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90 ISSN 1677-7042 1 Nº 227, terça-feira, 28 de novembro de 2006

XXI - Risco - possibilidade de promoção de evento negativo,


.
Ministério da Ciência e Tecnologia cientificamente fundamentada, para a saúde humana e animal, os
vegetais, outros organismos e o meio ambiente, decorrente de pro-
cessos ou situações envolvendo OGM e seus derivados;
GABINETE DO MINISTRO XXII - Tanque de Aqüicultura - instalação física projetada e
PORTARIA N o- 873, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2006(*) utilizada para criação, manutenção e manipulação de organismos
aquáticos geneticamente modificados;
<!ID824852-0>

O Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, no uso das atribuições que lhe confere o art. 2º do Decreto nº 98.830, de 15 de janeiro XXIII - Vetor - agente carreador do inserto.
de 1990, resolve: CAPÍTULO II
Art. 1º Conceder autorização ao representante da contraparte brasileira, Dr. FLÁVIO DE JESUS LUIZÃO, do Instituto Nacional de DA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA DE ATIVIDADES
Pesquisas da Amazônia (INPA), para realizar Pesquisa Científica no âmbito do Projeto intitulado “Wotro-Ip: Um Estudo da Resiliência da E PROJETOS
Floresta Amazônica” (Processo EXC 008/06-C), a ser executada nos Estado de Rondônia e Amazonas, em parceria com a ALTERRA-WUR, COM OGM EM CONTENÇÃO
Holanda, representada pelo Dr. BART KRUIJT, contraparte estrangeira, pelo prazo inicial de dois anos, contado a partir da data de publicação Art. 4º Para quaisquer atividades e projetos que envolvam a
desta Portaria no Diário Oficial da União.
Art. 2º Conceder autorização aos estrangeiros abaixo indicados para, sob a responsabilidade da contraparte brasileira, participarem das construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o armazenamento,
atividades referentes ao Projeto de que trata o artigo anterior. a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico, o ensino, o controle de
qualidade e o descarte que utilizem OGM e seus derivados em regime
PESQUISADOR NACIONALIDADE INSTITUIÇÃO de contenção, o técnico principal deverá encaminhar para a CIBio de
ALBERTUS JOHANNES DOLMAN Holandesa Vrije Universiteit Amsterdam sua instituição informações detalhadas de acordo com o Requeri-
MAARTEN JOHANNES WATERLOO Holandesa Vrije Universiteit Amsterdam mento de Autorização para Atividades em Contenção com OGM e
LEENDERT ADRIAAN BRUIJNZEEL Holandesa Vrije Universiteit Amsterdam seus derivados, constante da Resolução nº 1. A CIBio, por sua vez,
MARTIN GEORGE HODNETT Inglesa Vrije Universiteit Amsterdam deverá obter da CTNBio autorização para cada atividade.
MEREL HOOGMOED Holandesa Vrije Universiteit Amsterdam § 1º. A CIBio poderá autorizar atividades e projetos que
JASPER JANSEN Holandesa Vrije Universiteit Amsterdam envolvam OGM da Classe de Risco I, definidos no inciso I do art. 8º
MARÍA SUSANA ALVARADO BARRIENTOS Guatemalteca Vrije Universiteit Amsterdam desta Resolução Normativa.
PIETER HENDRIK VERBURG Holandesa Wageningen University § 2º. Quando houver mudanças nas atividades anteriormente
ANTONIE VELDKAMP Holandesa Wageningen University aprovadas, o procedimento especificado no caput deste artigo deverá
KASPER KOK Holandesa Wageningen University ser adotado.
BART KRUIJT Holandesa ALTERRA Green World Research § 3º. As dúvidas sobre a aplicação desta Resolução Nor-
PAVEL KABAT Holandesa ALTERRA Green World Research mativa devem ser dirimidas junto à CIBio da instituição, a qual,
RONALD WILHELMUS ANTONIUS HUTJES Holandesa ALTERRA Green World Research
conforme o caso, solicitará esclarecimento à CTNBio.
§ 4º. Nos casos de atividades e projetos em grande escala, a
Art. 3º A coleta de material e seu destino ficam vinculados à estrita observância das normas do Decreto nº 98.830, de 15 de janeiro CIBio deverá informar à CTNBio a metodologia detalhada de iden-
de 1990, e da Portaria/MCT nº 55, de 14 de março de 1990.
Art. 4º A remessa de material ao exterior deverá ser realizada de conformidade com as disposições constantes do art. 19 da Medida tificação do OGM.
Provisória nº 2.186-16, de 23 de agosto de 2001. Art. 5º Após aprovada a atividade pela CTNBio, o res-
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. ponsável legal da instituição, a CIBio e o técnico principal ficam
encarregados de garantir o fiel cumprimento das normas definidas
SERGIO MACHADO REZENDE pela CTNBio para as atividades e projetos com OGM em conten-
ção.
(*) Republicada por ter saído no DOU nº 223 de 22-11-2006, Seção 1, Pág. 11, com incorreção no original. Parágrafo único. O técnico principal é responsável pelo cum-
primento das normas de biossegurança em conformidade com as
<!ID824853-0> PORTARIA N o- 880, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2006 recomendações da CIBio e as Resoluções Normativas da CTNBio e
O Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, no uso das atribuições que lhe confere o art. 2º do Decreto nº 98.830, de 15 de janeiro deve assegurar que as equipes técnica e de apoio envolvidas nas
de 1990, resolve: atividades com OGM e seus derivados recebam treinamento apro-
Art. 1º. Conceder autorização ao representante da contraparte brasileira, pesquisador LEANDRO BUGONI, do Instituto Albatroz - São priado em biossegurança e que estejam cientes das situações de riscos
Paulo, para realizar Pesquisa Científica no âmbito do Projeto intitulado “Ecologia e Conservação dos Petréis das Ilhas da Trindade e Martim potenciais dessas atividades e dos procedimentos de proteção in-
Vaz” (Processo EXC 030/06-C), a ser executado no Arquipélago de Trindade e Martins Vaz, em parceria com a University of Glasgow - UK, dividual e coletiva no ambiente de trabalho.
