point of view) slenderness, cold-formed steel
structures are very sensitive and highly prone to buckling phenomena. The Eurocode 3 enables
the design and safety checking of cold-formed steel structures using the Parts 1.1, 1.3 and 1.5,
which are not easy to follow and sometimes is very complex to “build the bridge” between these
three documents. Therefore, this thesis is aimed at (i) providing a systematic presentation and
explanation of all the Eurocode 3 rules and, in particular, those related with Parts 1.3 and 1.5
for the design of cold-formed steel members and plated structures, respectively.
Initially, a brief review of the origin and current applications of cold-formed steel structures in the
civil engineering and construction framework is provided and the major advantages of their use
in comparison with hot rolled steel profiles are highlighted. After that, the structural behaviour of
cold-formed steel members is described and the main theoretical concepts regarding instability
issues of thin-walled structures are presented. In particular, the behaviour of cold-formed steel
members buckling in (i) local, (ii) distortional and (iii) global modes is characterized. Given the
high complexity of the cross-section geometry (e.g., rounded corners and folds) of cold-formed
steel members, some methodologies to obtain the gross section geometric properties are
described. After that, the main concepts behind the EC3 classification of cross-sections are
presented and, for the case of class 4 cross-sections (the great majority of cold-formed steel
sections belong to this class), the methodologies to determine (i) the effective width associated
with local buckling modes and (ii) the reduced thickness associated with distortional buckling
modes are explained in great detail. In both cases, the rules stipulated by EC3-1-3 to safety
check the cross-section strength against direct stresses (normal and shear) are presented. Finally,
the EC3 procedure to take into account the influence of global (flexural and flexural-torsional)
buckling effects on the design of cold-formed steel members is described in detail and the safety
checking rules of members (columns, beams and beam-columns) against global buckling are
presented.
Keywords: design and safety checking, Eurocode 3, cold-formed steel, local buckling,
distortional buckling, global buckling, effective section.
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PREFÁCIO
PREFÁCIO
O trabalho conducente à elaboração deste documento foi efectuado entre Setembro de 2005 e
Julho de 2008 no Instituto Superior Técnico, Lisboa. Este largo período de tempo deveu-se
sobretudo a três factores. Em primeiro lugar, o tema abordado no trabalho versa quase sempre
sobre a instabilidade de estruturas, sendo constituído por matérias que na minha opinião são
abordadas de uma forma muito superficial nos curricula da Licenciatura em Engenharia Civil
do IST. Para atingir um estado de maturidade neste domínio foi necessário dispender bastante
tempo. Por outro lado, refere-se ainda a exaustiva pesquisa bibliográfica e consequente
descoberta de novos e admiráveis documentos, aos quais tive de dedicar uma grande parte do
tempo para contextualizar o regulamento “Eurocódigo” dentro de um conjunto muito mais lato
de trabalhos (muitos deles originais). Finalmente, a minha vida profissional sobrepôs-se não
raras vezes ao presente trabalho, os quais são frequentemente de difícil conciliação.
Efectuado este preâmbulo, gostaria de deixar umas palavras de agradecimento ao Prof. Nuno
Silvestre pela sua orientação e correcta condução do meu esforço, evitando assim a dispersão
por outros temas paralelos e ao Prof. Dinar Camotim pela motivação que me incutiu
relativamente ao “mundo fascinante” da instabilidade de estruturas. Foi também com enorme
agrado que constatei, durante a minha participação na conferência SDSS’06 - International
Colloquium on Stability and Ductility of Steel Structures (IST, Lisboa), a excelência da
investigação que ambos (os meus orientadores) conduzem no domínio das estruturas de parede
fina e, em particular, das estruturas de aço enformadas a frio.
Finalmente, quero expressar aos meus pais um agradecimento especial pelo apoio
incondicional e total ao longo do período de desenvolvimento da dissertação, os quais nunca
deixaram de acreditar na minha capacidade, mesmo quando acusei o “peso” do trabalho de
investigação em determinados períodos. Sem eles, a realização desta dissertação não teria sido
impossível, mas certamente teria sido muito mais difícil.
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
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ÍNDICE
ÍNDICE
RESUMO ....................................................................................................................................................... i
ABSTRACT .....................................................................................................................................................II
PREFÁCIO ....................................................................................................................................................III
SIMBOLOGIA ...............................................................................................................................................XI
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 1
1.1. Considerações Gerais ......................................................................................................................... 1
1.2. Elementos estruturais ........................................................................................................................... 3
1.2.1. Tipos de elementos estruturais ....................................................................................................... 3
1.2.2. Processos de fabrico ..................................................................................................................... 4
1.2.3. Comportamento estrutural ............................................................................................................ 6
1.3. Âmbito, objectivos e organização do trabalho ....................................................................................... 8
1.3.1. Âmbito e objectivos do trabalho .................................................................................................... 8
1.3.2. Organização da dissertação.......................................................................................................... 9
2. CONCEITOS TEÓRICOS........................................................................................................................ 11
2.1. Resumo ............................................................................................................................................ 11
2.2. Conceito de estabilidade do equílibrio ................................................................................................ 11
2.3. Tipos de instabilidade estrutural.......................................................................................................... 12
2.3.1. Instabilidade bifurcacional........................................................................................................... 13
2.4. Estabilidade de barras com secção de parede fina aberta .................................................................... 14
2.4.1. Análise Linear de Estabilidade (ALE) ............................................................................................. 15
2.4.1.1. Tensões de Bifurcação e Modos de Instabilidade................................................................. 16
2.4.1.2. Estabilidade Linear de Barras (modos globais)..................................................................... 23
2.4.1.3. Estabilidade Linear de Placas............................................................................................. 32
2.4.1.4. Estabilidade linear de secções (modos locais) ..................................................................... 37
2.4.2. Análise de Pós-Encurvadura (ANLE) ............................................................................................. 40
2.4.2.1. Comportamento de Pós-Encurvadura ................................................................................. 40
2.4.2.2. Pós-Encurvadura de Barras (modos globais) e de Placas...................................................... 43
2.4.2.3. Pós-encurvadura de secções (modos locais)........................................................................ 47
2.4.3. Interacção entre Modos de Instabilidade. Fenómenos de Plasticidade............................................. 48
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ÍNDICE
6. CONCLUSÃO...................................................................................................................................... 117
6.1. Considerações finais ....................................................................................................................... 117
6.2. Alguns comentários finais................................................................................................................. 119
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ÍNDICE
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
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SIMBOLOGIA
SIMBOLOGIA
LISTA DE SIMBOLOS
fyb, fya Tensão de cedência base e média do material que compõe o perfil;
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SIMBOLOGIA
Ww Módulo de empenamento;
Ip Momento de inércia polar em relação ao centro de corte;
Δu , Δv Diferença de coordenadas das extremidades de uma parede de uma secção
em relação aos eixos principais de inércia u e v;
uj, vj Factores de não simetria uj e vj para o cálculo de esforços críticos elásticos;
σ Tensão longitudinais presentes na secção;
σcom,Ed Máxima tensão longitudinais de compressão presente na secção;
λ, λ Esbeltezas e esbeltezas normalizadas;
ρ Factor de redução para obtenção das larguras efectivasp;
kσ Factor de encurvadura associado à tensão crítica elástica de placa;
χ Factor de redução de resistências por instabilidade;
ψ Relação entre tensões ou extensões;
ε Coeficiente dependente de fy. Extensões;
Wpl Módulo plástico da secção;
Wel,min Menor módulo elástico da secção;
Wel,max Maior módulo elástico da secção;
NOTAÇÃO
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
1. INTRODUÇÃO
Na construção metálica são utilizados três tipos de elementos estruturais de aço [1.2]: (i) perfis
laminados a quente, (ii) perfis de chapa soldada e (iii) perfis de chapa fina enformados a frio.
Este último tipo de elementos estruturais metálicos, com uma crescente utilização na indústria
da construção, é obtido a partir de chapas de pequena espessura (0.4mm a 6.0mm) através da
dobragem desta por meios mecânicos (quinagem e laminagem a frio) obtendo-se assim a
forma desejada, tipicamente definida por dobras principais que definem almas e banzos, e
dobras intermédias ou de extremidade que definem reforços que aumentam a rigidez das suas
paredes.
• Elevada eficiência estrutural, expressa pela óptima relação entre a elevada resistência
mecânica e o reduzido peso (ver Figura 1.1);
• Os elementos estruturais de aço enformados a frio podem ser fabricados para
suportarem cargas reduzidas e, desta forma, optimizar o material empregue. Pelo
contrário, os elementos de aço laminados a quente têm geometrias mínimas (limite)
pré-definidas, o que obriga muitas vezes ao sobredimensionamento das peças para
cargas reduzidas;
• Grande versatilidade de fabrico, traduzida pela possibilidade de produzir
economicamente elementos com uma gama variadíssima de geometrias e dimensões;
• Algumas secções são produzidas com a possibilidade de encaixarem sucessivamente
umas nas outras, permitindo uma maior economia no seu armazenamento e transporte;
• Possibilidade de pré-fabricação em larga escala;
• Elevada rapidez de montagem (ver Figura 1.1);
• Grande facilidade de manutenção;
• Inexistência de retracção e/ou fluência à temperatura ambiente;
• Inexistência de susceptibilidade ao ataque de fungos, xilófagos e térmitas;
• Apresentação de uma qualidade uniforme;
• Constituição de um material (aço) totalmente reciclável e, por isso, exibindo uma
elevadíssima sustentabilidade.
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Nas últimas décadas, a construção com estrutura de aço leve tem sido uma séria competidora
da construção mais tradicional em países como os Estados Unidos da América, Canadá,
Austrália e em vários países da Europa. Em Portugal, este tipo de estruturas tem sido utilizada
essencialmente em substituição de perfis laminados a quente correntemente utilizados como
madres de sistemas de suporte de coberturas ou fachadas. No entanto, a sua aplicação na
construção de moradias residenciais unifamiliares tem aumentado substancialmente nos últimos
anos. A sua procura por parte dos projectistas produziu um efeito colateral traduzido no
aumento do número de fabricantes e empreiteiros especializados na construção em aço leve.
Por outro lado, a aplicação de elementos estruturais de aço enformados a frio em remodelação
e reabilitação de estruturas antigas (Figura 1.2) tornou-se bastante interessante e competitiva
relativamente a outras soluções tradicionais. Tal facto é devido à sua baixa relação
peso/resistência (Figura 1.1) e por não sofrer das patologias tipicamente associadas às
estruturas de madeira (aumento da deformação ao longo do tempo por efeito da fluência;
ataque de fungos e xilófagos; apodrecimento, etc.).
2
INTRODUÇÃO
Os perfis (ver Figura 1.3) são peças lineares (barras prismáticas) fabricados com chapas de
aço de espessura entre 1.2 e 6.4mm. As configurações geométricas das secções mais comuns
são em U, C, Z, “Hat” e “Rack”.
Os painéis de chapa e chapas perfiladas (ver Figura 1.4) são peças laminares cuja
superfície média é, normalmente, poligonal, são fabricados a partir de chapas de aço com
espessura entre 0.5 e 1.9mm, e são utilizados em lajes mistas de aço-betão ou em estruturas
de suporte de paredes, pavimentos e coberturas.
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
No que diz respeito à produção de elementos estruturais de aço enformados a frio, existem
essencialmente duas tecnologias de fabrico: (i) a laminagem a frio (“Cold Rolling” –
– Figuras 1.5a e 1.5b) e (ii) a quinagem (“Press braking” – Figura 1.6).
4
INTRODUÇÃO
A laminagem a frio é o processo de fabrico mais correntemente utilizado, pois conduz a uma
produção sistematizada, normalizada e extremamente eficiente. Utiliza-se sempre que se
pretendem atingir grandes quantidades de produção e perfis com elevada complexidade.
Por outro lado, a quinagem é um processo menos industrializado e por isso essencialmente
utilizado para a realização de secções relativamente simples e associado a pequenas
quantidades de produção.
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Como se referiu anteriormente, o comportamento estrutural dos perfis de aço enformados a frio
é bastante complexo e susceptível a um certo número de fenómenos, os quais se citam em
seguida:
c) Empenamento, que afecta diversos tipos de secção de parede fina aberta quando
sujeitas a torção. Tal como referido por Prola [1.1], o tipo de condições de fronteira de
uma barra relativamente a este modo de deformação, têm grande influência na sua
resistência mecânica (ver Figura 1.7).
6
INTRODUÇÃO
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Esta dissertação tem como principal objectivo produzir um trabalho de análise, síntese e
sistematização sobre as regras de dimensionamento e verificação de segurança estipuladas no
Eurocódigo 3 (Parte 1.3) de elementos de aço enformados a frio. Pretende-se apresentar um
conjunto de algoritmos de cálculo necessários à obtenção das resistências de secções e barras
de aço de parede fina enformadas a frio, com as diversas variantes e abordagens presentes nas
várias versões [1.10-1.14] do Eurocódigo 3.
8
INTRODUÇÃO
Em virtude do presente trabalho ser muito vocacionado para a explicação das regras
regulamentares do EC3-1-3, por vezes um pouco complexas e de difícil compreensão,
adoptou-se uma abordagem que consiste em apresentar em anexo tudo o que se considere um
pouco excêntrico relativamente aos conceitos principais (descrito no corpo desta dissertação).
Assim, existem alguns anexos cujo conteúdo resumido se expõe de seguida. No Anexo A
descreve-se a metodologia proposta pelo Eurocódigo para o cálculo aproximado de
propriedades de secções, acrescentando algumas fórmulas e possíveis correcções. Nos Anexos
B, C e D apresentam-se expressões analíticas para o cálculo de propriedades geométricas de
secções abertas compostas por três paredes (i.e., sem reforços), cinco paredes (i.e., com
reforços de extremidade simples) e sete paredes (i.e., com reforços de extremidade duplos),
respectivamente. Finalmente, no Anexo E apresenta-se um exemplo ilustrativo bastante
desenvolvido com todos os resultados parciais envolvidos na verificação de segurança à
encurvadura de uma barra composta por uma secção de aço de parede fina enformada a frio
sujeita a flexão desviada com compressão.
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
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CONCEITOS TEÓRICOS
CAPÍTULO 2
2. CONCEITOS TEÓRICOS
2.1. RESUMO
Uma estrutura sujeita a um sistema de forças exteriores exibe uma configuração de equilíbrio
caracterizada pelos valores dos deslocamentos dos seus pontos. O comportamento da
estrutura, após sofrer uma “perturbação” causada por uma pequena acção exterior (arbitrária),
permite avaliar a estabilidade da sua configuração de equilíbrio. A configuração de equilíbrio
diz-se: (i) “estável” se a estrutura regressar à sua posição inicial após cessar a perturbação; (ii)
“instável” se nunca regressar à sua posição inicial; (iii) “neutro” se mantiver a sua posição
independentemente da acção.
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
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CONCEITOS TEÓRICOS
(ii) Ocorrência de um ponto limite, i.e., de um ponto onde a trajectória de equilíbrio (não
linear) tem derivada nula. Se a carga for aumentada, a estrutura “passa”,
dinamicamente, para uma configuração de equilíbrio afastada (ver Figuras 2.4 e 2.5).
Este fenómeno designa-se por instabilidade por ponto limite ou instabilidade por “snap-
through”.
(a) (b)
Figura 2.4 – Estruturas sujeitas a instabilidade por “snap-through”: (a) arco abatido (h/l <<1); (b) calote esférica.
(i) Das coordenadas do ponto de bifurcação (em particular da ordenada, designada por
“carga de bifurcação”);
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(ii) Da configuração deformada exibida pela estrutura quando ocorre a bifurcação (“modo
de instabilidade”);
O comportamento estrutural e a resistência última de barras com secção de parede fina aberta
(colunas, vigas e colunas-viga) são fortemente afectados pela ocorrência de diversos
fenómenos de instabilidade de natureza geometricamente não linear. Esses fenómenos de
instabilidade podem ser de dois tipos:
No que diz respeito ao comportamento de estabilidade, uma barra com secção de parede fina
pode ser classificada de acordo com o seu comprimento:
(i) “Barra curta” (“Secção” ou “Célula”), se a instabilidade ocorrer num modo local.
(ii) “Barra longa”, se a instabilidade ocorrer, essencialmente, num modo global.
14
CONCEITOS TEÓRICOS
Esta subdivisão em dois tipos de análise deve-se essencialmente ao facto de, do ponto de vista
prático, não ser necessária a caracterização integral do comportamento de pós-encurvadura do
elemento, bastando para isso os resultados de uma análise linear de estabilidade
(e.g., conceito de largura efectiva). Na análise linear de estabilidade (ALE), admite-se que a
barra é geometricamente perfeita (“ideal”) e, em rigor, é necessário resolver um problema de
valores próprios (tensões de bifurcação) e funções próprias (modos de instabilidade). No
entanto, numa grande maioria dos casos, o campo de deslocamentos da barra é discretizado
num certo número de graus de liberdade e, então, é-se conduzido a um problema de valores e
vectores (em vez de funções) próprios. Na análise não linear de estabilidade (ANLE), a
determinação da trajectória de equilíbrio (comportamento de pós-encurvadura) obriga,
invariavelmente, ao recurso a técnicas numéricas relativamente sofisticadas (métodos
incrementais-iterativos).
Finalmente, refere-se que os fenómenos de estabilidade podem ocorrer tanto em fase elástica
como em fase elasto-plástica. No entanto, e dada a elevada esbelteza que caracteriza os
elementos estruturais do aço enformados a frio, estes fenómenos ocorrem quase sempre em
regime elástico (a plasticidade surge apenas na fase avançada de pós-encurvadura).
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(a) (b)
Figura 2.7 – (a) Instabilidade bifurcacional e (b) configuração adjacente.
Tal como referido anteriormente, do ponto de vista da estabilidade, uma barra composta por
uma secção de parede fina aberta, está sujeita a fenómenos de instabilidade globais (secção
16
CONCEITOS TEÓRICOS
sofre movimentos de corpo rígido) e locais (secção sofre movimentos que envolvem distorção
das suas paredes entre si). Por uma questão de simplicidade da exposição, estes fenómenos de
instabilidade são usualmente apresentados em separado; no entanto, eles não são
independentes uns dos outros (nomeadamente, pela ocorrência de modos mistos) e
relacionam-se em função (i) do comprimento da barra, (ii) da forma e dimensões da sua
secção transversal e (iii) das condições de fronteira, i.e., das restrições aos deslocamentos e
rotações que existem nas secções (externas e/ou interiores).
Actualmente, a utilização de programas de cálculo numérico torna possível analisar uma barra
deste tipo, focando simultaneamente todos os aspectos que influenciam a estabilidade elástica
da secção (valor da tensão crítica de bifurcação e forma do correspondente modo de
instabilidade). A forma mais genérica de apresentar o comportamento de estabilidade de uma
determinada secção consiste em mostrar a sua curva de estabilidade, a qual permite visualizar
a variação tensão de bifurcação σb com o comprimento a da barra. Nas Figuras 2.8a-2.8c,
apresentam-se qualitativamente curvas de estabilidade relativas ao comportamento de vigas
com secção em C com reforços de extremidade com três espessuras diferentes, que descrevem,
qualitativamente, a variação do “coeficiente de encurvadura” kσ, com a tensão de bifurcação
σb através da expressão:
2
π2 ⋅ E ⎛h⎞
σb = k σ ⋅ 2
⋅⎜ ⎟ (2.1)
12 ⋅ (1 − ν ) ⎝ t ⎠
Qualquer uma das curvas apresenta dois mínimos locais. Enquanto o primeiro mínimo local
(para comprimentos curtos) corresponde a uma bifurcação no Modo Local de Placa (MLP), o
segundo mínimo (para comprimentos intermédios) está associado à bifurcação no Modo
Distorcional (MD). Para barras longas, existe sempre um último troço “descendente associado
a uma bifurcação no Modo Global de Flexão-Torção (MGFT), correntemente designado de
Modo Global de Instabilidade Lateral. Para o caso particular de uma barra com secção em C
submetida a flexão (viga) ou a compressão uniforme (coluna), apresentam-se na
Figura 2.6 [2.1] os modos de instabilidade relevantes: (i) modo local de placa (MLP), (ii) modo
distorcional (MD), (iii) modo global de flexão (MGF) e (iv) modo global de flexão-torção
(MGFT). Uma análise mais cuidada das curvas de estabilidade representadas nas
Figuras 2.8a-2.8c permite concluir que:
(i) Dependendo da espessura da chapa, o modo de instabilidade crítico pode variar. Assim
para:
- t=t1, o valor da “tensão critica local” σcrit (i.e., de kcrit) está associado à ocorrência
do MLP;
- t=t3, o valor da “tensão critica local” σcrit (i.e., de kcrit) está associado à ocorrência
do MD;
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
- t=t2, o valor da “tensão critica local” σcrit (i.e., de kcrit) pode estar associado à
ocorrência quer do MLP como do MD. É para este tipo de situações que podem
ocorrer fenómenos de interacções entre modos locais (Local de placa vs.
Distorcional);
Figura 2.8a – Variação do valor de kσ com a relação (aLG/h): t=t1 < t2 < t3
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CONCEITOS TEÓRICOS
Apresenta-se, em seguida, uma descrição sumária das características de cada um dos tipos de
modos de instabilidade identificados:
• Os bordos longitudinais internos (i.e., que unem duas paredes adjacentes) sofrem
apenas rotações, não tendo qualquer movimento de translação, conforme mostram
as Figuras 2.6a e 2.6d.
• A deformação das secções deve-se, exclusivamente, à flexão das paredes internas
(as paredes externas têm um bordo livre e, por isso, sofrem, sobretudo,
deslocamentos de corpo rígido).
• Tal como para placas cuja relação comprimento/largura é superior a 4 (“placas
longas”) submetidas a compressão uniaxial, o MLP exibe semi-comprimentos de
onda longitudinais da mesma ordem de grandeza da largura da placa. Deste modo,
as paredes da barra apresentam a configuração “ondulada” representada na
Figura 2.9, respeitante a um troço de coluna (barra submetida a compressão
uniforme) com secção tubular quadrada.
• As condições de fronteira da barra apenas afectam a configuração do MLP junto
das extremidades, não alterando significativamente o seu andamento global.
Análise de Estabilidade
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Figura 2.9 – Configuração do MLP num troço de coluna com secção tubular quadrada.
Figura 2.10 – Modelo estrutural para estudar a instabilidade no MLP (secção em C).
Dificuldades
Em metodologias que tratam a secção como um todo (eg., MEF, MFF, GBT) nem
sempre é fácil identificar o MLP nas curvas de instabilidade, na medida em que:
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CONCEITOS TEÓRICOS
(a) (b)
Figura 2.11 – Configurações (a) indeformada e (b) do MD num troço de coluna em C.
Análise de Estabilidade
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DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Dificuldades
Em metodologias que tratam a secção como um todo (eg., MEF, MFF, GBT) nem
sempre é fácil identificar o MD nas curvas de instabilidade, na medida em que, pode
não apresentar um mínimo do parâmetro de carga, mesmo quando os associados ao
MLP e aos modos globais sejam claros. Por outro lado, em secções muito reforçadas,
isto é, com vários reforços de extremidade e intermédios, podem ocorrer vários tipos de
MD e nem sempre é fácil distinguir os correspondentes mínimos locais da curva de
estabilidade.
São exemplos “clássicos” da ocorrência deste tipo de modos, (i) a encurvadura, por
flexão em tomo de um eixo principal central de inércia, da “coluna de Euler” e
(ii) a instabilidade lateral, por flexão em torno do eixo de menor inércia e torção, de
vigas (barras flectidas). Em geral, para os perfis laminados a quente, são estes os modos
de instabilidade condicionantes, razão pela qual, são os mais conhecidos pela maior
parte dos técnicos. Para além destes, existem outros menos conhecidos, em geral
associados a perfis mais esbeltos, como os modos de instabilidade de torção pura de
colunas com baixa rigidez de empenamento (colunas com secção em cantoneira, T e
cruciforme).
22
CONCEITOS TEÓRICOS
Dificuldades
Em geral, é sempre mais fácil identificar os modos globais do que os modos locais, pois
o troço da curva de estabilidade é sempre descendente. No entanto, podem existir
algumas dificuldades na sua identificação, na medida em que podem ocorrer modos
mistos resultantes da interacção dos modos globais com os MLP e/ou MD, podendo ser
difícil de identificar modos globais puros para semi-comprimentos de onda médios a
longos.
Pode considerar-se que a Teoria Linear da Estabilidade teve o seu início com os trabalhos de
Euler [2.1, 2.9] em 1744 sobre a instabilidade global, por flexão, de colunas elásticas
simplesmente apoiadas e submetidas a compressão uniforme. Devido à inexistência de recursos
computacionais eficientes, a esmagadora maioria dos resultados clássicos, tanto exactos como
aproximados, foi calculada por via analítica (solução exacta da equação diferencial de
equilíbrio, métodos de Galerkin ou Rayleigh-Ritz, etc.). No que respeita à instabilidade em
modos que envolvem torção, para além das investigações baseadas no estudo analítico de
torção uniforme publicado por Saint-Venant [2.1, 2.10], em finais do século XIX, a concepção
de uma teoria geral para a instabilidade global de barras com secção de parede fina aberta,
por parte de Vlassov [2.1, 2.11] em 1959, veio permitir o estudo completo da instabilidade por
torção uniforme ou não uniforme, incluindo o efeito do empenamento. Limitações de natureza
computacional impediram a aplicação em larga escala desta teoria geral, o que só viria a
acontecer com o aparecimento e disseminação dos computadores na década de 80.
• Comprimento: L;
• Rigidezes de flexão em torno dos eixos principais centrais de inércia: EI y (maior inércia)
e EI z (menor inércia);
• Rigidez de torção: GI t ;
• Rigidez de empenamento: EI w ;
23
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
A encurvadura da coluna ocorre por uma combinação de torção e flexão desviada, ou seja, a
secção transversal sofre deslocamentos e rotações de corpo rígido como apresentado na
Figura 2.13b.
Figura 2.13b – Coluna comprimida: Deslocamentos sofridos por uma secção arbitrária.
Considere-se ainda que os eixos coordenados estão localizados no centro de corte e não no
centro de gravidade e são paralelos aos eixos centrais principais de inércia, tendo o centro de
gravidade G coordenadas y0 e z0.
V2 ≡ V = U + Ve (2.3a);
L
U=
1
20∫ [ ]
EI y ⋅ w ,2xx + EI z ⋅ v ,2xx + GIt ⋅ φ ,2x + EI w ⋅ φ ,2xx ⋅ dx (2.3b);
L
P
[ ]
Ve = −P ⋅ Δ = − ∫ v ,2x + w ,2x + i02 ⋅ φ ,2x − 2 ⋅ z 0 ⋅ v ,x ⋅ φ ,x + 2 ⋅ y 0 ⋅ w , x ⋅ φ , x ⋅ dx
20
(2.3c);
24
CONCEITOS TEÓRICOS
em que:
• Δ é o encurtamento da coluna;
• I y e I z são os momentos principais centrais de inércia da secção em torno dos eixos de,
respectivamente, maior e menor inércia;
• i0 é o raio de giração polar da secção em relação ao centro de corte, que vem
definido por:
( )
i02 ⋅ A = ∫ y 2 + z 2 ⋅ dA ⇔ i02 = i 2y + i 2z + y 02 + z 02 (2.4)
A
EI z ⋅ v , xxxx + P ⋅ (v , xx − z 0 ⋅ φ , xx ) = 0 (2.5a);
( )
EIw ⋅ φ ,xxxx − GIt ⋅ φ ,xx + P ⋅ i02 ⋅ φ,xx − y 0 ⋅ w ,xx + z 0 ⋅ v ,xx = 0 (2.5c);
⎧ v ⎫ ⎧ C1 ⎫
⎪⎪ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎪⎪ π⋅x
⎨w ⎬ = ⎨C 2 ⎬ ⋅ sen (2.6)
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ L
⎪⎩ φ ⎪⎭ ⎪⎩C 3 ⎪⎭
⎡(PEz − P ) 0 P ⋅ z 0 ⎤ ⎧ C1 ⎫ ⎧0⎫
⎢
⎢ 0 (PEy − P) − P ⋅ y 0 ⎥⎥ ⎪⎨C 2 ⎪⎬ = ⎪ ⎪
⎨0⎬ (2.7)
⎢ P ⋅ z0
⎣ − P ⋅ y 0 i02 ⋅ (Pφ − P )⎥⎦ ⎪⎩C 3 ⎪⎭ ⎪0⎪
⎩ ⎭
onde
π 2 ⋅ EI y
PEy = (2.8a)
L2
π 2 ⋅ EI z
PEz = (2.8b)
L2
1 ⎛ π 2 ⋅ EI w ⎞
Pφ = ⋅ ⎜ GI + ⎟⎟ (2.8c);
i 02 ⎜⎝
t
L2 ⎠
são, respectivamente, a cargas críticas de flexão em torno dos eixo y e z e a carga crítica de
torção em torno do eixo x.
25
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
• C1≠0, C2≠0, C3≠0 se o determinante do sistema for nulo (solução não trivial). Tal
conduz à equação característica,
Esta equação geral pode tomar outras formas mais simplificadas para determinadas condições
de simetria da secção. Analisam-se por isso as seguintes situações: (i) secções sem simetria
(assimétricas), (ii) secções com um eixo de simetria (monosimétricas) e (iii) secções com dupla
simetria (bi-simétricas).
⋅ (PEy + Pφ ) + (P + Pφ ) − 4 ⋅ β ⋅ PEy ⋅ Pφ ⎤
1 ⎡ 2
(Pcr )2 = (2.10c)
2 ⋅ β ⎢⎣ ⎥⎦
Ey
⋅ (PEy + Pφ ) − (P + Pφ ) − 4 ⋅ β ⋅ PEy ⋅ Pφ ⎤
1 ⎡ 2
(Pcr )3 = Pcr ,TF = (2.10d)
2 ⋅ β ⎢⎣ ⎥⎦
Ey
onde
2
⎛y ⎞
β = 1− ⎜⎜ 0 ⎟⎟ (2.10e)
⎝ i0 ⎠
constitui uma constante que inclui o efeito de assimetria da secção em relação ao eixo
y. Como (Pcr)3 toma um valor mais pequeno que (Pcr)2, o valor da carga de flexão-torção
Pcr,TF toma este valor. Assim, o valor da carga crítica é dado por
Caso o eixo z fosse o eixo de simetria (y0=0), então obter-se-ia (paralelamente ao caso
anterior),
Pcr = min{ PEy ; Pcr ,TF } (2.12a)
26
CONCEITOS TEÓRICOS
onde
1 ⎡
⋅ (PEz + Pφ ) − (P + Pφ ) − 4 ⋅ γ ⋅ PEz ⋅ Pφ ⎤
2
Pcr ,TF = (2.12b)
2 ⋅ γ ⎢⎣ ⎥⎦
Ez
2
⎛z ⎞
γ = 1− ⎜⎜ 0 ⎟⎟ (2.12c)
⎝ i0 ⎠
é uma constante que inclui o efeito de assimetria da secção agora em relação ao eixo z.
(P − P )⋅ (P − P ) ⋅ (P − P ) = 0
Ey Ez φ (2.13a)
e as suas soluções são, obviamente, PEy , PEz e Pφ . A carga crítica é fornecida por
Em primeiro lugar, deve notar-se que as expressões apresentadas anteriormente para o cálculo
dos valores de PEy , PEz e Pφ , foram deduzidas para barras simplesmente apoiadas e com
empenamento livre (comprimento de encurvadura igual ao comprimento da barra). Para
diferentes condições de fronteira, e sem perda de generalidade, pode introduzir-se o conceito
de comprimento de encurvadura, o qual corresponde ao comprimento fictício entre pontos de
inflexão do modo de instabilidade em causa. Sendo assim, as equações (2.8) podem ser
rescritas da seguinte forma,
π 2 ⋅ EIy
PEy =
(k y ⋅ L )2
(2.14a)
π 2 ⋅ EI z
PEz = (2.14b)
(k z ⋅ L )2
1 ⎛ π 2 ⋅ EI w ⎞
Pφ = ⋅ ⎜⎜ GI t + ⎟
2 ⎟
(2.14c);
r02 ⎝ (k w ⋅ L ) ⎠
onde ky, kz e kw são factores que permitem ter em conta outras condições de fronteira.
Por outro lado, se a carga P for aplicada fora do centro de massa ter-se-á um caso de
compressão excêntrica. Considerem-se e y e e z as coordenadas y e z do ponto de aplicação da
carga P em relação ao centro de gravidade, respectivamente. A solução do problema é
idêntica à do caso de carga axial concêntrica, mas utilizando novos valores de z0 e y0. Assim,
as constantes de assimetria (β e γ) e o raio de giração polar em relação ao centro de corte (i0)
terão de ser corrigidos. As constantes a utilizar são dadas por [2.5]:
y0 = y0 − e y (2.15a)
z0 = z0 − ez (2.15b)
27
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
2
⎛y ⎞
β = 1 − ⎜⎜ 0 ⎟⎟ (2.15c)
⎝ i0 ⎠
2
⎛z ⎞
γ = 1− ⎜⎜ 0 ⎟⎟ (2.15d)
⎝ i0 ⎠
i0 = i02 + β z ⋅ e y + β y ⋅ e z (2.15e)
onde
1
βy = ⋅ ∫ ( y 2 + z 2 ) ⋅ z ⋅ dA − 2 ⋅ z 0 (2.15f)
Iy A
1
βz = ⋅ ∫ ( y 2 + z 2 ) ⋅ y ⋅ dA − 2 ⋅ y 0 (2.15g)
Iz A
Para além das condições de apoio que também desempenhavam um papel importante na
encurvadura de colunas (barras comprimidas), o cálculo do momento crítico de instabilidade
também é significativamente afectado por outros factores como:
28
CONCEITOS TEÓRICOS
Considere-se a barra da Figura 2.14a (ou Figura 2.14b) com as mesmas características e
condições de fronteira (equações 2.2) que as da coluna estudada anteriormente
(Figura 2.13a). A instabilidade lateral da viga ocorre por uma combinação de torção e flexão
desviada, ou seja, a secção transversal sofre deslocamentos e rotações de corpo rígido como
apresentado na Figura 2.15.
V2 ≡ V = U + Ve (2.16a)
L
U=
1
20∫ [ ]
EI y ⋅ w ,2xx + EI z ⋅ v ,2xx + GIt ⋅ φ ,2x + EI w ⋅ φ ,2xx ⋅ dx (2.16b)
L
[ ]
Ve = M ∫ φ ⋅ v ,xx + w ,xx + β y ⋅ φ,2x ⋅ dx (2.16c)
0
29
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
EI y ⋅ w , xx = −M (2.17a)
EI z ⋅ v , xx = −M ⋅ φ (2.17b)
GI t ⋅ φ ,x − EI w ⋅ φ, xxx = M ⋅ v ,x − M ⋅ β y ⋅ φ ,x (2.17c)
com
m = − a + a2 + b (2.18c)
n = a + a2 + b (2.18d)
GIt
a= (2.18e)
2 ⋅ EI w
30
CONCEITOS TEÓRICOS
M2
b= (2.18f)
EIz ⋅ EIw
⎧ A ⋅ sen(m ⋅ L ) + 2 ⋅ D ⋅ senh(n ⋅ L ) = 0
⎨ (2.19a)
⎩ A ⋅ m ⋅ sen(m ⋅ L ) + 2 ⋅ D ⋅ n ⋅ senh(n ⋅ L ) = 0
2 2
onde
π 2 ⋅ EI z ⎛ π 2 ⋅ EI w ⎞
Mcr = ⋅ ⎜⎜ GI t + ⎟ = i 0 ⋅ PEz ⋅ Pφ
⎟ (2.20b)
L2 ⎝ L2 ⎠
2 2
⎛ β y π 2 ⋅ EI z ⎞ β π 2 ⋅ EI z ⎛ β y PEz ⎞ β P
C βy = 1+ ⎜⎜ ⋅ 2 ⎟ + y⋅ 2
⎟ = 1+ ⎜ ⋅
⎜ 2 M ⎟
⎟ + y ⋅ Ez (2.20c)
⎝ 2 L ⋅ Mcr ⎠ 2 L ⋅ Mcr ⎝ cr ⎠
2 Mcr
⎡β ⎤ ⎡β ⎤
GI ⋅ (k ⋅ L ) ⎛ k z
2 2 2
π 2 ⋅ EIz ⎛ βy ⎞ 2
⎞ Iw ⎥ ⎛ βy ⎞ P
⋅⎢ ⋅⎢ ⎟ + i02 ⋅ φ ⎥
y y
M cr = + ⎜⎜ ⎟ + t 2 z
⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ = PEz + ⎜⎜ ⎟ (2.20f)
(k z ⋅ L z )2 ⎢ 2 ⎝2 ⎠ π ⋅ EIz ⎝kw ⎠ Iz ⎥ ⎢ 2 ⎝2 ⎠ PEz ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
31
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Tal como referido anteriormente, a posição do ponto de aplicação das cargas transversais
afecta o valor do momento crítico de instabilidade lateral. No caso mais geral, a carga
transversal pode ser aplicada em qualquer ponto no plano da secção. Esse efeito, de difícil
formulação do ponto de vista analítico, é usualmente obtido através de análises numéricas. Os
resultados destas análises servem para calibrar factores inseridos nas expressões de momento
crítico presentes nos regulamentos, como é o caso da expressão geral do Eurocódigo 3
[2.32, 2.33].