representada pela pesquisadora inglesa, RUTH MARGARET BROWN, contraparte estrangeira, por um ano, contado a partir da data de CAPÍTULO III
publicação desta Portaria no Diário Oficial da União. DA OCORRÊNCIA DE ACIDENTE OU DE LIBERAÇÃO
Art. 2º Conceder autorização à pesquisadora estrangeira RUTH MARGARET BROWN, para, sob a responsabilidade do representante
da contraparte brasileira, participar do Projeto a que se refere o artigo anterior. ACIDENTAL
Art. 3º A coleta de material e seu destino ficam vinculados à estrita observância das normas do Decreto nº 98.830, de 15 de janeiro Art. 6º Todas as atividades e projetos com OGM e seus
de 1990, e da Portaria/MCT nº 55, de 14 de março de 1990. derivados em contenção devem ser planejadas e executadas de acordo
Art. 4º. A remessa de material ao exterior será realizada de conformidade com as disposições constantes do § 3º do art. 19 da Medida com as Resoluções Normativas da CTNBio, de modo a evitar aci-
Provisória nº 2.186-16, de 23 de agosto de 2001. dente ou liberação acidental.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. § 1º A ocorrência de acidente ou liberação acidental de
SERGIO MACHADO REZENDE OGM e seus derivados deverá ser imediatamente comunicada à CIBio
e por esta à CTNBio e aos órgãos e entidades de registro e fis-
calização pertinentes, anexando-se relatório das ações corretivas já
COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL V - Contenção - atividades e projetos com OGM em con- tomadas e os nomes das pessoas e autoridades que tenham sido
DE BIOSSEGURANÇA dições que não permitam o seu escape ou liberação para o meio notificadas, no prazo máximo de cinco dias, a contar da data do
ambiente, podendo ser realizado em pequena ou grande escala; evento.
RESOLUÇÃO NORMATIVA N o- 2,
<!ID824377-0>
VI - Curral - instalação física destinada ao manejo de ani- § 2º A comunicação à CTNBio e aos órgãos e entidades de
DE 27 DE NOVEMBRO DE 2006 mais de interesse zootécnico; registro e fiscalização pertinentes não isenta a CIBio de qualquer
VII - Espécie exótica - aquela que se encontra fora de sua outra obrigação que possa ter, à luz da legislação vigente.
Dispõe sobre a classificação de riscos de área de ocorrência natural; § 3º A CIBio deverá informar os trabalhadores e demais
Organismos Geneticamente Modificados VIII - Espécie exótica invasora - toda espécie que, quando membros da coletividade sobre os riscos decorrentes do acidente ou
(OGM) e os níveis de biossegurança a se- fora de sua área de ocorrência natural, ameaça ecossistemas, habitats da liberação acidental de OGM e seus derivados.
rem aplicados nas atividades e projetos com ou espécies; § 4º A CIBio deverá instaurar imediatamente investigação
OGM e seus derivados em contenção. IX - Espécie invasora - é aquela que ameaça ecossistemas, sobre a ocorrência de acidente ou liberação acidental de OGM e seus
habitats ou espécies; derivados, enviando as conclusões à CTNBio, no prazo de 30 dias.
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio, X - Grande escala - projetos e atividades de cultivo com § 5º A CTNBio, ao tomar conhecimento de qualquer aci-
no uso de suas atribuições legais e regulamentares, resolve: OGM em contenção usando volumes superiores a 10 litros; dente ou incidente que tenha provocado efeitos adversos à saúde
CAPÍTULO I - Disposições Gerais XI - HEPA (High Efficiency Particulated Air) - filtro de ar humana e animal, aos vegetais ou ao meio ambiente, fará imediata
Art. 1º A classificação de risco de OGM e os níveis de de alta eficiência que retém 99,00% de partículas com diâmetro de comunicação ao Ministério Público Federal.
biossegurança a serem aplicados nas atividades e projetos em con- 0,3 micrômetro ou maiores; CAPÍTULO IV
tenção com OGM e seus derivados que envolvam a construção, o XII - Infectório - local de manutenção e manipulação de DA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
cultivo, a produção, a manipulação, o armazenamento, a pesquisa, o organismos experimentalmente infectados; Art. 7º Os OGM serão classificados em quatro classes de
desenvolvimento tecnológico, o ensino, o controle de qualidade e o XIII - Inserto - seqüência de ADN/ARN inserida no or- risco, adotando-se como critérios o potencial patogênico dos orga-
descarte obedecerão ao disposto nesta Resolução Normativa. ganismo receptor por meio de engenharia genética; nismos doador e receptor, a(s) seqüência(s) nucleotídica(s) transfe-
Art. 2º Esta Resolução Normativa não se aplica à liberação XIV - Insetário - instalação física projetada e utilizada para rida(s), a expressão desta(s) no organismo receptor, o OGM resultante
planejada de OGM no meio ambiente, que obedecerá à Resolução criação, manutenção e manipulação de insetos; e seus efeitos adversos à saúde humana e animal, aos vegetais e ao
Normativa específica. XV - Nível de Biossegurança (NB) - nível de contenção meio ambiente.
Art. 3º Para efeitos desta Resolução Normativa, considera- necessário para permitir as atividades e projetos com OGM de forma § 1 º. Para genes que codificam produtos nocivos para a
se: segura e com risco mínimo para o operador e para o meio am- saúde humana e animal, aos vegetais e ao meio ambiente, o vetor
I - Aviário - instalação física projetada e utilizada para cria- biente; utilizado deverá ter capacidade limitada para sobreviver fora do am-
ção e manutenção de aves; XVI - Organismo doador - organismo doador da seqüência biente de contenção.
II - Biotério - instalação física para criação, manutenção e de ADN/ARN que será introduzida por engenharia genética no or- § 2º. Todo organismo geneticamente modificado deverá pos-
manipulação de animais de laboratório em contenção; ganismo receptor; suir um marcador capaz de identificá-lo dentre uma população da
III - Casa de vegetação - instalação física projetada e uti- XVII - Organismo receptor - organismo no qual será inserida mesma espécie.