Em 1833, foi Saint-Venant [2.1 , 2.10] quem primeiro estabeleceu a equação diferencial que
traduz o equilíbrio de uma placa numa configuração adjacente. A tensão crítica elástica de
uma placa rectangular com condições de apoio e de carregamento simples pode ser obtida
recorrendo a formulações analíticas. No caso de situações mais complexas de apoio e de
carregamento é, em geral, necessário recorrer a metodologias aproximadas analíticas ou
numéricas. Até meados da década de sessenta, a maior parte dos resultados foram obtidos por
métodos analíticos aproximados, já que os recursos computacionais eram escassos e pouco
eficientes. Dos diversos métodos utilizados refiram-se os métodos das Diferenças Finitas e de
Galerkin (equação diferencial de equilíbrio) ou o método de Rayleigh-Ritz (energia potencial).
Com o elevado acréscimo da capacidade de cálculo dos computadores, desenvolveram-se
metodologias numéricas, que sendo aproximadas na sua génese, através da existência de
discretizações muito refinadas, se podem considerar “exactas”. Este é o caso dos Métodos dos
Elementos Finitos (MEF) e das Faixas Finitas (MFF), os quais contribuíram para que o número
de problemas analisados aumentasse significativamente. De referir, que a maior parte dos
elementos finitos (ou as faixas finitas) são formulados por meio de algumas das metodologias
analíticas referidas anteriormente.
Considerando que os bordos da placa são simplesmente apoiados (os deslocamentos são
nulos e as rotações são livres segundo o eixo dos bordos), as condições de fronteira são
U = Uf + u V = Vf + v W = Wf + w = w (2.22)
N fx = −σ ⋅ t N fy = N fxy = 0 (2.23)
C ⎡ 2 1− υ
⋅ (u, y + v , x ) ⎥ ⋅ dA +
2⎤
V2 = UN2 + UM2 = ∫
2 A⎣⎢u, x + v ,2y + 2 ⋅ υ ⋅ u, x ⋅ v ,y +
2 ⎦
1
[ ]
+ ∫ N fx ⋅ w ,2x + N fy ⋅ w ,2y + 2 ⋅ N fxy ⋅ w , x ⋅ w , y ⋅ dA +
2A
D
[ ]
+ ∫ w ,2xx + w ,2yy + 2 ⋅ υ ⋅ w , xx ⋅ w , yy + 2 ⋅ (1 − υ) ⋅ w ,2xy ⋅ dA
2A
(2.24a)
33
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
1− υ
C ⋅ ⎢(u, x + υ ⋅ v , y ), x + ⋅ (u, y + v , x ), y ⎥ = 0
⎡ ⎤
(2.24b)
⎣ 2 ⎦
1− υ
C ⋅ ⎢(v , y + υ ⋅ u, x ), y + ⋅ (u, y + v , x ), x ⎥ = 0
⎡ ⎤
(2.24c)
⎣ 2 ⎦
(
D∇ 4 w − N fx ⋅ w , xx + 2 ⋅ N fxy ⋅ w , xy + N fy ⋅ w , yy = 0 ) (2.24d)
(
N fx = C ⋅ U fx + υ ⋅ Vyf ) (2.25a)
N fy = C ⋅ (V y
f
+ υ ⋅ U fx ) (2.25b)
1− υ
N fxy = C ⋅
2
(
⋅ U fy + Vxf ) (2.25c)
N fx , x + N fxy, y = 0 (2.26a)
N fxy, x + N yf , y = 0 (2.26b)
f f f
em que N x , N y e N xy são esforços de membrana na fase de pré-encurvadura. As equações
(2.26a) e (2.26b) não dependem de w, pelo que são independentes e exprimem apenas o
equilíbrio no plano médio da placa. Por esta razão, estas equações não intervêm directamente
na determinação das tensões de bifurcação e respectivos modos de instabilidade. Tal como no
caso das colunas, apenas é necessário considerar a sua influência quando se pretende analisar
o estado de pós-encurvadura. Utilizando as equações (2.26) em conjunto com as condições de
fronteira (2.21) obtém-se a equação diferencial,
D∇ 4 w + σ ⋅ t ⋅ w , xx = 0 (2.27)
cujas soluções exactas, que satisfazem simultaneamente as condições de fronteira (2.21), são
do tipo
∞ ∞
⎛m⋅ π ⋅ x ⎞ ⎛n⋅ π ⋅ y ⎞
w( x; y ) = ∑ ∑ w mn ⋅ sen⎜ ⎟ ⋅ sen⎜ ⎟ (2.28)
m=1 n =1 ⎝ a ⎠ ⎝ b ⎠
⎡ ⎛ m2 n2 ⎞ σ ⋅ t m2 ⋅ π 2 ⎤
2
w mn ⋅ ⎢π 4 ⋅ ⎜⎜ 2 + 2 ⎟⎟ − ⋅ ⎥=0 (2.29)
⎢⎣ ⎝a b ⎠ D a 2 ⎥⎦
34
CONCEITOS TEÓRICOS
• w mn = 0 – trajectória fundamental;
• w mn ≠ 0 – existe um modo de instabilidade com m semi-ondas longitudinais e n semi-
-ondas transversais, ao qual está associada uma tensão de bifurcação σ (bmn) = σ (crmn) ,
cujo valor corresponde ao anulamento de w mn .
2
( mn ) π2 ⋅ E ⎛t⎞
σ = K mn ⋅ ⋅⎜ ⎟
b
( )
2
12 ⋅ 1− υ ⎝ b ⎠
(2.30a)
com
2
⎛ b n2 a ⎞
K mn = ⎜⎜ m ⋅ + ⋅ ⎟⎟ (2.30b)
⎝ a m b⎠
O valor da tensão crítica corresponde ao menor valor de K mn , pelo que tem de se encontrar
uma combinação de valores inteiros de m e n que o minimize. Se o valor de m que minimiza
K mn não é directamente perceptível, no caso de n este valor é claramente n=1 (uma única onda
transversal), pelo que se obtém
2
⎛ b 1 a⎞
K m = K m1 = ⎜ m ⋅ + ⋅ ⎟ (2.31)
⎝ a m b⎠
Se se considerar K m como uma variável continua, o menor valor desta pode ser obtido por:
dK m b2 2 a2 a
=0 ⇔ 2⋅m⋅ 2 − 3 ⋅ 2 = 0 ⇔ m= (2.32)
dm a m b b
pelo que o menor valor de K m é 4. Obtém-se então a expressão que define a tensão crítica de
instabilidade de uma placa simplesmente apoiada,
2
π2 ⋅ E ⎛t⎞
σ cr = ⋅⎜ ⎟
( )
(2.33a)
2
3 ⋅ 1− υ ⎝ b ⎠
⎛π⋅x⎞ ⎛π⋅y⎞
w( x; y ) = sen⎜ ⎟ ⋅ sen⎜ ⎟ (2.32b)
⎝ b ⎠ ⎝ b ⎠
35
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Note-se que as placas que constituem as paredes de colunas e vigas metálicas consideram-se
normalmente placas longas. Como se referiu anteriormente, o comprimento das mesmas não
influencia o valor da tensão crítica. O mesmo não se pode dizer das condições de apoio das
paredes, as quais não são verdadeiramente simplesmente apoiadas mas são elasticamente
restringidas à rotação pelas paredes adjacentes da secção. No entanto, este impedimento à
rotação é quase sempre desprezado uma vez que a sua não consideração conduz a tensões
críticas mais baixas e a soluções de dimensionamento mais conservativas (do lado da
segurança).
36
CONCEITOS TEÓRICOS
Os elementos estruturais de aço enformados a frio podem ser encarados como um conjunto de
placas longas, ligadas entre si por meio dos respectivos bordos longitudinais. Como as placas
longas exibem modos de instabilidade locais de placa (MLP) com semi-comprimentos de onda
da ordem de grandeza da sua largura, a estabilidade linear desses elementos estruturais pode
ser estudada através da análise de um segmento de barra, também designado por “barra
curta”, “secção” ou “célula” com um comprimento semelhante às dimensões da sua secção
transversal (Figura 2.20).
37
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Figura 2.20 – Instabilidade de uma barra em C num MLP. Paralelismo com a instabilidade de placas isoladas.
(a) (b)
Figura 2.21 – Instabilidade no MLP de uma barra com secção em
C submetida a: (a) flexão; (b) compressão uniforme.
38
CONCEITOS TEÓRICOS
Apesar de ter sido abordado nos anos 50 e 60, só a partir do final dos anos 70, a instabilidade
de barras no modo distorcional (MD) começou a ser estudada de forma sistematizada e
consistente. Começou-se por identificar que o MD está associado ao facto de o reforço não ser
suficientemente rígido para impedir o deslocamento de membrana do bordo longitudinal da
parede reforçada (Figura 2.6). Nos anos 80, e sobretudo devido ao trabalho desenvolvido por
Hancock [2.13, 2.14] caracterizou-se em detalhe o MD. No entanto, apenas no princípio dos
anos 90 foram incluídas disposições regulamentares relativas a este fenómeno de instabilidade
característico de secções reforçadas [2.34 – 2.37].
39
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Com o progresso da indústria aeronáutica esta situação alterou-se. De facto, com o estudo
mais aprofundado da estabilidade de cascas e placas, rapidamente se percebeu que, ao
contrário das colunas, a diferença entre a carga crítica elástica e carga última em regime de
pós-encurvadura era significativa e que a sua não consideração conduzia a resultados
excessivamente conservativos (placas) ou não conservativos (cascas).
De acordo com a teoria desenvolvida por Koiter [2.2 , 2.38], com base numa formulação
energética, o andamento da trajectória bifurcada na vizinhança do ponto de bifurcação
40
CONCEITOS TEÓRICOS
λ
= 1 + a ⋅ q + b ⋅ q 2 + ... (2.33)
λ cr
41
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
estrutura imperfeita apresenta uma única trajectória de equilíbrio (curva) não linear que tende
assimptoticamente para as trajectórias fundamental e de pós-encurvadura à medida que ε
tende para 0 (observar Figura 2.24).
A perda de estabilidade da trajectória de equilíbrio de uma estrutura “real” ocorre num ponto
limite, no qual se verifica uma transição entre configurações de equilíbrio estáveis e instáveis
[2.2]. Na apresentam-se as trajectórias “reais” de pós-encurvadura associadas aos
comportamentos de pós-encurvadura ilustrados na Figura 2.23.
A observação das Figuras 2.25a e 2.25c permite concluir que a presença de imperfeições
(ε≠0) faz baixar a “carga de instabilidade” de λcr (bifurcação de equilíbrio) para λlim (ponto
limite). Diz-se, então, que estes comportamentos estruturais exibem “sensibilidade às
imperfeições geométricas”. No caso de trajectórias de equilíbrio associadas a comportamentos
de pós-encurvadura estáveis (ver Figura 2.25b) não há redução da carga crítica de
instabilidade, pelo que se pode dizer que estruturas deste tipo não são “sensíveis às
imperfeições geométricas”. Exceptuando alguns casos particulares (caso da coluna de Euler ou
de uma placa apoiada nos seus bordos sujeitos a compressão uniforme em dois bordos
paralelos), não é possível obter analiticamente as soluções analíticas do comportamento de
pós-encurvadura. Nestes casos, torna-se necessário recorrer a métodos aproximados que
discretizam a estrutura em sub-domínios “regulares” , tais como os métodos dos elementos
finitos (MEF) e das faixas finitas (MFF), já abordados em 2.4.1).
42
CONCEITOS TEÓRICOS
2.4.2.2.a) Barras
Tal como a encurvadura por flexão, os outros fenómenos de instabilidade global de barras,
nomeadamente (i) a instabilidade por flexão-torção de colunas e (ii) a instabilidade lateral de
vigas, exibem habitualmente uma bifurcação simétrica estável e uma resistência de pós-
-encurvadura muito reduzida. Deste modo, carga (momento) crítica de bifurcação fornece uma
razoável estimativa da resistência elástica da barra “perfeita”.
Com excepção da encurvadura por flexão de uma coluna “ideal” submetida a compressão
uniforme (e.g., a coluna de Euler) que constitui um dos raros casos de sistema estruturais
contínuos para os quais é possível obter uma solução analítica “exacta”, a determinação
precisa da trajectória de pós-encurvadura (não linear de equilíbrio) de uma barra requer a
utilização de métodos numéricos (e.g., MEF), os quais podem ser mais ou menos sofisticados.
No caso particular do comportamento global de barras com secção de parede fina, a
obtenção de resultados precisos requer que a formulação dos EFs utilizados e as técnicas
numéricas adoptadas contemplem diversos aspectos, nomeadamente [2.1]:
43
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
2.4.2.2.b) Placas
As equações diferenciais que traduzem o equilíbrio de uma placa “ideal”, em fase de pós-
encurvadura (configuração deformada envolvendo grandes deslocamentos), foram deduzidas
por Von Kárman [2.1, 2.39], sendo mais tarde modificadas por Marguerre [2.1, 2.40], por
forma a introduzir o efeito da presença de imperfeições geométricas iniciais. A obtenção de
soluções analíticas exactas (rigorosas) para esse sistema de equações é bastante complexa,
razão pela qual a consideração da resistência de pós-encurvadura de placas no seu
dimensionamento apenas começa a ser abordada no fim da primeira metade do século XX.
O factos dos bordos longitudinais serem rígidos induz o aparecimento de uma distribuição de
tensões normais transversais (auto-equilibrada) de compressão junto dos apoios e de tracção
na zona central da placa, as quais são as principais responsáveis pelo acréscimo de resistência
de pós-encurvadura. A distribuição das tensões normais longitudinais (nos apoios) tem um valor
máximo instalado nas extremidades dos bordos transversais (junto aos bordos longitudinais).
Esta distribuição não linear e a correspondente concentração de tensões (resistência) na zona
junto dos bordos está intimamente ligada ao conceito de “largura efectiva”.
Considere-se uma placa submetida a compressão uniaxial uniforme e com todos os bordos
simplesmente apoiados e rígidos. As Figuras 2.27 e 2.28 mostram a evolução, com o aumento
do nível de tensão aplicada, da distribuição das tensões instaladas nos bordos transversais, a
qual é uniforme até se atingir a tensão critica, evoluindo, na fase de pós-encurvadura, para
uma distribuição de tensões não linear, com valores baixos na zona central e valores máximos
ao longo dos bordos longitudinais. Pode dizer-se que, do ponto de vista físico, a capacidade
resistente da placa se “concentra” em faixas adjacentes a esses bordos.
44
CONCEITOS TEÓRICOS
Como se referiu anteriormente, é este facto que está por detrás do conceito de “largura
efectiva”. A “Largura Efectiva” (beff) constitui um parâmetro alternativo para caracterizar o
comportamento de uma placa na fase de pós-encurvadura, foi proposto por Von Kárman
[2.2, 2.41] em 1932 e pode ser definido como “... a largura de uma placa fictícia sujeita a
uma distribuição uniforme de tensões, de valor σ e e estaticamente equivalente à distribuição
de tensões efectivamente instalada na placa ...” [2.2]. A determinação de beff, ilustrada na
Figura 2.29, pode ser efectuada através de
b
σ e ⋅ b eff = ∫ σ x ( y ) ⋅ dy = σ m ⋅ b com σ e = 2σ m − σ cr ( > 0 se compressão) (2.34)
0
onde σx(y) é a distribuição das tensões normais instaladas no bordo transversal, de largura b, e
σm é o respectivo valor médio.
A distribuição de tensões σx(y) é não linear e, à partida, apenas pode ser determinada por
recurso a uma análise de pós-encurvadura da placa. Este problema foi também resolvido por
Von Kárman [2.2, 2.41], o qual propôs um critério de resistência semi-analítico com grande
45
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(i) Igualar a tensão máxima instalada na placa real (σe) à tensão critica de uma placa
fictícia de largura beff o que conduz à relação
b eff σ cr
= (2.35)
b σe
(ii) Admitir que o colapso da placa ocorre quando σ e = fy , onde fy é a tensão de cedência
do aço que constitui a placa. Deste modo, tem-se:
⎛b ⎞ σ cr 1
ρ = ⎜ eff ⎟ = ≡ ≤1 (2.36)
⎝ b ⎠ colapso fy λp
Alguns anos mais tarde, baseado num elevado número de resultados experimentais,
incorporando implicitamente a influência das imperfeições e de tensões residuais, Winter
[2.1, 2.42] propôs a modificação da fórmula de Von Kárman (2.35) para a seguinte forma
b eff σ cr ⎛ σ cr ⎞
ρ= = ⋅ ⎜1 − 0.25 ⋅ ⎟ (2.37)
b σe ⎜ σ ⎟
⎝ e ⎠
⎛b ⎞ σ cr λ p − 0.25
ρ = ⎜ eff ⎟ = ≡ (2.38)
⎝ b ⎠ colapso fy λ2p
O coeficiente 0.25, proposto por Winter, foi mais tarde alterado para 0.22 [2.1, 2.42] para
obter um melhor ajuste aos resultados experimentais. Com esta alteração, a fórmula (2.38) tem
sido incluída na grande maioria dos regulamentos de construção metálica (e.g., o
Eurocódigo 3 [2.34, 2.35]). Apesar da mudança do coeficiente, a expressão (2.38) é
frequentemente referida, e com justiça, como “fórmula de Winter”. As curvas de
dimensionamento associadas aos diversos critérios referidos anteriormente estão apresentadas
na Figura 2.30.
Apesar de ter sido proposto para placas simplesmente apoiadas submetidas a compressão
uniforme como as apresentadas nas Figuras 2.16 e 2.27, o critério subjacente à expressão
(2.38) mostrou-se ser válido também para placas sujeitas a outras condições de apoio e de
carregamento. A sua aplicação, nesses casos, consiste tão simplesmente em calcular o valor de
λ p , fazendo intervir o valor de σ cr associado ao problema em análise (com influência das
condições de apoio e tipo de carregamento), através da expressão
2
π2 ⋅ E ⎛t⎞
σ cr = k σ ⋅ ⋅⎜ ⎟
( )
(2.39)
2
12 ⋅ 1 − υ ⎝b⎠
46
CONCEITOS TEÓRICOS
Tal como sucedia no caso da Análise Linear de Estabilidade (ALE) (ponto 2.4.1.4), o estudo do
comportamento de pós-encurvadura de secções que instabilizam em modos “locais” (MLP e
MD) é efectuado com base em modelos de placas inter-ligadas através dos bordos
longitudinais (“folded-plate models”, na designação anglo-saxónica). Este facto explica a razão
pela qual existe um grande número de trabalhos que abordam, conjuntamente, o
comportamento geometricamente não linear de placas isoladas e secções (várias placas inter-
ligadas). Comparativamente à análise das placas isoladas, o estudo do comportamento de
pós-encurvadura de secções requer a consideração adicional de aspectos ligados
(i) à compatibilidade de deslocamentos e rotações e (ii) ao equilíbrio de forças e momentos, ao
longo dos bordos longitudinais intemos [2.1]. Contrariamente à ALE de secções, o estudo do
comportamento de “pós-encurvadura” de secções é bastante mais complexo. Por exemplo, a
uma compatibilidade exacta entre deslocamentos transversais de membrana e de
empenamento nos cantos da secção impede que a versão semi-analítica do Método das Faixas
Finitas possa ser utilizada rigorosamente em análises de pós-encurvadura. À semelhança das
ALE’s, a associação de elementos finitos ou faixas finitas (com funções b-spline) não lineares a
técnicas numéricas incrementais-iterativas específicas para analisar problemas que envolvem
grandes deslocamentos, permitiu que se investigasse um elevado número de problemas.
47
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
do conjunto banzo-reforço, o EC3 utiliza o conceito de “espessura reduzida” das chapas deste
conjunto.
Tal como referido anteriormente, em geral, os fenómenos de instabilidade podem ocorrer tanto
em fase elástica como em fase elasto-plástica; no entanto, dada a elevada esbelteza que
caracteriza os elementos estruturais do aço enformados a frio, estes fenómenos ocorrem quase
sempre em regime elástico (a plasticidade surge apenas na fase avançada de pós-
encurvadura). Por essa razão, considera-se que a ruptura destes elementos ocorre quando se
verifica um valor de tensão igual ao da tensão limite de proporcionalidade (“tensão de
cedência”) do material, embora alguns regulamentos (e.g., o Eurocódigo 3 [2.32–2.35]),
incluam disposições que permitem considerar a presença de tensões superiores à de cedência,
mesmo que apenas nas fibras traccionadas. A actual regulamentação de estrutura metálicas
[2.32-2.37] toma em consideração os fenómenos de interacção entre modos de instabilidade
de uma forma indirecta, no âmbito da verificação de segurança em relação a estados limites
últimos.
48
CÁLCULO DE PROPRIEDADES DE SECÇÕES
CAPÍTULO 3
3.1. RESUMO
• Dimensões medidas pelo exterior da secção (hg, bg1, bg2, cg1, cg2, dg1, dg2)
• Espessura (tg)
• Raios de dobragem interiores (r1, r2, r3, r4)
• Ângulos formados entre as paredes da secção (α1, α2, α3, α4)
49
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
bg2 bg2
cg2
cg2
r2 r4 r2 r4
180-α4 180-α4
r6 r6
dg2 dg2
tg tg
hg
hg
dg1 dg1
r5 r5
r1 r3 180-α3 180-α3 r3 r1
cg1
cg1
bg1 bg1
No que diz respeito ao material constitutivo das secções enformadas a frio, o Eurocódigo 3
[3.7; 3.8] considera as seguintes propriedades e factores de segurança:
No entanto, existem outras propriedades igualmente importantes que variam conforme o tipo
de aço e processo de enformagem. Entre estas, sublinham-se as seguintes:
Tal como descrito em 1.2.3, o processo de fabrico das secções de parede fina enformadas a
frio conduz à ocorrência de endurecimento nas zonas das dobras (cantos da secção), o que faz
aumentar a tensão de cedência média da secção. Assim, é usual tirar partido deste
“enrigecimento” do aço no dimensionamento das barras e, por isso, utiliza-se um valor médio
50
CÁLCULO DE PROPRIEDADES DE SECÇÕES
da tensão de cedência do aço (fya), cujo valor é superior à tensão de cedência base do aço (fyb).
O valor da tensão de cedência média do aço pode ser obtido por
k ⋅ n ⋅ t 2 fu + fyb
fya = fyb + ( fu − fyb ) ⋅ ≤ (3.1)
Ag 2
onde
• A g é a área de secção bruta.
Finalmente refere-se que em barras onde não seja passível a ocorrência de fenómenos de
instabilidade local, pode utilizar-se o valor da tensão de cedência média ( fya ) em vez da tensão
de cedência base (fyb).
3.2.3. Limitações
51
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Entende-se por secção bruta a secção que não é corrigida por forma a ter em conta fenómenos
de instabilidade local e/ou distorcional. Como se referiu anteriormente, e devido à existência
das zonas de dobragem (cantos), a geometria das secções de aço enformadas a frio é
complexa e existem algumas formas de obter uma geometria aproximada, apenas com partes
rectas (paredes planas). O cálculo aproximado baseia-se numa linearização por troços rectos
da linha média da secção. O EC3-1-3 [3.8] apresenta duas formas de obtenção desta secção
aproximada:
Secção bruta idealizada (“idealised gross cross-section”) − A intersecção das linhas médias
dos troços rectos (paredes) conduz à identificação de um conjunto de pontos A nas zonas dos
cantos da secção (ver Figura 3.2). A largura de cada uma das paredes rectas da secção bruta
idealizada corresponde à distância entre dois pontos consecutivos do tipo A. Se as condições
r≤5t e r≤0,10bp forem satisfeitas o EC3-1-3 [3.8] apenas exige a consideração das larguras
idealizadas, obrigando, no entanto, a corrigir por um factor δ (ver 3.3.1) as propriedades assim
obtidas que estejam relacionadas com rigidezes axiais, de flexão e constante de empenamento.
52
CÁLCULO DE PROPRIEDADES DE SECÇÕES
α1 / 2
c1s
2
α1 /
cg1
tg / 2
tg / 2
linha A
média
φ1
tg / 2
φ1
Δ1
b1s Δ1
bg1
tg / 2
α1 / 2
c1 p
2
c1s
α1 /
C
tg / 2
linha B
média
C A
tg / 2
gr1
b1p gr1
b1s
Refere-se ainda que as duas formas de obter as propriedades das secções brutas têm alguma
precedência entre si, como se irá mostrar mais adiante. Com o objectivo de ilustrar as
definições apresentadas anteriormente, descreve-se em seguida, e para o caso das secções em
C e Z mostradas na Figura 3.1, as operações efectuadas para a determinação das dimensões
da secção aproximada.
53
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
No caso da secção bruta idealizada (ver Figura 3.2 e 3.4), os valores da largura bruta
idealizada de cada parede podem ser obtidos através de,
• h s = hg − Δ 1 − Δ 2 • Δ1 = t g 2 ⋅ tan(φ1 ) • φ1 = (180º − α 1 ) 2
• b1s = b1g − Δ1 − Δ 3 • Δ 2 = t g 2 ⋅ tan(φ 2 ) • φ 2 = (180º − α 2 ) 2
• b 2 s = b 2g − Δ 2 − Δ 4 • Δ 3 = t g 2 ⋅ tan(φ 3 ) • φ 3 = (180º − α 3 ) 2
• c1s = c1g − Δ 3 − Δ 5 • Δ 4 = t g 2 ⋅ tan(φ 4 ) • φ 4 = (180º − α 4 ) 2
• c 2 s = c 2g − Δ 4 − Δ 6 • Δ 5 = t g 2 ⋅ tan(φ 5 ) • φ 5 = (180º − α 5 ) 2
• d1s = d1g − Δ 5 • Δ 6 = t g 2 ⋅ tan(φ 6 ) • φ 6 = (180º − α 6 ) 2
• d 2 s = d 2g − Δ 6 (3.3)
b2s b3s
cg2
c2s
c2s
d2s b4s
hs
hs
d1s b1s
c1s
c1s
b1s b2s
No caso da secção bruta nominal (ver Figuras 3.3 e 3.5), os valores da largura bruta
nominal de cada parede podem ser obtidos através de,
54
CÁLCULO DE PROPRIEDADES DE SECÇÕES
b2p b2p
c2p
c2p
d2p d2p
hp
d1p d1p
c1p
c1p
b1p b1p
O anexo C do EC3-1-3 [3.8] fornece uma forma aproximada e expedita para o cálculo das
propriedades da secção (área, inércias, constante de empenamento). As fórmulas necessárias
encontram-se no anexo A do presente documento.
Caso a influência dos cantos curvos não seja elevada, é possível obter as propriedades da
secção a partir da secção bruta idealizada corrigidas por factor dado por,
∑r m
δ = 0.43 ⋅ m
(3. 5)
∑b k
p,k
onde
• rm é o raio interno do elemento curvo m.
• bp,k é a largura do elemento plano k para uma secção idealizada.
55
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
• Iu,s e Iv,s são os momentos principais centrais de inércia da secção idealizada (com
cantos rectos).
• Iw,s é a constante de empenamento da secção idealizada (com cantos rectos).
3.3.2. Tensões axiais associadas a esforços máximos na secção bruta (sem instab.)
A escolha do tipo de secção bruta a adoptar (idealizada ou nominal) tem uma implicação
directa nos valores das tensões normais devidas aos esforços internos na barra. Em função da
geometria e das propriedades da secção, pode obter-se uma distribuição de tensões normais
iniciais dada por (ver Figuras 3.6a e 3.6b)
N Mu M
σ= + u− v v (3. 7)
A Iu Iv
É com base nesta distribuição de tensões normais que se classifica a secção e se calculam as
larguras efectivas das paredes da secção, como se verá adiante no capítulo 4.
σ0;13 Mv σumax Mv
σ5b;8a Mv σσ2b;11a
Mv
2a;11b
σumin Mv σ5a;8b Mv
Mv
cg.p σcg.p N
0
σ0 N σ0 Mu
σ5b N σ5b Mu
σ2a N N σ2a Mu
σ2b;5a σ2b;5a Mu
5b 5a 2b 2a σvmin N σvmin Mu
Figura 3.6a – Tensões na secção bruta nominal de uma secção em C com reforços simples.
56
CÁLCULO DE PROPRIEDADES DE SECÇÕES
σ0 Mv σ13 Mv
σumin Mv σ8a σ5b σumax Mv
σ2aMv Mv Mv
σ11a σ11b Mv
Mv
σ2b Mv σ8b Mv
σ5a Mv
8a 8b
σ8b σ8b
v σ8a N σ8aMu
Mu
13
σ13 N σ13
cg.p
u σcg.p N
σ0 N σ0 Mu
0
σ5b N σ5b Mu
5a 5b σ5a NN σ5a MuMu
σ2a N σ2a Mu
σ2b N σ2b Mu
2a 2b
σvmin σvmin
Figura 3.6b – Tensões na secção bruta nominal de uma secção em Z com reforços simples.
As características geométricas da secção real (com cantos curvos – ver Figura 3.7) são
calculadas através de métodos analíticos e/ou numéricos exactos ou que estejam associados a
margens de erro muito reduzidas (secção bruta exacta ou “exact gross cross-section”). De entre
os vários métodos existentes, referem-se os seguintes:
As metodologias do tipo b) são bastante interessantes, por serem generalizáveis a qualquer tipo
de secção e, comparativamente aos métodos numéricos, por serem computacionalmente mais
leves. Destas metodologias, merece especial destaque a baseada nas funções TSP [3.2], a qual
permite transformar o integral de linha (ao longo da linha média da secção) num integral de
área, mediante a definição do perímetro da secção e através do teorema de Green.
De referir ainda que o Eurocódigo 3 [3.8; 3.9], ao impor que a obtenção das larguras
efectivasp seja feita com base em larguras do tipo idealizado/nominal, faz perder o interesse em
metodologias “exactas” para obtenção de propriedades efectivasp. Isto deve-se ao facto de os
nós do tipo A ou C, referidos anteriormente, serem nós fictícios que não se encontram em
nenhum ponto da linha média da secção real, o que, caso se pretendesse fazer o cálculo
“exacto” de propriedades, teria como consequências: (i) a distribuição de tensões obtidas na
secção bruta exacta não ter relação directa com os pontos da secção bruta nominal ou
57
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
zcg.e,zsc.e
zcg.e,zsc.e
y y
ysc.e ycg.e
3.5. ORGANIGRAMAS
Optou-se por apresentar o cálculo de propriedades sem correcções posteriores para incluir o
efeito dos cantos curvos na Figura 3.8, considerando essas correcções na Figura 3.8, para que
se possa fazer referência a estas figuras isoladamente para o caso de propriedades de secções
efectivas que partilha com as propriedades de secções brutas bastantes procedimentos.
Os valores b(*)
k .p apresentados nas Figuras 3.8a e 3.8b, podem ser quaisquer das larguras
58
CÁLCULO DE PROPRIEDADES DE SECÇÕES
t ig , ri e α i
hg , b ig , c ig e dig
Δ i e φi
hs , b is , c is e dis
gri
hp , b ip , c ip e dip
rk ≤ 5 ⋅ t g
rk ≤ 0.10 ⋅ b(*)kp ?
, v max .p , umin .p , .p
59
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
A aprox = A s ⋅ (1 − δ)
In.aprox = In.s ⋅ (1 − 2 ⋅ δ)
n = y, z, yz , u, v
∑r m
δ = 0.43 ⋅ m
∑b
k
(*)
kp
60
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
CAPÍTULO 4
4. RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
4.1. RESUMO
(i) Ao nível das secções, reduzindo a resistência destas por forma a ter em conta os
fenómenos de instabilidade local, os quais são condicionados pela deformação das
paredes que constituem a barra. O cálculo desta resistência “reduzida” das secções será
objecto de análise neste capítulo;
(ii) Ao nível da barra, reduzindo a resistência da barra devido a fenómenos de instabilidade
global, os quais são condicionados pelo comportamento da barra integrada num
sistema estrutural. O cálculo desta resistência “reduzida” das barras será abordado no
capítulo 5;
A forma como o Eurocódigo 3 aborda a problemática das secções compactas e das secções
esbeltas e a sua capacidade de desenvolver deformação plástica sem ocorrência de fenómenos
de instabilidade baseia-se no conceito de classificação da secção. O objectivo da classificação
de secções é o de identificar se a resistência e capacidade de rotação das secções pode ou
61
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
não ser limitada por fenómenos de instabilidade local. Deste modo, o EC3 permite definir
quatro classes de secções (observar Figura 4.1), as quais se apresentam de seguida:
1.0
M/My Classe 1
Classe 2
Classe 3 (Mmax≥Mp e R<Rreq) (Mmax≥Mp e R>Rreq)
(My≤Mmax<Mp)
0.5 Classe 4
(Mmax<My)
0
0 2 4 6 8 10
Curvatura / Curvatura Plástica (k/kp)
Figura 4.1 – Curvas momento-curvatura para as diversas classes de secção preconizadas pelo EC3.
A classificação de uma secção é efectuada com base na classificação dos seus elementos
(paredes) comprimidos. Entende-se por elemento comprimido aquele que está submetido a
compressão total ou parcial (e.g., basta que um ponto do elemento esteja comprimido para
que a sua classificação seja obrigatória). Daqui em diante e por simplificação, um “elemento
comprimido” passa a ser designado simplesmente por “elemento”. Assim, a classificação de
uma secção depende dos seguintes parâmetros:
62
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
Os diversos elementos que compõem uma secção (como banzos ou almas) podem ser de
diferentes classes. A classe da secção é sempre a maior classe (i.e., a mais desfavorável) dos
seus elementos comprimidos. A classe de uma barra é sempre a maior classe das suas secções
transversais. Alternativamente, existe a hipótese, menos comum, de classificar a secção listando
as classes dos seus componentes. A classificação nestes moldes, terá eventualmente interesse se
se pretender aplicar o disposto nas alíneas (a), (b) e (c) no final do presente ponto e, que
basicamente permite reduzir a classe da secção, devido à presença de uma tensão máxima
inferior à de cedência ou apenas em função da classe dos banzos.
A classificação de uma secção faz-se classificando os seus elementos comprimidos através dos
Quadros 4.1 e 4.2 (semelhantes às tabelas 5.2 de [4.1] EC3-1-1) a partir dos diagramas de
tensões normais actuantes e de condições limites aí dispostas. A um elemento que não respeite
a condição limite associada a uma determinada classe, deve proceder-se à verificação da
condição relativa à classe seguinte. Por exemplo, são de classe 4 todos os elementos que não
verificarem as condições relativas à classe 3. No caso de secções de aço enformadas a frio,
refere-se que a largura c, tal como está apresentada nos Quadros 4.1 e 4.2, deve ser tomada
como a largura idealizada ou nominal do elemento, de acordo com a metodologia aplicada
(tal adopção assegura total coerência com a posterior determinação de larguras efectivasp e de
propriedades das secções).