lizada para o crescimento de plantas em ambiente controlado e pro- a construção obtida por engenharia genética.; Art. 8º As classes de risco dos OGM serão assim defi-
tegido. As paredes e o teto são geralmente construídos de material XVIII - Pequena escala - projetos e atividades de cultivo nidas:
transparente ou translúcido para permitir a passagem de luz solar; com OGM em contenção usando volumes iguais ou inferiores a 10 I - Classe de Risco 1 (baixo risco individual e baixo risco
IV - Classe de risco de OGM à saúde humana e dos animais, litros; para a coletividade): O OGM que contém seqüências de ADN/ARN
ao meio ambiente e aos vegetais - grau de risco associado ao or- XIX - Planta daninha - planta que nasce inoportunamente de organismo doador e receptor que não causem agravos à saúde
ganismo doador, ao organismo receptor, bem como ao OGM re- numa cultura e que compete por espaço e nutrientes; humana e animal e efeitos adversos aos vegetais e ao meio am-
sultante; XX - Planta espontânea - planta de ocorrência natural; biente;
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II - Classe de Risco 2 (moderado risco individual e baixo j) alimentos devem ser guardados em áreas específicas para b) a separação física entre instalações NB-3 das demais ins-
risco para a coletividade): O OGM que contém seqüências de este fim, fora das instalações, sendo proibido comer, beber, fumar e talações, laboratórios ou corredores de acesso deve ser por sistema de
ADN/ARN de organismo doador ou receptor com moderado risco de aplicar cosméticos nas áreas de trabalho; dupla porta, com fechamento automático por intertravamento e com
agravo à saúde humana e animal, que tenha baixo risco de dis- k) antes de deixar as instalações, as mãos devem ser lavadas sala para troca de roupas, chuveiros, bloqueio de ar e outros dis-
seminação e de causar efeitos adversos aos vegetais e ao meio am- sempre que tiver havido manipulação de organismos contendo positivos, para acesso em duas etapas;
biente; ADN/ARN recombinante; c) as instalações NB-3 devem ter fonte de energia de emer-
III - Classe de Risco 3 (alto risco individual e risco mo- l) pias para lavagem das mãos e equipamentos de proteção gência com acionamento automático, suprindo todas as necessidades
derado para a coletividade): O OGM que contém seqüências de individual e coletiva devem ser utilizados para minimizar o risco de energéticas;
ADN/ARN de organismo doador ou receptor, com alto risco de agra- exposição ao OGM; d) o sistema de ar nas instalações deve ser independente e
vo à saúde humana e animal, que tenha baixo ou moderado risco de m) é proibida a admissão de animais que não estejam re- deve prever uma pressão diferencial e fluxo unidirecional de modo a
disseminação e de causar efeitos adversos aos vegetais e ao meio lacionados ao trabalho em execução nas instalações; assegurar diferencial de pressão que não permita a saída do agente de
ambiente; n) extrema precaução deve ser tomada quando forem ma- risco. No sistema de ar devem estar acoplados manômetros, com
IV - Classe de Risco 4 (alto risco individual e alto risco para nuseadas agulhas, seringas e vidros quebrados, de modo a evitar a sistema de alarme, que acusem qualquer alteração sofrida no nível de
a coletividade): O OGM que contém seqüências de ADN/ARN de auto-inoculação e a produção de aerossóis durante o uso e o descarte. pressão exigido para as diferentes salas;
organismo doador ou receptor com alto risco de agravo à saúde As agulhas não devem ser entortadas, quebradas, recapeadas ou re- e) não deve existir exaustão do ar para outras áreas do
humana e animal, que tenha elevado risco de disseminação e de movidas da seringa após o uso. Agulhas, seringas e vidros quebrados prédio. O ar de exaustão não deve, portanto, ser recirculado e deverá
causar efeitos adversos aos vegetais e ao meio ambiente. devem ser imediatamente colocados em recipiente resistente a per- ser filtrado através de filtro HEPA antes de ser eliminado para o
§ 1º. A classe de risco do OGM resultante não poderá ser furações e autoclavados antes do descarte; exterior das instalações, devendo haver verificação constante do fluxo
inferior à classe de risco do organismo receptor, exceto nos casos em o) materiais contaminados só podem ser retirados das ins- de ar nas instalações;
que exista redução da virulência e patogenicidade do OGM. talações em recipientes rígidos e à prova de vazamentos; f) todos os procedimentos que envolverem a manipulação de
§ 2º. O OGM que contenha seqüências de ADN/ARN de p) deve ser providenciado um programa rotineiro adequado OGM de classe de risco 3 devem ser conduzidos dentro de cabines de
organismos ou agentes infecciosos desprovidas de potencial de ex- de controle de insetos e roedores. Todas as áreas que permitam segurança biológica Classe II ou III. Os manipuladores devem utilizar
pressão nas atividades e projetos propostos será classificado na mes- ventilação deverão conter barreiras físicas para impedir a passagem equipamentos de proteção individual;
ma classe de risco do organismo receptor. g) o ar de saída das cabines de segurança biológica com
de insetos e outros animais;
§ 3º. O OGM que contenha seqüências de ADN/ARN de- filtros HEPA de elevada eficiência (Classe II ou III) deve ser retirado
q) um Manual de Biossegurança deve ser preparado de acor-
rivadas de organismos de classe de risco superior e com potencial de diretamente para fora do edifício por sistema de exaustão;
expressão poderá, a critério da CTNBio, ser classificado na classe de do com as especificidades das atividades realizadas. Todo o pessoal h) as superfícies das paredes internas, pisos e tetos devem ser
risco do organismo receptor, desde que reconhecidamente não as- deve ser orientado sobre os possíveis riscos e para a necessidade de resistentes à água, de modo a permitir fácil limpeza. Toda a superfície
sociadas à toxicidade ou patogenicidade nas atividades e projetos seguir as especificações de cada rotina de trabalho, procedimentos de deve ser selada e sem reentrâncias, para facilitar limpeza e des-
propostos. biossegurança e práticas estabelecidas no Manual; contaminação;
§ 4º. Para a classificação de risco, deve-se também con- r) devem ser mantidos registros de cada atividade ou projeto i) o mobiliário das instalações deve ser rígido, com espa-
siderar: desenvolvidos com OGM e seus derivados; çamentos entre as bancadas, cabines e equipamentos para permitir
a) a possibilidade de recombinação de seqüências inseridas s) atividades e projetos com organismos não geneticamente fácil limpeza;
no OGM, levando à reconstituição completa e funcional de genomas modificados que ocorram concomitantemente e nas mesmas insta- j) próximo à porta de saída da ante sala de cada instalação
de agentes infecciosos; lações com manipulação de OGM devem respeitar a classificação de NB-3 deve haver pelo menos uma pia para lavar as mãos. A torneira
b) outros processos que gerem um genoma infeccios; risco do OGM; deve ter um sistema automático de acionamento ou sistema de pedais.