Para secções de Classe 4, devem usar-se larguras efectivasp para ter em conta as reduções de
resistência devido ao efeito dos fenómenos de instabilidade local, como disposto no ponto 4.3
do presente documento.
63
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
envolve um diagrama misto N+M e exige o conhecimento a priori dos esforços na secção (ou
pelo menos a sua relação), é também a mais rigorosa pois envolve o diagrama de tensões
normais realmente existente. A segunda abordagem, sendo mais fácil pois não requer o
conhecimento a priori dos esforços N e M, permite ainda uma classificação diferenciada para o
esforço axial e para a flexão. Do ponto de vista do dimensionamento em projecto, será mais
comum adoptar esta segunda abordagem devido à sua facilidade de implementação num
código pois não requer o conhecimento da relação entre N e M. No entanto, a segunda
abordagem constitui claramente uma solução mais conservativa e menos económica que a
primeira abordagem. Neste último caso, a existência simultânea de compressão e flexão é
sempre menos penalizante (a situação mais desfavorável para um elemento é estar submetido a
compressão uniforme e a mais favorável é estar submetido a flexão simples). A consideração
de tensões reais (primeira abordagem) permite, em geral, aumentar os valores limites das
classes dos elementos, quando comparado com os obtidos para distribuições com os esforços
isolados (segunda abordagem). Esta metodologia pode, no entanto, mostrar-se muito laboriosa
para secções que se encontrem na fronteira entre as Classes 2 e 3, pois pode implicar a
utilização de métodos iterativos para a determinação da linha neutra plástica.
Quadro 4.1 – [4.2] EC3-1-1 - Quadro 5.2 (folha 1): Elementos interiores à compressão.
64
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
Em virtude da reduzida espessura das chapas de aço com que são fabricadas as secções
enformadas a frio, estas têm, em geral, paredes com elevadas esbeltezas e por isso são muito
susceptíveis a instabilidades locais. Desta forma, a grande maioria dos elementos estruturais de
aço enformados a frio (analisados neste documento) é, regra geral, de classe 3 ou 4.
Quadro 4.2 – [4.2] EC3-1-1 - Quadro 5.2 (folha 2): Elementos salientes à compressão.
65
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Finalmente, e no que diz respeito à classificação de secções, [4.1] EC3-1-1 insere ainda alguns
casos especiais:
a) Os elementos de classe 4 podem ser tratadas como de classe 3 se as suas esbeltezas forem
inferiores aos valores limites associadas a classe 3 (Quadros 4.1 e 4.2) multiplicados pelo
factor fyb ( γ M0 ⋅ σ com,Ed ) , em que σ com,Ed é a máxima tensão de compressão presente no
elemento obtida de uma análise de primeira, ou eventualmente segunda ordem (ver
cláusula 5.5.2.(9) de [4.2]). No entanto, e para a verificação de segurança à instabilidade
global da barra, os valores limite das esbeltezas para elementos de classe 3 devem ser
obtidos directamente, sem recurso a nenhum tipo de correcção, a partir dos Quadros 4.1 e
4.2 (ver cláusula 5.5.2.(10) de [4.2]).
b) As secções com alma de classe 3 e banzos de classe 1 ou 2, podem ser classificadas como
sendo de classe 2 se se considerar uma alma efectivap de acordo com o art.º 6.2.2.4 de [4.2].
c) Quando a alma for considerada apenas para resistir a esforço transverso e os banzos para
resistir aos momentos flectores e esforço axial, pode classificar-se a secção (classe 2, 3 ou
4) apenas em função da classe dos banzos.
A obtenção de uma secção efectiva e as suas propriedades efectivasp pode ser obtida através
de um procedimento simples (não iterativo) ou através de um procedimento iterativo. O
procedimento simples envolve o cálculo de larguras e propriedades efectivasp iniciais com base
na distribuição de tensões primária. No entanto, e em muito casos, a modificação da secção
bruta para a secção efectiva gera uma distribuição de tensões secundária, a partir da qual se
66
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
Por outro lado, a metodologia de cálculo da secção efectiva para o modo local difere
claramente da metodologia de cálculo da secção efectiva para o modo distorcional. Enquanto
a primeira (local) se baseia no conceito de largura efectiva (a redução é efectuada na
dimensão da largura do elemento), a segunda (distorcional) baseia-se no conceito de
espessura reduzida (a redução é efectuada na dimensão da espessura do elemento). Nas
secções seguintes, abordam-se separadamente os dois procedimentos referidos. Por outro lado,
recorde-se que a classificação da secção é apenas baseada na tensão crítica de instabilidade
local, não dependendo nunca da tensão crítica de instabilidade distorcional. Este facto pode
afectar, de alguma forma, o conceito de classificação para uma secção “reforçada”. Por
exemplo, uma secção “reforçada” pode ser de classe 3 e no entanto ser necessário a
determinação da secção efectiva para a instabilidade distorcional, a qual envolverá apenas
redução da espessura dos reforços.
Embora a classificação da secção possa ser efectuada com base (i) no diagrama de tensões
real (devido a N+M) ou (ii) nos diagramas de tensões individuais de N e de M (classificações
diferenciadas), a determinação da secção efectiva é sempre efectuada com base nos
diagramas de tensões individuais devidos a N e a M. Isto é, se a secção estiver submetida a
flexão uniaxial (M) composta com compressão, devem determinar-se duas secções efectivas,
uma para N e outra para M. Desta forma, e no caso mais geral, as verificações de segurança
de secções de classe 4 requerem o conhecimento dos valores das seguintes propriedades
geométricas:
a) Área efectiva Aeff e excentricidades eNu e eNv. Os valores de Aeff, eNu e eNv são calculados
com base numa secção efectiva obtida com base na secção bruta actuada apenas por
Nc,Ed (compressão). As excentricidades são devidas à mudança do centro de massa da
secção bruta para a secção efectiva. É óbvio que eNu=eNv=0 em secções bi-simétricas,
eNu=0 ou eNv=0 em secções monosimétricas e eNu≠0 e eNv≠0 em secções sem qualquer
simetria.
67
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
b) Módulo de flexão efectivo Weff,u,min. O valor de Weff,u,min é calculado com base numa
secção efectiva obtida com base na secção bruta actuada apenas por Mu,Ed (flexão em
torno do eixo u).
c) Módulo de flexão efectivo Weff,v,min. O valor de Weff,v,min é calculado com base numa
secção efectiva obtida com base na secção bruta actuada apenas por Mv,Ed (flexão em
torno do eixo v).
Desta forma, e no caso mais complexo (flexão bi-axial composta com compressão), é
necessário o cálculo de três secções efectivas.
4.3.1. Secção efectivap para a instabilidade local – cálculo das larguras efectivasp
A primeira etapa na determinação de uma secção efectiva consiste no cálculo da tensão crítica
de instabilidade local σcr.l. Este valor pode ser determinado de duas formas distintas:
a) Exactamente (cláusula 5.5.1(6)-(7) de [4.4] EC3-1-3), recorrendo a métodos numéricos
(método dos elementos finitos de casca [4.17], método das faixas finitas [4.14, 4.15],
teoria generalizada de vigas [4.16]) para obter o valor da tensão correspondente ao
mínimo local da curva σb(L) relativo ao modo de instabilidade local (ver Capítulo 2).
b) Aproximadamente, considerando a tensão crítica local igual à tensão crítica (ou factor
de encurvadura kσ) de cada elemento da secção considerado rotulado nos seus apoios
laterais (cantos da secção) e submetido a um gradiente de tensões definido por ψ. Desta
forma (em alguns casos, bastante conservativa), o valor da tensão crítica local é
diferente de elemento para elemento.
De acordo com o referido anteriormente, e de uma forma mais geral, pode afirmar-se que o
cálculo de uma secção efectiva sujeita a flexão deve seguir as seguintes etapas:
(i) Determinação dos valores de ψ nos elementos paralelos ao eixo de flexão, com base no
diagrama de tensões actuantes devidas a M e nas propriedades brutas da secção.
68
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
(ii) Determinação dos valores das larguras efectivas nos elementos comprimidos paralelos
ao eixo de flexão.
(iii) Determinação dos valores de ψ nos elementos perpendiculares ao eixo de flexão, com
base no diagrama de tensões actuantes devidas a M e nas propriedades de uma secção
constituída pelas (iii1) áreas brutas dos elementos perpendiculares ao eixo de flexão e
(iii2) áreas efectivas dos elementos paralelos ao eixo de flexão (determinadas em (ii)).
(iv) Determinação dos valores das larguras efectivas nos elementos perpendiculares ao eixo
de flexão.
(v) Cálculo das propriedades efectivas relevantes (Weff,y,min e/ou Weff,z,min).
Os pontos (ii) e (iv), que incluem a determinação das larguras efectivas, serão abordados em
detalhe na próxima secção.
No caso de secções sujeitas a compressão uniforme, não existe qualquer gradiente de tensões
na secção e, tem-se sempre ψ=1. Por isso, não é necessário cumprir nenhum dos pontos
referidos anteriormente visto que a distribuição de tensões é constante em toda a secção. No
entanto, e como se referiu anteriormente, pode ser necessário calcular as excentricidades eNu
e/ou eNv devidas à mudança do centro de massa da secção bruta para a secção efectiva,
existente em secções monosimétricas ou sem simetria.
Finalmente, apresentam-se dois comentários. Em estado limite último todo o cálculo de secções
efectivasp não depende da distribuição “real” de tensões, pois fixa-se o valor da máxima tensão
em σmax .Ed = fyb / γ M0 . A distribuição de tensões reais, apenas será relevante em estado limite de
serviço, caso se queira tirar partido da menor redução de propriedades devido aos valores mais
baixos dos esforços em relação aos do estado limite último. Por outro lado, a distribuição
“real” de tensões pode ser utilizada, para verificações ao estado limite último, apenas em casos
em que os estados limites de encurvadura ou de instabilidade lateral não sejam relevantes na
medida em que se vão gerar tensões inferiores ou iguais às de cedência (ver alínea (a) no fim
do ponto 4.2 e ponto 4.3.1.1).
(i) Com base no valor de ψ= σ2/σ1 (relação entre as tensões actuantes nas extremidades
do elemento), calcula-se o valor do coeficiente de encurvadura local da parede kσ. Para
tal, o Quadro 4.4 (elementos interiores) e o Quadro 4.5 (elementos salientes) apresenta
expressões do tipo kσ=kσ(ψ). Note-se que o valor da tensão crítica de instabilidade local
do elemento é obtida através de
2
π2 ⋅ E ⎛ t ⎞
σ cr .k = kσ ⋅ ⋅⎜ k ⎟ (4.2)
12 ⋅ (1− ν ) ⎜⎝ b p.k
2 ⎟
⎠
69
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
compressão uniforme.
(ii) Com base no valor de kσ, calcula-se o valor da esbelteza normalizada local do
elemento (placa), a qual é dada por
bp.k / t k
λ p.k = (4.3a)
28.4ε k σ
onde fyb é a tensão de cedência do aço, bp.k é a largura livre do elemento k e t é a sua
espessura. Esta expressão tem origem numa outra mais geral,
(iii) Com base no valor da esbelteza normalizada local do elemento ( λp ), calcula-se o valor
do factor de redução de largura efectiva (ρ), o qual é dado por
λ p.k − K ρ
ρk = se λ p.k > λ lim
λ2p.k (4.4)
onde (a) Kρ=0.055(3+ψ) e λ lim = 0.673 para elementos interiores e (b) Kρ=0.188 e
λ lim = 0.748 para elementos salientes.
(iv) Com base no valor do factor de redução de largura efectiva (ρ), calcula-se a largura
efectiva da zona de compressão do elemento que é fornecida por
b eff .k = ρ k bk (4.5a)
Para elementos salientes, o anexo D do EC3-1-3 [4.4] apresenta uma metodologia alternativa
que consiste na utilização mista de larguras e espessuras efectivasp como disposto no
Quadro 4.5. Utilizando este método, para além das larguras efectivasp, define-se uma largura
teff que deverá substituir a espessura nula das parcelas inefectivasp em elementos salientes
comprimidos. Com as larguras e/ou espessuras efectivasp definidas por elemento, é então
possível calcular as propriedades efectivasp da secção.
70
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
σcom.Ed.k ⋅ γ M0
λp.red.k = λp.k ⋅ (4.6)
fyb
onde γM0 é factor parcial de segurança do aço para a resistência da secção e σcom.Ed.k é a
tensão de compressão máxima na linha média do elemento k, obtida a partir da distribuição de
tensões devida aos esforços de dimensionamento (NEd e MEd) e limitada a σ max .Ed = fyb / γ M0 nas
fibras extremas da secção. No entanto, este procedimento é iterativo na medida em que obriga
ao cálculo dos valores de ψ obtidos a partir do diagrama de tensões na secção efectiva
determinada no passo anterior (obviamente, no primeiro passo a secção é bruta).
Comparativamente à metodologia normal (utilização de λp ), esta metodologia é menos
conservativa (menos do lado da segurança) mas conduz a um dimensionamento mais
económico (a secção efectiva final é maior do que no caso da utilização de λp ) e é também
mais rigorosa na medida em que se aproxima melhor da solução exacta (dimensionamento
óptimo). Enquanto a metodologia normal com base na utilização da esbelteza normalizada de
placa λp pode ser utilizada em todas as verificações de estabilidade de barras à encurvadura
global, a metodologia baseada na esbelteza reduzida só pode ser aplicada na verificação de
segurança de barras à encurvadura global se os valores de σ com.Ed.k e λ p,red forem calculados
com base em esforços obtidos de análises de 2ª ordem com incorporação das imperfeições
globais da estrutura (ver cláusula 4.4.(5) de [4.5] EC3-1-5). Isto entra parcialmente em
confronto com o ponto 5.5.2.(10) de [4.2] EC3-1-1 onde se diz explicitamente que para
verificação do Estado Limite de Encurvadura só se pode utilizar a esbelteza normalizada de
placa λ p .
onde (i) Kρ=0.055(3+ψ) e λ lim = 0.673 para elementos interiores e (ii) Kρ=0.188 e
λ lim = 0.748 para elementos salientes.
Basicamente, utilizando a equação (4.7), obtêm-se parcelas efectivasp maiores tanto no cálculo
de larguras efectivasp devidas a instabilidade local como distorcional, e uma mais rápida
convergência no caso de instabilidade distorcional.
Em estado limite de serviço, o nível de tensões actuantes é necessariamente inferior ao da
tensão de cedência. Por isso, e caso se queira tirar partido dos valores mais baixos dos esforços
em serviço em relação aos do estado limite último, o Anexo E de [4.5] EC3-1-5 permite utilizar
uma distribuição de tensões associada aos esforços em serviço, substituindo σ com.Ed.k por
σ com.Ed.ser.k (máxima tensão de compressão em serviço na linha média do elemento k) e λp.red.k
71
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
σ com.Ed.ser.k ⋅ γ M0
λ p.ser.k = λ p.k ⋅ (4.8)
fyb
cg2
cg2
r2 r4 r2 r4
α4 180-α4
r6
dg2
tg tg
hg
hg
dg1
α3 r5
180-α3
cg1
r1 r3 r3 r1
cg1
bg1 bg1
(a) (b)
Figura 4.3 – Secções com: (a) reforços de extremidade simples e (b) reforços de extremidade duplos.
Em secções com reforços de extremidade simples (ver Figura 4.3a), a largura efectiva é
fornecida por
c eff = ρ c ⋅ c (4.9)
em vez dos valores fornecidos pelo Quadro 4.4. Em secções com reforços de extremidade
duplos (Figura 4.3b), a largura efectivap dos dois reforços é fornecida por
72
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
onde c é a largura do elemento interior ligado ao banzo (1º elemento do reforço duplo), d é a
largura do elemento saliente ligado ao 1º elemento do reforço duplo e ρ é o factor de redução
de largura efectivap correspondente a cada um. Neste caso particular do reforço duplo,
aplicam-se as regras gerais de [4.5] EC3-1-5 – o factor de redução é obtido através das
equações (4.4) ou (4.7) usando valores de kσ obtidos do Quadro 4.3 caso se trate de um
elemento interior (1º elemento do reforço duplo) e do Quadro 4.4 caso se trate de um
elemento saliente (2º elemento do reforço duplo). Pode ainda utilizar-se o Quadro 4.5 caso se
trate de um elemento saliente e do método disposto no anexo D de [4.4] EC3-1-3.
kσ
73
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Quadro 4.5 – [4.4] EC3-1-3 - Quadro D.1 do anexo D: Elementos salientes comprimidos.
74
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
Tal como na determinação da secção efectivap para a instabilidade local, também neste caso a
segunda opção (procedimento aproximado, mas bastante complexo e moroso) pode ser
adoptada. Seguindo esta via, pode afirmar-se que o cálculo de propriedades efectivasp devido
à instabilidade distorcional inclui diversos procedimentos utilizados no cálculo das larguras
efectivasp para a instabilidade local. A principal diferença ocorre na análise dos banzos
comprimidos com reforços intermédios e/ou de extremidade. No presente trabalho, abordar-se-
-à apenas o caso de banzos com reforços de extremidade (excluem-se os reforços intermédios).
Tal como no caso da definição da secção efectivap para a instabilidade local (cálculo de
larguras efectivasp), também a determinação da secção efectivap para a instabilidade
distorcional (cálculo de espessuras reduzidas) pode ser efectuada num só passo ou em vários
passos (iterações). Embora neste trabalho se tenha implementado ambos os procedimentos, vai
abordar-se em primeiro lugar o procedimento clássico (não iterativo) de [4.4] EC3-1-3 e, em
seguida, explicar a sua extensão ao procedimento iterativo. No entanto, deve afirmar-se desde
já que qualquer dos procedimentos é misto “local-distorcional”, no sentido em que é
necessário calcular as larguras efectivasp em primeiro lugar para a seguir se poder determinar
as espessuras reduzidas. Desta forma, pode afirmar-se que o processo não iterativo de
determinação das espessuras reduzidas baseia-se nas seguintes etapas:
(i) Determinação da secção efectiva para a instabilidade local, isto é, calcular as larguras
efectivas dos elementos da secção de acordo com as regras referidas anteriormente
(secção 4.3.1). A partir deste momento, designa-se por “reforço” ao conjunto composto
pelo reforço de extremidade e pela parte efectiva do banzo junto do reforço de
extremidade (ver Figura 4.4). Note-se ainda que o efeito dos cantos arredondados deve ser
tido em conta utilizando as larguras nominais (hp , b1p , b 2p , c1p , etc.) . Para pequenos valores
de r (raio do canto) podem utilizar-se as larguras idealizadas (hs, b1s, b2s, c1s, etc.) –
– ver 3.3.1.
75
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(ii) Com base nas larguras efectivas calculadas em (i), deve proceder-se à determinação da
rigidez equivalente do “reforço” Kst. Como se referiu anteriormente, o dimensionamento de
elementos à compressão com reforços de extremidade é efectuado assumindo a hipótese
de o elemento (banzo) estar restringido parcialmente ao deslocamento vertical na
extremidade reforçada e à rotação junto à alma. A rigidez de uma mola equivalente
depende das condições de apoio e da rigidez de flexão dos elementos adjacentes, sendo
fornecida por [4.4],
E ⋅ t3 1
K st.i = ⋅ 2 (4.12)
4 ⋅ (1− ν ) y cg.i ⋅ [y cg.i + h ⋅ (1+ k *fi )]
2
⎧ A st.eff .2
⎪ se i = 1
⎪compressão ou flexão em A st.eff .1
⎪torno de um eixo paralelo à alma A st.eff .1
k fi = ⎨ se i = 2 (4.13b)
⎪ A st.eff .2
⎪flexão em torno de um eixo
⎪ 0
⎩perpendicular à alma
e A st.eff .i é a área efectivap do “reforço” i. Note-se que se faz a distinção entre “reforço” 1
ou 2 pois, na grande maioria dos casos, qualquer secção de aço enformada a frio
apresenta dois banzos e dois “reforços” (superior e inferior).
(iii) Após o cálculo da rigidez Kst da mola equivalente, procede-se à determinação da tensão
crítica do “reforço” i elasticamente restringido (σcr.st.i). Este valor é obtido através de
2 ⋅ K st.i ⋅ E ⋅ Ist.i
σ cr.st.i = (4.14)
A st.i
onde (iii1) Kst.i é a rigidez da mola para o “reforço” i, (iii2) Ist.i é o momento de inércia do
“reforço” i em torno do eixo a-a (ver Figura 4.5), (iii3) A st.i é a área do “reforço” i. No caso
mais frequente (“reforços iguais”), obtém-se σcr.st.1=σcr.st.2= σcr.st (tensão crítica distorcional
σcr.d). No entanto, em casos muito particulares (“reforços diferentes”), obtém-se dois valores
σcr.st.1 e σcr.st.2 distintos, podendo:
(a) Atribuir-se a σcr.st (tensão crítica distorcional σcr.d) o menor de ambos os valores σcr.st.1 e
σcr.st.2. Embora tratando-se de uma abordagem conservativa, é a mais correcta na
medida em que existe sempre um dos “reforços” (o mais fraco, i.e., o de menor σcr.st.i)
que faz despoletar a instabilidade distorcional da secção.
76
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
(b) Prosseguir o cálculo com valores distintos para σcr.st.1 e σcr.st.2, como também para as
quantidades a calcular subsequentemente. Esta abordagem, em princípio menos
conservativa, irá conduzir a valores de espessuras reduzidas distintos nos dois
“reforços”.
(v) Com base no valor de λd e numa curva de dimensionamento proposta pelo EC3-1-3 [4.4]
especificamente dedicada à instabilidade distorcional, determina-se o valor do factor de
redução para a instabilidade distorcional χd, fornecido por
⎧1.0 se λd ≤ 0.65
⎪
χ d = ⎨1.47 − 0.723 ⋅ λd se 0.65 < λd < 1.38 (4.16)
⎪0.66 λ se λd ≥ 1.38
⎩ d
(vi) Tendo por base o valor de χd, deve proceder-se à determinação da espessura reduzida do
“reforço” i dada por
t red.i = t i ⋅ χ d ≤ t i (4.17)
(vii) Finalmente, e após o cálculo das larguras efectivas (ponto (i)) e das espessura reduzidas
(ponto (vi)), obtém-se a secção efectivap final para a instabilidade local e distorcional (por
isso se referiu anteriormente que este procedimento é misto “local-distorcional”) e podem
determinar-se as propriedades efectivas da secção (área e/ou módulos de flexão).
Em vez do conceito de espessura reduzida (tred), o EC3-1-3 permite utilizar o conceito de tensão
de cedência reduzida ( χ d ⋅ fyb ) na secção do “reforço”. São conceitos totalmente equivalentes
na medida em que se pode optar por ter o “reforço” (i) com uma espessura reduzida (tred) e
submetido a uma tensão de cedência não reduzida ( fyb ) ou (ii) com uma espessura não
reduzida (t) e submetido a uma tensão de cedência reduzida ( χ d ⋅ fyb ). Do ponto de vista da
resistência, é perfeitamente igual utilizar um ou outro conceito.
Embora a abordagem aqui explicada seja não iterativa (mas a mais conservativa), o EC3-1-3
permite efectuar uma abordagem mais rigorosa na medida em que torna possível efectuar
várias iterações neste processo. Assim, as etapas (i) a (vi) podem ser repetidas iterativamente
em virtude de, no final da etapa (vi) (cálculo das espessuras reduzidas dos “reforços”) existir
uma mudança do centro de massa da secção devido às novas espessuras e, deste modo, o
diagrama de tensões passar a ter uma forma diferente da utilizada na iteração anterior
(designada por “iteração 0”). Após se ter calculado a nova posição do centro de massa da
secção efectiva da iteração 0 e os novos valores do parâmetro ψ baseados no digrama de
tensões, pode proceder-se ao cálculo das novas larguras efectivas dos elementos da secção
77
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(ponto (i) na iteração 1). Com base nas novas larguras efectivas, percorrem-se os passos (ii) a
(vi) na iteração 1 e, assim, sucessivamente. Após efectuadas algumas iterações, os valores das
larguras efectivas e das espessuras reduzidas atingem a convergência desejada e o processo
iterativo termina. Finalmente, procede-se ao ponto (vii), no qual se calculam as propriedades
da secção efectiva final (área e/ou módulos de flexão). Este procedimento iterativo, é
apresentado de uma forma mais pormenorizada no Anexo E.
1
A classificação de uma secção é apenas baseada na tensão crítica de instabilidade local, não dependendo
nunca da tensão crítica de instabilidade distorcional. Por exemplo, uma secção “reforçada” pode ser de classe 3 e
no entanto ter uma secção efectiva inferior à secção bruta por via da redução da espessura dos “reforços”.
78
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
• Para secções assimétricas ou com simetria radial (e.g., secção em Z), os eixos centrais
principais de inércia u-v não têm a orientação do referencial central y-z (y e z são
normalmente paralelos às paredes da secção). A distribuição de tensões normais na
secção bruta para obtenção das propriedades efectivasp deverá ser obtida no
referencial u-v;
• Em secções monosimétricas (e.g., secção em C) de classe 4 submetidas a flexão em
torno do eixo de maior inércia (eixo u) exibem uma distribuição assimétrica de larguras
efectivas. Num procedimento iterativo, a configuração assimétrica da secção efectiva
provoca simultaneamente (i) uma translação do centro de gravidade e (ii) uma rotação
dos eixos principais de inércia em relação aos eixos da secção bruta. Este último efeito
não se encontra explicitamente citado no Eurocódigo nem foi abordado em qualquer
dos elementos bibliográficos pesquisadas. Isso deve-se, muito provavelmente, ao facto
deste efeito não produzir alterações significativas na resistência das secções, pelo
menos na gama de relações geométricas abrangidas pelo Eurocódigo.
O valor de dimensionamento do esforço axial de tracção NEd em cada secção deve satisfazer:
|NEd |
ηNt = ≤ 1.0 (4.18a)
N t.Rd
em que (i) A g é a área de secção bruta, (ii) fya é a tensão de cedência média do material
(ver 3.2.2.1) e (iii) γ M 0 é o factor parcial de segurança para a resistência de secções
(ver 3.2.2). Em secções com furos, o esforço axial resistente de tracção Nt.Rd deve ser obtido de
⎧ A g ⋅ fya ⎫
N t.Rd = min ⎨ ; Fn.Rd ⎬ (4.18c)
⎩ γ M0 ⎭
onde Fn.Rd é a força de resistência última da secção com furos para conectores, a qual depende
do tipo de conector e se obtém ao abrigo do artigo 8.4 de [4.4] EC3-1-3.
79
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
O valor característico do esforço axial resistente de compressão Nc.Rk deve ser obtido por
onde (i) A eff e A g são as áreas efectiva e bruta da secção, respectivamente, (ii) fyb é a tensão
de cedência base do aço (ver 3.2.2.1), (iii) fya−b é uma tensão de cedência ponderada, a qual
permite considerar o acréscimo de tensão, em relação a fyb , associado ao facto da secção
poder desenvolver parcialmente a sua capacidade plástica resistente em virtude dos fenómenos
de instabilidade local estarem ausentes. Note-se que tal só acontece se A eff = A g , isto é, não
existindo qualquer redução da área bruta da secção (secções de classe 3 sem espessuras
reduzidas). Caso contrário (secções de classe 4 ou de classe 3 com espessuras reduzidas), tem-
-se sempre A eff < A g em virtude dos fenómenos de instabilidade local e/ou distorcional
poderem ocorrer. O valor da tensão de cedência ponderada é dado por,
onde λ rel,max é a esbelteza relativa máxima da secção, a qual corresponde ao valor máximo das
esbeltezas relativas de todos os elementos (parede) da secção,
λ rel,max = max k λ rel,k (4.19d)
A esbelteza relativa de cada elemento (parede) λrel corresponde à relação entre (i) a esbelteza
normalizada de cada elemento λp e (ii) a esbelteza limite λ lim do tipo de elemento. Desta
forma, podem adoptar-se as seguintes expressões para o cálculo da esbelteza relativa de um
elemento, dependendo do seu tipo,
⎧ λp
⎪ para elementos interiores (não reforçados)
⎪ 0.673
⎪ λp
λrel = ⎨ para elementos salientes (não reforçados)
⎪ 0.748
⎪ λd
(4.19e)
para elementos reforçados
⎪ 0.650
⎩
Se Aeff=Ag, então os valores da esbelteza relativa λrel de todos os elementos (parede) são
inferiores à unidade (λrel<1) e o valor da esbelteza relativa máxima da secção λ rel,max deverá
ser o valor mais próximo da unidade. O valor de λ rel,max é um indicador da incapacidade da
secção em desenvolver esforços plásticos devido à ocorrência de fenómenos de instabilidade
local e/ou distorcional (quanto mais próximo de 1, mais “incapaz” é a secção). Obviamente, se
λrel<1, então trata-se de (i) uma secção de classe 4 ou (ii) de classe 3 com espessuras
reduzidas.
De salientar ainda que os valores das esbeltezas limite ( λ lim ) para elementos não reforçados,
apresentados anteriormente na expressão (4.19e) (0.673 e 0.748), não correspondem
exactamente aos referidos no EC3-1-3 mas sim aos apresentados na versão definitiva do
EC3-1-5. De facto o EC3-1-3 adopta os valores de esbelteza limite λ lim estipulados na versão
anterior do EC3-1-5 e, de acordo com este, a expressão (4.19e) passaria a tomar a forma,
80
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
⎧ λp
⎪ para elementos interiores (não reforçados)
⎪ 0.5 + 0.25 − 0.055 ⋅ (3 + ψ )
⎪
⎪ λ
⎪ p para elementos salientes (não reforçados)
λ rel = ⎨ 0.673
⎪ (4.19f)
⎪ λ
⎪ d para elementos reforçados
⎪ 0.650
⎪
⎩
Note-se que para ψ=1, ambas as expressões conduzem a λlim=0.673 para elementos
interiores não reforçados. No entanto, existe alguma disparidade entre os valores para
elementos salientes nas expressões (4.19e) (λlim=0.748) e (4.19f) (λlim=0.673).
(i) Art.º 6.2.4.(3) de [4.2] EC3-1-1 – Excepto para furos de grandes dimensões, como
definido em EN 1090, não é necessário considerar o efeito dos furos na resistência de
compressão da secção desde que os mesmos estejam preenchidos por parafusos ou
conectores.
(ii) Art.º 6.2.4.(4) de [4.2] EC3-1-1 – No caso de secções que não sejam bi-simétricas de
Classe 4, deve ter-se em consideração os momentos adicionais ΔMEd = NEd ⋅ eN devidos
à presença de esforço axial de compressão excêntrica em relação ao centro de massa
da secção efectiva (excentricidades e Nu e/ou e Nv ). No caso de existir apenas esforço
axial de compressão numa secção de classe 4 não bi-simétrica, deve ser sempre
efectuada uma verificação à flexão composta.
(iii) Art.º 6.1.3.(3) de [4.4] EC3-1-3 – Quando as excentricidades e Nu e/ou e Nv originarem
um efeito favorável dos momentos adicionais ΔMEd (sinal de ΔMEd contrário ao de MEd),
os seus valores deverão ser (i) desprezados nas verificações de segurança se tiverem sido
calculados para valores de tensão fyb / γ M0 nas fibras extremas e (ii) contabilizados se
tiverem sido calculados para os valores “reais” das tensões nas fibras extremas.
81
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
a) Módulos de flexão associados às fibras extremas da secção, em que Wu,v min e Wu,v max são
os módulos de flexão em torno do eixo u associados, respectivamente, a pontos da secção
com coordenadas v min e v max (ver figura 4.4),
Wu,v min = Iu / v min (4.20a) Wu,v max = Iu / v max (4.20b)
− −
• σ Mcom
u
= σ Mv max
u
⇔ Wu,com = Wu,vmax (4.21c) • σ Mtenu = σ Mv min
u
⇔ Wu,ten = Wu,vmin (4.21d)
+ +
• σ Mcom
v
= σ uMmax
v
⇔ Wv,com = Wv,umax (4.21e) • σ Mtenv = σ uMmin
v
⇔ Wv,ten = Wv,umin (4.21f)
− −
• σ Mcom
v
= σ uMmin
v
⇔ Wv,com = Wv,umin (4.21g) • σ Mtenv = σ uMmax
v
⇔ Wv,ten = Wv,umax (4.21h)
em que:
- σ com e σ ten são, respectivamente, as máximas tensões de compressão e de tracção
para um determinado momento-flector;
- σuMmin
v Mv
e σumax são as tensões nas fibras extremas para momento-flector em torno de v,
associadas, respectivamente, a pontos com as coordenadas umin e umax ;
- σ Mv min
u Mu
e σ v max são as tensões nas fibras extremas para momento-flector em torno de u,
associadas, respectivamente, a pontos com as coordenadas v min e v max ;
- Wu,com e Wu,ten são os módulos de flexão associados, respectivamente, às maiores
tensões de compressão e de tracção, para momento-flector em torno de u;
- Wv ,com e Wv ,ten são os módulos de flexão associados, respectivamente, às maiores
tensões de compressão e de tracção, para momento-flector em torno de v;
82
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
σumax Mv
σuminMv
umin umax
σvmax Mu
vmax
v v
cg u u
vmin
σvminMu
v v
u u
tracção tracção
máxima máxima
σten Mu-
σtenMu-
σtenMu+ σtenMu+
tracção tracção
máxima máxima
v v
u u
compressão compressão
máxima máxima
σcom Mu+
σcom Mu+
Figura 4.7 – Zonas de máxima compressão e tracção em função do sinal dos momentos flectores.
83
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
• Wv = min( Wv,u min ; Wv,u max ) = min( Wv, com ; Wv, ten ) (4.22b)
| M Ed,i |
η c,Mi = ≤ 1.0 (4.23a)
M c.Rk ,i / γ M0
onde (i) Wi,eff e Wi,el.g são os módulos de flexão em torno do eixo i da secção efectiva e bruta,
respectivamente, (ii) fyb é a tensão de cedência base do aço (ver 3.2.2.1), (iii) Wi,el−pl é o valor
ponderado do módulo de flexão em torno do eixo i da secção bruta elástica e bruta plástica. A
adopção de Wi,el−pl permite considerar o acréscimo do módulo de flexão, em relação a Wi,el.g ,
associado ao facto da secção poder desenvolver parcialmente a sua capacidade plástica
resistente em virtude dos fenómenos de instabilidade local estarem ausentes. Note-se que tal só
acontece se Weff = Wg , isto é, não existindo qualquer redução do módulo de flexão da secção
bruta (secções de classe 3 sem espessuras reduzidas). Caso contrário (secções de classe 4 ou
de classe 3 com espessuras reduzidas), tem-se sempre Weff < Wg em virtude dos fenómenos de
instabilidade local e/ou distorcional poderem ocorrer.