c) genes que codifiquem substâncias tóxicas aos homens, aos t) todo material proveniente de OGM e seus derivados de- Todos os ralos devem ter dispositivo de fechamento;
animais, aos vegetais ou que causem efeitos adversos ao meio am- verá ser descartado de forma a impossibilitar seu uso como alimento k) as janelas das instalações devem ser lacradas, com vidros
biente; por animais ou pelo homem, salvo o caso em que este seja o pro- duplos de segurança;
d) genes de resistência a antibióticos de amplo uso clínico. pósito do experimento, ou se especificamente autorizado pela CIBio l) deve existir autoclave para a descontaminação de resíduos,
§ 5º. Enquadram-se na classe de risco 2 ou superior: ou CTNBio; localizada no interior das instalações, com sistema de dupla porta;
a) aqueles vegetais geneticamente modificados que são plan- I - Nível de Biossegurança 2 (NB-2): adequado às atividades m) todo o líquido efluente das instalações deverá ser des-
tas daninhas ou espontâneas, que possam cruzar com estas em área e projetos que envolvam OGM de classe de risco 2, realizadas nas contaminado antes de liberado no sistema de esgotamento sanitário,
que torne este cruzamento possível, gerando descendentes férteis com seguintes condições: através do tratamento em caixas de contenção;
maior capacidade de invasão e dano ao meio ambiente do que os a) as instalações e procedimentos exigidos para o NB-2 de- n) as linhas de vácuo devem estar protegidas com filtro de ar
parentais; e vem atender às especificações estabelecidas para o NB-1 acrescidas com elevada eficiência e coletores com líquido desinfetante;
b) organismos geneticamente modificados que sejam vetores da necessidade de haver uma autoclave disponível em seu interior, de o) a equipe técnica deve ter treinamento específico no ma-
biológicos de agentes causadores de agravos à saúde do homem, dos modo a permitir a descontaminação de todo o material antes do nejo de agentes infecciosos de classe de risco 3, devendo ser su-
animais, dos vegetais ou ao meio ambiente. descarte, sem o trânsito do OGM por corredores e outros espaços não pervisionada por cientistas com vasta experiência com esses agen-
§ 6º. O OGM que se torne mais apto à sobrevivência no controlados; tes;
meio ambiente que os organismos nativos e que, a critério da CTN- b) deve-se sempre utilizar cabines de segurança biológica p) toda equipe técnica deverá tomar banho ao entrar e sair
Bio, represente uma ameaça potencial à biodiversidade, pode ter sua (Classe I ou II); das instalações NB-3;
classe de risco aumentada. c) cabe ao Técnico Principal a responsabilidade de avaliar q) deve ser usado uniforme completo específico nas ins-
§ 7º. Será utilizada como base de informação dos agentes cada situação e autorizar quem poderá entrar ou trabalhar nas ins- talações onde são manipulados OGM de classe de risco 3. É proibido
infecciosos para humanos e animais por classe de risco, a lista pu- talações NB-2; o uso dessas roupas fora das instalações, sendo obrigatório descon-
blicada pelo Ministério da Saúde, a lista de pragas quarentenárias de d) deve ser colocado um aviso sinalizando o nível de risco, taminá-las antes de serem encaminhadas à lavanderia ou ao des-
plantas por classe de risco, publicada pelo Ministério da Agricultura, identificando o OGM e o nome do Técnico Principal, endereço com- carte;
Pecuária e Abastecimento e a lista de plantas invasoras publicada pleto e diferentes possibilidades de sua localização ou de outra pessoa r) devem ser usadas máscaras faciais ou respiradores apro-
pelo Ministério do Meio Ambiente. responsável e o contato com a CIBio; priados nas instalações NB-3;
CAPÍTULO V e) o Técnico Principal deve estabelecer políticas e proce- s) nenhum material biológico com capacidade de propagação
DOS NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA dimentos, provendo ampla informação a todos que trabalhem nas poderá deixar as instalações;
Art. 9º O nível de biossegurança de atividades e projetos será instalações sobre o potencial de risco relacionado às atividades e t) Sistema de comunicação apropriado com o exterior deve
determinado segundo o OGM de maior classe de risco envolvido. projetos ali conduzidos, bem como sobre os requisitos específicos estar disponível;
Parágrafo único. As atividades e projetos envolvendo OGM para entrada em locais onde haja a presença de animais para ino- u) devem ser colocadas câmeras de vídeo na entrada e na
e seus derivados deverão ser precedidos de uma análise detalhada e culação; saída das instalações;
criteriosa de todas as condições experimentais, devendo-se utilizar o f) no interior das instalações, os freqüentadores devem uti- v) devem ser mantidas amostras-referência de soro da equipe
nível de biossegurança adequado à classe de risco do OGM ma- lizar os equipamentos apropriados de proteção individual tais como técnica colhidas anualmente para vigilância à saúde;
nipulado. jalecos, luvas, gorros, máscaras, óculos, protetores pró-pé, entre ou- w) devem ser feitos, anualmente, exames médicos para os
Art. 10 São quatro os Níveis de Biossegurança: NB-1, NB-2, tros, os quais devem ser retirados antes da pessoa deixar as ins- trabalhadores das instalações onde são conduzidos atividades e pro-
NB-3 e NB-4, crescentes no maior grau de contenção e complexidade talações credenciadas; jetos com OGM incluindo avaliação clínica laboratorial de acordo
do nível de proteção, de acordo com a classe de risco do OGM. com o OGM envolvido, levando-se em consideração as medidas de
g) após o uso, os equipamentos de proteção individual não
I - Nível de Biossegurança 1 (NB-1): adequado às atividades proteção e prevenção cabíveis;
descartáveis devem ser limpos e guardados fora da área contaminada
e projetos que envolvam OGM da classe de risco 1, realizadas nas x) animais de laboratório em NB-3 devem ser mantidos em
seguintes condições: e as pessoas devem ser treinadas para seu manuseio e guarda apro- sistemas de confinamento (sistemas de caixas com filtro HEPA e
a) não é necessário que as instalações estejam isoladas das priada; paredes rígidas). A manipulação desses animais deve ser feita em
demais dependências físicas da instituição, sendo as atividades e h) todos os requisitos necessários para a entrada nas ins- cabine de segurança biológica classe II ou III;
projetos conduzidos geralmente em bancada, biotério ou casa de ve- talações credenciadas devem estar indicados na porta de entrada; y) Para experimento de menor risco realizado concomitan-
getação; i) as superfícies de trabalho das cabines de segurança e de temente no mesmo local, deverá ser adotado o nível NB-3;
b) a equipe técnica e de apoio deverá ter treinamento es- outros equipamentos de contenção devem ser descontaminadas sem- IV - Nível de Biossegurança 4 (NB-4): adequado às ati-