84
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
O valor ponderado do módulo de flexão em torno do eixo principal de inércia i tem em conta
o possível desenvolvimento de plasticidade para secções de classe 3 e assume um valor
intermédio entre os módulos de flexão elástico e plástico, dado por
onde (i) Wi,el.g é o módulo de flexão elástico em torno do eixo principal de inércia i, (ii) Wi,pl.g é
o módulo de flexão plástico (para secções onde não ocorram fenómenos de instabilidade local
e que possuam suficiente capacidade de rotação) em torno do eixo principal de inércia i e
(iii) λ rel,max é a esbelteza relativa máxima da secção, a qual corresponde ao valor máximo das
esbeltezas relativas de todos os elementos (parede) da secção,
A esbelteza relativa de cada elemento (parede) λrel corresponde à relação entre (i) a esbelteza
normalizada de cada elemento λ e (ii) a esbelteza limite λlim do tipo de elemento. Desta forma,
podem adoptar-se as seguintes expressões para o cálculo da esbelteza relativa de um
elemento, dependendo do seu tipo,
⎧ λp
⎪ para elementos interiores (não reforçados)
⎪ 0.5 + 0.25 − 0.055(3 + ψ )
⎪⎪ λp
λ rel =⎨ para elementos salientes (não reforçados)
⎪ 0.748
⎪ λd
(4.25b)
para elementos reforçados
⎪ 0.650
⎪⎩
onde ψ é a relação entre as tensões nas extremidades dessa parede interior não reforçada. No
entanto, refere-se que a segunda expressão (4.23b) é aplicável se estiverem reunidas as
seguintes condições:
(i) O momento flector actua apenas segundo um dos eixos principais de inércia;
(ii) A barra não está sujeita a torção ou a instabilidades por modos de torção, flexão-torção
(devido a compressão ou a flexão) ou distorcionais;
(iii) O ângulo entre a alma e os banzos é superior a 60º;
85
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Caso tais condições não sejam satisfeitas, deve aplicar-se a expressão seguinte:
com
| M Ed,u | | M Ed,v |
• η c,Mu,t = ≤ 1.0 (4.27b) • η c,Mv ,t = ≤ 1.0 (4.27c)
M c.Rk ,u / γ M0 M c.Rk ,v / γ M0
VEd
ηV = ≤ 1.0 (4.28a)
Vb.Rk / γ M0
onde (i) s w é a distância fictícia entre as extremidades da alma, (ii) t é a menor espessura dos
elementos que compõem a alma e (iii) fbv é o valor da tensão resistente ao esforço transverso
com a influência da encurvadura por corte. No caso particular de almas sem reforços
intermédios longitudinais tem-se s w = h w / sin(φ) , em que h w é a altura da alma e φ é o ângulo
que a linha que une as extremidades da alma faz com os banzos. Por outro lado, a tensão de
cedência ao esforço transverso fbv depende (i) da esbelteza normalizada ao esforço transverso
λ w e (ii) da existência (ou não) de reforços nos apoios (ver Quadro 4.6).
86
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
0.83 < λ w < 1.40 fbv = 0.48 ⋅ fyb / λ w fbv = 0.48 ⋅ fyb / λ w
fyb / 3 sw fyb ⋅ 12 ⋅ (1 − ν 2 )
λw = = ⋅ (4.29a)
τ cr t 3 ⋅ π2 ⋅ E ⋅ k τ
Após a substituição das propriedades do aço (E, ν, fyb) pelos seus valores, obtém-se as
seguintes expressões:
onde (i) k τ é o coeficiente de encurvadura local de placa para a instabilidade por esforço
transverso ou corte dado por
2.10 ⎛⎜ ∑ I s
1/ 3
⎞
k τ = 5.34 + ⋅ ⎟ (4.29d)
t ⎜ s ⎟
⎝ d ⎠
(ii) ε = 235 / fyb é o parâmetro de cedência do aço, (iii) s d é o comprimento total da linha
média da alma, (iv) sp é o comprimento do maior elemento plano da alma e (iv) é a soma dos
momentos de inércia individuais de cada reforço longitudinal em torno do eixo a-a, como
definido no ponto 5.5.3.4.3(7) de [4.4] EC3-1-3 (ver também Figura 4.8). As expressões
(4.29a) e (4.29c) permitem ter em conta situações de reforço mais complexas, utilizando
diferentes valores do coeficiente k τ . Refere-se ainda que as expressões (4.29b) e (4.29c)
correspondem às apresentadas em [4.5] EC3-1-5 no ponto 5.3, e são em tudo equivalentes às
expressões do ponto 6.1.5 de [4.4] EC3-1-3: a única diferença consiste no facto de estas
últimas não terem todas as propriedades dos materiais inseridas. Apenas as situações de barras
com reforço nos apoios são consideradas na presente dissertação.
87
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Finalmente, refere-se que consideração do esforço transverso resistente com e sem influência
da encurvadura por corte, apresentado em [4.2, 4.3 e 4.5], está presente implicitamente em
[4.4] EC3-1-3:
- Para h w / t ≤ 72ε a tensão resistente ao corte não sofre qualquer redução devido a
instabilidade da alma por esforço transverso. A utilização deste valor limite permite obter
um valor da esbelteza normalizada para instabilidade de esforço transverso igual a
0.83, o qual está associado a uma tensão de cedência ao esforço transverso fbv sem
redução para a instabilidade por corte.
- O mesmo sucede para almas com reforços longitudinais e/ou transversais intermédios,
para as quais se tem valor limite h w / t ≤ 31ε ⋅ k τ .
A elevada esbelteza das paredes que constituem os perfis de aço enformados a frio faz com
que estes sejam muito susceptíveis a forças concentradas, em particular as almas das vigas que
resistem ao esforço transverso. De entre os fenómenos mais condicionantes para o colapso de
vigas de aço enformadas a frio submetidas a forças concentradas, descreve-se o fenómeno de
esmagamento da alma, frequentemente designado por “web crippling”. A abordagem do
EC3-1-3 [4.3, 4.4] para os perfis de aço de parede fina enformados a frio é completamente
distinta da abordagem do EC3-1-5 [4.5] relativa a elementos laminares compostos por placas.
Segundo o EC3-1-3 [4.3, 4.4], a segurança em relação ao esmagamento da alma é
assegurada se o valor de dimensionamento da força concentrada actuante (FEd) e o valor de
dimensionamento da força concentrada resistente (Rw.Rd) satisfizerem a seguinte relação
FEd
η c,F = ≤ 1.0 (4.30)
R w.Rd
Note-se que na determinação da força concentrada resistente na alma ( R w.Rd ) de uma secção,
existem três situações distintas: (i) secções com uma única alma não reforçada, (ii) secções com
88
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
múltiplas almas não reforçadas (incluindo chapas perfiladas e/ou painéis) e (iii) secções com
alma reforçada (esta situação não será abordada no presente trabalho). Nas secções seguintes,
abordam-se isoladamente as três situações. Em particular, referem-se ainda os seguintes casos:
(i) Se a carga concentrada ou reacção de apoio forem aplicadas por meio de dispositivos
que previnam a distorção da alma e que tenham sido dimensionados para resistir a essa
força, a verificação de segurança da alma a forças concentradas considera-se satisfeita.
(ii) Sempre que se obtenham secções compostas por ligação de secções simples (por
exemplo, uma secção em “I” pode ser obtida por ligação de dois perfis em “C”), as
suas ligações devem ser localizadas o mais próximo possível dos banzos das secções
simples a ligar.
Para secções com uma única alma não reforçada (ver Figura 4.9), o valor da força
concentrada resistente na alma ( R w.Rd ) de uma secção obtém-se através das expressões
presentes nos Quadros 4.7a e 4.7b desde que se verifiquem as seguintes condições:
onde (i) hw é a altura da alma entre as linhas médias dos banzos, (ii) t é a espessura da alma,
(iii) r é o raio interno dos cantos, (iv) φ é o ângulo da alma em relação aos banzos. As
constantes presentes nos Quadros 4.7a e 4.7b são fornecidas por,
onde (i) k = fyb / 228 é um coeficiente adimensional, que tem em conta a tensão de cedência
do aço e (ii) ss é a largura real do apoio.
b) Almas não susceptíveis à rotação ou com dispositivo que lhe ofereça suficiente restrição
Para secções com uma única alma não reforçada (ver Figura 4.10), o valor da força
concentrada resistente ( R w.Rd ) obtém-se através das expressões presentes nos Quadros 4.8a e
4.8b.
89
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(a) (b)
Figura 4.10 – Secções com alma única sem susceptibilidade de rotação
- ss / t ≤ 60:
⎡ h / t⎤ ⎡ s ⎤
k 3 ⋅ k 4 ⋅ k 5 ⋅ ⎢14.7 − w ⎥ ⋅ ⎢1 + 0.007 ⋅ s ⎥ ⋅ t 2 ⋅ fyb
⎣ 49.5 ⎦ ⎣ t ⎦
R w.Rd = (4.31d)
γ M1
- ss / t > 60:
⎡ h / t⎤ ⎡ s ⎤
k 3 ⋅ k 4 ⋅ k 5 ⋅ ⎢14.7 − w ⎥ ⋅ ⎢0.75 + 0.011⋅ s ⎥ ⋅ t 2 ⋅ fyb
⎣ 49.5 ⎦ ⎣ t ⎦
R w.Rd = (4.31e)
γ M1
Quadro 4.7a – Secções com uma alma única – Uma única carga ou reacção de apoio.
90
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
(ii) Duas cargas concentradas ou apoios opostos com afastamento inferior a 1.5 ⋅ h w
⎡ h / t⎤ ⎡ s ⎤
k 1 ⋅ k 2 ⋅ k 3 ⋅ ⎢6.66 − w ⎥ ⋅ ⎢1 + 0.01⋅ s ⎥ ⋅ t 2 ⋅ fyb
⎣ 64 ⎦ ⎣ t ⎦
R w.Rd = (4.31f)
γ M1
⎡ h / t⎤ ⎡ s ⎤
k 3 ⋅ k 4 ⋅ k 5 ⋅ ⎢21.0 − w ⎥ ⋅ ⎢1 + 0.0013 ⋅ s ⎥ ⋅ t 2 ⋅ fyb
⎣ 16.3 ⎦ ⎣ t ⎦
R w.Rd = (4.31g)
γ M1
Quadro 4.7b – Secções com uma alma única – Duas cargas ou reacções de apoio opostas.
91
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
⎡ s ⎤
k7 ⋅ ⎢8.8 + 1.1⋅ s ⎥ ⋅ t 2 ⋅ fyb
⎣ t⎦
R w.Rd = (4.32a)
γ M1
⎡ s ⎤
k *5 ⋅ k 6 ⋅ ⎢13.2 + 2.87 ⋅ s ⎥ ⋅ t 2 ⋅ fyb
⎣ t⎦
R w.Rd = (4.32b)
γ M1
Quadro 4.8a – Secções com uma alma única – Uma única carga ou reacção de apoio.
(ii) Duas cargas concentradas ou apoios opostos com afastamento inferior a 1.5 ⋅ h w
(ii.1) c ≤ 1.5 ⋅ h w (perto de uma extremidade livre)
⎡ s ⎤
k 10 ⋅ k11 ⋅ ⎢8.8 + 1.1⋅ s ⎥ ⋅ t 2 ⋅ fyb
⎣ t⎦
R w.Rd = (4.32c)
γ M1
⎡ s ⎤
k 8 ⋅ k 9 ⋅ ⎢13.2 + 2.87 ⋅ s ⎥ ⋅ t 2 ⋅ fyb
⎣ t⎦
R w.Rd = (4.32d)
γ M1
Quadro 4.8b – Secções com uma alma única – Duas cargas ou reacções de apoio opostas.
92
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
(a) (b)
(c) (d)
Figura 4.11 – Secções com múltiplas almas sem susceptibilidade de rotação
Para secções com múltiplas almas como as apresentadas na Figura 4.11, a resistência para
forças concentradas em almas não reforçadas obtém-se pela expressão (4.33) e pelos
Quadros 4.9a e 4.9b desde que (i) a distância livre (c) entre a face interna do apoio e uma
extremidade livre seja maior ou igual a 40mm e (ii) as seguintes condições sejam satisfeitas:
O valor da força concentrada resistente (por cada alma) obtém-se através de,
onde (i) la é a largura efectiva do apoio e (ii) α é um coeficiente que depende do carregamento.
Ambos os valores dependem da categoria de secção (carga+apoio), a qual se identifica nos
Quadro 4.9a (categoria 1) e Quadro 4.9b (categoria 2). O valor da largura efectiva do apoio
(la) obtém-se de,
⎧Categoria 1: la = 10
⎪
⎪⎪ ⎧ss se βv ≤ 0.2
⎨ ⎪
⎪ 10 − ss (4.34)
⎪Categoria 2 : la = ⎨ss + 0.1 ⋅ (βv − 0.2) se 0.2 < βv ≤ 0.3
⎪ ⎪
⎪⎩ ⎪⎩10 se βv ≥ 0.3
93
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
94
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
onde | VEd,1 | e | VEd,2 | são os valores absolutos dos esforços transversos de cada lado da carga
concentrada ou apoio, sendo que | VEd,1 | ≥ | VEd,2 | e ss é a largura real do apoio.
onde (i) η c,Nt é a relação entre o esforço axial de tracção actuante e resistente
(ver ponto 4.4.1) e (ii) η c,M,t é a soma das relações dos momentos flectores actuante e
resistente para cada uma das direcções principais de inércia (ver ponto 4.4.3). Note-se ainda
que, como o esforço axial é de tracção, não existem momentos adicionais devidos a eventuais
desvios do centro geométrico da secção efectivap em relação à secção bruta.
com
η c,M,c = η c,Mu,c + η c,Mv ,c ≤ 1.0 (4.38b)
| M Ed,u + ΔM Ed,u |
η c,Mu,c = (4.38c)
M c.Rd,u
| M Ed,v + ΔM Ed,v |
η c,Mv ,c = (4.38d)
M c.Rd,v
onde (i) η c,M,c é a soma das relações dos momentos flectores actuante e resistente para cada
uma das direcções principais de inércia (ver ponto 4.4.3) considerando momentos adicionais
devidos a compressão e eventuais desvios do centro geométrico da secção efectivap em relação
95
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
à secção bruta, (ii) ΔM Ed,u = NEd ⋅ e Nu é o momento adicional devido ao desvio segundo v (eNu)
do centro de gravidade da secção efectivap devido à acção de esforço axial de compressão e
(iii) ΔM Ed, v = NEd ⋅ e Nv é o momento adicional devido ao desvio segundo u (eNv) do centro de
gravidade da secção efectivap devido à acção de esforço axial de compressão.
Finalmente, refere-se que (i) segundo a nota (iii) do ponto 4.4.2, os valores de ΔM Ed,u e ΔM Ed, v ,
apenas deverão ser tidos em conta nas curvas de interacção se produzirem efeitos
desfavoráveis, e (ii) segundo a nota (ii) do ponto 4.4.2, mesmo que não haja momentos
flectores, se a secção for de classe 4 e tenha havido desvios do centro de gravidade da secção
efectivap em relação à secção bruta, deve fazer-se uma verificação em flexão composta
entrando em conta com ΔM Ed,u e ΔM Ed, v .
Em secções submetidas a flexão composta com esforço axial (tracção ou compressão) e esforço
transverso, as seguintes condições (equações de interacção) devem ser satisfeitas:
com,
η c,M + V = η c,( M + V )u + η c,( M + V )v (4.39c)
⎧⎪0 se η Vv ≤ 0.5
η c,( M + V )u = ⎨ (4.39d)
⎪⎩(1− M f.Rd.eff ,u / M pl.Rd.eff ,u ) ⋅ (2 ⋅ η Vv − 1)
2
se η Vv > 0.5
⎧⎪0 se η Vu ≤ 0.5
η c,( M + V )v = ⎨
⎪⎩(1− M f.Rd.eff ,v / M pl.Rd.eff ,v ) ⋅ (2 ⋅ η Vu − 1)
(4.39e)
2
se η Vu > 0.5
onde (i) M f.Rd.eff é o momento plástico resistente de uma secção composta pelas partes efectivasp
dos banzos e (ii) M pl.Rd.eff é o momento plástico resistente de uma secção composta pelas partes
efectivasp dos banzos e com a alma completamente efectivap. Note-se ainda que as secções
efectivasp dos banzos utilizadas para o cálculo de M f.Rd.eff e M pl.Rd.eff obtém-se das secções efectivasp
finais devido à acção de determinado momento flector.
Para secções que estejam sujeitas a acção simultânea de momento flector e de uma carga
concentrada ou reacção de apoio devem verificar-se simultaneamente as expressões (4.30),
(4.37) ou (4.38) e (4.39) e as seguintes condições:
96
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
Finalmente, refere-se que a verificação das condições (4.37), (4.38) e (4.39) e (4.40) implica
que as condições (4.18), (4.19), (4.27), (4.28) e (4.30) também sejam satisfeitas.
4.5. ORGANIGRAMAS
97
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
98
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
INÍCIO Figura
4.12c
Sim
i=i+1 i=0 i≥2?
(*) Os valores b(ei1)*.k , b(i.ik)* e b(ei)2*.k apresentados nas Figuras 4.12c.1 e 4.12c.2, podem ser
quaisquer das larguras efectivas nominais ou idealizadas associadas às larguras brutas:
hg , b1g , b 2g , c1g , c 2g , d1g e d2g .
O cálculo das larguras e/ou espessuras efectivas, pode ser feito segundo diversas
metodologias, como descrito no ponto 4.3.
99
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
100
RESISTÊNCIA DE SECÇÕES
101
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
102
RESISTÊNCIA DE BARRAS
CAPÍTULO 5
5. RESISTÊNCIA DE BARRAS
5.1. RESUMO
O comportamento dos sistemas estruturais reticulados (e.g., pórticos e treliças), constituídos por
barras de aço com secção transversal de parede fina, é frequentemente afectado pela
interacção e acoplamento entre fenómenos de instabilidade de diferente natureza,
nomeadamente fenómenos de instabilidade (i) global da estrutura (deformação de várias barras
da estrutura), (ii) global de uma barra – local da estrutura (deformação de uma única barra) e
(iii) local de uma barra (deformação das suas paredes). Nos dois primeiros casos, os modos de
instabilidade envolvem apenas a deformação do(s) eixo(s) longitudinal(ais) da(s) barra(s),
sofrendo as respectivas secções transversais apenas deslocamentos de corpo rígido. No último
caso, por outro lado, o modo de instabilidade local de uma barra envolve apenas a
deformação das respectivas secções transversais (nos seus próprios planos), permanecendo o
eixo longitudinal da barra indeformado.
Assim, procede-se claramente à distinção entre a instabilidade local de uma barra (local de
placa e distorcional) e a instabilidade global de uma estrutura. Como se observou nos capítulos
anteriores, a instabilidade local de uma barra (local de placa e/ou distorcional) pode afectar
unicamente os seus esforços resistentes (NRd, MRd), segundo o EC3. Verificou-se que a
encurvadura local de placa podia implicar uma redução na largura efectiva das paredes da
secção, enquanto a encurvadura distorcional podia conduzir a uma redução nas espessuras
das paredes dos reforços da secção.
Por outro lado, e segundo o EC3, a instabilidade global de uma estrutura pode influenciar
tanto (i) os esforços actuantes (NSd, MSd) como (ii) os esforços resistentes (NRd, MRd). A influência
da instabilidade global de uma estrutura nos esforços actuantes (NSd, MSd) é devida unicamente
103
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
à susceptibilidade que a estrutura pode ter para a deformabilidade lateral (efeitos P-Δ − ver
capitulo 2). Por isso, os esforços actuantes (NSd, MSd) devem ser amplificados para ter em conta
a susceptibilidade da estrutura a modos com deslocamentos laterais (“sway modes”, na
designação anglo-saxónica – ver Figura 5.1). O EC3 prevê que a necessidade de amplificar os
esforços depende do valor do parâmetro de carga crítica num modo “sway” αcr (relação entre o
carregamento crítico e o carregamento de dimensionamento), o qual pode ser obtido
Note-se que é sempre possível determinar o valor de αcr através dos valores de Lcr, identificando
a barra mais condicionante da estrutura. Definido o valor de αcr, o EC3 estipula que
(i) se αcr>10, não é necessário amplificar os esforços de dimensionamento pois a
susceptibilidade do pórtico à deformabilidade lateral é desprezável (efeitos P-Δ são
insignificantes).
(ii) se αcr<10, é necessário amplificar os esforços de dimensionamento pois o pórtico é
susceptível à deformabilidade lateral em modos “sway” (os efeitos P-Δ podem ser
significativos). Neste caso, pode ainda afirmar-se que
(ii.1) se 3<αcr<10, é permitido obter os esforços de dimensionamentos
aproximadamente através da seguinte amplificação:
1/(1− 1/ α cr ) ⋅ M Sd (5.1)
104
RESISTÊNCIA DE BARRAS
(flexão) com base no valor do comprimento de encurvadura Lcr da barra num modo sem
deslocamentos laterais (“non-sway modes”, na designação anglo-saxónica – ver Figura 5.2).
Na secção seguinte, abordar-se-à a determinação dos comprimentos de encurvadura de barras
comprimidas Lcr uma vez que, como se observou, podem ser úteis (i) no cálculo do parâmetro
αcr num modo “sway” e (ii) no cálculo de Ncr num modo “non-sway”.
A obtenção dos valores dos esforços críticos é vital para a determinação dos esforços resistentes
nas verificações de segurança de barras à encurvadura global. Em particular, pretende-se
determinar o valor de Ncr (carga crítica) em modos de instabilidade (i) por flexão ou (ii) por
flexão-torção, e/ou o valor de Mcr (momento crítico) num modo de instabilidade lateral por
flexão-torção. O valor da carga crítica Ncr num modo de instabilidade por flexão corresponde ao
caso de cálculo mais simples, pois pode obter-se directamente da fórmula de Euler
π 2EI
Ncr = 2 (5.2)
L cr
Para uma barra inserida numa estrutura, pode calcular-se o comprimento de encurvadura da
barra Lcr tendo em consideração a restrição devida aos elementos adjacentes (vigas e colunas),
como se abordará na secção seguinte.
O cálculo do valor da carga crítica Ncr e/ou momento crítico Mcr num modo de instabilidade
por flexão-torção não é tão simples como para a flexão. No entanto, no capítulo 2 (secção
2.4.1.2) foi abordada aprofundadamente a determinação da carga crítica de flexão-torção Ncr
bem como o cálculo do momento crítico para a instabilidade lateral por flexão-torção. Assim,
neste capítulo apenas serão apresentadas expressões e conceitos complementares ao descrito
no capítulo 2.
De referir ainda que, para certas condições de fronteira (apoio) e determinadas situações de
carga, não é possível obter expressões analíticas exactas para o cálculo de Ncr e/ou Mcr. No
entanto, estes valores podem ser obtidos com o recurso a análise numéricas baseadas no
(i) Método dos Elementos Finitos (MEF [5.10]), (ii) Método das Faixas Finitas (MFF [5.7, 5,8]) e
(iii) Teoria Generalizada de Vigas (GBT [5.9]).
105
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
instabilidade em causa. A versão provisória do EC3-1-1 [5.1] continha no seu Anexo E uma
metodologia de cálculo dos comprimentos de encurvadura de barras comprimidas, a qual foi
retirada na versão final do EC3-1-1 [5.2] e a sua determinação deixada ao critério do
projectista. No entanto, e porque o cálculo dos comprimentos de encurvadura é quase sempre
necessário quando se analisam estruturas metálicas reticuladas, apresenta-se, em seguida, a
metodologia de cálculo dos comprimentos de encurvadura de colunas presentes no EC3-1-1
[5.1].
Kc Kc
η1 = e η2 = (5.3)
K c + K 11 + K 12 K c + K 21 + K 22
(a) (b)
Figura 5.3 – Factores de distribuição para colunas sem continuidade: (a) modo de instabilidade sem deslocamentos
laterais (“non-sway mode”); (b) modo de instabilidade com deslocamentos laterais (“sway mode”) [5.1, 5.6]
106
RESISTÊNCIA DE BARRAS
Note-se ainda que esta determinação depende da forma do modo de instabilidade global da
estrutura que se pretende analisar. Esta configuração pode estar associada (i) a modos de
instabilidade sem deslocamentos laterais dos nós (designado em língua inglesa por “non-sway
mode” – ver Figura 5.3a) ou (ii) a modos de instabilidade com deslocamentos laterais dos nós
(designado em língua inglesa por “sway mode” – ver Figura 5.3b).
Encastrada 1.0
Rotulada 0.75
Rotação igual à do nó
1.5
(dupla curvatura)
Rotação igual, mas de sinal
contrário à do nó 0.5
(curvatura simples)
Caso geral θ
b
Rotação θa no nó e θb na 1 + 0.5 ⋅
extremidade afastada do nó θa
Tabela 5.1 – Factores kij: esforço axial ausente ou desprezável [5.1, 5.6]
Tabela 5.2 –Factores kij: grelha de vigas apoiando lajes de betão armado [5.1, 5.6]
com NE = π² ⋅ E ⋅ I / L²
107
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Os modelos apresentados na Figura 5.3, podem ainda ser adaptados à situação de colunas
com continuidade (ver Figura 5.4), assumindo que a rotação das extremidades (1 e 2) da
coluna em análise estão restringidas pelas extremidades das colunas adjacentes superior e
inferior. Neste caso, os factores de distribuição de rigidez definem-se na forma
K c + K1 Kc + K2
η1 = e η2 = (5.4)
K c + K 1 + K 11 + K 12 K c + K 2 + K 21 + K 22
Figura 5.4 – Factores de distribuição para colunas com continuidade [5.1, 5.6]
Definindo por k=Lcr/L a relação entre o comprimento de encurvadura de uma coluna (Lcr) e o
seu comprimento real (L), pode observar-se nas Figuras 5.5 e 5.6 dois ábacos que permitem
obter o valor de k em função dos factores de distribuição de rigidez da coluna (η1 e η2). Note-
se que enquanto (i) o ábaco da Figura 5.5 diz respeito a modos de instabilidade sem
deslocamentos laterais dos nós (“non-sway mode” – ver Figura 5.3a), (ii) o ábaco da
Figura 5.6 diz respeito a modos de instabilidade com deslocamentos laterais dos nós (“sway
mode” – ver Figura 5.3b). Observe-se que no ábaco da Figura 5.5 o valor de k varia entre 0 e
1 pois o modo de instabilidade não tem deslocamentos laterais dos nós (“non-sway mode” –
ver Figura 5.3a). Contrariamente, no ábaco da Figura 5.6 verifica-se que o valor de k pode
variar entre 1 e ∞ pois o modo de instabilidade tem deslocamentos laterais dos nós (“sway
mode” – ver Figura 5.3b). Alternativamente à utilização dos ábacos, o Anexo E do
EC3-1-1 [5.1] permite utilizar as seguintes expressões
108
RESISTÊNCIA DE BARRAS
109
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Estes valores de k, podem ser utilizados em conjunto com as expressões (2.14) para se obterem
os esforços críticos elásticos para quaisquer condições de fronteira. De referir que os valores de
k apresentados estão associados à rigidez de flexão; no entanto, podem utilizar-se raciocínios
idênticos para modos de instabilidade que envolvam torção e empenamento. Na maior parte
dos casos, é difícil avaliar o grau de restrição que as ligações ou rigidificadores conseguem
conferir ao empenamento e torção da barra. Na parte 1-3 do Eurocódigo 3 [5.3, 5.4] são
apresentados valores típicos para o comprimento de encurvadura de torção/empenamento.
Dependendo da restrição à rotação por torção e empenamento de ligações de perfis
enformados a frio, apresentam-se de seguida os valores sugeridos:
• k w = L cr ,w / L =1.0 para ligações que promovam restrição parcial à rotação por torção
e empenamento (ver Figura 5.7a);
• k w =0.7 para ligações que promovam restrição significativa à rotação por torção e
empenamento (ver Figura 5.7b);
Figura 5.7a – Ligações que promovem restrição parcial à rotação por torção e empenamento [5.3]
Figura 5.7b – Ligações que promovem restrição significativa à rotação por torção e empenamento [5.3]
A resistência de uma barra submetida a compressão e/ou flexão é, em geral, condicionada por
fenómenos de encurvadura global (flexão, flexão-torção). A forma como o EC3 permite
verificar a segurança das barras a fenómenos de instabilidade global é apresentada na Parte 1
[5.1, 5.2], embora se possa aplicar a perfis laminados a quente, perfis soldados ou, neste caso,
enformados a frio. A metodologia proposta baseia-se na determinação de factores de redução
de resistência que têm em conta a susceptibilidade da barra à encurvadura global. Para tal, o
EC3-1-1 propõe a utilização de curvas de dimensionamento devidamente calibradas com base
110
RESISTÊNCIA DE BARRAS
em que (i) χ é o factor de redução de resistência devido a encurvadura global, (ii) A g e A eff
são, respectivamente, as áreas bruta e efectivap da secção (ver capítulos 3 e 4), (iii) fyb e
fya−b são tensões de cedência do aço (ver 4.4) e (iv) γ M1 é o factor parcial de segurança à
encurvadura (ver 3.2.2), o qual se toma igual a 1.0 EC3-1-1 [5.2]. O factor de redução de
resistência à encurvadura global deve ser obtido através de
1
χ= ≤ 1.0 (5.8a)
Φ + Φ 2 − λ2
onde
Φ = 0.5 ⋅ [1+ α ⋅ ( λ − 0.2) + λ2 ] (5.8b)
onde Ncr é a carga crítica associada ao modo de instabilidade global sem deslocamentos
laterais das suas secções extremas. Se λ ≤ 0.2 ou NEd/Ncr≤0.04, os efeitos de encurvadura
global podem ser ignorados, sendo necessário apenas verificar a resistência das secções.
Refere-se que o modo crítico de instabilidade global pode ser de flexão, torção ou flexão-
-torção, dependendo da geometria e características da secção. Recorde-se que Ncr associado
ao modo de flexão pode ser determinado através do conceito de comprimento de encurvadura
enquanto o Ncr associado ao modo de torção ou flexão-torção pode ser obtido das expressões
presentes no Capitulo 2. Adicionalmente, refere-se que o valor de Ncr deve ser calculado com
base nas propriedades da secção bruta (ver capítulo 2 e ponto 5.3), independentemente da
secção ser de Classe 3 ou 4.
111
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Eixo de Curva de
Tipos de secção
Encurvad. Encurvad.
v
u u
v
v v
u-u a
u u u u
v-v b
v v
v v
u
u u
Qualquer b
u
v v
v v v v
u
u u u u u u
u Qualquer c
v
v v v
Quadro 5.1 – [5.4] EC3-1-3 - Quadro 6.3: Selecção da curva de encurvadura para determinada secção.
Por outro lado, a escolha do valor do parâmetro de imperfeição α está intimamente ligada à
selecção de uma das cinco curvas de dimensionamento que o EC3-1-1 propõe (a0, a, b, c, d) –
– ver Figura 5.8. No caso dos perfis de aço enformados a frio, esta escolha é efectuada com
base no Quadro 5.1 e depende (i) da configuração da secção e (ii) do eixo em torno do qual
ocorre a encurvadura. No caso dos perfis laminados a quente e soldados, o EC3-1-1 estipula
que esta escolha deva ainda depender do processo de fabrico, da classe do aço e também de
algumas dimensões da secção (espessura dos banzos). Após a escolha da curva de
dimensionamento, selecciona-se o valor do parâmetro de imperfeição α a partir do
112
RESISTÊNCIA DE BARRAS
Quadro 5.2. Da observação conjunta dos Quadros 5.1 e 5.2, verifica-se que secções em
cantoneira e em U e Z sem reforços são mais penalizadas (curva c) pois são mais susceptíveis
às imperfeições. Contrariamente, secções reforçadas e compostas (almas interligadas) são
menos susceptíveis e têm uma curva de dimensionamento menos gravosa (curvas a e b).
Curva de Encurvadura a0 a b c d
Factor de imperfeição α 0.13 0.21 0.34 0.49 0.76
Quadro 5.2 – [5.2] EC3-1-1 - Quadro 6.1: Factor de imperfeição para as curvas de encurvadura.
Uma barra submetida a flexão em torno do eixo de maior inércia pode instabilizar lateralmente
num modo global misto de flexão (menor inércia) e torção (“lateral-torsional”, na designação
anglo-saxónica). A abordagem do Eurocódigo 3 para a verificação de segurança de barras
flectidas à encurvadura lateral é, em muitos aspectos, semelhante à abordagem utilizada para
a verificação de segurança à instabilidade de colunas. Como se observará adiante, a principal
diferença prende-se com a maior complexidade exigida na determinação do momento crítico
Mcr, uma vez que apenas é possível obter uma solução analítica exacta em casos muito
particulares de secções, de carregamento e de condições de apoio.
113
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
onde (i) χLT é o factor de redução de resistência devido a encurvadura lateral de vigas, (ii)
Wi,el.g e Wi,eff , são, respectivamente, os módulo de flexão das secções bruta e efectivasp para
momento flector em torno do eixo principal i (ver 4.4.3) e (iii) fyb e fya são tensões de cedência
do aço (ver 3.2.2). O factor de redução de resistência devido à encurvadura lateral obtém-se
de forma semelhante à da encurvadura de colunas, através da expressão,
1
χ LT = ≤ 1.0 (5.11a)
2 2
Φ LT + Φ − λ LT LT
onde
Φ LT = 0.5 ⋅ [1+ α LT ⋅ ( λLT − 0.2) + λ2LT ] (5.11b)
onde Mcr é o valor crítico do momento flector em torno do eixo de maior inércia) que conduz à
instabilidade lateral da viga por flexão-torção, cujo cálculo deve ser sempre efectuado com
base nas propriedades da secção bruta (ver capítulo 2 e ponto 5.3), independentemente de se
tratar de uma barra de classe 3 ou 4.
Como as secções de aço enformadas a frio possuem, na sua grande maioria, secções mono-
-simétricas (secção em L, U e C) ou com simetria radial em torno de um ponto (secção em Z), a
existência de um solução analítica exacta é de muito difícil obtenção. Como as secções de aço
de parede fina enformadas a frio podem, em geral, ter formas ainda mais complexas e
apresentar assimetrias razoáveis, o recurso a métodos numéricos para a determinação dos
momentos críticos será talvez a melhor opção.
114
RESISTÊNCIA DE BARRAS
As curvas de interacção presentes em [5.2] EC3-1-1 estão melhor ajustadas aos perfis
laminados a quente, ou constituídos por chapas soldadas, em que os modos de instabilidade
global sejam os clássicos modos de encurvadura e/ou encurvadura lateral. Para situações
onde a instabilidade por torção e/ou flexão-torção seja relevante (bastante comuns nos perfis
enformados a frio de parede fina), tem de se ter algum cuidado na aplicação destas curvas. Da
forma como aí estão apresentadas, fazem intervir os factores de redução de resistência axial χ u
e χ v devido a modos de instabilidade de flexão em torno dos eixos de, respectivamente, maior
e menor inércia, o que se considera incorrecto nas situações referidas anteriormente, pelo que:
• Na parcela associada a esforço axial, estes factores devem ser substituídos por χu e
χ v , como apresentado na expressão (5.14);
• No respeitante aos factores de interacção kuu, kuv, kvu e kvv, os esforços axiais críticos
elásticos a considerar devem ser os indicados pelo [5.2] EC3-1-1. Dado tratarem-se de
factores de amplificação de momentos, os modos de instabilidade a considerar devem
ser de flexão, excepto onde se considerem explicitamente modos de torção.
115
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Para flexão desviada composta com tracção deve verificar-se a seguinte equação de
interacção,
| M eff ,u | | MEd,v |
+ ≤ 1.0 (5.15a)
Mb.Rk ,u / γ M1 Mb.Rk ,v / γ M1
com
M eff ,u =| M Ed,u | − Ψvec ⋅ Wu,com ⋅|NEd | / A ≥ 0 (5.15b)
onde (i) Ψvec = 0.8 é um factor de redução que tem em conta a possibilidade de os esforços
axiais e momentos flectores não serem o resultado de uma mesma acção, mas sim de uma
envolvente de combinações de acções, (ii) Wu,com é o módulo de flexão associado à maior
tensão de compressão quando a secção está sujeita a momento flector em torno de u e (iii) A é
a área da secção efectivap devido a compressão.
Para situações em que o momento MEd,u for nulo a equação de interacção a verificar será a
referente à resistência de secções, já que não há instabilidade lateral de vigas para momentos
em torno do eixo de menor inércia.
5.5. ORGANIGRAMAS
χu , χ v e χLT
k uu , k uv , k vu e , k vv
116
CONCLUSÃO
CAPÍTULO 6
6. CONCLUSÃO
O capítulo 1 iniciou-se com uma breve retrospectiva histórica da origem e aplicação de perfis
de aço enformados a frio na indústria da construção civil, salientando as principais vantagens
da sua aplicação em comparação com perfis laminados a quente de aplicação corrente. Em
particular, referiram-se os principais tipos de elementos estruturais de aço enformados a frio, os
processos de fabrico correntemente utilizados e caracterizou-se, de forma sucinta, o seu
comportamento estrutural típico. Em último lugar, apresentaram-se os objectivos e a
organização da presente dissertação.
117
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
conceito de “largura efectiva” de placas comprimidas. Neste capítulo pôde concluir-se que as
expressões analíticas apresentadas são válidas apenas para situações muito particulares de (i)
geometria das secções, (ii) de tipos de carregamento e (iii) condições de apoio, verificando-se
que para casos mais complexos (e.g., secções assimétricas, com vários reforços intermédios)
torna-se necessário recorrer a análises rigorosas através de métodos numéricos “exactos”.
Em virtude dos perfis de aço enformados a frio apresentarem correntemente secções de alguma
complexidade, nomeadamente com dobras (cantos) arredondados, torna-se premente uma
correcta avaliação das propriedades geométricas da secção. Desta forma, e no capítulo 3,
estudaram-se as metodologias disponíveis para obtenção de propriedades de secções brutas
com base em análises (i) exactas ou (ii) aproximadas, tendo em consideração as regras
apresentadas no Eurocódigo 3 (EC3-1-3) [6.6–6.9].
No capítulo 5, começou-se por explicar a filosofia do EC3 para contabilizar a influência das
instabilidades globais. Para tal, explicou-se a diferença entre uma estrutura com e sem
deslocamentos laterais e aludiu-se ao facto de, no primeiro caso, a instabilidade global poder
aumentar os esforços actuantes. Em seguida, introduziram-se alguns conceitos complementares
ao capítulo 2, nomeadamente o conceito de comprimento de encurvadura por flexão e o
cálculo da carga crítica de flexão. Finalmente, descreveu-se a metodologia prescrita pelo EC3
[6.6–6.9] para a obtenção de resistência de barras à encurvadura global, nomeadamente de
(i) colunas submetidas a compressão, (ii) vigas sujeitas a flexão e (iii) vigas-coluna.
118
CONCLUSÃO
flectidas em torno do eixo de maior inércia) instabilizam lateralmente por flexão-torção mas o
formulário do EC3 (Anexo E [6.6]) não é directamente aplicável. Desta forma, conclui-se que o
EC3-1-3 tem um âmbito muito restrito no que diz respeito às verificações de segurança à
instabilidade global e, frequentemente, existe uma má interligação entre as suas partes 1 e 3.
Foi precisamente por se ter considerado muito complexa toda a metodologia de cálculo de
larguras efectivas e espessura reduzidas, que foi desenvolvida uma metodologia alternativa
bastante mais simples, a qual se denomina por Método da Resistência Directa (DSM, “Direct
Strenght Method”) [6.4, 6.5]. Este método, já incorporado na regulamentação Americana
[6.10] e Australiana/Neo Zelandesa [6.12], tem a grande (enorme) vantagem de utilizar
algumas curvas de dimensionamento devidamente calibradas com ensaios experimentais. A
utilização destas curvas apenas requer o conhecimento das tensões/esforços críticos elásticos
locais e globais, as quais são determinadas através da realização de análises lineares de
estabilidade utilizando para tal programas de cálculo automático disponíveis livremente. Neste
contexto, citam-se o programa CUFSM [6.1, 6.2] baseado no Método das Faixas Finitas (MFF)
e o programa GBTUL [6.3] baseado na Teoria Generalizada de Vigas (GBT). Desta forma, a
utilização do Método da Resistência Directa envolve um número incomparavelmente inferior de
cálculos e permite obter estimativas tão precisas quanto as obtidas pelas metodologias do EC3.
Apesar de ainda existirem reservas por parte de alguns investigadores europeus [6.13],
acredita-se que o futuro da regulamentação Europeia no dominio das estruturas de aço
enformadas a frio passe por contemplar metodologias do tipo do DSM.
119
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
120
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
ANEXOS
121
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
122
CÁLCULO APROXIMADO DE PROPRIEDADES
ANEXO A
Para o cálculo das propriedades de secções, o Eurocódigo 3 – parte 1-3, fornece uma forma
aproximada e expedita no anexo C. Esta formulação pode ser aplicada quer para secções
brutas (secções idealizadas e nominais com troços rectos) , quer para áreas e inércias de
secções efectivas.
z'
linha y'
média
⎧0 º se Δy > 0 e Δz = 0
⎪arctg (( z − z 0.i.k ) ( y 0.j.k − y 0.i.k )) se Δy > 0 e Δz > 0
⎪ 0.j.k
⎪90 º se Δy = 0 e Δz > 0
⎪
⎪arctg (( z 0.j.k − z 0.i.k ) ( y 0.j.k − y 0.i.k )) + 180 º se Δy < 0 e Δz > 0
• θk = ⎨
⎪180 º se Δy < 0 e Δz = 0
⎪arctg (( z 0.j.k − z 0.i.k ) ( y 0.j.k − y 0.i.k )) + 180 º se Δy < 0 e Δz < 0
⎪
⎪270 º se Δy = 0 e Δz < 0
⎪arctg (( z 0.j.k − z 0.i.k ) ( y 0.j.k − y 0.i.k )) + 360 º se Δy > 0 e Δz < 0
⎩ (A.1)
123
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
• Iyθ.k = t k ⋅ sk3 12 (A.17) – Inércia do emento k em torno de y θ.k no seu centro de gravidade
124
CÁLCULO APROXIMADO DE PROPRIEDADES
• Iy 0l.k = Iyθ.k ⋅ sin2 (θk ) + Izθ.k ⋅ cos 2 (θk ) (A.19) – Inércia do emento k em torno de y0l no cgk
• Iz 0l.k = Iyθ.k ⋅ cos 2 (θk ) + Izθ.k ⋅ sin2 (θk ) (A.23) – Inércia do emento k em torno de z0l no cgk
• Iyz 0l.k = 1 2 ⋅ (Iyθ.k − Izθ.k ) ⋅ sin(2 ⋅ θk ) (A.27) – Inércia do emento k em torno de yz0l no cgk
• Iyz 0.k = Iyz 0l.k + S y 0.k ⋅ S z 0.k / A k (A.28) – Inércia do emento k em torno de yz0 no ponto O
• Iy 0.k * = ( z 02.j.k + z 02.i.k + z 0.j.k ⋅ z 0.i.k ) ⋅ A k 3 (A.31) – Inércia aprox. do elem. k em torno de y0
no ponto O
• Iy 0 * = ∑I k
y 0.k * (A.32) – Inércia aproximada da secção em torno de y0 no ponto O
NOTA: No anexo C do Eurocódigo 3 – parte 1-3, as inércias em torno dos eixos y, z e yz, são
aproximadas, e são as que têm de ser utilizadas no cálculo dos centros de corte, no
125
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
entanto, para além destas, optou-se por calcular as inércias exactas de paredes
rectangulares como apresentado em 2.2.1.3.i) a k).
• Iz 0.k * = ( y 02.j.k + y 02.i.k + y 0.j.k ⋅ y 0.i.k ) ⋅ A k 3 (A.34) – Inércia aprox. do elem. k em torno de z0
no ponto O
• Iz 0 * = ∑ Iz 0.k * (A.35) – Inércia aproximada da secção em torno de z0 no ponto O
k
• Iyz 0.k * = (2 ⋅ y 0.i.k ⋅ z 0.i.k + 2 ⋅ y 0.j.k ⋅ z 0.j.k + y 0.i.k ⋅ z 0.j.k + y 0.j.k ⋅ z 0.i.k ) ⋅ A k 6 (A.37) – Inércia aproxi-
-mada do elemento k em torno de yz0 no ponto O
• Iyz 0 * = ∑ Iyz 0.k * (A.38) – Inércia aproximada da secção em torno de yz0 no ponto O
k
⎧0 º se I z − Iy > 0 e 2 ⋅ I yz = 0
⎪ ⎛ ⎞
⎪0.5 ⋅ arctg ⎜ 2 ⋅ I yz ⎟ se I z − Iy > 0 e 2 ⋅ I yz > 0
⎪ ⎜I −I ⎟
⎪ ⎝z y⎠
⎪0.5 ⋅ 90 º = 45 º se I z − Iy = 0 e 2 ⋅ I yz > 0
⎪ ⎧⎪ ⎛ 2 ⋅ I yz ⎞ ⎫ Ângulo entre os
⎪0.5 ⋅ ⎨arctg ⎜ ⎟ − 180 º ⎪⎬ se I z − Iy < 0 e 2 ⋅ I yz > 0 eixos y e z e os
⎪ ⎪⎩ ⎜I −I ⎟ ⎪⎭
• βk = ⎨ ⎝z y⎠ − eixos principais de
0º se I z − Iy < 0 e 2 ⋅ I yz = 0
⎪ inércia u e v
⎪ ⎧⎪ ⎛ 2 ⋅ I yz ⎞ ⎫
⎪0.5 ⋅ ⎨arctg ⎜⎜ ⎟ + 180º ⎪⎬ se I z − Iy < 0 e 2 ⋅ I yz < 0 (1.º e 4.º quadrantes)
⎟
⎪ ⎩⎪ ⎝ Iz − Iy ⎠ ⎭⎪
⎪− 0.5 ⋅ 90 º = − 45 º se I z − Iy = 0 e 2 ⋅ I yz < 0
⎪ (A.40)
⎪ ⎛ 2 ⋅ I yz ⎞
⎜ ⎟
⎪0.5 ⋅ arctg ⎜ I − I ⎟ se I z − Iy > 0 e 2 ⋅ I yz < 0
⎩ ⎝ z y ⎠
[
• Iu = 1 2 ⋅ Iy + Iz + (Iz − Iy )2 + 4 ⋅ I2yz ] (A.41) – Inércia do emento k em torno de u no centro
de gravidade da secção
[
• Iv = 1 2 ⋅ Iy + Iz − (Iz − Iy )2 + 4 ⋅ I2yz ] (A.42) – Inércia do emento k em torno de v no centro
de gravidade da secção
• u – Eixo principal de inércia – maior inércia
• v – Eixo principal de inércia – menor inércia
126
CÁLCULO APROXIMADO DE PROPRIEDADES
• Iyω0.k = (2 ⋅ y i.k ⋅ ωi.k + 2 ⋅ y j.k ⋅ ωj.k + y i.k ⋅ ωj.k + y j.k ⋅ ωi.k ) ⋅ A k 6 (A.53)
• Izω0.k = (2 ⋅ z i.k ⋅ ωi.k + 2 ⋅ z j.k ⋅ ωj.k + z i.k ⋅ ωj.k + z j.k ⋅ ωi.k ) ⋅ A k 6 (A.56)
127
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
• ωs.n = ωn − ωmean − z 0.sc ⋅ ( y 0.n − y 0.cg ) − y 0.sc ⋅ ( z 0.n − z 0.cg ) (A.67) – coord. sectorial do nó n
• ωmax = max n (| ωs.n |) (A.68) – máxima coordenada sectorial em relação ao centro de corte
128
CÁLCULO APROXIMADO DE PROPRIEDADES
θ k+ β
θk
y'
tk / 2 β
d
dz u'
θ k+ β
du dv
β dy
m ha
ia
lin
éd
0.5
I*z ∫A
• uj = usc − ⋅ (u2 + v 2 ) ⋅ u ⋅ dA (A.83)
⎡ 3 ⎡ Δuk2 Δv k2 ⎤ ⎡ Δu ⋅ Δv k ⎤ ⎤
∫A (u + v ) ⋅ u ⋅ dA = ∑k ⎢uc.k + uc.k ⋅ ⎢⎣ 4 + v c.k + 12 ⎥⎦ + v c.k
2 2 2
• ⋅⎢ k ⎥ ⎥ ⋅ A k (A.84)
⎣ ⎣ 6 ⎦⎦
0.5
• v j = v sc − * ⋅ ∫ (u2 + v 2 ) ⋅ v ⋅ dA (A.85)
Iu A
⎡ 3 ⎡ Δv 2 Δu2 ⎤ ⎡ Δu ⋅ Δv k ⎤ ⎤
∫A (u + v ) ⋅ v ⋅ dA = ∑k ⎢v c.k + v c.k
2 2
• ⋅ ⎢ k + uc2.k + k ⎥ + uc.k ⋅⎢ k ⎥ ⎥ ⋅ A k (A.86)
⎣ ⎣ 4 12 ⎦ ⎣ 6 ⎦⎦
• Δuk = uj.k − ui.k (A.87) – Distância em u das coordenadas das extremidades do elemento k
• Δv k = v j.k − v i.k (A.88) – Distância em v das coordenadas das extremidades do elemento k
• uc.k = ucg.k − ucg (A.89) – Dist. em u entre os centros de gravidade da secção e do elem. k
• v c.k = v cg.k − v cg (A.90) – Dist. em v entre os centros de gravidade da secção e do elem. k
129
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
A.1.29. Tensões axiais para esforços máximos no nós do elem. k segundo os eixos u e v
Obtêm-se as tensões axiais nos nós em função da relação com a tensão axial máxima na
secção, apenas mediante considerações geométricas.
σ nMu v n.k
• .k
= (A.91) – Tensão axial relat. devida a Mu no nó n do elem. k
σ max .Ed max(| v max |;| v min |)
σ nMv.k un.k
• = (A.92) – Tensão axial relat. devida a Mv no nó n do elem. k
σ max .Ed max(| umax |;| umin |)
A.1.30. Tensões axiais para esforços máximos nas fibras extremas segundo os eixos u e v
Mu
σ min v min
• = (A.93) – Tensão axial relat. mínima devida a Mu da secção
σ max .Ed max(| v max |;| v min |)
Mu
σ max v max
• = (A.94) – Tensão axial relat. máxima devida a Mu da secção
σ max .Ed max(| v max |;| v min |)
Mv
σ min umin
• = (A.95) – Tensão axial relat. mínima devida a Mv da secção
σ max .Ed max(| umax |;| umin |)
Mv
σ max umax
• = (A.96) – Tensão axial relat. máxima devida a Mv da secção
σ max .Ed max(| umax |;| umin |)
130
SECÇÕES SEM REFORÇOS
ANEXO B
bg2 bg2
r2 r2
tg tg
hg
hg
r1 r1
bg1 bg1
Figura B.1 – Dados geométricos de C’s e de Z’s sem reforços – secção bruta real.
As larguras brutas idealizadas apresentadas nas Figuras B.2 e B.3, podem ser obtidas por:
131
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
α1 / 2
c1
2
α1 /
cg1
tg / 2
tg / 2
linha
média
φ1
tg / 2
φ1
Δ1
b1 Δ1
bg1
Figura B.2 – Linha média e larguras idealizadas com troços rectos (idealised flat widths).
b2s z0
5 3 6 7
z;v
4
z0.cg.s,z0.sc.s
y0
2 1 1 0
z0;z
b2s
5 4 6 7
3 cg.s,sc.s y
hs
β
u
z0.cg.s,z0.sc.s
y0
0 1 2 2
b1s
132
SECÇÕES SEM REFORÇOS
em que:
C s/ reforço kc = 1 Z s/ reforço k c = −1
• C c/ reforço simples kh = 1 ou Z c/ reforço simples kh = 1
C s/ reforço duplo kr = 1 Z s/ reforço duplo kr = 1
tg / 2
α1 / 2
cp1
2
α1 /
c1
tg / 2
linha
média
tg / 2
gr1
bp1 gr1
b1
As larguras brutas nominais apresentadas nas Figuras B.4 e B.5, podem ser obtidas por:
133
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
y 2a = y 0 − b 1p ⋅ k c y 5a = y 2a + hp ⋅ cos( 2 ⋅ φ1 ) y 7 = y 5b + b 2p
• • •
z 2a = z 0 z 5a = z 2a + hp ⋅ sin( 2 ⋅ φ1 ) z 7 = z 5b (B.5)
b2p z0
5a 5b 3 6 7
z;v
4
2
z0.cg.p,z0.sc.p
y0
2b 2a
1 1 0
b1p y0.sc.p y0.cg.p
z0;z
b2p
5a 5b 3 6 7
cg.p,sc.p y
hp
2
β
u
z0.cg.p,z0.sc.p
y0
0 1 1 2a 2b
b1p
134
SECÇÕES SEM REFORÇOS
B.2.1.2. Tensões axiais para esforços máximos na secção bruta (sem instab.)
σumax Mv
σuminMv σ2;5 Mv
5 7 σvmax N σvmax Mu
σ5;7 N σ5;7 Mu
cg.s σcg.s N
σ0;2 N σ0;2 Mu
2 0 σvminN σvminMu
σumin Mv σ0 Mv σ7 Mv σumax Mv
σ5 Mv σ2 Mv
7 σvmax N σvmax Mu
σ7 N σ7 Mu
5
σ5 N σ5 Mu
v
u σcg.s N
2 σ2 N σ2 Mu
0
σ0 N σ0 Mu
σvmin N σvmin Mu
Figura B.6 – Tensões na secção bruta idealizada de um C e de um Z sem reforços.
135
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
σ2b;5a Mv σumax Mv
σumin Mv σ2a;5b Mv
5a 5b 7 σvmax N σvmax Mu
σ5b;7 N σ5b;7 Mu
σ5a N σ5a Mu
cg.p σcg.p N
σ2b N σ2b Mu
σ0;2a N σ0;2a Mu
2b 2a 0 σvmin N σvmin Mu
σ0 Mv σ7Mv
σuminMv σ5a σ2b
Mv Mv σumax Mv
σ5b Mv
σ2a Mv
σvmax N σvmax Mu
σ7b N σ7b Mu
σ5b N σ5b Mu
7
5a 5b
v σ5a N σ5a Mu
cg.p
u σcg.p N
σ2b N σ2b Mu
2a 2b σ2a N σ2a Mu
0
σ0 N σ0 Mu
σvminN σvminMu
136
SECÇÕES SEM REFORÇOS
As larguras efectivasp idealizados apresentados na Figura B.8, podem ser obtidos por:
z0
b2s.e
5 3e 6
hs.e2
2e2
z;v
4
cg.seff y;u
3
z0.cg.seff
hs.e1
2e1
y0
1e 2 1e 1
b1s.e y0.cg.seff
z0;z
b2s.e
5 3e 6
v
hs.e2
2e2
cg.seff y
β
u
z0.cg.seff,z0.sc.seff
3
hs.e1
2e1
y0
1e 1 1e 2
b1s.e
137
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
As larguras efectivasp nominais apresentados na Figura B.9, podem ser obtidos por:
138
SECÇÕES SEM REFORÇOS
b2p.e z0
5a 5b 3e 6 7
hp.e2
2e2
z;v
4
cg.peff y;u
z0.cg.peff
hp.e1
2e1
y0
2b 2a
1e 1 0
b1p.e y0.cg.peff
b2p.e z0;z
5a 5b 3e 6 7
v
hp.e2
2e2
cg.peff y
β
u
z0.cg.peff,z0.sc.peff
3
hp.e1
2e1
y0
0 1 1e 2a 2b
b1p.e
139
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
140
SECÇÕES COM REFORÇOS SIMPLES
ANEXO C
bg2 bg2
cg2
cg2
r2 r4 r2 r4
α4 α4
tg tg
hg
hg
α3
α3
cg1
r1 r3 r3 r1
cg1
bg1 bg1
cg2
r4
r2 bg2
tg
hg
bg1
r1
r3
cg1
Figura C.1 – Dados geométricos de C’s e de Z’s com reforços simples – secção bruta real.
141
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
As larguras brutas idealizadas apresentadas na Figura C.2, podem ser obtidas por:
• hs = hg − Δ1 − Δ 2 • Δ1 = t g 2 ⋅ tan(φ1 ) • φ1 = (180º − α 1 ) 2
• b1s = b1g − Δ 1 − Δ 3 • Δ 2 = t g 2 ⋅ tan(φ 2 ) • φ 2 = (180º − α 2 ) 2
• b 2 s = b 2g − Δ 2 − Δ 4 • Δ 3 = t g 2 ⋅ tan(φ 3 ) • φ 3 = (180º − α 3 ) 2
• c1s = c1g − Δ 3 • Δ 4 = t g 2 ⋅ tan(φ 4 ) • φ 4 = (180º − α 4 ) 2
• c 2 s = c 2g − Δ 4 (C.1)
b2s z0
8 9 4 10 11
c2s
5
12
z;v 13
7
3
z0.cg.s,z0.sc.s
6
0
1
1
c1s
y0
5 4 2 3 2
b2s z0;z
8 9 4 10 11
c2s
v 5
12
13
7
3 cg.s,sc.s y
hs
β
u
z0.cg.s,z0.sc.s
0
1
1
c1s
y0
2 3 2 4 5
b1s
142
SECÇÕES COM REFORÇOS SIMPLES
y 4 = y 3 − b1s.i ⋅ k c y 9 = y 8 + b 2s.e1
• •
z4 = z3 z9 = z8 (C.2)
143
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
b2p z0
8a 8b 9 4 10 11a 11b
c2p
5
12
z;v 13
7
z0.cg.p,z0.sc.p
6
0
1
1
c1p
y0
5b 5a 4 2 3 2b 2a
b1p y0.sc.p y0.cg.p
z0;z
b2p
8a 8b 9 4 10 11a 11b
c2p
v 5
12
13
7
cg.p,sc.p y
3
hp
β
u
z0.cg.p,z0.sc.p
6
0
1
1
c1p
y0
2a 2b 5a 5b
3 2 4
b1p
Figura C.3 – Secção bruta nominal de um C e de um Z com reforços simples.
As larguras brutas nominais apresentadas na Figura C.3, podem ser obtidas por:
144
SECÇÕES COM REFORÇOS SIMPLES
z 0 = 0 + (c1p + gr 3 ) ⋅ sin(2 ⋅ φ 3 ) ⋅ k h
145
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
C.2.1.2. Tensões axiais para esforços máximos na secção bruta (sem instab.)
σ0;13 Mv σumax Mv
σ5b;8a σσ2b;11a
Mv
Mv 2a;11b
σumin Mv σ5a;8b Mv
Mv
cg.p σcg.p N
0
σ0 N σ0 Mu
σ5b N σ5b Mu
σ2a N N σ2a Mu
σ2b;5a σ2b;5a Mu
5b 5a 2b 2a σvmin N σvmin Mu
σ0 Mv σ13 Mv
σumin Mv σ8a Mv σ5b Mv σ11a Mvσ11b Mv σumax Mv
σ2aMv
σ2b Mv σ8b Mv
σ5a Mv
8a 8b
σ8b σ8b
v σ8a N σ8a Mu
13
σ13 N σ13 Mu
cg.p
u σcg.p N
σ0 N σ0 Mu
0
σ5b N σ5b Mu
5a 5b σ5a NN σ5a MuMu
σ2a N σ2a Mu
σ2b N σ2b Mu
2a 2b
σvmin σvmin
Figura C.4 – Tensões na secção bruta nominal de um C e de um Z com reforços simples.
146
SECÇÕES COM REFORÇOS SIMPLES
b2s.e1 b2s.e2 z0
8 4e1 9 10 4e2 11
c2s.e
5e
hs.e2
3e2 12
z;v
7
cg.seff y;u
z0.cg.seff,z0.sc.seff 6
hs.e1
3e1 1
1e y0
c1s.e
5 2e2 4 3 2e1 2
8 4e1 9 10 4e2 11
hs.e2
v 5e
3e2 12
cg.seff y
β
u
6
z0.cg.seff
hs.e1
1 3e1
c1s.e
1e y0
b1s.e1 b1s.e2 2 2e1 3 4 2e2 5
As larguras efectivas idealizadas apresentadas na Figura C.5, podem ser obtidas por:
N Mu Mv N Mu Mv N Mu Mz
• hs.e1 = hs.e1 ; hs.e1 ; hs.e1 • b is.e1 = b is.e1 ; b is.e1 ; b is.e1 • c is.e = c is.e ; c is.e ; c is.e
• c is.i = c is − c is.e
N Mu Mv N Mu Mv
• hs.e2 = hs.e2 ; hs.e2 ; hs.e2 • b is.e 2 = b is.e 2 ; b is.e2 ; b is.e 2
147
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
y 4 = y 3 − b1s.i ⋅ k c y 9 = y 8 + b 2s.e1
• •
z4 = z3 z9 = z8 (C.6)
148
SECÇÕES COM REFORÇOS SIMPLES
b2s.e1 b2s.e2 z0
8 4e1 9 10 4e2 11
c2s.e
5e
hs.e2
3e2 12
z;v
7
cg.seff y;u
z0.cg.seff,z0.sc.seff
6
hs.e1
3e1 1
1e y0
c1s.e
5 2e2 4 3 2e1 2
8 4e1 9 10 4e2 11
hs.e2
v 5e
3e2 12
cg.seff y
β
u
6
z0.cg.seff
hs.e1
1 3e1
c1s.e
1e y0
b1s.e1 b1s.e2 2 2e1 3 4 2e2 5
As larguras efectivas nominais apresentadas na Figura C.6, podem ser obtidas por:
N Mu Mv N Mu Mv N Mu Mz
• hp.e1 = hp.e1 ; hp.e1 ; hp.e1 • b ip.e1 = b ip.e1 ; b ip.e1 ; b ip.e1 • c ip.e = c ip.e ; c ip.e ; c ip.e
• c ip.i = c ip − c ip.e
N Mu Mv N Mu Mv
• hp.e2 = hp.e 2 ; hp.e 2 ; hp.e 2 • b ip.e2 = b ip.e 2 ; b ip.e2 ; b ip.e 2
149
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
z 0 = 0 + (c1p + gr 3 ) ⋅ sin(2 ⋅ φ 3 ) ⋅ k h
y 2b = y 2a − gr 3 ⋅ (1 + cos( 2 ⋅ φ 3 )) ⋅ k c y 9 = y 8a + b 2p.e1
• •
z 2b = z 2a − gr 3 ⋅ sin( 2 ⋅ φ 3 ) ⋅ k h z 9 = z 8a
150
SECÇÕES COM REFORÇOS DUPLOS
ANEXO D
bg2 bg2
cg2
cg2
r2 r4 r2 r4
180-α4 180-α4
r6 r6
dg2 dg2
tg tg
hg
hg
dg1 dg1
r5 r5
r1 r3 180-α3 180-α3 r3 r1
cg1
cg1
bg1 bg1
dg2
bg2
r6
cg2
α6
r2 r4
cg2
α4 r6
r4
r2 bg2
dg2
tg tg
hg
hg
dg1 bg1
r1
α 3
r3
r5
cg1
cg1
r1 r3
α5
r5
bg1
dg1
Figura D.1 – Dados geom. de C’s e Z’s e “Hat’s” c/ ref. duplos e “Racks” – secção bruta real.
151
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
As larguras brutas idealizados apresentadas na Figura D.2, podem ser obtidas por:
• h s = hg − Δ 1 − Δ 2 • Δ1 = t g 2 ⋅ tan(φ1 ) • φ1 = (180º − α 1 ) 2
• b1s = b1g − Δ1 − Δ 3 • Δ 2 = t g 2 ⋅ tan(φ 2 ) • φ 2 = (180º − α 2 ) 2
• b 2 s = b 2g − Δ 2 − Δ 4 • Δ 3 = t g 2 ⋅ tan(φ 3 ) • φ 3 = (180º − α 3 ) 2
• c1s = c1g − Δ 3 − Δ 5 • Δ 4 = t g 2 ⋅ tan(φ 4 ) • φ 4 = (180º − α 4 ) 2
• c 2 s = c 2g − Δ 4 − Δ 6 • Δ 5 = t g 2 ⋅ tan(φ 5 ) • φ 5 = (180º − α 5 ) 2
• d1s = d1g − Δ 5 • Δ 6 = t g 2 ⋅ tan(φ 6 ) • φ 6 = (180º − α 6 ) 2
• d 2 s = d 2g − Δ 6 (D.1)
152
SECÇÕES COM REFORÇOS DUPLOS
z0
b2s
11 12 5 13 14
c2s
15 6
19 18 16
z;v 17
7
d2s 10
d1s
z0.cg.s,z0.sc.s
9
1 2
0 1 3
4 2 y0
c1s 8 7 3 6 5
11 12 5 13 14
cg2
c2s
v 15 6
19 18 16
17
7
b4s 10
4 cg.s,sc.s y
hs
β
b1s u
z0.cg.s,z0.sc.s
2 1
3 1 0
2 4
y0
c1s
5 6 3 7 8
b2s
As larguras brutas nominais apresentadas na Figura D.3, podem ser obtidos por:
153
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
y 8b = y 8a + gr1 ⋅ ( −k c + cos(2 ⋅ φ1 ))
•
z 8b = z 8a + gr1 ⋅ sin(2 ⋅ φ1 ) (D.4)
154
SECÇÕES COM REFORÇOS DUPLOS
b2p z0
c2p
15 6
19 18 16
17a
z;v 17b
7
d2p 10
z0.cg.p,z0.sc.p
9
1 2a
0 1 2b
3
4
2 y0
c1p
8b 8a 5b 5a
7 3 6
b1p y0.sc.p y0.cg.p
z0;z
b2p
v 15 6
16
19 18 17a
17b
7
d2p 10
cg.p,sc.p y
hp
4
β
d1p u
z0.cg.p,z0.sc.p
2a 1
2b 1 0
3
2 4
y0
c1p
5a 5b 8a 8b
6 3 7
b1p
155
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
D.2.1.2. Tensões axiais para esforços máximos na secção bruta (sem instab.)
cg.p σcg.p N
2a
σ0;2a N σ0;2a Mu
0 2b σ2b N σ2b Mu
σ8b N σ8b MuMu
σ5a N N σ5a Mu
σ5b;8a σ5b;8a
8b 8a 5b 5a σvminN σvmin Mu
σ2b Mvσ2a Mv σ17b Mv σ17a Mv
σumin Mv σumax Mv
σ5a Mv σ11a Mv σ8b Mv σ14a Mvσ14b Mv
σ5b Mvσ0 Mv σ11b Mv σ19 Mv
σ8a Mv
cg.p
u σcg.p N
σ0 N σ0 Mu
σ2a NN σ2a Mu
2a
0
σ8b N σ8b Mu
σ2b N σ2b Mu
σ8a N σ8a MuMu
2b
8a 8b
σ5a N σ5a Mu
σ5b N σ5b Mu
5a 5b
σvmin σvmin
156
SECÇÕES COM REFORÇOS DUPLOS
As larguras efectivasp idealizadas apresentadas na Figura D.5, podem ser obtidos por:
b2s.e1 b2s.e2 z0
c2s.e
11 5 e1 12 13 5 e2 14
11
1
6 e1
c2s.e
15
h.s.e2
16
4e2 19 18 6 e2
2
z;v 17
7e
d2s.e 10
cg.seff y;u
d1s.e
9
z0.cg.seff
1e 2
h.s.e1
4e1 2 e1
c1s.e1
0 1 3
4
2e2 y0
c1s.e2
8 3e2 7 6 3e1 5
z0;z
b2s.e1 b2s.e2
c2s.e1
11 5e1 12 13 5e2 14
6e1
v
c2s.e2
15
hs.e2
16
4e2 19 18 6e2
17
7e
d2s.e 10
cg.seff y
β
d1s.e u
9
z0.cg.seff
2 1e
hs.e1
2e1 1 0 4e1
c1s.e1
3
4
2e2 y0
c1s.e2
5 3e1 6 7 3e2 8
b1s.e1 b1s.e2
157
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
158
SECÇÕES COM REFORÇOS DUPLOS
b2p.e1 b2p.e2 z0
c2p.e
2e2
c2p.e
15
16 2e1
hp.e2
19 18
2
4e2 17a
z;v 17b
1e
d2p.e 10
cg.peff y;u
d1p.e
9
z0.cg.peff
1e 2a
hp.e1
2b
4e1 0 1
2e1
1
3
c1p.e
4
2e2 y0
c1p.e2
8b 8a 5b 5a
3e2 7 6 3e1
b1p.e2 b1p.e1 y0.cg.peff
2e2
c2p.e
v 15
hp.e2
16 2e1
2
19 18
4e2 17a
17b
1e
d2p.e 10
cg.peff y
β
d1p.e u
9
z0.cg.peff
2a 1e
hp.e1
2b
1 0 4e1
2e1
c1p.e
3
4
y0
1
2e2
c1p.e2
5a 5b 8a 8b
3e1 6 7 3e2
b1p.e1 b1p.e2
159
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
As larguras efectivasp nominais apresentadas na Figura D.6, podem ser obtidas por:
• cip.i = cip − cip.e1 − cip.e 2
N Mu Mv N Mu Mv
• hp.e1 = hp.e1 ; hp.e1 ; hp.e1 • bip.e2 = bip.e 2 ; bip.e2 ; bip.e2
• bip.i = bip − bip.e1 − bip.e 2
N Mu Mv N Mu Mv
• hp.e 2 = hp.e 2 ; hp.e2 ; hp.e 2 • dip.e = dip.e ; dip.e ; dip.e
• hp.i = hp − hp.e1 − hp.e2 • dip.i = dip − dip.e
N Mu Mz
• cip.e1 = cip.e1 ; cip.e1 ; cip.e1
N Mu Mv N Mu Mv
• bip.e1 = bip.e1 ; bip.e1 ; bip.e1 • cip.e2 = cip.e 2 ; cip.e 2 ; cip.e 2 • i=1e2 (D.7)
160
SECÇÕES COM REFORÇOS DUPLOS
161
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
162
SECÇÕES EFECTIVAS – PROCESSOS ITERATIVOS
ANEXO E
E.1. RESUMO
No presente anexo, apresentam-se os métodos iterativos propostos pelo EC3 [E.1-E.5] para o
cálculo das secções efectivas associadas às instabilidades devidas a modos locais e/ou
distorcionais. Em relação ao exposto no capítulo 4 da presente dissertação, os procedimentos
em cada passo são basicamente os mesmos, com a diferença de serem repetidos por meio de
processos iterativos até se atingir um determinado critério de convergência. Salienta-se que
qualquer um destes processos iterativos é facultativo.
E.2.1. Secção efectivap para a instabilidade local – cálculo das larguras efectivasp
A primeira etapa na determinação de uma secção efectiva consiste no cálculo da tensão crítica
de instabilidade local σcr.l. Este valor pode ser determinado Exacta ou Aproximadamente, como
descrito no capítulo 4.
163
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Tal como na determinação da secção efectivap para a instabilidade local, também neste caso a
segunda opção (procedimento aproximado, mas bastante complexo e moroso) pode ser
adoptada. Seguindo esta via, pode afirmar-se que o cálculo de propriedades efectivasp devido
à instabilidade distorcional inclui diversos procedimentos utilizados no cálculo das larguras
efectivasp para a instabilidade local. A principal diferença ocorre na análise dos banzos
comprimidos com reforços intermédios e/ou de extremidade. No capítulo 4, abordou-se o
método clássico não iterativo (“standard”), pelo que ir-se-á expôr de seguida alguma
informação complementar que permita descrever melhor a metologia iterativa. Desta forma,
pode afirmar-se que o processo iterativo de determinação das espessuras reduzidas baseia-se
nas seguintes etapas:
(i) Determinação da secção efectiva para a instabilidade local, isto é, calcular as larguras
efectivas dos elementos da secção de acordo com as regras referidas anteriormente
(secções 4.3.1 e E.2.1).
(ii) Com base nas larguras efectivas calculadas em (i), deve proceder-se à determinação da
rigidez equivalente do “reforço” i (Kst.i).
(iii) Após o cálculo da rigidez Kst.i da mola equivalente, procede-se à determinação da tensão
164
SECÇÕES EFECTIVAS – PROCESSOS ITERATIVOS
(vii) Tendo por base o valor de χ(n) d.i ,deve proceder-se à determinação da espessura reduzida
do “reforço” i ( t red.i ) dada por:
⎧⎪t i ⋅ χ (dn.i) ≤ t i ELU com encurvadur a
( n+1)
t red.i =⎨ (E.2)
(n) (n)
⎪⎩t i ⋅ χ d.i ⋅ ( fyb / γ M 0 ) / σ com.Ed.cg.i ≤ t i caso contrário
(vii) Finalmente, e após o cálculo das larguras efectivas (ponto (i)) e das espessura reduzidas
(ponto (vi)), obtém-se a secção efectivap final para a instabilidade local e distorcional (por
isso se referiu anteriormente que este procedimento é misto “local-distorcional”) e podem
determinar-se as propriedades efectivas da secção (área e/ou módulos de flexão).
165
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(i) Determinar os valores de ψ nos elementos paralelos ao eixo de flexão, com base no
diagrama de tensões actuantes devidas a M e nas propriedades brutas da secção.