pecífico nos procedimentos realizados nas instalações e deverá ser pre ao término das atividades com OGM; vidades e projetos que envolvam OGM de classe de risco 4. As
supervisionada pelo técnico principal; j) para experimento de menor risco realizado concomitan- instalações e procedimentos exigidos para o NB-4 devem atender as
c) as instalações NB-1 devem ser desenhadas de modo a temente no mesmo local, deverá ser adotado o nível NB-2; especificações estabelecidas para o NB-1, NB-2 e NB-3 acrescidos
permitir fácil limpeza e descontaminação; k) quando apropriado, a equipe técnica e de apoio deve estar de:
d) a superfície das bancadas deve ser impermeável à água e vacinada contra os agentes infecciosos relacionados aos experimentos a) a instalação NB-4 deve estar localizada em prédio se-
resistente a ácidos, álcalis, solventes orgânicos e a calor moderado; conduzidos nas instalações NB-2; parado ou em área claramente demarcada e isolada das demais ins-
e) os espaços entre as bancadas, cabines e equipamentos l) exames médicos periódicos para os trabalhadores das ins- talações da instituição e dispor de vigilância 24 horas por dia;
devem ser suficientes de modo a permitir fácil limpeza; talações onde são conduzidos atividades e projetos com OGM podem b) devem ser previstas câmaras de entrada e saída de pessoal,
f) OGMs serão manipulados em áreas sinalizadas com o ser solicitados pela CTNBio, incluindo avaliação clínica laboratorial separadas por chuveiro;
símbolo universal de risco biológico, com acesso restrito à equipe de acordo com o OGM envolvido, levando-se em consideração as c) as manipulações com OGM de classe de risco 4 devem ser
técnica e de apoio ou de pessoas autorizadas; medidas de proteção e prevenção cabíveis. realizadas em cabine de segurança biológica Classe II ou III, em
g) as superfícies de trabalho devem ser descontaminadas uma III - Nível de Biossegurança 3 (NB-3): adequado às ati- associação com roupas de proteção pessoal com pressão positiva,
vez ao dia ou sempre que ocorrer contaminação; vidades e projetos que envolvam OGM de classe de risco 3. As ventiladas por sistema de suporte de vida;
h) todo resíduo líquido ou sólido contaminado deve ser des- instalações e procedimentos exigidos para o NB-3 devem atender às d) deve ser previsto um sistema de autoclave de dupla porta,
contaminado antes de ser descartado, assim como todo material ou especificações estabelecidas para o NB-1 e o NB-2, acrescidos de: câmara de fumigação, ou sistema de ventilação com ante-câmara
equipamento que tiver entrado em contato com o OGM; a) as instalações deverão estar separadas das áreas de trânsito pressurizada para o fluxo de materiais para o interior do labora-
i) deve-se utilizar dispositivo mecânico para pipetagem; irrestrito do prédio; tório;
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e) o sistema de drenagem do solo deve conter depósito com § 4º. As situações de risco potencial devem ser descritas e os c) eventuais perfurações na área controlada devem ser se-
desinfetante químico eficaz para o agente em questão, conectado exames clínicos e laboratoriais devem incluir indicadores para mo- ladas para permitir descontaminação do ambiente com líquido ou
diretamente a um sistema coletor de descontaminação de líquidos; nitoramento de longo prazo, tais como a constituição de banco de gases;
f) o sistema de esgoto e ventilação deve estar acoplado a sorologia com marcadores específicos, para fins de vigilância epi- d) os encanamentos e fiação na área controlada devem ser
filtros HEPA de elevada eficiência. As instalações de filtros e esgotos demiológica. protegidos contra a contaminação;
devem estar confinadas à área de contenção; § 5º. Em casos de acidentes, deve-se informar a CTNBio, e) instalações para lavar as mãos, equipadas com válvulas
g) sistemas de suprimento de luz, dutos de ar e linhas uti- investigar suas causas e conseqüências à saúde e ao meio ambiente e acionadas com o pé, cotovelo ou com sistema automático de abertura
litárias devem ser, preferencialmente, embutidos para evitar o acú- instituir os cuidados e tratamentos imediatos, bem como dar se- devem estar presentes em cada área principal de trabalho, próximas
mulo de poeira; guimento ao caso de acordo com o tipo do acidente. de cada saída principal;
h) materiais e equipamentos que não possam ser descon- Art. 12 Deve ser providenciado manual de procedimentos e f) chuveiro deve estar disponível próximo à área contro-
taminados na autoclave devem passar por tanque de imersão com treinamento da equipe técnica e de apoio para assegurar que o OGM lada;
desinfetante, ou câmara de fumigação; seja manipulado com segurança e que a área de trabalho seja mantida g) a área controlada deve ser planejada de forma a impedir a
i) o líquido efluente, antes de ser liberado das instalações, limpa e organizada. saída de líquido de cultura para o exterior em caso de derramamento
deve ser descontaminado com tratamento por calor; Art. 13 Antes de qualquer descarte, o OGM, seus derivados acidental, saída dos sistemas fechados ou dos equipamentos de con-
j) os líquidos liberados de chuveiros ou de sanitários devem e os efluentes sólidos e líquidos devem ser inativados para impedir tenção;
ser descontaminados com produtos químicos ou pelo calor; sua disseminação e efeitos adversos à saúde e ao meio ambiente. h) a área controlada deve ter sistema de ventilação capaz de
Parágrafo único. A inativação deve ser comprovada labo- controlar o fluxo do ar. Este deve vir de áreas com menor potencial
k) as instalações devem ter ante-sala para a equipe vestir de contaminação em direção a áreas com maior potencial de con-
roupas específicas (escafandro) com pressão positiva e sistema de ratorialmente.
Art. 14 Deve ser estabelecido um plano de contingência, taminação;
suporte de vida. O sistema deve prever alarmes e tanques de res- i) se o sistema de ventilação resultar em pressão positiva, o
piração de emergência; incluindo medidas adequadas para conter e neutralizar derramamen-
tos. sistema deve ser planejado de forma a impedir a reversão do fluxo, ou
l) as instalações devem ter chuveiro para a descontaminação ter um alarme que indicará tal reversão eventual. O ar que sair da área
química das superfícies da roupa antes da saída da área; Art. 15 Para Nível de Biossegurança em Grande Escala -
NBGE-1, a manipulação do OGM deve ser realizada em sistema controlada não deve recircular em outras instalações, devendo ser
m) a entrada de ar de insuflamento deverá estar protegida filtrado por meio de filtros HEPA.
com filtro HEPA e sua eliminação para o exterior deve ser feita fechado ou em instalação de contenção.
IV - Os procedimentos operacionais devem seguir as me-
através de dutos de exaustão, cada um com dois filtros HEPA co- § 1º. A adição de material a um sistema, a coleta de amostras
didas de biossegurança estabelecidas no NBGE-1, NBGE-2 e NB-3.
locados em série e com alternância de circuito de exaustão auto- e a transferência de líquido de cultura dentro de sistemas ou entre eles CAPÍTULO VII
matizado; deve ser conduzida de forma a minimizar a formação de aerossol ou DAS INSTALAÇÕES FÍSICAS E PROCEDIMENTOS EM
n) o sistema de ar deverá ser revisado e validado anualmente a contaminação de superfícies expostas no ambiente de trabalho. CONTENÇÃO PARA ATIVIDADES E PROJETOS COM VEGE-
por firma com experiência comprovada; § 2º. Para minimizar o escape de OGM viável, gases de TAIS GENETICAMENTE MODIFICADOS
o) nenhum material deverá ser removido das instalações a exaustão removidos do sistema fechado ou de equipamentos de con- Art. 18 As atividades e projetos em contenção envolvendo
menos que tenha sido autoclavado ou descontaminado, exceção feita tenção devem passar por filtros HEPA ou por um procedimento equi- vegetais geneticamente modificados da classe de risco 1 deverão
aos materiais biológicos que necessariamente tenham que ser re- valente. atender às normas de biossegurança exigidas para o NB-1, acrescidas
tirados na forma viável ou intacta; § 3º. Qualquer sistema fechado ou equipamento de contenção de:
p) o material biológico viável, ao ser removido de cabines que contiver OGM viável, somente deve ser aberto após esterilização I - a casa de vegetação deverá ser mantida trancada, exceto
Classe II ou III ou das instalações NB-4, deve ser acondicionado em adequada. quando houver pessoas trabalhando no seu interior;
recipiente de contenção inquebrável e selado. Este, por sua vez, deve § 4º. Planos de emergência devem incluir métodos e pro- II - limitação de acesso que será restrito à equipe técnica
ser acondicionado dentro de um segundo recipiente também inque- cedimentos adequados para eventuais derramamentos, acidentes e diretamente envolvida com os experimentos em andamento;
brável e selado que passe por um tanque de imersão contendo de- perdas de cultura de OGM. III - janelas ou laterais e estruturas no teto podem ser abertas
sinfetante ou por uma câmara de fumigação ou, ainda, por um sistema § 5º. O símbolo universal de risco biológico deve ser afixado para ventilação, devendo possuir telas anti-afídicas para impedir a
de barreira de ar; nos sistemas fechados e em equipamentos de contenção, quando uti- entrada de polinizadores. Não são requeridas barreiras para pólen,
q) equipamentos ou materiais que não resistam a tempe- lizado para a contenção de OGM. exceto quando se tratar de plantas alógamas e anemófilas, cuja dis-
raturas elevadas devem ser descontaminados utilizando-se gás ou § 6º. Qualquer derramamento ou acidente que resulte na persão do pólen deve ser evitada por proteção das estruturas re-
vapor em câmara específica; exposição ao OGM deve ser comunicado imediatamente ao Técnico produtivas ou por barreiras físicas;
r) acesso às instalações deve ser bloqueado por portas her- Principal, à CIBio, à CTNBio e às autoridades competentes. IV - o piso pode ser de cascalho ou outro material poroso,
meticamente fechadas, contendo internamente um sistema de mo- Art. 16 Para o Nível de Biossegurança em Grande Escala - recomendando-se, no entanto, que os passeios sejam de concreto;
NBGE-2, deverão ser seguidas as normas estabelecidas para o NB- V - manutenção de ficha, em local de fácil acesso na entrada
nitoramento visual;
GE-1, acrescidas das seguintes medidas: da casa de vegetação, com informações atualizadas sobre os ex-
s) a entrada deve ser controlada pelo Técnico Principal, ou
I - Os equipamentos de contenção, além dos procedimentos perimentos em andamento e sobre os vegetais, animais ou micror-
pessoa qualificada, por ele indicada. Além do sistema de acesso por ganismos que forem introduzidos ou retirados da casa de vegeta-
de manipulação de OGM em volumes até 10 litros, devem cor-
cartão magnético ou códigos digitais, o responsável deverá solicitar ção;
responder, no mínimo, ao exigido para NB-2;
identificação institucional de cada usuário; II - O selo rotativo e outros dispositivos mecânicos dire- VI - manual de práticas para uso das instalações, advertindo
t) as pessoas autorizadas devem cumprir com rigor as ins- tamente associados ao sistema fechado, utilizado na propagação e os usuários sobre as conseqüências advindas da não observância das
truções de procedimento para entrada e saída das instalações; crescimento de OGM, devem ser construídos de forma a evitar va- regras e, também, informando as providências a serem tomadas no
u) deve haver um registro de entrada e saída de pessoal, com zamento ou serem contidos em compartimento ventilado com exaus- caso de uma liberação acidental de OGM potencialmente causador de
data, horário e assinaturas; tão por meio de filtros tipo HEPA ou de sistema equivalente; impacto ambiental;
v) devem ser definidos protocolos para situações de emer- III - O sistema fechado, utilizado para a propagação e cres- VII - programa obrigatório de controle de espécies inde-
gência; cimento de OGM, bem como o equipamento utilizado para operações sejáveis, como plantas invasoras, animais ou patógenos, dentro da
w) o responsável pela segurança da área de acesso às ins- de contenção de OGM, devem dispor de sensores para monitorar a casa de vegetação;
talações deverá estar apto a acionar o esquema de emergência, se integridade do confinamento durante as operações; VIII - animais utilizados em experimentos que se referem ao
necessário; IV - O sistema para a propagação e crescimento de OGM caput deste artigo devem ser contidos para impedir seu escape;
x) todas estas informações devem ser registradas e arqui- deve ser testado quanto à integridade dos dispositivos de conten- IX - vegetais, sementes ou tecidos vivos só podem ser re-
vadas por um período de 5 anos; ção; tirados da casa de vegetação com finalidade para pesquisa em ins-
y) antes de adentrar as instalações, as pessoas devem ser V - Os testes devem ser conduzidos antes da introdução do talações em regime de contenção ou armazenamento. Para liberação
avisadas sobre o potencial de risco e capacitadas para o atendimento OGM e após qualquer modificação ou troca de dispositivos essenciais planejada no meio ambiente, deve haver autorização da CTNBio.