(ii) Determinar os valores das larguras efectivas nos elementos comprimidos paralelos ao
eixo de flexão. No caso de elementos salientes, caso possuam reforços de extremidade
calculam-se as espessuras efectivas devidas a instabilidade por modo distorcional
através quer do método “standard” sem iteração, quer pelo método “iterativo” que tem
166
SECÇÕES EFECTIVAS – PROCESSOS ITERATIVOS
Percebe-se facilmente, que o método iterativo no seu conjunto, acaba por ser o resultado da
articulação de dois sub-processos que podem ou não ser simultaneamente iterativos:
(i) no cálculo das larguras efectivas e (ii) no cálculo das espessuras efectivas.
167
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
168
EXEMPLO NUMÉRICO 1
ANEXO F
F. EXEMPLO NUMÉRICO 1
F.1. RESUMO
A secção em estudo foi analisasa por Batista na Universidade de Liège [F.6, F.7].
bg2
r3 r4
cg2
tg
hg
cg1
r2 r1
bg1
O que material que compõe a barra é um aço macio com: (i) fy = 360 MPa; (ii) fy. exp = 397 MPa e
(iii) fu. exp = 540 MPa. A secção está sujeita aos seguintes esforços: |N| = 20.0 kN; |Mu|= 4.7 kN/m;
|Mv|= 1.1 kN/m. Estudaram-se, todas as combinações possíveis destes esforços, quer de sinal, quer de
simultaneadade.
169
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Pretendeu-se com este anexo, expôr da forma mais clara e completa possível os procedimentos
e grandezas intermédias necessárias ao cálculo da resistência de barras. Por essa razão, foram
apresentados, em alguns casos, de forma bastante exaustiva valores intermédios de cálculo,
que tiveram, somente, o objectivo de permitir a alguém que consulte este documento confirmar
se os valores que está a obter no seu próprio cálculo estão correctos.
As larguras brutas idealizadas apresentadas nas Figuras F.2 e F.3, podem ser obtidas por:
• hs = 153.0 mm • ∆1= ∆2= ∆3= ∆4= 1.0 mm
• b1s = b2s = 75.0 mm • φ1 = φ2 = φ3 = φ4 = 45º
• c1s = c2s = 30.0 mm • n=4
α1 / 2
c1 s
2
α1 /
cg 1
tg / 2
tg / 2
linha
média
φ1
tg / 2
φ1
Δ1
b1s Δ1
bg1
Figura F.2 – Linha média e larguras idealizadas com troços rectos (idealised flat widths).
z
b2s
8 9 4 10 11
c2s
2
12
v 13
7
sc.s cg.s u
hs
3
zcg.s,zsc.s
6
0
1
c1s
1
y
5 4 2 3 2
170
EXEMPLO NUMÉRICO 1
Cálculo de propriedades
Elem. Extremidades y0.ik.s z0.ik.s y0.jk.s z0.jk.s y0.cg.k.s z0.cg.k.s θk.s sk.s tk.s Ak.s
k i j mm mm mm mm mm mm º mm mm mm2
1s 1 2 75.0 30.0 75.0 0.0 75.0 15.0 270.0 30.0 2.0 60.0
2s 2 3 75.0 0.0 37.5 0.0 56.25 0.0 180.0 37.5 2.0 75.0
2s 4 5 37.5 0.0 0.0 0.0 18.75 0.0 180.0 37.5 2.0 75.0
3s 5 6 0.0 0.0 0.0 76.5 0.0 38.25 90.0 76.5 2.0 153.0
3s 7 8 0.0 76.5 0.0 153.0 0.0 114.75 90.0 76.5 2.0 153.0
4s 8 9 0.0 153.0 37.5 153.0 18.75 153.0 0.0 37.5 2.0 75.0
4s 10 11 37.5 153.0 75.0 153.0 56.25 153.0 00.0.0 37.5 2.0 75.0
5s 11 12 75.0 153.0 75.0 123.0 75.0 138.0 270.0 30.0 2.0 60.0
Quadro F.1 – Coordenadas de nós, ângulos com a horizontal, comprim., espessuras e área dos elementos da secção bruta idealizada.
NOTA: Rigorosamente, para a análise da secção bruta, apenas se tem que considerar 1 sub-
-elemento por cada elemento da secção; no entanto, como para a análise de secções efectivas
se têm de considerar 3 sub-elementos (2 efectivos e 1 inefectivo) nos elementos interiores e 2
sub-elementos (1 efectivo e 1 inefectivo) nos elementos salientes, optou-se por se sub-dividir os
elementos da secção bruta, para se poder utilizar a mesma base de cálculo quer para secções
brutas como efectivas. O critério de sub-divisão da secção bruta foi o o seguinte:
171
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Elem. Iyθ.k.s Izθ.k.s Iy0l.k.s Iz0l.k.s Iyz0l.k.s Sy0.k.s Iy0.k.s Sz0.k.s Iz0.k.s Iyz0.k.s
4 4 4 4 4 3 4 3 4
k mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm4
1s
2s
3s
4s
5s
Quadro F.2 – Momentos de inércia próprios, Momentos estáticos e de Inércia dos elementos da secção em torno do referencial base y0-z0.
y0.cg.s z0.cg.s Σsk.s As Sy0.s Iy0.s Sz0.s Iz0.s Iyz0.s Iy0.s* Iz0.s* Iyz0.s*
2 3 4 3 4 4 4 4
mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm4
27.8926 76.5000 363.0 726.0 55539 7064308 20250 1237642 1549125 7064208 1237500 1549125
Quadro F.3 – Coordenadas do centro de gravidade no referencial y0-z0., Área, Momentos estáticos e de
inércia em torno do referencial y0-z0 com e sem inércia própria da secção
172
EXEMPLO NUMÉRICO 1
Elem. It.k.s Iy0.k.s* Iz0.k.s* Iyz0.k.s* Elem. It.k.s Iy0.k.s* Iz0.k.s* Iyz0.k.s*
4 4 4 4 4 4 4
k mm mm mm mm k mm mm mm mm4
1s 3s
2s 4s
5s
1s 0 1
2s 3 4
3s 6 7
4s 9 10
5s 12 13
Quadro F.6 – Coordenadas do centro de corte nos referenciais y0-z0 , y-z e u-v.
173
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Quadro F.8 – Momentos de inércia em torno do referencial y-z, Ângulo β dos Eixos Principais de
Inércia u-z com o referencial y-z e respectivos Momentos de Inércia, Constante de
empenamento, Inércias de torsão de Saint-Venant e polar da secção.
Elem. ωsik.s ωsjk.s yik.s zik.s yjk.s zjk.s uik.s vik.s ujk.s vjk.s ucg.k.s vcg.k.s
k mm² mm² mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm
1s
1s -9900 -8884 47.107 -46.5 47.107 -76.5 47.107 -46.5 47.107 -76.5 47.107 -61.5
2s -8884 -6015 47.107 -76.5 9.607 -76.5 47.107 -76.5 9.607 -76.5 28.357 -76.5
2s
2s -6015 -3147 9.607 -76.5 -27.893 -76.5 9.607 -76.5 -27.893 -76.5 -9.143 -76.5
3s -3147 0 -27.893 -76.5 -27.893 0.0 -27.893 -76.5 -27.893 0.0 -27.893 -38.25
3s
3s 0 3147 -27.893 0.0 -27.893 76.5 -27.893 0.0 -27.893 76.5 -27.893 38.25
4s 3147 6015 -27.893 76.5 9.607 76.5 -27.893 76.5 9.607 76.5 -9.143 76.5
4s 6015 6015 9.607 76.5 9.607 76.5 9.607 76.5 9.607 76.5 9.607 76.5
4s
5s 8884 9900 47.107 76.5 47.107 46.5 47.107 76.5 47.107 46.5 47.107 61.5
5s
Quadro F.9 – Coordenadas sectoriais em relação ao centro de corte; Coordenadas dos nós nos referenciais y-z e u-v.
Mu Mu Mv Mv
ωmean.s ωs,max.s uj.s vj.s us.min us.max vs.min vs.max ∫(u2+v2)·u ∫(u2+v2)·v σ min.s σ max.s σ min.s σ max.s
mm2 mm2 mm mm mm mm mm mm mm5 mm5 σ max.Ed σ max.Ed σ max.Ed σ max.Ed
4384 9900 -92.993 0.00 -28.893 48.107 -77.50 77.50 32245552 0 1.0 -1.0 -0.6006 1.0
Quadro F.10 – Coordenadas sectorial média e máxima, factores uj e vj ; Coordenadas das fibras extremas no referencial
u-v, Integrais para cálculo dos factores uj e vj ;Tensões axiais nas fibras extremas devidas a momentos em
torno de u e v como quociente com a máxima tensão.
174
EXEMPLO NUMÉRICO 1
Mu Mu Mv Mv
Elem. ∆uk.s ∆vk.s ∫k(u2+vz2)·u ∫k(u2+v2)·v uk.s.min uk.s.max vk.s.min vk.s.max σ ik.s σ jk.s σ ik.s σ jk.s
k mm mm mm5 mm5 mm mm mm mm σ max.Ed σ max.Ed σ max.Ed σ max.Ed
1s
1s 0.0 -30.0 17174507 -22975271 46.107 48.107 -76.5 -46.5 0.6 0.9871 0.9792 0.9792
2s -37.5 0.0 14904578 -38863426 9.607 47.107 -77.5 -75.5 0.9871 0.9871 0.9792 0.1997
2s
2s -37.5 0.0 -4311220 -34729225 -27.893 9.607 -77.5 -75.5 0.9871 0.9871 0.1997 -0.5798
3s 0.0 76.5 -11645088 -21677436 -28.893 -26.893 -76.5 0.0 0.9871 0.0 -0.5798 -0.5798
3s
3s 0.0 76.5 -11645088 21677436 -28.893 -26.893 0.0 76.5 0.0 -0.9871 -0.5798 -0.5798
4s 37.5 0.0 -4311220 34729225 -27.893 9.607 75.5 77.5 -0.9871 -0.9871 -0.5798 0.1997
4s
4s 37.5 0.0 14904578 38863426 9.607 47.107 75.5 77.5 -0.9871 -0.9871 0.1997 0.9792
5s 0.0 -30.0 17174507 22975271 46.107 48.107 46.5 76.5 -0.9871 -0.6 0.9792 0.9792
5s
Quadro F.11 – Diferença de dos valores u e v das coordenadas dos nós no referencial u-v; Integrais parciais para
obtenção dos factores uj e vj; Coordenadas das fibras extremas no referencial u-v; Tensões axiais nos nós
dos elementos da secção devidas a momentos em torno de u e v relativamente à máxima tensão.
175
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
As larguras brutas idealizadas apresentadas nas Figuras F.4 e F.5, podem ser obtidas por:
• hp = 151.243 mm • b1p = b2p = 73.243 mm • n=4
• gr1= gr2= gr3= gr4= 0.879 mm • c1p = c2p = 29.121 mm
tg / 2
α1 / 2
c1p
2
c1s
α1 /
tg / 2
linha
média
tg / 2
gr1
b1p gr1
b1s
z
b2p
8a 8b 9 10 11a 11b
c2p
12
v 13
7
sc.p cg.p u
hp
zcg.p,zsc.p
6
0
1
c1p
y
5b 5a 4 3 2b 2a
b1p ysc.p ycg.p
176
EXEMPLO NUMÉRICO 1
Cálculo de propriedades
Elem. Extremidades y0.ik.s z0.ik.s y0.jk.s z0.jk.s y0.cg.k.s z0.cg.k.s θk.s sk.s tk.s Ak.s
k i j mm mm mm mm mm mm º mm mm mm2
1p 1 2a 75.0 30.0 75.0 0.879 75.0 15.439 270.0 29.121 2.0 58.243
2p 2b 3 74.121 0.0 37.5 0.0 55.811 0.0 180.0 36.621 2.0 73.243
2p 4 5a 37.5 0.0 0.879 0.0 19.189 0.0 180.0 36.621 2.0 73.243
3p 5b 6 0.0 0.879 0.0 76.5 0.0 38.689 90.0 75.621 2.0 151.243
3p 7 8a 0.0 76.5 0.0 152.121 0.0 114.311 90.0 75.621 2.0 151.243
4p 8b 9 0.879 153.0 37.5 153.0 19.189 153.0 0.0 36.621 2.0 73.243
4p 10 11a 37.5 153.0 74.121 153.0 55.811 153.0 0.0 36.621 2.0 73.243
5p 11b 12 75.0 152.121 75.0 123.0 75.0 137.561 270.0 29.121 2.0 58.243
Quadro F.12 – Coordenadas de nós, ângulos com a horizontal, comprimentos, espessuras e área dos elementos da secção bruta nominal.
y0.cg.p z0.cg.p Σsk.p Ap Sy0.p Iy0.p Sz0.p Iz0.p Iyz0.p Iy0.p* Iz0.p* Iyz0.p*
2 3 4 3 4 4 4 4
mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm4
27.7028 76.5000 355.9706 711.94 54463 6900224 19723 1198329 1508794 6900127 1198189 1508794
Quadro F.13 – Coordenadas do centro de gravidade no referencial y0-z0., Área, Momentos estáticos e de
inércia em torno do referencial y0-z0 com e sem inércia própria da secção
Quadro F.14 – Momentos de inércia em torno do referencial y-z, Ângulo β dos Eixos Principais de Inércia u-z com o
referencial y-z e respectivos Momentos de Inércia, Constante de empenamento, Inércias de torsão de
Saint-Venant e polar da secção.
177
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Elem. Iyθ.k.p Izθ.k.p Iy0l.k.p Iz0l.k.p Iyz0l.k.p Sy0.k.p Iy0.k.p Sz0.k.p Iz0.k.p Iyz0.k.p
4 4 4 4 4 3 4 3 4
k mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm4
1p
2p
3p
4p
5p
Quadro F.15 – Momentos de inércia próprios, Momentos estáticos e de nércia dos elementos da secção em torno do referencial base y0-z0.
Elem. It.k.p Iy0.k.p* Iz0.k.p* Iyz0.k.p* Elem. It.k.p Iy0.k.p* Iz0.k.p* Iyz0.k.p*
k mm4 mm4 mm4 mm4 k mm4 mm4 mm4 mm4
1p 3p
2p 4p
5p
Quadro F.16 – Inércia de torsão de Saint-Venant e Momentos de inércia dos elementos da secção
em torno do referencial base y0-z0., sem a inércia própria
Quadro F.17 – Coordenadas do centro de corte nos referenciais y0-z0 , y-z e u-v.
178
EXEMPLO NUMÉRICO 1
1p 0 1
2p 3 4
3p 6 7
4p 9 10
5p 12 13
Elem. ωsik.p ωsjk.p yik.p zik.p yjk.p zjk.p uik.p vik.p ujk.p vjk.p ucg.k.p vcg.k.p
k mm² mm² mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm
1p
1p -9903 -8919 47.297 -46.5 47.297 -75.621 47.297 -46.5 47.297 -75.621 47.297 -61.061
2p -8823 -6022 46.418 -76.5 9.797 -76.5 46.418 -76.5 9.797 -76.5 28.108 -76.5
2p
2p -6022 -3220 9.797 -76.5 -26.824 -76.5 9.797 -76.5 -26.824 -76.5 -8.514 -76.5
3p -3117 0 -27.703 -75.621 -27.703 0.0 -27.703 -75.621 -27.703 0.0 -27.703 -37.811
3p
3p 0 3117 -27.703 0.0 -27.703 75.621 -27.703 0.0 -27.703 75.621 -27.703 37.811
4p 3220 6022 -26.824 76.5 9.797 76.5 -26.824 76.5 9.797 76.5 -8.514 76.5
4p
4p 6022 8823 9.797 76.5 46.418 76.5 9.797 76.5 46.418 76.5 28.108 76.5
5p 8919 9903 47.297 75.621 47.297 46.5 47.297 75.621 47.297 46.5 47.297 61.061
5p
Quadro F.20 – Coordenadas sectoriais em relação ao centro de corte; Coordenadas dos nós nos referenciais y-z e u-v.
179
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Mv
ωmean.p ωs,max.p uj.p vj.p up.min up.max vp.min vp.max ∫(u2+v2)·u ∫(u2+v2)·v σ min.p
Mu
σ max.p
Mu
σ min.p
Mv
σ max.p
4368 9903 -93.301 0.00 -28.703 48.297 -77.50 77.50 31773567 0 1.0 -1.0 0.5943 -1.0
Quadro F.21 – Coordenadas sectorial média e máxima; Factores uj e vj ; Coordenadas das fibras extremas no referencial
u-v; Integrais para cálculo dos factores uj e vj ;Tensões axiais nas fibras extremas devidas a momentos em
torno de u e v como quociente com a máxima tensão.
Elem. ∆uk.p ∆vk.p ∫k(u2+vz2)·u ∫k(u2+v2)·v uk.p.min uk.p.max vk.p.min vk.p.max σ ik.p
Mu
σ jk.p
Mu
σ ik.p
Mv
σ jk.p
Mv
k mm mm mm5 mm5 mm mm mm mm
σ max.Ed σ max.Ed σ max.Ed σ max.Ed
1p
1p 0.0 -29.121 16627703 -21969034 46.297 48.297 -75.621 -46.5 0.6 0.9758 0.9793 0.9793
2p -36.621 0.0 14364680 -37843415 9.797 46.418 -77.5 -75.5 0.9871 0.9871 0.9611 0.2029
2p
2p -36.621 0.0 -3903438 -33822827 -26.824 9.797 -77.5 -75.5 0.9871 0.9871 0.2029 -0.5554
3p 0.0 75.621 -11202162 -20739815 -28.703 -26.703 -75.621 0.0 0.9758 0.0 -0.5736 -0.5736
3p
3p 0.0 75.621 -11202162 20739815 -28.703 -26.703 0.0 75.621 0.0 -0.9758 -0.5736 -0.5736
4p 36.621 0.0 -3903438 33822827 -26.824 9.797 75.5 77.5 -0.9871 -0.9871 -0.5554 0.2029
4p
4p 36.621 0.0 14364680 37843415 9.797 46.418 75.5 77.5 -0.9871 -0.9871 0.2029 0.9611
5p 0.0 -29.121 16627703 21969034 46.297 48.297 46.5 75.621 -0.9758 -0.6 0.9793 0.9793
5p
Quadro F.22 – Diferença de dos valores u e v das coordenadas dos nós no referencial u-v; Integrais parciais para obtenção
dos factores uj e vj; Coordenadas das fibras extremas no referencial u-v; Tensões axiais nos nós dos
elementos da secção devidas a momentos em torno de u e v relativamente à máxima tensão.
180
EXEMPLO NUMÉRICO 1
A secção bruta idealizada tendo em conta os cantos curvos pelas expressões (3.5) e (3.6) tem
as seguintes propriedades corrigidas:
Existe uma grande aproximação entre todos os valores aproximados e os exactos, sendo que os
obtidos da secção idealizada se aproximam por excesso, enquanto os obtidos da secção
nominal por defeito. Salienta-se, no entanto, que as propriedades obtidas a partir da secção
idealizada nem sempre se aproximam de forma tão precisa, variando bastante com o aumento
do raio de curvatura dos cantos e com o aumento da inércia dos perfis.
k ⋅ n ⋅ t2 7 ⋅ 4 ⋅ 22 540 + 360
fya.s = fyb + ( fu − fyb ) ⋅ = 360 + (540 − 360) ⋅ = 387.77 ≤ = 450 (F.1)
As 726.00 2
k ⋅ n ⋅ t2 7 ⋅ 4 ⋅ 22 540 + 360
fya.p = fyb + ( fu − fyb ) ⋅ = 360 + (540 − 360) ⋅ = 388.32 ≤ = 450 (F.1)
Ap 711.94 2
181
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
F.3.1.3. Tensões axiais para esforços máximos na secção bruta (sem instab.)
σ11;13 Mv σumax Mv
σumin Mv
σ5;8 Mv σ0;2 Mv
8 11
σvmax N σvmax Mu
σ8;11N σ8;11Mu
13 σ13 N σ13 Mu
cg.s σcg.s N
0
σ0 N σ0 Mu
σ2;5 N σ2;5 Mu
5 2 σvmin N σvmin Mu
M M Mu
• σ 2.us = 0.987·fy MPa • σ11u.s = -0.987·fy MPa • σ v min .s = 1.000·fy MPa
M M
• σ 5.us = 0.987·fy MPa • σ13u.s = -0.600·fy MPa
M M Mv
• σ 2.vs = 0.979·fy MPa • σ11v.s = 0.979·fy MPa • σ umin .s = -0.601·fy MPa
M M
• σ 5.sv = -0.580·fy MPa • σ13v.s = 0.979·fy MPa
182
EXEMPLO NUMÉRICO 1
σ11b;13 Mv σumax Mv
σ0;2a Mv
σumin Mv σ5b;8a σ2b;11a Mv
Mv
σ5a;8b Mv
13 σ13 N σ13 Mu
cg.p σcg.p N
0
σ0 N σ0 Mu
σ2a;5b N σ2a;5b Mu
σ2b;5a N
σ2b;5a Mu
5b 5a 2b 2a σvminN σvminMu
M M Mu
• σ 5au.p = 0.987·fy MPa • σ11ua.p = -0.987·fy MPa • σ v min .p = 1.000·fy MPa
M M Mv
• σ 5av.p = -0.555·fy MPa • σ11va.p = 0.961·fy MPa • σ umin .p = -0.594·fy MPa
183
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
F.3.2.1. Alma
Como a secção é monosimétrica os eixos principais de inércia são paralelos e perpendiculares
aos eixos da alma. A distribuição de tensões é linearmente variável com linha neutra a meia
altura da alma para momentos em torno de u, constante para momentos em torno de v e para
esforço axial, pelo que nem sequer seria necessário saber os valores das tensões.
Para a classificação apenas interessam distribuições onde exista compressão, daí que apenas
se considerem os esforços onde isso aconteça para cada elemento. A alma tem as seguintes
relações geométricas:
c = hp = 151.243 mm ⎫
• ⎬ c / t = 75.6
t = t p = 2.0 mm ⎭
elast .
• c / t > (c / t )lim ⇒ A alma é da Classe 3 para momento em torno de u
(c) Devida a momento negativo em torno de v (para momento positivo está à tracção)
− −
• σ M5bv.p = σ M8av.p = 0.574 ⋅ fy ⇒ ψ = 1.0 ⇒ (c/t)elast.
lim
= 42ε = 33.9 (Quadro 4.1)
elast .
• c / t > (c / t )lim ⇒ A alma é da Classe 4 para momento negativo em torno de v
F.3.2.2. Banzos
184
EXEMPLO NUMÉRICO 1
c = b p1 = 73.243 mm ⎫
• ⎬ c / t = 36.6
t = t bp1 = 2.0 mm ⎭
⎫
+ +
σ M2bv.p = 0.961⋅ fy ⎪ σ M5av.p elast. 42ε
• ⎬ ψ = M v+ = −0.578 ⇒ (c/t) lim = (Quadro 4.1)
+
σ 5Mav.p = −0.555 ⋅ fy ⎪⎭ σ 2b.p 0.67 + 0.33 ⋅ ψ
elast .
• c / t < (c / t )lim = 70.81 ⇒ O banzo é pelo menos da Classe 3 para momento
positivo em torno de v.
(c.2) Momento negativo
⎫
+ +
σ M2bv.p = −0.961⋅ fy ⎪ σ 5Mav.p
• + ⎬ ψ = M +v = −0.578 ⇒ (c / t )lim = 62ε ⋅ [ 1 − (1/ ψ ) ] ⋅ − (1/ ψ )
σ 5Mav.p = 0.555 ⋅ fy ⎪⎭ σ 2b.p
elast .
• c / t < (c / t )lim = 180.12 ⇒ O banzo é pelo menos da Classe 3 para momento
negativo em torno de v.
NOTA: Em ambos os casos, poder-se-ia obter uma distribuição plástica de tensões para ver se
o banzo ainda podia ser classificado como sendo de Classe 1 ou 2, no entanto, dado a alma
ser de Classe 4, não há grande vantagem, pois a classe da secção não irá diminuir.
F.3.2.3. Reforços
c = c p1 = 29.121mm ⎫
• ⎬ c / t = 14.6
t = t cp1 = 2.0 mm ⎭
185
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
⎫
+ +
σ M0.pv = 0.600 ⋅ fy ⎪ σ M2av.p
• ⎬ ψ = M v+ = 1.626 ⇒ k σ = 0.609 ⇒ (c/t)elast. = 21ε ⋅ k σ
M v+
σ 0.p
lim
σ 2a.p = 0.976 ⋅ fy ⎪⎭
elast .
• c / t > (c / t )lim = 13.24 ⇒ O reforço é de Classe 4 para momento positivo em
torno de u.
Para esforço axial e momento em torno da maior inércia (Mu), consideram-se como banzos* os
elementos (aproximadamente) paralelos ao eixo de maior inércia e como almas* os elementos
(aproximadamente) perpendiculares ao eixo de maior inércia. No caso de momento em torno
da menor inércia (Mv), tem-se o inverso, consideram-se como banzos* os elementos
(aproximadamente) perpendiculares ao eixo de maior inércia e como almas* os elementos
(aproximadamente) paralelos ao eixo de maior inércia (ver Figura F.8).
186
EXEMPLO NUMÉRICO 1
banzo* almas*
banzo*
almas*
Mv
banzo*
Mu
alma*
banzo*
almas*
banzo* almas*
(a) Alma*
Para compressão o elemento considerado como alma* corresponde à alma “real” da secção.
hp = 151.243 mm ⎫⎪
• h / t = 75.6
t = t hp = 2.0 mm ⎬⎪⎭ p
8.2
• σ N5b.p = σN8a.p = fy ⇒ ψ hp = 1 ⇒ k σ,hp = = 4.0
1.05 + ψ hp
• hp.c = 151.243 mm ; hp.t = 0.0 mm
(b) Banzos*
Para compressão os elementos considerados como banzos* correspondem aos banzos “reais”
da secção. Para o banzo* correspondente ao banzo inferior “real” obtém-se:
187
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
b p1 = 73.243 mm ⎫
• ⎬ b / t = 36.6
t = t bp1 = 2.0 mm ⎭ p1
8.2
• σ N2b.p = σ N5a.p = fy ⇒ ψ bp1 = 1 ⇒ k σ,bp1 = = 4.0
1.05 + ψ bp1
• b p1.c = 73.243 mm ; b p1.t = 0.0 mm
(c) Reforços
Os reforços são sempre associados ao elemento a que ligam (banzos “reais da secção) pelo
que para compressão se comportam como banzos*. No caso particular de secções com
reforços de extremidade simples, o factor de encurvadura (kσ) é independente da distribuição
de tensões. Por outro lado, pelo referido no ponto 4.3.1 a tensão a utilizar para a obtenção de
larguras efectivasp (para verificação do Estado Limite de Encurvadura) tem de ser igual a
σ max .Ed = fyb / γ M0 , mesmo que a tensão instalada seja inferior, pelo que as larguras efectivasp
para a compressão e momentos em torno de u e v tomam o mesmo valor. Para o reforço
inferior obtém-se:
c p1 = 29.121mm ⎫
• ⎬ c / t = 14.6
t = t cp1 = 2.0 mm ⎭ p1
• σ N0.p = σ N2a.p = fy ⇒ ψ bp1 = 1 ⇒ ψ cp1 = 1
• k σ,cp1 = 0.5 + 0.83 ⋅ (cp1 bp1 − 0.35)2 / 3 = 0.5 + 0.83 ⋅ (0.398 − 0.35)2 / 3 = 0.609
• K ρ.cp1 = 0.188
188
EXEMPLO NUMÉRICO 1
189
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
b2p.e1 b2p.e2 z
c2p.e
5e
hp.e2
3e2 12
v
7
cg.peff,NL u
Δycg.peff,NL
6
zcg.peff,NL
hp.e1
3e1 1
c1p.e
1e y
5b 5a 2b 2a
2e2 4 3 2e1
b1p.e2 b1p.e1 ycg.peff,NL
(a) Alma*
Para momento em torno de u o elemento considerado como alma* corresponde à alma “real”
da secção. Pelo descrito anteriormente, o cálculo de propriedades pressupõe um primeiro
passo em que para a secção efectiva inicial a alma* é considerada toda bruta.
190
EXEMPLO NUMÉRICO 1
(b) Banzos*
Para momento em torno de u os elementos considerados como banzos* correspondem aos
banzos “reais” da secção. Pelo referido a propósito da alma*, apesar da distribuição de
tensões ser diferente para compressão e para momento em torno de u, a tensão a utilizar para
a obtenção de larguras efectivasp tem de ser igual a σ max .Ed = fyb / γ M 0 , logo o apresentado para
a compressão é também válido para momento em torno de u para os banzos*.
(c) Reforços
Os reforços são sempre associados ao elemento a que ligam (banzos “reais da secção) pelo
que para momento em torno de u se comportam como banzos*.
191
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
NOTA: Como se pode observar nos resultados anteriores, dada a assimetria das larguras
efectivas, para além da translação do centro de gravidade, ocorre uma rotação dos eixos
principais de inércia da secção efectiva em relação aos da secção bruta. A abordagem do EC3
despreza estas rotações, assumindo os eixos principais da secção efectiva como paralelos aos
eixos principais da secção bruta. Para secções onde ocorram valores muito grandes dessa
rotação, a metodologia para o cálculo de resistência de secções e de barras definida em
EC3-1-3 [F.4] perde validade. Por esta razão, consideram-se os momentos de inércia em torno
dos eixos principais rodados como aproximadamente iguais aos momentos de inércia em torno
de eixos principais paralelos aos da secção bruta.
(a) Alma*
Tal como referido anteriormente o efeito da eventual instabilidade local nas paredes da alma*
é contabilizado pelo cálculo de larguras efectivasp com base numa distribuição de tensões
secundária numa secção com banzos* efectivos e almas* brutas.
192
EXEMPLO NUMÉRICO 1
σ com.Ed.hp ⋅ γ M0
• λ p.red.hp = λ p.hp ⋅ = λ p.hp = 0.690
fyb
(b) Banzos*
Para ambos os banzos* inferior e superior, as larguras efectivasp iniciais determinadas
anteriormente, são as que juntamente com as secundárias das almas* e dos reforços
constituem a secção efectivap final para momento em torno de u. Por essa razão não é
necessário fazer nenhum cálculo adicional de larguras efectivasp dos banzos* baseado na
distribuição de tensões secundária.
193
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(c) Reforços
Tanto o reforço inferior como o superior, para momentos em torno de u são considerados
como parte dos banzos*, logo, as larguras efectivasp iniciais determinadas anteriormente,
constituem juntamente com as das almas* e dos banzos* a secção efectivap final para momento
positivo em torno de u. Por essa razão não é necessário fazer nenhum cálculo adicional de
larguras efectivasp dos reforços baseado na distribuição de tensões secundária.
194
EXEMPLO NUMÉRICO 1
À semelhança, dos casos casos anteriores, a secção efectiva é constituída pelas parcelas
efectivas e inefectivas da secção bruta. A secção efectivap nominal devida a Mu+ (instab. local)
possui as seguintes propriedades:
+ + + +
• y M0.ucgL .p = 27.299 mm • A pMu L = 695.32 mm2 • IMz.pu L ≈ IMv.pu L = 643447 mm4
+ + + +
• z M0.ucgL .p = 78.196 mm • IMy.pu L ≈ IuM.pu L = 2645883 mm4 • IMyz.usL = 17618 mm4
NOTA: Tal como referido anteriormente, a eventual rotação dos eixos principais de inércia da
secção efectiva em relação aos eixos principais da secção bruta é desprezada. Para secções
valores muito grandes dessa rotação, a metodologia para o cálculo de resistência de secções e
de barras definida em [F.4] EC3-1-3 não é válida.
z
b2p.e1 b2p.e2
5e
Δzcg.peff,MuL+
v 12=13
hp.e2
3e2
cg.peff,MuL+
u β
Δycg.peff,MuL+
zcg.peff,MuL+
1
6
c1p.e
hp.e1
3e1 1e
y
5b 5a 2b 2a
2e2 4 3 2e1
b1p.e2 b1p.e1 ycg.peff,MuL+
195
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(b) Banzo*
Para momento em torno de v o elemento considerado como banzo* corresponde à alma “real”
da secção. Pelo descrito anteriormente, o cálculo de propriedades pressupõe um passo em
que, para a secção efectiva inicial, a alma* é considerada toda bruta e os banzos* efectivos.
Dada a falta de simetria em torno do eixo v, serão analisadas as situações de momentos
positivos e negativos.
NOTA: Como referido no ponto 4.3.1 a tensão de compressão a utilizar para a obtenção de
larguras efectivasp (para verificação do Estado Limite de Encurvadura) tem de ser igual a
σ max .Ed = fyb / γ M0 mesmo que a tensão instalada seja inferior. Para momentos negativos em
torno de v que geram a cedência das fibras com maior coordenada u por tracção, as fibras à
compressão (na alma) têm valores de tensão significativamente inferiores a σ max .Ed = fyb / γ M0
pois o centro de gravidade da secção não está equidistante de ambas)
(c) Reforços
Dado considerarem-se como parte do elemento a que ligam (neste caso os banzos “reais” da
secção) para momento em torno de v são considerados como parte da alma*, pelo que neste
passo de cálculo são considerados brutos quer para momentos negativos quer para positivos.
196
EXEMPLO NUMÉRICO 1
• y M0.cg
+
vL
.p =
27.703 mm • IMy.p+v L = 2733767 mm4 • β pM +v L = 0.0000 º
• z M0.cg
+
vL
.p =
76.500 mm • IMz.p+v L = 651951 mm4 • IuM.p+v L = 2733767 mm4
• A pM +v L = 711.94 mm2 • IMyz.+vpL = 0 mm4 • IMv.p+v L = 651951 mm4
(a) Almas*
Tal como referido anteriormente o efeito da eventual instabilidade local nas paredes da alma*
é contabilizado pelo cálculo de larguras efectivasp com base numa distribuição de tensões
secundária numa secção com banzos* efectivos e almas* brutas. Os elementos considerados
como almas* correspondem aos banzos “reais” da secção.
b p1 = 73.243 mm ⎫
• ⎬ b / t = 36.6
t = t bp1 = 2.0 mm ⎭ p1
σM2bv.p = 0.961⋅ fy ⎫⎪ σM5av.p
• ψ
⎬ bp1 = Mv
= −0.578 ⇒ k σ,bp1 = 7.81− 6.29⋅ ψbp1 + 9.78⋅ ψb2p1 = 14.711
σ5Mav.p = −0.555⋅ fy ⎪⎭ σ2b.p
197
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Para a outra alma* (correspondente ao banzo superior “real” da secção) as larguras efectivas
são iguais.
• bp2.e1 = bp2.e2 = 0.5 ⋅ 73.243 = 36.621 mm ; bp1.i = 0.0 mm
b p1 = 73.243 mm ⎫
• ⎬ b / t = 36.6
t = t bp1 = 2.0 mm ⎭ p1
σ M2bv.p = −0.955 ⋅ fy ⎫⎪ σ M5av.p
• Mv
ψ
⎬ bp1 = = −0.857 ⇒ k σ,bp1 = 5.98 ⋅ (1− 1 ψ bp1 )2 = 28.067
σ 5a.p = +0.818 ⋅ fy ⎪⎭ Mv
σ 2b.p
198
EXEMPLO NUMÉRICO 1
Para a outra alma* (correspondente ao banzo superior “real” da secção) as larguras efectivas
são iguais.
• bp2.e1 = bp2.e2 = 0.5 ⋅ 73.243 = 36.621 mm ; bp1.i = 0.0 mm
(b) Banzo*
Para o banzo* (correspondente à alma “real” da secção) as larguras efectivasp iniciais
determinadas anteriormente, são as que juntamente com as secundárias das almas* e dos
reforços constituem a secção efectivap final para momento em torno de v. Por essa razão não é
necessário fazer nenhum cálculo adicional de larguras efectivasp do banzo* baseado na
distribuição de tensões secundária.