das medidas apropriadas de segurança; de contenção; Art. 19 As atividades e projetos em contenção envolvendo
z) a entrada e a saída da equipe das instalações devem VI - Os procedimentos e os métodos utilizados nos testes vegetais geneticamente modificados da classe de risco 2 deverão
ocorrer somente após uso de chuveiro e troca de roupa; serão apropriados para o desenho do equipamento e para a recu- atender às normas de biossegurança exigidas para o NB-2 e as es-
aa) a entrada e saída da equipe por ante-câmara pressurizada peração e detecção do organismo testado. Os relatórios e os re- pecificações descritas no artigo 18 desta Resolução Normativa, acres-
somente deve ocorrer em situações de emergência; sultados dos testes devem ser mantidos em arquivo; e cidas de:
bb) para adentrar as instalações, a roupa comum deve ser VII - O sistema de contenção, utilizado para a propagação e I - a casa de vegetação deve ser construída com material
trocada por roupa protetora completa e descartável. Antes de sair das transparente rígido contendo uma antecâmara;
crescimento de OGM, deve ser permanentemente identificado. Esta
instalações para a área de banho, a roupa protetora deve ser deixada II - sistema de ventilação forçada com proteção contra a
identificação deve ser utilizada em todos os relatórios de testes, fun-
em área específica para descontaminação antes do descarte; entrada de animais na entrada e na saída de ar;
cionamento e manutenção e em todos os documentos relativos ao uso III - piso de concreto ou material impermeável;
cc) deve ser organizado um sistema de notificação de aci- deste equipamento para pesquisa ou atividades de produção com o
dentes, exposição e absenteísmo da equipe das instalações, bem como IV - sistema de drenagem de líquidos que inclua uma caixa
OGM. de contenção para descontaminação e inativação;
um sistema de vigilância médica. Deve-se ainda, prever uma unidade Art. 17 Para o Nível de Biossegurança em Grande Escala -
de quarentena, isolamento e cuidados médicos para os suspeitos de V - exaustores equipados com um sistema para fechamento
NBGE-3, deverão ser seguidas as normas estabelecidas para o NB- quando não estiverem funcionando. Os sistemas de entrada e saída
contaminação. GE-1 e NBGE-2, acrescidas das seguintes medidas:
CAPÍTULO VI devem impedir o refluxo do ar;
I - O OGM deverá ser manipulado em um sistema fechado VI - sinalização com símbolo universal de risco biológico
DOS NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA EM GRANDE ES- com as medidas de biossegurança exigidas para o NB-3; indicando a presença de organismos geneticamente modificados e a
CALA II - Para preservar a integridade da contenção, o sistema classificação de risco;
Art. 11 Atividades e projetos em contenção envolvendo cul- fechado utilizado para a propagação e crescimento de OGM, deve ser VII - recipientes fechados e inquebráveis para introdução ou
tivo de OGM em grande escala devem seguir as normas de bios- operado de forma que o espaço acima do meio de cultura no sistema retirada de organismos da casa de vegetação;
segurança estabelecidas no Capítulo V desta Resolução Normativa e seja mantido sob a pressão mais baixa possível, consistente com a VIII - câmara de crescimento ou sala de crescimento dentro
ter supervisão e medidas de contenção adicionais. construção do equipamento; e de uma edificação que satisfaça as especificações NB-2;
§ 1º. Além dos riscos biológicos relacionados a atividades III - Os sistemas fechados e equipamentos de contenção IX - vestimentas e equipamentos de proteção individual
com OGM e seus derivados em grande escala, devem ser consi- utilizados na manipulação de culturas de OGM serão localizados em apropriados aos experimentos conduzidos, preferencialmente descar-
derados, também, os riscos relacionados à toxicidade de produtos e área controlada com as seguintes características: táveis. Estas vestimentas e equipamentos devem ser retirados antes da
aos aspectos físicos, mecânicos e químicos do processo de produ- a) a área controlada terá uma entrada separada. Deve possuir saída das instalações e devem ser descontaminados antes de serem
ção. um espaço com duas portas, como uma ante-câmara pressurizada, descartados ou lavados.
§ 2º. As instituições devem manter um programa de vi- ante-sala ou sala para troca de roupa, separando a área controlada do Art. 20 As atividades e projetos em contenção envolvendo
gilância da saúde de todos os trabalhadores que atuam nas instalações resto das instalações; vegetais geneticamente modificados da classe de risco 3 deverão
que mantêm atividades com OGM. b) a superfície das paredes, tetos e o pavimento da área atender às normas de biossegurança exigidas para o NB-3 e as es-
§ 3º. Os exames clínicos e laboratoriais devem ter perio- controlada devem permitir acesso fácil para limpeza e descontami- pecificações dos artigos 18 e 19 desta Resolução Normativa, acres-
dicidade anual. nação; cidas de:
Nº 227, terça-feira, 28 de novembro de 2006 1 ISSN 1677-7042 93
I - a casa de vegetação deve ser cercada podendo ser pro- VII - as vestimentas devem, após rigorosa inspeção para haver armários fechados para guardar roupas esterilizadas a serem
tegida por medidas adicionais de segurança, além de estar separada de verificar a presença de insetos, ser acondicionadas em recipiente utilizadas pelos usuários e sacos para acondicionar a roupa já uti-
outras áreas de trânsito livre; próprio fechado e autoclavado; lizada nas instalações, que deverá ser autoclavada antes de ser des-
II - deve ser uma estrutura fechada, com cobertura contínua VIII - serragem, ração ou qualquer outro alimento ou ma- cartada;
e cuja entrada seja protegida por dois conjuntos de portas com fe- terial a ser utilizado com os animais devem ser submetido a au- III - o ar insuflado deve ser esterilizado. A saída de ar
chamento automático e intertravamento; toclavagem ou irradiação; também deve conter filtros esterilizantes para purificação do ar antes
III - as paredes internas e o piso devem ser impermeáveis e IX - a saída do material deve ser efetuada através de câmaras de ser lançado para o meio externo;
resistentes à corrosão; de passagem de dupla porta para esterilização ou inativação; IV - as salas dos animais e de experimentação devem, ne-
IV - deve possuir uma cabine com duas portas para troca de X - em biotérios, a água a ser ingerida pelos animais deve cessariamente, conter pressão de ar negativa em relação às demais
vestimentas; ser filtrada, acidificada ou autoclavada; salas;
V - todos os procedimentos devem minimizar a geração de XI - em biotérios, o fluxo de ar deve sofrer cerca de 20 V - as instalações devem possuir sistema de controle au-
excesso de efluentes durante a irrigação, transplante ou qualquer outra renovações por hora; tomático para detectar alterações na pressão atmosférica e capaz de
manipulação; XII - recomenda-se que haja controle sanitário, parasito- acionar alarme;
lógico, microbiológico, de micoplasmas e virológico dos animais; VI - os animais devem estar alojados, quando pertinente, em
VI - materiais experimentais viáveis, que forem introduzidos sistema de microisoladores ou em sistemas equivalentes;
ou retirados da casa de vegetação devem ser transportados em um XIII - controle genético dos animais deve ser realizado, se
VII - quando houver torneiras, estas devem permitir acio-
segundo recipiente fechado e inquebrável; possível, a cada nova geração; namento sem o uso das mãos;
VII - se houver a possibilidade da presença de estruturas XIV - infectórios com animais geneticamente modificados VIII - todo material a ser descartado deverá ser previamente
propagativas na superfície do segundo recipiente, este terá que ser devem localizar-se em áreas especialmente isoladas e devidamente descontaminado dentro das instalações. Isto deverá ocorrer pelo uso
descontaminado; credenciadas pela CTNBio. de autoclave de dupla porta;
Art. 21 Normas específicas para atividades e projetos com Art. 25 As atividades e projetos em contenção envolvendo IX - os animais mortos e os dejetos deverão ser incine-
vegetais geneticamente modificados da classe de risco 4 serão edi- animais geneticamente modificados da classe de risco 3 deverão aten- rados.