(c) Reforços
Tanto o reforço inferior como o superior, para momentos em torno de v são considerados
como parte das almas* (banzos “reais” da secção), pelo que é necessário fazer o cálculo
adicional de larguras efectivasp dos reforços baseado na distribuição de tensões secundária.
199
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
b2p.e2 z
b2p.e1
4e2
c2p.e
5e
3e2
hp.e2
cg.peff,MvL+
6=7 u
Δycg.peff,MvL+
zcg.peff,MvL+
hp.e1
1
3e1
c1p.e 2e1 1e y
5b 5a 2b 2a
2e2 4 3
b1p.e2 b1p.e1 ycg.peff,MvL+
À semelhança, dos casos casos anteriores, a secção efectiva é constituída pelas parcelas
efectivas e inefectivas da secção bruta. A secção efectivap nominal devida a Mv+ (instab. local)
possui as seguintes propriedades:
+ + + +
• y M0.cg
vL
.p = 27.281 mm • A pM v L = 705.64 mm2 • IMz.pv L ≡ IMv.pv L = 637731 mm4
+ + + +
• z M0.cg
vL
.p = 76.5 mm • IMy.pv L ≡ IuM.pv L = 2719678 mm4 • IMyz.vpL = 0.0 mm4
NOTA: À semelhança dos casos de momentos em torno do eixo u, a eventual rotação dos
eixos principais de inércia da secção efectiva em relação aos eixos principais da secção bruta é
desprezada. Para secções valores muito grandes dessa rotação, a metodologia para o cálculo
de resistência de secções e de barras definida em [F.4] EC3-1-3 não é válida.
200
EXEMPLO NUMÉRICO 1
4e1
c2p.e
hp.e2 5e
3e2
v
7
cg.peff,MvL-u
Δycg.peff,MvL-
zcg.peff,MvL-
6
hp.e1
3e1
c1p.e
1e
2e2 y
5b 5a 2b 2a
4 3 2e1
b1p.e2 b1p.e1 ycg.peff,MvL-
As larguras efectivasp nominais apresentadas na Figura F.12, podem ser obtidas por:
− − − −
• hpM.ev1L = 39.787 mm • b1Mp.veL1 = 36.621 mm • b M2pv.Le1 = 36.621 mm • c1Mp.veL = 29.121 mm
− − − −
• hpM.iv L = 71.668 mm • b1Mp.viL = 0 mm • b M2pv.Li = 0 mm • c1Mp.viL = 0.0 mm
− − − −
• hpM.ev L2 = 39.787 mm • b1Mp.veL2 = 36.621 mm • b M2pv.Le 2 = 36.621 mm • c M2pv.Le = 29.121 mm
−
• c M2pv.Li = 0.0 mm
As coordenadas dos nós dos vários elementos são:
y0= 75.0 mm y4= 37.5 mm y8a= 0.0 mm • y11b= 75.0 mm
• • •
z0= 30.0 mm z4= 0.0 mm z8a= 152.121 mm z11b= 152.121 mm
À semelhança, dos casos casos anteriores, a secção efectiva é constituída pelas parcelas
efectivas e inefectivas da secção bruta. A secção efectivap nominal devida a Mv– (instab. local)
possui as seguintes propriedades:
− − − −
• y M0.cg
vL
.p = 34.686 mm • A pM v L = 568.61 mm2 • IMz.pv L ≡ IMv.pv L = 514171 mm4
− − − −
• z M0.cg
vL
.p = 76.5 mm • IMy.pv L ≡ IuM.pv L = 2672416 mm4 • IMyz.vpL = 0.0 mm4
201
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
NOTA: À semelhança dos casos de momentos em torno do eixo u, a eventual rotação dos
eixos principais de inércia da secção efectiva em relação aos eixos principais da secção bruta é
desprezada. Para secções valores muito grandes dessa rotação, a metodologia para o cálculo
de resistência de secções e de barras definida em [F.4] EC3-1-3 não é válida.
Para a obtenção das larguras e espessuras efectivas que permitem considerar o efeito da
instabilidade distorcional, pode optar-se (i) pelo método “standard” puro onde (i1) se usam as
larguras efectivas associadas à instabilidade local, para posteriormente se obterem as tensões
críticas devido a instabilidade distorcional do conjunto banzo-reforço e a espessuras reduzidas
sem nenhum tipo de iteração e (i2) um método sequencial ao nível da secção como um todo,
onde se obtêm num primeiro passo uma secção composta pelas propriedades efectivas dos
banzos* (eventuais espessuras reduzidas incluídas) e respectiva distribuição de tensões
secundárias e, num segundo passo a secção efectiva final baseada nessa distribuição de tensões
composta pelas propriedades efectivas do primeiro passo para os banzos e das propriedades
efectivas obtidas no segundo passo para as almas*; (ii) pelo método iterativo completo onde (ii1)
se fazem diversas iterações ao nível dos conjuntos banzo-reforço para obtenção das tensões
críticas de instabilidade distorcional e das correspondentes espessuras reduzidas e (ii2) se fazem
iterações ao nível da secção no seu conjunto para, em função das propriedades efectivas da
iteração anterior, se obterem novas distribuições de tensões a que irão corresponder novas
larguras e espessuras efectivas; (iii) por um método iterativo parcial onde não se realiza uma das
iterações referidas anteriormente. No exemplo numérico aqui realizado, optou-se por utilizar o
método iterativo parcial onde apenas se fazem iterações do tipo (ii1).
(a) Alma*
Para compressão o elemento considerado como alma* corresponde à alma “real” da secção.
As larguras efectivas a considerar para a instabilidade distorcional são as mesmas que as
obtidas para a instabilidade local.
202
EXEMPLO NUMÉRICO 1
E ⋅ t3 1
• K st.1.p = ⋅ 2 (0) =
4 ⋅ (1 − ν ) y 0.cg.st1 ⋅ [y 0.cg.st1 + hp ⋅ (1 + k *f.st1 )]
2 (0)
210 ⋅ 10 3 ⋅ 2 3 1
= ⋅ = 0.3689
2 2
4 ⋅ (1 − 0.3 ) 65.426 ⋅ [65.426 + 151.243 ⋅ (1 + 0.5)]
203
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
• λ p.bp1 = 0.797
• σ (com
1) (0)
.Ed.bp1 = σ com.Ed.st1
(1)
σ (com
1)
.Ed.bp1 ⋅ γ M 0 298.24 ⋅ 1.0
• λ p.red.bp1 = λ p.bp1 ⋅ = 0.797 ⋅ = 0.726
fyb 360
(1)
λ(p1).red.bp1 − K ρ.bp1 λ p.bp1 − λ2p(.1red
)
.bp1 0.726 − 0.22 0.797 − 0.726
• ρ b p1 = + 0.18 ⋅ = + 0.18 ⋅ = 1.023
λ 2 (1)
p.red.bp1
λ p.bp1 − 0.6 0.726 2
0.797 − 0.6
como ρ (b1p)1 > 1 ⇒ ρ (b1p)1 = 1.0
204
EXEMPLO NUMÉRICO 1
Reforço inferior
• λ p.cp1 = 0.813
• σ (com
1) (0)
.Ed.c p1 = σ com.Ed.red.st1
(1)
σ (com
1)
.Ed.cp1 ⋅ γ M 0 298.24 ⋅ 1.0
• λ p.red.c p1 = λ p.cp1 ⋅ = 0.813 ⋅ = 0.741
fyb 360
• K ρ.cp1 = 0.188
(1)
λ(p1).red.cp1 − K ρ.cp1 λ p.cp1 − λ(p1).red.cp1 0.741− 0.188 0.813 − 0.741
• ρ cp1 = + 0.18 ⋅ = + 0.18 ⋅
λ 2 (1)
p.red.cp1 λ p.cp1 − 0.6 0.7412
0.813 − 0.6
=1.068 como ρ (c1p)1 > 1 ⇒ ρ (c1p)1 = 1.0
205
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Os critérios de paragem apresentados na Figura E.2 podem também ser escritos da forma
como χ(dn.st) 1 − χ(dn.−st11) ≤ 0 e χ(dn.st) 1 χ (dn.−st11) ≈ 1. Se o segundo critério é verificado, já o segundo
não é, por isso tem de se continuar a iteração.
• σ (com
2) (1)
.Ed.bp1 = σ com.Ed.st1
( 2)
σ (com
2)
.Ed.bp1 ⋅ γ M 0 299.275 ⋅ 1.0
• λ p.red.bp1 = λ p.bp1 ⋅ = 0.797 ⋅ = 0.727
fyb 360
• K ρ.bp1 = 0.22
( 2)
λ(p2.)red.bp1 − K ρ.bp1 λ p.bp1 − λ(p2.)red.bp1 0.727 − 0.22 0.797 − 0.727
• ρb = + 0.18 ⋅ = + 0.18 ⋅ = 1.023
p1
λ 2 ( 2)
p.red.bp1
λ p.bp1 − 0.6 0.727 2
0.797 − 0.6
como ρ (b2) > 1 ⇒ ρ (b2) = 1.0
p1 p1
206
EXEMPLO NUMÉRICO 1
• σ (com
2) (1)
.Ed.c p1 = σ com.Ed.red.st1
( 2)
σ (com
2)
.Ed.cp1 ⋅ γ M 0 299.275 ⋅ 1.0
• λ p.red.c p1 = λ p.cp1 ⋅ = 0.813 ⋅ = 0.741
fyb 360
• K ρ.cp1 = 0.188
( 2)
λ(p2.)red.c p1 − K ρ.c p1 λp.c p1 − λ(p2.)red.c p1 0.741− 0.188 0.813 − 0.741
• ρ c p1 = 2 ( 2)
+ 0.18 ⋅ = 2
+ 0.18 ⋅
λp.red.c p1 λp.c p1 − 0.6 0.741 0.813 − 0.6
= 1.068 como ρ (c2p1) > 1 ⇒ ρ (c2p1) = 1.0
( 2)
2 ⋅ K st.1 ⋅ E ⋅ I(st2.)eff.1 2 ⋅ 0.3689 ⋅ 210 ⋅ 10 3 ⋅ 11874
• σ cr .st .1 = = = 461.33 MPa
A (st2.)eff.1 131.485
207
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
3e2 12
v
7
cg.peff,ND u
Δycg.peff,ND
6
zcg.peff,ND
hp.e1
3e1 1
tred
c1p.e
1e y
5b 5a 2b 2a
2e2 4 3 2e1
b1p.e2 b1p.e1 ycg.peff,ND
As larguras efectivasp nominais apresentadas na Figura F.13, podem ser obtidas por:
ND ND ND ND ND
• hp.e1 = 39.787 mm • b1p.e1 = b 2p.e 2 = 36.621 mm • c1p.e = c 2p.e = 29.121mm
ND ND ND ND ND
• hp.i = 71.668 mm • b1p.i = b 2p.i = 3.368 mm • c1p.i = c 2p.i = 0.0 mm
ND ND ND ND
• hp.e 2 = 39.787 mm • b1p.e 2 = b 2p.e1 = 33.254 mm • t p.red = 1.663 mm
208
EXEMPLO NUMÉRICO 1
(a) Alma*
Para momento em torno de u o elemento considerado como alma* corresponde à alma “real”
da secção. Pelo descrito anteriormente, o cálculo de propriedades pressupõe um primeiro
passo em que para a secção efectiva inicial a alma* é considerada toda bruta.
209
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
E ⋅ t3 1
• K st.1.p = ⋅ 2 (0) =
4 ⋅ (1− ν ) y 0.cg.st1 ⋅ [y 0.cg.st1 + hp ⋅ (1+ k *f.st1 )]
2 (0)
210 ⋅ 10 3 ⋅ 2 3 1
= 2
⋅ 2
= 0.4976
4 ⋅ (1− 0.3 ) 65.426 ⋅ (65.426 + 151.243)
(0)
2 ⋅ K st.1 ⋅ E ⋅ I(st0.)eff .1 2 ⋅ 0.4976 ⋅ 210 ⋅ 10 3 ⋅ 9975
• σ cr .st .1 = = = 531.02 MPa
A (st0.)eff .1 121.60
σ max .Ed
• t (red
1) (0)
.st1 = t st1 ⋅ χ d.st1 ⋅ = 2.0 ⋅ 0.8783 = 1.7494
σ com.Ed.st1
NOTAS:
- Tal como referido anteriormente a propósito da instabilidade local, pelo referido no
ponto 4.3.1 a tensão a utilizar para a obtenção de larguras efectivasp (para verificação
do Estado Limite de Encurvadura) tem de ser igual a σ max .Ed = fyb / γ M0 , mesmo que a
tensão instalada seja inferior. A utilização de valores inferiores, é possível, desde que o
elemento a analisar esteja suficientemente travado (por forma a que a instabilidade por
encurvadura não seja relevante) ou que se estejam a analisar Estados Limites de
Utilização.
210
EXEMPLO NUMÉRICO 1
• σ (com
1) (0)
.Ed.bp1 = σ com.Ed.st1
(1)
σ (com
1)
.Ed.bp1 ⋅ γ M 0 314.893 ⋅ 1.0
• λ p.red.bp1 = λ p.bp1 ⋅ = 0.797 ⋅ = 0.746
fyb 360
• K ρ.bp1 = 0.22
(1)
λ(p1).red.bp1 − K ρ.bp1 λ p.bp1 − λ2p(.1red
)
.bp1 0.746 − 0.22 0.797 − 0.746
• ρ bp1 = + 0.18 ⋅ = + 0.18 ⋅ = 0.992
λ 2 (1)
p.red.bp1
λ p.bp1 − 0.6 0.746 2
0.797 − 0.6
Reforço inferior
• σ (com
1) (0)
.Ed.c p1 = σ com.Ed.red.st1
(1)
σ (com
1)
.Ed.cp1 ⋅ γ M 0 314.893 ⋅ 1.0
• λ p.red.c p1 = λ p.cp1 ⋅ = 0.813 ⋅ = 0.760
fyb 360
• K ρ.cp1 = 0.188
(1)
λ(p1).red.cp1 − K ρ.cp1 λ p.cp1 − λ(p1).red.cp1 0.760 − 0.188 0.813 − 0.760
• ρ cp1 = + 0.18 ⋅ = + 0.18 ⋅ = 1.035
λ 2 (1)
p.red.cp1
λ p.cp1 − 0.6 0.760 2
0.813 − 0.6
como ρ (c1p)1 > 1 ⇒ ρ (c1p)1 = 1.0
211
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(1)
2 ⋅ K st.1 ⋅ E ⋅ I(st1).eff .1 2 ⋅ 0.4976 ⋅ 210 ⋅ 10 3 ⋅ 11848
• σ cr .st .1 = = = 537.51MPa
A (st1).eff.1 130.926
Os critérios de paragem apresentados na Figura E.2 podem também ser escritos da forma
como χ(dn.st) 1 − χ(dn.−st11) ≤ 0 e χ(dn.st) 1 χ (dn.−st11) ≈ 1. Ambos os critérios são verificados, no entanto,
apresentam-se os resultados associados a convergência total, o que ocorre na 6.ª iteração.
212
EXEMPLO NUMÉRICO 1
• σ (com
6) (5)
.Ed.bp1 = σ com.Ed.red.st1
(6 )
σ (com
6)
.Ed.bp1 ⋅ γ M 0 316.313 ⋅ 1.0
• λ p.red.bp1 = λ p.bp1 ⋅ = 0.797 ⋅ = 0.748
fyb 360
• K ρ.bp1 = 0.22
( 6)
λ(p6.)red.bp1 − K ρ.bp1 λ p.bp1 − λ(p6.)red.bp1 0.748 − 0.22 0.797 − 0.748
• ρ bp1 = + 0.18 ⋅ = + 0.18 ⋅ = 0.990
λ 2 ( 6)
p.red.bp1
λ p.bp1 − 0.6 0.748 2
0.797 − 0.6
Reforço inferior
• σ (com
6) (5)
.Ed.cp1 = σ com.Ed.red.st1
(6)
σ (com
6)
.Ed.cp1 ⋅ γ M 0 316.313 ⋅ 1.0
• λ p.red.c p1 = λ p.cp1 ⋅ = 0.813 ⋅ = 0.762
fyb 360
• K ρ.cp1 = 0.188
(6)
λ(p6.)red.cp1 − K ρ.cp1 λ p.cp1 − λ(p6.)red.cp1 0.762 − 0.188 0.813 − 0.762
• ρ c p1 = + 0.18 ⋅ = + 0.18 ⋅ = 1.032
λ 2 (6 )
p.red.cp1
λ p.cp1 − 0.6 0.762 2
0.813 − 0.6
como ρ (c6p1) > 1 ⇒ ρ (c6p1) = 1.0
213
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(6 )
2 ⋅ K st.1 ⋅ E ⋅ I(st6.)eff.1 2 ⋅ 0.4976 ⋅ 210 ⋅ 10 3 ⋅ 11838
• σ cr .st .1 = = = 538.13 MPa
A (st6.)eff .1 130.723
NOTA: Como se pode verificar, os resultados obtidos para convergência total, são muito
próximos, pelo que não é necessário continuar o processo iterativo desde que se verifiquem
os critérios de paragem.
NOTA: Tal como referido anteriormente, a eventual rotação dos eixos principais de inércia da
secção efectiva em relação aos eixos principais da secção bruta é desprezada. Para secções
valores muito grandes dessa rotação, a metodologia para o cálculo de resistência de secções e
de barras definida em [F.4] EC3-1-3 não é válida.
214
EXEMPLO NUMÉRICO 1
(a) Alma*
Tal como referido anteriormente o efeito da eventual instabilidade local nas paredes da alma*
é contabilizado pelo cálculo de larguras efectivasp com base numa distribuição de tensões
secundária numa secção com banzos* efectivos e almas* brutas.
215
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
• t red.st1 = 1.7573 mm
• t red.st 2 = 1.7573 mm
216
EXEMPLO NUMÉRICO 1
z
b2p.e1 b2p.e2
c2p.e
5e
Δzcg.peff,MuD+
v 12=13
hp.e2 3e2
cg.peff,MuD+
u β
Δycg.peff,MuD+
zcg.peff,MuD+
7
tred 1
6
c1p.e
tred
hp.e1
3e1 1e
y
5b 5a 2b 2a
2e2 4 3 2e1
b1p.e2 b1p.e1 ycg.peff,MuD+
À semelhança, dos casos casos anteriores, a secção efectiva é constituída pelas parcelas
efectivas e inefectivas da secção bruta.
Cálculo de propriedades
A secção efectivap nominal devida a Mu+ (instab. distorcional) possui as seguintes propriedades:
+ + + +
• y 0M.ucgD.p = 26.766 mm • A pMu D = 688.58 mm2 • IMz.pu D ≈ IMv.pu D = 629997 mm4
+ + + +
• z M0.ucgD.p = 78.937 mm • IMy.pu D ≈ IuM.pu D = 2607463 mm4 • IMyzu.pD = 45789 mm4
217
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Os reforços de extremidade são considerados como parte dos elementos a que ligam (neste
caso os banzos “reais” da secção), logo para momento em torno de v são considerados como
parte da alma*, pelo que neste passo de cálculo são considerados brutos. As larguras e
propriedades efectivasp serão obtidas com base numa distribuição de tensões secundária.
(b) Banzo*
Para momento em torno de v o elemento considerado como banzo* corresponde à alma “real”
da secção. Pelo descrito anteriormente, o cálculo de propriedades pressupõe um passo em
que, para a secção efectiva inicial, a alma* é considerada toda bruta e os banzos* efectivos.
218
EXEMPLO NUMÉRICO 1
210 ⋅ 10 3 ⋅ 2 3 1
= 2
⋅ 2
= 0.3867
4 ⋅ (1− 0.3 ) 64.048 ⋅ (64.048 + 151.243 ⋅ (1+ 0.5))
(0)
2 ⋅ K st.1 ⋅ E ⋅ I(st0.)eff.1 2 ⋅ 0.3867 ⋅ 210 ⋅10 3 ⋅10258
• σ cr .st .1 = = = 449.82 MPa
A (st0.)eff .1 128.335
219
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
σ max .Ed
• t (red
1) (0 )
.st1 = t st1 ⋅ χ d.st1 ⋅ = 2.0 ⋅ 0.8232 = 1.6464
σ com.Ed.st1
NOTAS:
- Tal como referido anteriormente a propósito da instabilidade local, pelo referido no
ponto 4.3.1 a tensão a utilizar para a obtenção de larguras efectivasp (para verificação
do Estado Limite de Encurvadura) tem de ser igual a σ max .Ed = fyb / γ M0 , mesmo que a
tensão instalada seja inferior. A utilização de valores inferiores, é possível, desde que o
elemento a analisar esteja suficientemente travado (por forma a que a instabilidade por
encurvadura não seja relevante) ou que se estejam a analisar Estados Limites de
Utilização.
- Se o processo iterativo parasse aqui, as propriedades da secção efectivap devido a
instabilidade distorcional, seriam obtidas com as larguras efectivasp dos reforços
equivalentes e esta espessura e, com as larguras efectivasp e a espessura real das
paredes do resto da secção. De salientar, que por imposição do método, a iterar, têm
de se realizar pelo menos duas iterações;
• σ (com
1) (0)
.Ed.bp1 = σ com.Ed.st1
(1)
σ (com
1)
.Ed.bp1 ⋅ γ M 0 296.352 ⋅ 1.0
• λ p.red.bp1 = λ p.bp1 ⋅ = 0.416 ⋅ = 0.377
fyb 360
• K ρ.bp1 = 0.133
220
EXEMPLO NUMÉRICO 1
(1)
λ(p1).red.bp1 − K ρ.bp1 λp.bp1 − λp(1.)red.bp1 0.377 − 0.133 0.416 − 0.377
• ρ bp1 = + 0.18 ⋅ = + 0.18 ⋅ = 1.679
λ 2 (1)
p.red.bp1 λp.bp1 − 0.6 0.377 2
0.416 − 0.6
Reforço inferior
Calculam-se as novas propriedades efectivas do banzo e do reforço, mantendo os valores
ψ cp1 e k σ,cp1 obtidos para a distribuição de tensões associadas à secção bruta. De salientar,
que apenas as larguras associadas ao reforço equivalente serão modificadas, ou seja, as
parcelas efectivasp adjacentes à alma, mantêm-se inalteradas.
• σ (com
1) (0)
.Ed.cp1 = σ com.Ed.red.st1
(1)
σ (com
1)
.Ed.cp1 ⋅ γ M 0 296.352 ⋅ 1.0
• λ p.red.cp1 = λ p.cp1 ⋅ = 0.813 ⋅ = 0.737
fyb 360
• K ρ.cp1 = 0.188
(1)
λ(p1).red.cp1 − K ρ.cp1 λ p.cp1 − λ(p1).red.cp1 0.737 − 0.188 0.813 − 0.737
• ρ cp1 = + 0.18 ⋅ = + 0.18 ⋅ = 1.075
λ 2 (1)
p.red.cp1
λ p.cp1 − 0.6 0.737 2
0.813 − 0.6
como ρ (c1p)1 > 1 ⇒ ρ (c1p)1 = 1.0
221
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Os critérios de paragem apresentados na Figura E.2 podem também ser escritos da forma
como χ(dn.st) 1 − χ(dn.−st11) ≤ 0 e χ(dn.st) 1 χ (dn.−st11) ≈ 1. Ambos os critérios são verificados, no entanto,
apresentam-se os resultados associados a convergência total, o que ocorre na 2.ª iteração.
• σ(com
2) (1)
.Ed.bp1 = σ com.Ed.red.st1
( 2)
σ(com
2)
.Ed.bp1 ⋅ γ M 0 301.977 ⋅ 1.0
• λ p.red.bp1 = λ p.bp1 ⋅ = 0.416 ⋅ = 0.381
fyb 360
• K ρ.bp1 = 0.133
( 2)
λ(p2.)red.bp1 − K ρ.bp1 λp.bp1 − λp( 2.red
)
.bp1 0.381− 0.133 0.416 − 0.381
• ρ bp1 = 2 ( 2)
+ 0.18 ⋅ = 2
+ 0.18 ⋅ = 1.674
λ p.red.bp1 λp.bp1 − 0.6 0.381 0.416 − 0.6
Reforço inferior
• σ (com
2) (1)
.Ed.cp1 = σ com.Ed.red.st1
( 2)
σ(com
2)
.Ed.cp1 ⋅ γ M 0 301.977 ⋅ 1.0
• λ p.red.cp1 = λ p.cp1 ⋅ = 0.813 ⋅ = 0.744
fyb 360
• K ρ.cp1 = 0.188
222
EXEMPLO NUMÉRICO 1
( 2)
λ(p2.)red.cp1 − K ρ.cp1 λ p.cp1 − λ(p2.)red.cp1 0.744 − 0.188 0.813 − 0.744
• ρ c p1 = + 0.18 ⋅ = + 0.18 ⋅ = 1.063
λ 2 ( 2)
p.red.cp1 λ p.cp1 − 0.6 0.744 2
0.813 − 0.6
como ρ(c2p1) > 1 ⇒ ρ(c2p1) = 1.0
( 2)
2 ⋅ K st.1 ⋅ E ⋅ I(st2.)eff.1 2 ⋅ 0.3867 ⋅ 210 ⋅10 3 ⋅11874
• σ cr .st .1 = = = 472.37 MPa
A (st2.)eff .1 131.485
NOTA: Como se pode verificar, os resultados obtidos para convergência total, são muito
próximos, pelo que não é necessário continuar o processo iterativo desde que se verifiquem
os critérios de paragem.
223
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(b) Banzo*
Para o banzo* (correspondente à alma “real” da secção) as larguras efectivasp iniciais
determinadas anteriormente, são as que juntamente com as secundárias das almas* e dos
reforços constituem a secção efectivap final para momento em torno de v. Por essa razão não é
necessário fazer nenhum cálculo adicional de larguras efectivasp do banzo* baseado na
distribuição de tensões secundária.
224
EXEMPLO NUMÉRICO 1
b2p.e2 z
b2p.e1
4e2
c2p.e
tred
5e
3e2
hp.e2 v
cg.peff,MvD+
6=7 u
Δycg.peff,MvD+
zcg.peff,MvD+
hp.e1
1
3e1
c1p.e
tred
2e1 1e y
5b 5a 2b 2a
2e2 4 3
b1p.e2 b1p.e1 ycg.peff,MvD+
711.94 ⋅ 360.00
Nt.Rk ,b = A g ⋅ fyb = = 256.3 kN (F.2c)
1.0 ⋅ 1000
|NEd | 20.0
ηNt ,b = = = 0.078 ≤ 1.0 √ (F.2d)
Nt.Rk ,b / γ M0 256.3
225
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Como a secção efectiva é inferior à bruta o esforço axial resistente obtém-se por:
F.4.2.1. Desvios do centro geométrico das secções efectivasp em relação à secção bruta
eff .L NL
• eNv = ucg,eff − ucg = 6.367 mm (F.3d)
eff .D ND
• eNv = ucg,eff − ucg = 4.381 mm (F.3f)
NOTA: Apresentaram-se os desvios dos centros geométricos das secções efectivas devidas a
instabilidades local e distorcional em relação ao centro geométrico da secção bruta; no
entanto, a existir secção efectiva devido a instabilidade distorcional, esta por ser mista local-
-distorcional será sempre inferior à secção efectiva devido a instabilidade local, por isso, os
desvios do centro geométrico relevantes serão forçosamente os devido a instabilidade
distorcional.
F.4.3. Momento flector em torno dos eixos principais de inércia
a) Módulos de flexão associados às fibras extremas com menores e maiores valores das
coordenadas segundo os eixos principais de inércia
Secção bruta
• Wu,v min = Iu / v min = 2733767 / 77.5 = 35274.4 mm³ (F.4a)
eff .L +
• Wu,v max = (Iu / v max )eff .L + = 2645883 / 75.8 = 34904.4 mm³ (F.4f)
eff .D +
• Wu,v max = (Iu / v max )eff .D+ = 2607463 / 75.1 = 34737.0 mm³ (F.4h)
226
EXEMPLO NUMÉRICO 1
eff .L −
• Wu,v max = (Iu / v max )eff.L − = 2645883 / 79.2 = 33409.2 mm³ (F.4j)
eff .D −
• Wu,v max = (Iu / v max )eff .D− = 2607463 / 79.9 = 32619.0 mm³ (F.4l)
eff .L +
• Wv,umax = (I v / umax )eff.L + = 637731 / 48.7 = 13089.9 mm³ (F.4n)
eff .D +
• Wv,umax = (I v / umax )eff.D+ = 585049 / 50.6 = 11558.9 mm³ (F.4p)
eff .L −
• Wv,umax = (I v / umax )eff.L − = 514171 / 41.3 = 12445.5 mm³ (F.4r)
−
• σ Mcom
u
= σ Mv max
u
⇔ Wu,−com = Wu,−vmax = Wu,vmax = 35274.4 mm³ (F.5b)
+
• σ Mcom
v
= σ uMmax
v
⇔ Wv,+com = Wv,+umax = Wv,umax = 13498.8 mm³ (F.5c)
−
• σ Mcom
v
= σ uMmin
v
⇔ Wv,−com = Wv,−umin = Wv,umin = 22713.8mm³ (F.5d)
+
• σ Mtenu = σ Mv max
u
⇔ Wu,+ten = Wu,+vmax = Wu,vmax = 35274.4 mm³ (F.5e)
−
• σ Mtenu = σ Mv min
u
⇔ Wu,−ten = Wu,−vmin = Wu,vmin = 35274.4 mm³ (F.5f)
+
• σ Mtenv = σ uMmin
v
⇔ Wv,+ten = Wv,+umin = Wv,umin = 22713.8 mm³ (F.5g)
−
• σ Mtenv = σ uMmax
v
⇔ Wv,−ten = Wv,−umax = Wv,umax = 13498.8 mm³ (F.5h)
227
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
−
− −
• σ Mcom
u Mu
,eff = σ v max,eff ⇔ Wu,effcom = Wu,effvmax = 32619.0 mm³ (F.5j)
+
+ +
• σ Mcom
v Mv
,eff = σ u max,eff ⇔ Wv,effcom = Wv,effumax = 11558.9 mm³ (F.5k)
−
− −
• σ Mcom
v Mv
,eff = σ u min,eff ⇔ Wv,effcom = Wv,effumin = 14408.1 mm³ (F.5l)
+
• σ Mtenu ,eff = σ Mv max,
u
eff ⇔ Wu,efften+ = Wu,effvmax
+
= 34737.0 mm³ (F.5m)
−
• σ Mtenu ,eff = σ Mv min,
u
eff ⇔ Wu,efften− = Wu,effvmin
−
= 34737.0 mm³ (F.5n)
+
• σ Mtenv ,eff = σ uMmin,
v
eff ⇔ Wv,efften+ = Wv,effumin
+
= 22173.2 mm³ (F.5o)
−
• σ Mtenv ,eff = σ uMmax,
v
eff ⇔ Wv,efften− = Wv,effumax
−
= 12445.5 mm³ (F.5p)
• Wv = min( Wv,u min ; Wv,u max ) = min( Wv, com ; Wv, ten ) = 13498.8 mm³ (F.6b)
228
EXEMPLO NUMÉRICO 1
Como todos os módulos de flexão efectivos para momentos em torno dos eixos u e v são
inferiores ao da secção bruta os momentos flectores resistentes obtém-se por:
+
M uc.eff.Rk = Wueff + ⋅ fyb = 32619.0 ⋅ 360 / 10 6 = 11.74 kN.m (F.7e)
−
M uc.eff.Rk = Wueff − ⋅ fyb = 32619.0 ⋅ 360 / 10 6 = 11.74 kN.m (F.7f)
+
M cv.eff.Rk = Wveff + ⋅ fyb = 11558.9 ⋅ 360 / 10 6 = 4.16 kN.m (F.7g)
−
M cv.eff .Rk = Wveff − ⋅ fyb = 12445.5 ⋅ 360 / 10 6 = 4.48 kN.m (F.7h)
+ −
u+ ,v − u+ v− | MEd ,u | | MEd ,v |
η c ,M ,t =η
c ,M ,t +η c ,M ,t = +
+ −
=
Muc.eff .Rk / γ M0 M cv.eff .Rk / γ M0
| 4.7 | | −1.10 |
= + = 0.400 + 0.246 = 0.646 ≤ 1.0 √ (F.8b)
11.74 4.48
− +
− + − + | MEd ,u | | MEd ,v |
ηuc,M,v,t = ηuc,M,t + ηcv,M,t = −
+ +
=
Muc.eff .Rk / γ M0 M cv.eff .Rk / γ M0
| −4.7 | |1.10 |
= + = 0.400 + 0.264 = 0.664 ≤ 1.0 √ (F.8c)
11.74 4.16
− −
− − − − | MEd ,u | | MEd,v |
ηuc,M,v,t = ηuc,M,t + ηcv,M,t = −
+ −
=
Muc.eff.Rk / γ M0 M cv.eff.Rk / γ M 0
| −4.7 | | −1.10 |
= + = 0.400 + 0.246 = 0.646 ≤ 1.0 √ (F.8d)
11.74 4.48
229
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
− − | NEd | |M− |
ηuc,M,Nt = ηc,Nt ,b + ηuc,M,t = + u+ Ed,u =
Nt.Rk ,b / γ M 0 M c.eff .Rk / γ M0
20.0 | −4.7 |
= + = 0.078 + 0.400 = 0.478 ≤ 1.0 √ (F.9b)
256.30 11.74
−
v− v− | NEd | | MEd ,v |
η c ,M ,Nt = ηc,Nt ,b + η c ,M ,t = + v− =
Nt.Rk ,b / γ M0 M c.eff.Rk / γ M0
20.0 | −1.10 |
= + = 0.078 + 0.246 = 0.324 ≤ 1.0 √ (F.9d)
256.30 4.48
− −
u− ,v − | NEd |
u− | MEd
v− ,u | | MEd ,v |
η = ηc,Nt ,b + η
c ,M ,Nt +η = c ,M ,t + u− c ,M ,t + v− =
Nt.Rk ,b / γ M0 M c.eff.Rk / γ M0 M c.eff.Rk / γ M0
20.0 | −4.7 | | −1.10 |
= + + = 0.078 + 0.400 + 0.246 = 0.724 ≤ 1.0 √ (F.9h)
256.30 11.74 4.48
230
EXEMPLO NUMÉRICO 1
− −
− − | NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u |
ηuc,M,Nc = ηc,Nc + ηuc,M,c = + =
Nc.eff.Rk / γ M0
−
Muc.eff .Rk / γ M0
20.0 | −4.7 |
= + = 0.109 + 0.400 = 0.509 ≤ 1.0 √ (F.10b)
183.88 11.74
− −
v− v− | NEd | | MEd ,v + ΔMEd,v |
η c ,M ,Nc = ηc,Nc + η c ,M,c = + =
Nc.eff.Rk / γ M0
−
M cv.eff.Rk / γ M0
20.0 |1.10 |
= + = 0.109 + 0.246 = 0.355 ≤ 1.0 √ (F.10d)
183.88 4.48
+ + − −
u+ ,v − u+ | NEd |
v− | MEd ,u + ΔM Ed,u | | M Ed,v + ΔMEd,v |
η = ηc,Nc + η
c ,M ,Nc +η =
c ,M ,c c ,M ,c + + =
Nc.eff.Rk / γ M0
+ −
Muc.eff.Rk / γ M0 M cv.eff.Rk / γ M0
20.0 | 4.7 | | −1.10 |
= + + = 0.109 + 0.400 + 0.246 = 0.755 ≤ 1.0 √ (F.10f)
183.88 11.74 4.48
− − + +
− + − + | NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u | | M Ed,v + ΔMEd,v |
ηuc,M,v,Nc = ηc,Nc + ηuc,M,c + ηcv,M,c = + + =
Nc.eff.Rk / γ M0
− +
Muc.eff.Rk / γ M0 M cv.eff.Rk / γ M0
20.0 | −4.7 | |1.188 |
= + + = 0.109 + 0.400 + 0.285 = 0.794 ≤ 1.0 √ (F.10g)
183.88 11.74 4.16
231
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
− − − −
− − − | NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u | | M Ed,v + ΔMEd,v |
ηuc,M,v,Nc = ηc,Nc + ηuc−,M,c + ηcv,M,c = + + =
Nc.eff.Rk / γ M0
− −
Muc.eff.Rk / γ M0 M cv.eff.Rk / γ M0
20.0 | −4.7 | | −1.10 |
= + + = 0.109 + 0.400 + 0.246 = 0.755 ≤ 1.0 √ (F.10h)
183.88 11.74 4.48
⎧⎪se| MEd
− eff − −
,u + (eNu ⋅ | NEd |)| ≥ | MEd,u |:
eff −
eNu ⋅ |NEd |
−
ΔM Ed,u =⎨
− eff − −
⎪⎩se| MEd,u + (eNu ⋅ | NEd |)| < | M Ed,u |: 0
− − (F.10j)
⇒ | -4.7 + 0| = 4.7 ≥ | MEd ,u | = 4.7 ⇒ ΔMEd,u = 0 kN.m
⎧⎪se| MEd
+ eff + +
,v + (e Nv ⋅ | NEd |)| ≥ | M Ed,v |:
eff +
eNv ⋅| NEd |
+
ΔM Ed,v =⎨
+ eff + +
⎪⎩se| MEd,v + (eNv ⋅ |NEd |)| < | MEd,v |: 0
4.181 + + (F.10k)
⇒ |1.1+ ⋅ 20.0| = 1.188 ≥ | MEd ,v | = 1.1 ⇒ ΔM Ed,v = 0.088 kN.m
1000
⎧⎪se| MEd
− eff − −
,v + (eNv ⋅ | NEd |)| ≥ | M Ed,v |:
eff −
eNv ⋅|NEd |
−
ΔM Ed,v =⎨
− eff − −
⎪⎩se| MEd,v + (eNv ⋅|NEd |)| < | MEd,v |: 0
4.381 − − (F.10l)
⇒ | -1.1+ ⋅ 20.0| = 1.012 < | MEd ,v | = 1.1 ⇒ ΔM Ed,v = 0 kN.m
1000
NOTA:
(i) Segundo a nota (iii) do ponto F.4.2, os valores de ΔM Ed,u e ΔM Ed, v , apenas deverão ser
tidos em conta nas curvas de interacção se produzirem efeitos desfavoráveis;
(ii) Segundo a nota (ii) do ponto F.4.2, mesmo que não hava momentos flectores, se a
secção for de classe 4 e tenha havido desvios do centro de gravidade da secção
efectivap em relação à secção bruta, deve fazer-se uma verificação em flexão composta
entrando em conta com ΔM Ed,u e ΔM Ed, v ;
232
EXEMPLO NUMÉRICO 1
Para se poder comparar com os resultados obtidos por Batista [F.7], ir-se-ão considerar as
mesmas condições de apoio, que as apresentadas no capítulo 2 de [F.6]. Os comprimentos de
encurvadura considerados são tais que:
Tal como descrito no capítulo 2.4.1.2, a obtenção do esforço axial crítico elástico de uma
barra, na situação mais geral, passa pela obtenção das raízes de um polinómio do 3.º grau
podendo, no entanto, simplificar-se em situações em que haja algum eixo de simetria da
secção. A barra em estudo, apresenta simetria em torno do eixo u, logo a carga crítica elástica
vem:
Pcr = min{ PEv ; Pcr ,TF } = min{ 260.16 ; 494.15 } = 260.16 kN (F.11a)
onde
π 2 ⋅ EIu π 2 ⋅ 210 ⋅ ⋅2733767
PEu = = = 1090.92 kN (F.11b)
(L u )2 2279 2
π 2 ⋅ EI v π 2 ⋅ 210 ⋅ ⋅651951
PEv = = = 260.16 kN (F.11c)
(L v )2 2279 2
1 ⎛⎜ π 2 ⋅ EI w ⎞
⎟= 1 2
⎛ π 2 ⋅ 210 ⋅ (4.113 ⋅10 9 ) ⎞
Pφ = 2 ⋅ ⎜ GIt + ⎜
⋅ ⎜ 80.77 ⋅ 949 + ⎟ = 698.63 kN (F.11d);
i0 ⎝ (L w )2 ⎟ 97.5 (1139 .5 )2 ⎟
⎠ ⎝ ⎠
1 ⎡
⋅ (PEu + Pφ ) − (P + Pφ ) − 4 ⋅ β ⋅ PEu ⋅ Pφ ⎤ = 494.15 kN
2
Pcr ,TF = (F.11e)
2 ⋅ β ⎢⎣ ⎥⎦
Eu
2 2
⎛u ⎞ ⎛ − 68.928 ⎞
β = 1− ⎜⎜ sc ⎟⎟ = 1− ⎜ ⎟ = 0.500 (F.11f)
⎝ i0 ⎠ ⎝ 97.502 ⎠
são, respectivamente, (i) a carga crítica elástica de flexão em torno do eixo u, (ii) a carga crítica
elástica de flexão em torno do eixo v, (iii) a carga crítica elástica de torção, (iv) a carga crítica
elástica de flexão-torção, (v) uma constante de assimetria da secção em relação ao eixo y e
(vi) o raio de giração polar da secção bruta.
Como facilmente se pode concluir, para as condições de apoio particulares deste problema, a
carga crítica relevante ocorre num modo de flexão em torno do eixo v. Por curiosidade, caso as
restrições à torção fossem muito pequenas e se considerasse o comprimento de encurvadura
igual ao comprimento da barra, o modo crítico seria devido a flexão-torção.
233
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
No estudo realizado em [F.6] todas as tensões/cargas críticas obtidas são inferiores às obtidas
no presente documento, mas suficientemente próximas para não interferirem no
comportamento global da peça. A principal razão para estas diferenças prende-se com a
metodologia utilizada para o cálculo de propriedades efectivas, que em [F.6] está associada à
versão de 1996 do EC3-1-3 [F.3] que é mais conservativa do que a actual versão [F.4]. Como
consequência, os esforços axiais resistentes serão também inferiores no estudo desenvolvido em
[F.6], no entanto, o modo de instabilidade crítico mantém-se do mesmo tipo.
Tal como descrito no capítulo 2.4.1.2, a obtenção do momento flector crítico elástico de uma
barra, consegue ser resolvido para problemas muito específicos onde exista invariavelmente
pelo menos monosimetria. Para secções assimétricas, não é possível obter-se soluções
analíticas, pelo que as expressões apresentadas no capítulo 2 perdem significado. Apesar disto,
para barras com secções onde a assimetria seja pequena, e que estejam integradas em
sistemas estruturais que lhes confiram diversas restrições à rotação, considera-se razoável a
aplicação das expressões mencionadas.
Mu
Mu
Figura F.16 – Momento flector perpendicular à alma de secções em “I” ou perpendicular ao eixo de simetria de
qualquer outra secção monosimétrica.
A expressão (2.20f) também presente no anexo da ENV 1993-1-1 [F.1] é deduzida para a
actuação de momento flector perpendicular à alma de secções em “I” com banzos desiguais,
no entanto, esta é também válida para a actuação de momento flector perpendicular ao eixo
de simetria de qualquer outra secção monosimétrica (ver Figura F.16).
Mu Mu
Figura F.17 – Momento flector paralelo ao eixo de simetria, ou perpendicular à alma de secções em “I” bisimétricas.
234
EXEMPLO NUMÉRICO 1
Em qualquer secção pelo menos monosimétrica, para a actuação de momento flector paralelo
ao eixo de simetria, deverá utilizar-se a expressão (2.20b) para a obtenção dos momentos
críticos elásticos. Nesta situação, o parâmetro de simetria correspondente é nulo e a expressão
referida anteriormente é a mesma que a utilizada para uma secção em “I” bisimétrica
(ver Figura F.17).
| NEd | | 20.0 |
ηb,Nc = = = 0.156 ≤ 1.0 (F.13a)
Nb.eff.Rk / γ M1 128.54
|N | | 20.0 |
ηb,Nc,u = u
= Ed
= 0.118 ≤ 1.0 (F.13c)
N / γ M1 169.51
b.eff .Rk
|N | | 20.0 |
ηb,Nc,v = v
=Ed
= 0.156 ≤ 1.0 (F.13d)
N / γ M1 128.54
b.eff .Rk
|N | | 20.0 |
ηb,Nc,T = T
=Ed
= 0.131 ≤ 1.0 (F.13e)
N / γ M1 152.99
b.eff .Rk
onde
1 1
χ= = = 0.70 ≤ 1.0 (F.13j)
Φ + Φ 2 − λ2 0.962 + 0.962 2 − 0.84 2
1 1
χu = = = 0.92 ≤ 1.0 (F.13k)
2 2
Φu + Φ − λ u u 0.620 + 0.0620 2 − 0.412
1 1
χv = = = 0.70 ≤ 1.0 (F.13l)
Φ v + Φ 2v − λ2v 0.962 + 0.962 2 − 0.84 2
1 1
χT = = = 0.832 ≤ 1.0 (F.13m)
2 2
ΦT + Φ − λ T T 0.756 + 0.756 2 − 0.610 2
235
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
Φ u = 0.5 ⋅ [1+ α u ⋅ ( λ u − 0.2) + λ2u ] = 0.5 ⋅ [1+ 0.34 ⋅ (0.41− 0.2) + 0.412 ] = 0.620 (F.13o)
Φ v = 0.5 ⋅ [1+ α v ⋅ ( λ v − 0.2) + λ2v ] = 0.5 ⋅ [1+ 0.34 ⋅ (0.84 − 0.2) + 0.84 2 ] = 0.962 (F.13p)
Φ T = 0.5 ⋅ [1+ α T ⋅ ( λ T − 0.2) + λ2T ] = 0.5 ⋅ [1+ 0.34 ⋅ (0.610 − 0.2) + 0.610 2 ] = 0.756 (F.13q)
Nc.Rk 183.88
λ= = = 0.84 (F.13r)
Pcr 260.16
Nc.Rk 183.88
λu = = = 0.41 (F.13s)
PEu 1090.92
Nc.Rk 183.88
λv = = = 0.84 (F.13t)
PEv 260.16
Nc.Rk.v 183.88
λT = = = 0.610 (F.13u)
min(Pφ ; Pcr ,TF ) 494.15
onde (i) Pcr é a mínima carga crítica associada ao modo de instabilidade global sem
deslocamentos laterais das suas secções extremas, (ii) PEu e PEv , são respectivamente as cargas
críticas de flexão em torno de cada um dos eixos principais de inércia e (iii) Pφ e Pcr ,TF , são
respectivamente as cargas críticas de torção e de flexão-torção.
236
EXEMPLO NUMÉRICO 1
− −
ηbv ,M = ηbv ,M = 0.246 ≤ 1.0 √ (F.14d)
− − −
M ub.eff .Rk = χ LT
u
⋅ M uc.eff.Rk = 0.87 ⋅ 11.74 = 10.22 kN.m (F.14f)
+ +
M bv .eff .Rk = M cv.eff.Rk = 4.16 kN.m (F.14g)
− −
M bv .eff .Rk = M cv.eff.Rk = 4.48 kN.m (F.14h)
u+ u−
onde (i) χ LT e χ LT são os factores de redução de resistência devido a encurvadura lateral de
vigas para momentos positivos e negativos em torno do eixo u e (ii) Mc.Rk,i, são,
respectivamente, os valores característicos dos momentos-flectores em torno dos eixos u e v
resistentes da secção que compõe a barra. Os factores de redução de resistência devido à
encurvadura lateral obtêm-se de forma semelhante à da encurvadura de colunas, através de:
+ 1 1
χ LT
u
= = = 0.87 ≤ 1.0 (F.14i)
Φ LT ,u+ + Φ LT2 ,u+ − λ2LT ,u+ 0.70 + 0.70 2 − 0.53
u − 1 1
χ LT = = = 0.87 ≤ 1.0 (F.14j)
2 2
Φ LT ,u− + Φ LT ,u−
−λ LT ,u−
0.70 + 0.70 2 − 0.53
onde
Φ LT ,u+ = 0.5 ⋅ [1+ α LT ,u+ ⋅ ( λLT ,u+ − 0.2) + λ2LT ,u+ ] = 0.70 (F.14k)
Φ LT ,u− = 0.5 ⋅ [1+ α LT,u− ⋅ ( λLT,u− − 0.2) + λ2LT ,u− ] = 0.70 (F.14l)
são parâmetros adicionais e α LT,u+ e α LT,u− são os parâmetros de imperfeição, que no presente
caso toma o valor de 0.34 (associado à curva b).
237
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
u+
M c.eff .Rk 11.74
λLT ,u+ = = = 0.53 (F.14m)
M cr 41.57
u−
M c.eff .Rk 11.74
λLT ,u− = = = 0.53 (F.14n)
M cr 41.57
onde Mcr é o valor crítico do momento flector em torno do eixo de maior inércia que conduz à
instabilidade lateral da viga por flexão-torção.
NOTA: Para o caso da flexão, a instabilidade por flexão lateral de vigas apenas ocorre por
actuação de momento em torno da maior inércia, por isso não faz sentido falar em momento
crítico nem de esbeltezas na outra direcção.
− −
− − |NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u |
ηbu1,M,Nc = ηb1,Nc + ηub1,M,c = + k uu ⋅ =
Nb.eff .Rk / γ M1
−
M ub.eff .Rk / γ M1
20.0 | −4.7|
= + 0.978 ⋅ = 0.580 ≤ 1.0 √ (F.15b)
min(169.51; 152.99) 10.22
+ +
+ + |NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u |
ηbu 2,M,Nc = ηb 2,Nc + ηub 2,M,c = + k vu ⋅ =
Nb.eff .Rk / γ M1
+
M ub.eff .Rk / γ M1
20.0 | 4.7|
= + 0.991⋅ = 0.611 ≤ 1.0 √ (F.15c)
min(128.54 ; 152.99) 10.22
− −
u− u− |NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u |
η b 2,M ,Nc = ηb 2,Nc + η b 2,M ,c = + k vu ⋅ =
Nb.eff .Rk / γ M1
−
M ub.eff .Rk / γ M1
20.0 | −4.7 |
= + 0.991⋅ = 0.611 ≤ 1.0 √ (F.15d)
min(128.54 ; 152.99) 10.22
238
EXEMPLO NUMÉRICO 1
− −
− − |NEd | | MEd , v + ΔM Ed, v |
ηbv1,M,Nc = ηb1,Nc + ηbv1,M,c = + k uv ⋅ =
Nb.eff .Rk / γ M1
−
M bv .eff .Rk / γ M1
20.0 | −1.10 |
= + 1.025 ⋅ = 0.382 ≤ 1.0 √ (F.15f)
min(169.51; 152.99) 4.48
+ +
v+ v+ |NEd | | M Ed, v + ΔM Ed, v |
η b 2,M ,Nc = ηb 2,Nc + η b 2,M ,c = + k vv ⋅ =
Nb.eff.Rk / γ M1
+
M bv.eff.Rk / γ M1
20.0 |1.188|
= + 1.025 ⋅ = 0.448 ≤ 1.0 √ (F.15g)
min(128.54 ; 152.99) 4.16
− −
v− v− |NEd | | MEd , v + ΔM Ed, v |
η b 2,M ,Nc = ηb 2,Nc + η b 2,M ,c = + k vv ⋅ =
Nb.eff .Rk / γ M1
−
M bv .eff .Rk / γ M1
20.0 | −1.10 |
= + 1.025 ⋅ = 0.407 ≤ 1.0 √ (F.15h)
min(128.54 ; 152.99) 4.48
+ − + −
ηbu1,,Mv ,Nc = ηb1,Nc + ηbu1,M,c + ηbv1,M,c =
+ + − −
|NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u | | MEd , v + ΔM Ed, v |
= + k uu ⋅ + k uv ⋅ =
min(Nub.eff .Rk ;NbT.eff .Rk ) / γ M1
+ −
M ub.eff.Rk / γ M1 M bv .eff.Rk / γ M1
20.0 | 4.7| | −1.10 |
= + 0.978 ⋅ + 1.025 ⋅ = 0.832 ≤ 1.0 √ (F.15j)
min(169.51; 152.99) 10.22 4.48
239
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
− + − +
ηbu1,,Mv ,Nc = ηb1,Nc + ηbu1,M,c + ηbv1,M,c =
− − + +
|NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u | | MEd , v + ΔM Ed, v |
= + k uu ⋅ + k uv ⋅ =
min(Nub.eff .Rk ; NbT.eff .Rk ) / γ M1
− +
M ub.eff.Rk / γ M1 M bv .eff.Rk / γ M1
20.0 | −4.7| |1.188|
= + 0.978 ⋅ + 1.025 ⋅ = 0.873 ≤ 1.0 √ (F.15k)
min(169.51; 152.99) 10.22 4.16
− − − −
ηbu1,,Mv ,Nc = ηb1,Nc + ηbu1,M,c + ηbv1,M,c =
− − − −
|NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u | | MEd , v + ΔM Ed, v |
= + k uu ⋅ + k uv ⋅ =
min(Nub.eff .Rk ; NbT.eff .Rk ) / γ M1
− −
M ub.eff.Rk / γ M1 M bv .eff.Rk / γ M1
20.0 | −4.7| | −1.10 |
= + 0.978 ⋅ + 1.025 ⋅ = 0.832 ≤ 1.0 √ (F.15l)
min(169.51; 152.99) 10.22 4.48
+ + + +
ηbu 2,,vM,Nc = ηb 2,Nc + ηbu 2,M,c + ηbv 2,M,c =
+ + + +
|NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u | | MEd , v + ΔM Ed, v |
= + k vu ⋅ + k vv ⋅ =
min(Nbv .eff .Rk ; NbT.eff .Rk ) / γ M1
+ +
M ub.eff .Rk / γ M1 M bv .eff .Rk / γ M1
20.0 | 4.7 | |1.188|
= + 0.991⋅ + 1.025 ⋅ = 0.904 ≤ 1.0 √ (F.15m)
min(128.54 ; 152.99) 10.22 4.16
+ − + −
ηbu 2,,vM,Nc = ηb 2,Nc + ηbu 2,M,c + ηbv 2,M,c =
+ + − −
|NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u | | MEd , v + ΔM Ed, v |
= + k vu ⋅ + k vv ⋅ =
min(Nbv .eff .Rk ; NbT.eff .Rk ) / γ M1
+ −
M ub.eff .Rk / γ M1 M bv .eff .Rk / γ M1
20.0 | 4.7 | | −1.10 |
= + 0.991⋅ + 1.025 ⋅ = 0.863 ≤ 1.0 √ (F.15n)
min(128.54 ; 152.99) 10.22 4.48
− + − +
ηbu 2,,vM,Nc = ηb 2,Nc + ηbu 2,M,c + ηbv 2,M,c =
− − + +
|NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u | | MEd , v + ΔM Ed, v |
= + k vu ⋅ + k vv ⋅ =
min(Nbv .eff .Rk ; NbT.eff .Rk ) / γ M1
− +
M ub.eff .Rk / γ M1 M bv .eff .Rk / γ M1
20.0 | −4.7| |1.188|
= + 0.991⋅ + 1.025 ⋅ = 0.904 ≤ 1.0 √ (F.15o)
min(128.54 ; 152.99) 10.22 4.16
− − − −
ηbu 2,,vM,Nc = ηb 2,Nc + ηbu 2,M,c + ηbv 2,M,c =
− − − −
|NEd | | MEd ,u + ΔM Ed,u | | MEd , v + ΔM Ed, v |
= + k vu ⋅ + k vv ⋅ =
min(Nbv .eff .Rk ; NbT.eff .Rk ) / γ M1
− −
M ub.eff .Rk / γ M1 M bv .eff .Rk / γ M1
20.0 | −4.7| | −1.10 |
= + 0.991⋅ + 1.025 ⋅ = 0.863 ≤ 1.0 √ (F.15p)
min(128.54 ; 152.99) 10.22 4.48
240
EXEMPLO NUMÉRICO 1
k uv = k vv = 1.025 (F.15r)
0.05 ⋅ λ v 0.05
k vu = 1− ⋅ nu ≥ 1− ⋅ nu ⇒ k vu = 0.991 ≥ 0.940 (F.15s)
C mLT − 0.25 C mLT − 0.25
onde (i) Cmi são factores de momento equivalente que se obtêm da Tabela B.3 de
EC3-1-1 [F.2] e para um diagrama parabólico com momentos de extremidade nulos tem-se
α h =0, e ψ =0, ficam todos iguais e com o valor C mu = C mv = C mLT =0.95, (ii) ni são factores
que contabilizam o nível de utilização da barra e tomam os seguintes valores:
|NEd | 20.0 |NEd | 20.0
nu = u
= = 0.118 e nv = v
= = 0.156 (F.15u)
Nb.eff .Rk 169.51 Nb.eff .Rk 128.54
−
u− u− | M eff ,u | | −3.97 |
ηb ,M ,Nt =η
b,Meff ,t = u−
= = 0.388 ≤ 1.0 √ (F.16b)
M b.eff .Rk / γ M1 10.22
241
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
+ −
u+ , v − u+ v− | M eff ,u | | MEd ,v |
η b ,M ,Nt =η
b ,Meff ,t +η b,M ,c = +
+ −
=
Mub.eff .Rk / γ M1 Mbv .eff .Rk / γ M1
| 3.97 | | −1.10 |
= + = 0.634 ≤ 1.0 √ (F.16d)
10.22 4.48
− +
u− , v + u− v+ | M eff ,u | | MEd ,v |
η b ,M ,Nt =η b ,Meff ,t +η b ,M ,t = −
+ +
=
M ub.eff .Rk / γ M1 M bv .eff.Rk / γ M1
| −3.97 | |1.10 |
= + = 0.653 ≤ 1.0 √ (F.16e)
10.22 4.16
− −
− − − − | M eff ,u | | MEd ,v |
ηub,M,v,Nt = ηub,Meff ,t + ηbv ,M,t = −
+ −
=
M ub.eff .Rk / γ M1 M bv .eff.Rk / γ M1
| −3.97 | | −1.10 |
= + = 0.634 ≤ 1.0 √ (F.16f)
10.22 4.48
com
+ + u+ 32619 20
M eff ,u =| M Ed,u | − Ψvec ⋅ Weff ,com ⋅ | NEd | / A = 4.7 − 0.8 ⋅ ⋅ = 3.97 ≥ 0 (F.16g)
711.94 1000
− − u− 32619 20
M eff ,u =| M Ed,u | − Ψvec ⋅ Weff ,com ⋅ | NEd | / A = 4.7 − 0.8 ⋅ ⋅ = 3.97 ≥ 0 (F.16h)
711.94 1000
onde (i) Ψvec = 0.8 é um factor de redução que tem em conta a possibilidade de os esforços
axiais e momentos flectores não serem o resultado de uma mesma acção, mas sim de uma
envolvente de combinações de acções, (ii) Weffu+,com e Weffu−,com são os módulos de flexão
associados à maior tensão de compressão quando a secção está sujeita a momento flector em
torno de u, respectivamente, positivo e negativo e (iii) A é a área da secção efectivap devido a
compressão.
242
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 1
[1.2] YU, WEI-WEN: “Cold-Formed Steel Design”, 3rd Edition, 2000, John Wiley & Sons, Inc.
– ISBN: 0-471-34809-0
[1.3] North American National Association of Home Builders, NAHB: “Prescriptive Method
for Residential Cold-Formed Steel Framing”, Second Edition, Washington DC,
August 1997.
[1.4] North American Steel Framing Alliance. NASFA: “Prescriptive Method for Residential
Cold-Formed Steel Framing”, Year 2000 Edition, October 2000.
[1.7] GHERSI, A.; LANDOLFO, R.; MAZZOLANI, F. M.: “Design of Metallic Cold-Formed
Thin-walled Members”, 2002, Spon Press – ISBN: 0-415-24437-4
[1.9] HANCOCK, G. J.; MURRAY, THOMAS M.; ELLIFRITT, D. S.: “Cold-Formed Steel
Structures to the AISI Specification”, 2001, Marcel Dekker – ISBN: 0-8247-9294-7
243
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
(December 2003).
CAPÍTULO 2
[2.2] REIS, ANTÓNIO; CAMOTIM, DINAR: “Estabilidade Estrutural”, 2001, Instituto Superior
Técnico, Universidade Técnica de Lisboa, McGraw-Hill – ISBN: 972-773-036-1.
[2.3] YU, WEI-WEN: “Cold-Formed Steel Design”, 3rd Edition, 2000, John Wiley & Sons, Inc.
– ISBN: 0-471-34809-0
[2.4] SCHAFER, B.W.: “Draft of Design Manual for Direct Strenght Method of Cold-formed
Steel Design (including tutorials for the finite stripe method software CUFSM)”, January
2002, http://www.ce.jhu.edu/bschafer/direct_strength/2002-12-Spec/dsmanual2.pdf,
referenced on 2008-10-14
[2.5] TIMOSHENKO, S.P., GERE J.M.: “Theory of Elastic Stability”, 2nd Ed., 1961, McGraw-
-Hill Book Company, New York.
[2.6] BRUSH, D. O., ALMROTH, B. O.: “Buckling of Bars, Plates and Shells”, 1975,
McGraw-Hill, New York
[2.7] SAINT-VENANT, B.: “Théorie de L 'Elasticité des Corps Solides”, Clebsch, Paris, 1883.
[2.8] BAMBACH, M. R.: “Thin-Walled Sections With Unstiffened Elements Under Stress
Gradients”, Tese de Doutoramento, Junho 2003, The University of Sydney, Sydney.
[2.9] EULER, L.: “Sur la Force des Colonnes”, Memóires de L’Académie Royale des Sciences
et Belew Lettres, Vol.13, Berlin, 1759. (tradução em lingual inglesa: VAN DEN BROEK,
J. – American Journal of Physics, Vol.15, pp. 309-318, 1947)
[2.10] SAINT-VENANT, B.: “Sur la Stabilité des Systêmes Elastiques”, Collected Papers of
Stephen P. Timoshenko, McGraw-Hill, New York, pp. 92-224, 1953. (artigo original
publicado em 1905)
[2.11] VLASOV, V. Z.: “Thin-Walled Elastic Bars”, Fizmatgiz, Moscow, 1959. (em russo –
244
REFERÊNCIAS
tradução em língua inglesa: Israel Program for Scientific Translation, Jerusalém, 1961).
[2.12] LAU, S.W. – “Distortional Buckling of Thin-Walled Columns”, Ph.D. Thesis, School of
Civil and Mining Engineering, University ofSydney, Australia, 1988.
[2.13] LAU, S.E.; HANCOCK, G.J. – “Distortional Buckling Formulas for Channel Columns”,
Journal of Structural Engineering (ASCE), VoI. 113, N° 5, pp. 1063-1078, 1987.
[2.14] HANCOCK, G.J. – “Design for Distortional Buckling of Flexural Members”, Thin-
Walled Structures, VoI. 27, N° 1, pp. 3-12, 1997.
[2.15] SILVESTRE, N.; CAMOTIM, D.: “Distortional Buckling Formulae for Cold-Formed Steel
C and Z-Section Members: Part I – Derivation”, Thin-Walled Structures, VoI. 42, N° 11,
pp. 1567-1597, 2004.
[2.16] SILVESTRE, N.; CAMOTIM, D.: “Distortional Buckling Formulae for Cold-Formed Steel
C and Z-Section Members: Part II – Validation and Aplication”, Thin-Walled Structures,
VoI. 42, N° 11, pp. 1599-1629, 2004.
[2.17] SILVESTRE, N.; CAMOTIM, D.: “Distortional Buckling Formulae for Cold-Formed Steel
Rack-Section Members”, Steel and Composite Structures, VoI. 4, N° 1, pp. 49-75,
2004.
[2.19] HANCOCK, G. J.; MURRAY, THOMAS M.; ELLIFRITT, D. S.: “Cold-Formed Steel
Structures to the AISI Specification”, 2001, Marcel Dekker – ISBN: 0-8247-9294-7
[2.22] SCHAFER, B.W., ÁDÁNY, S. “Buckling analysis of cold-formed steel members using
CUFSM: conventional and constrained finite strip methods”, October 2006, Eighteenth
International Specialty Conference on Cold-Formed Steel Structures, Orlando.
[2.23] BEBIANO, R.; PINA, P.; SILVESTRE, N.; CAMOTIM, D.: “GBTUL 1.0β – Stability and
Vibration Analysis of Thin-Walled Members”, DECivil/IST, Universidade Técnica de
Lisboa (http://civil.ist.utl.pt/gbt).
245
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
[2.28] BOISSONNADE, N.; GREINER, R.; JASPART, J.P.; LINDNER, J.: “Rules for Member
Stability in EN 1993-1-1 – Background documentation and design guidelines”,
n.º 119, 2006, ECCS – ISBN: 92-9147-000-84.
[2.30] ALLEN, H. G., BULLON, P.S.: “Background to Buckling”, 1980, McGraw-Hill, London
– ISBN: 978-0070841000
[2.31] CHEN, W. F., LUI, E. M.: “Structural Stability – Theory and Implementation”, 1987,
Elsevier, New York – ISBN: 978-0444011190
[2.36] American Iron and Steel Institute (AISI): “The Specification for the Design of Cold-
-Formed Steel Structural Members (part V of Cold-Formed Steel Design Manual)”,
1996 (published in 1997)
[2.38] KOITER, W.T.: "Over der Stabiliteit van het Elastische Evenwicht", Tese de
Doutoramento, 1945, Universidade de Delft, Holanda (tradução inglesa: "On the
Stability ofElastic Equilibrium", NASA Report TT-F-I0833, 1967)
246
REFERÊNCIAS
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[2.41] VON KÁRMAN, T., SECHLER, E.E., DONNELL, L.H.: "The Strength of Thin Plates in
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Vol. 54, pp. 53-57, 1932.
[2.42] WINTER, G.: “Strength of Thin Steel Compression Flanges”, Transactions of the
American Society of Civil Engineers (ASCE), Vol. 112, pp. 527-555, 1947.
[2.43] GALAMBOS, T.V.: “Guide to Stability Design Criteria for Metal Structures”, 5th Edition,
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CAPÍTULO 3
[3.1] DUBINA, D.; VAYAS, I.: “TEMPUS 4502-94 – Seminar on Eurocode 3 – Part 1.3: Cold
Formed Gauge Members and Sheeting”, July 1995, Klidarithmos –
– ISBN: 960-332-038-2
[3.3] ADANY, S.: “Calculation of the moment resistance of Z and C shaped cold-formed
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– http://www.ce.jhu.edu/bschafer/eurocode/ZC-demo-3.pdf (December 2003)
[3.6] European Convention For Contructional Steelwork, ECCS: “Design Examples for the
Use of Light Gauge Steel in Steel Framed Housing according to ENV 1993-1-3:1996”,
Publication n.º 118, 2004 – ISBN: 92-9147-000-75
247
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
[3.10] American Iron and Steel Institute (AISI): “The Specification for the Design of Cold-
-Formed Steel Structural Members (part V of Cold-Formed Steel Design Manual)”,
1996 (published in 1997)
CAPÍTULO 4
[4.7] DUBINA, D.; VAYAS, I.: “TEMPUS 4502-94 – Seminar on Eurocode 3 – Part 1.3: Cold
Formed Gauge Members and Sheeting”, July 1995, Klidarithmos –
– ISBN: 960-332-038-2
[4.8] ADANY, S.: “Calculation of the moment resistance of Z and C shaped cold-formed
sections according to Eurocode 3”, worked examples –
– http://www.ce.jhu.edu/bschafer/eurocode/ZC-demo-3.pdf (December 2003)
[4.11] European Convention For Contructional Steelwork, ECCS: “Design Examples for the
248
REFERÊNCIAS
Use of Light Gauge Steel in Steel Framed Housing according to ENV 1993-1-3:1996”,
Publication n.º 118, 2004 – ISBN: 92-9147-000-75
[4.12] TENG, J. G.; YAO, J.; ZHAO, Y.: “Distortional buckling of channel beam-columns”,
Journal of Thin-Walled Structures, n.º 41, pages 595-617, 2003, Elsevier Science
Limited
[4.15] SCHAFER, B.W., ÁDÁNY, S. “Buckling analysis of cold-formed steel members using
CUFSM: conventional and constrained finite strip methods”, Eighteenth International
Specialty Conference on Cold-Formed Steel Structures, Orlando, FL. October 2006
[4.16] BEBIANO, R.; PINA, P.; SILVESTRE, N.; CAMOTIM, D.: “GBTUL 1.0β – Stability and
Vibration Analysis of Thin-Walled Members”, DECivil/IST, Universidade Técnica de
Lisboa (http://civil.ist.utl.pt/gbt).
[4.17] HIBBIT, KARLSSON AND SORENSEN INC.: ABAQUSStandard (Version 5.8), 1998.
[4.18] KESTI, JYRKI; DAVIES, J. MICHAEL: “Local and distortional buckling of thin-walled short
columns”, Thin-Walled Structures, n.º 34, pages 115-134, 1999, Elsevier Science
Limited
CAPÍTULO 5
249
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
[5.6] BOISSONNADE, N.; GREINER, R.; JASPART, J.P.; LINDNER, J.: “Rules for Member
Stability in EN 1993-1-1 – Background documentation and design guidelines”,
n.º 119, 2006, ECCS – ISBN: 92-9147-000-84.
[5.8] SCHAFER, B.W., ÁDÁNY, S. “Buckling analysis of cold-formed steel members using
CUFSM: conventional and constrained finite strip methods”, Eighteenth International
Specialty Conference on Cold-Formed Steel Structures, Orlando, FL. October 2006
[5.9] BEBIANO, R.; PINA, P.; SILVESTRE, N.; CAMOTIM, D.: “GBTUL 1.0β – Stability and
Vibration Analysis of Thin-Walled Members”, DECivil/IST, Universidade Técnica de
Lisboa (http://civil.ist.utl.pt/gbt).
[5.10] HIBBIT, KARLSSON AND SORENSEN INC.: ABAQUSStandard (Version 5.8), 1998.
CAPÍTULO 6
[6.2] SCHAFER, B.W., ÁDÁNY, S. “Buckling analysis of cold-formed steel members using
CUFSM: conventional and constrained finite strip methods”, Eighteenth International
Specialty Conference on Cold-Formed Steel Structures, Orlando, FL. October 2006
[6.3] BEBIANO, R.; PINA, P.; SILVESTRE, N.; CAMOTIM, D.: “GBTUL 1.0β – Stability and
Vibration Analysis of Thin-Walled Members”, DECivil/IST, Universidade Técnica de
Lisboa (http://civil.ist.utl.pt/gbt).
[6.4] SCHAFER, B.W.: “Draft of Design Manual for Direct Strenght Method of Cold-formed
Steel Design (including tutorials for the finite stripe method software CUFSM)”, January
2002, http://www.ce.jhu.edu/bschafer/direct_strength/2002-12-Spec/dsmanual2.pdf,
referenced on 2008-10-14
[6.5] SCHAFER, B.W.: “Designing cold-formed steel using the Direct Strength Method”,
Eighteenth International Specialty Conference on Cold-Formed Steel Structures,
Orlando, FL. October 2006
250
REFERÊNCIAS
[6.10] American Iron and Steel Institute (AISI): “Direct Strenght Method (DSM) Design Guide &
2004 Supplement”, 2004.
[6.11] American Iron and Steel Institute (AISI): “The Specification for the Design of Cold-
-Formed Steel Structural Members (part V of Cold-Formed Steel Design Manual)”,
1996 (published in 1997)
[6.13] RUSCH, A.; LINDNER, J.: “Remarks to the Direct Strenght Method”, Thin-Walled
Structures, n.º 39, pages 807-820, September 2001, Elsevier Science Limited
ANEXO A
ANEXO E
251
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO ENFORMADOS A FRIO DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 3
ANEXO F
[F.6] DUBINA, D.; VAYAS, I.: “TEMPUS 4502-94 – Seminar on Eurocode 3 – Part 1.3: Cold
Formed Gauge Members and Sheeting”, July 1995, Klidarithmos –
– ISBN: 960-332-038-2
[F.7] BATISTA, E.: “Etude de la stabilite des profiles a parois minces et section ouverte de
types U et C”, Doctoral Thesis, 1989, University of Liege.
252