tadas pela CTNBio quando necessário. der às normas de biossegurança exigidas para o NB-3 e as espe- Art. 26 Normas específicas para atividades e projetos com
CAPÍTULO VIII cificações dos artigos 23 e 24 desta Resolução Normativa , acrescidas animais geneticamente modificados da classe de risco 4 serão edi-
DAS INSTALAÇÕES FÍSICAS E PROCEDIMENTOS EM de: tadas pela CTNBio quando necessário.
CONTENÇÃO PARA ATIVIDADES E PROJETOS COM ANIMAIS I - as instalações deverão conter, no mínimo, as seguintes Art. 27 Esta Resolução Normativa revoga as Instruções Nor-
GENETICAMENTE MODIFICADOS áreas distintas: Ante-Sala, Sala de Materiais, Sala para Animais e mativas Nº 06 de 28de fevereiro de 1997, Nº 7 de 6 de junho de
Art. 22 As instalações de contenção para atividades e pro- Sala de Experimentação; 1997, Nº 12 de 27 de maio de 1998, Nº 15 de 8 de julho de 1998.
jetos com animais geneticamente modificados incluem biotério, in- II - a ante-sala deverá possuir três divisões. Na primeira Art. 28 Esta Resolução Normativa entra em vigor na data de
setário, tanque de aqüicultura, curral, aviário, infectório, entre ou- divisão, deverá haver armários individuais para o usuário guardar as sua publicação.
tros. roupas. Na divisão central, deverá haver chuveiros acionados por
Art. 23 As atividades e projetos em contenção envolvendo sistema independente do uso das mãos. Na terceira divisão, deverá WALTER COLLI
animais geneticamente modificados da classe de risco 1 deverão aten-
der às normas de biossegurança exigidas para o NB-1, acrescidas
de: CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
I - as instalações para manutenção e manipulação dos ani- DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO
mais geneticamente modificados devem estar fisicamente separadas COORDENAÇÃO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
do resto do laboratório e ter acesso controlado;
II - a entrada das instalações deve ser mantida trancada, <!ID825345-0>

sendo o acesso restrito às pessoas credenciadas pela CIBio da ins- DESPACHO DO COORDENADOR-GERAL
tituição; Em 27 de novembro de 2006
III - a construção das instalações deverá levar em conta o
tipo de animal geneticamente modificado a ser mantido e manipulado, 52ª RELAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO DE COTA PARA IMPORTAÇÃO - LEI 8.010/90
mas sempre tomando-se os cuidados necessários para impedir o es-
cape;
IV - todas as áreas que permitam ventilação (inclusive en- PROCESSO ENTIDADE VALOR US$
trada e saída de ar condicionado) deverão conter barreiras físicas para 0049/1990 Centro de Pesquisas de Energia Elétrica 400.000,00
impedir a passagem de insetos e outros animais; 0846/2002 Centro de Pesquisas Renato Archer 250.000,00
V - ralos ou outros dispositivos similares, se existentes, de-
verão ter barreiras para evitar a possibilidade de escape ou entrada de
material contaminado;
VI - animais de diferentes espécies e não envolvidos no CLÁUDIO DA SILVA LIMA
mesmo experimento deverão estar alojados em áreas físicas sepa-
radas; FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS
VII - recomenda-se a instalação de cortinas de ar com fluxo
de cima para baixo nas portas de acesso aos insetários;
SUPERINTENDÊNCIA DA ÁREA FINANCEIRA E DE CAPTAÇÃO
VIII - tanques de aqüicultura devem ter a renovação de água <!ID824269-0>

em sistema separado, sendo toda a água de descarte passada por DESPACHO DA SUPERINTENDENTE
tanque de esgotamento com desinfecção, antes de ser lançada na rede
pluvial; Em 27 de novembro de 2006
IX - currais para inspeção e colheita de amostras deverão
conter infra-estrutura adequada ao manejo dos animais, assim como OBJETO: COMPROMETIMENTO ORÇAMENTÁRIO DO FNDCT nº 107/06
piquetes com cerca dupla, para evitar o trânsito entre áreas, pedelúvio
A Superintendente da Área Financeira e de Captação, no uso de suas atribuições conferidas pela RES/DIR/0084/00, resolve:
e, quando possível, sistema de drenagem passando por tanque de
desinfecção; comprometer o orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT, na forma abaixo:
X - recomenda-se que a entrada de serragem, ração ou qual-
quer outro alimento ou material a ser utilizado com os animais ocorra
após autoclavagem ou irradiação; BENEFICIÁRIO NUMERO CONVE- NUMERO VALOR EMPE- VIGENCIA
XI - todo material contaminado deverá ser apropriadamente NIO EMPENHO PTRES NHO CONVENIO
acondicionado para desinfecção ou inativação, que poderá ocorrer Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo 1587/05 532439 2006ne005128 4899 57127,00 12/12/2007
fora das instalações; S/A
XII - devem ser estabelecidas normas de procedimentos am- Agência Nacional de Petróleo 1178/06 562891 2006nc000212 4880 4.000.000,00 10/07/2007
plamente divulgadas às pessoas com acesso autorizado; Fundação Universitária José Bonifácio 1801/03 515563 2006ne000759 7744 58.650,00 10/06/2007
XIII - cópias das normas de procedimentos, inclusive da-
queles referentes a situações de emergência, devem ser mantidas no
interior das instalações;
XIV - no caso de manutenção de um banco de embriões A eficácia do presente Extrato fica condicionada a sua publicação no Diário Oficial da União.
geneticamente modificados criopreservados, este deve localizar-se nas
instalações credenciadas pela CTNBio. MARIA CRISTINA ZAGARI KOELER LIRA
Art. 24 As atividades e projetos em contenção envolvendo
animais geneticamente modificados da classe de risco 2 deverão aten-
Art. 1º Aprovar o projeto audiovisual relacionado abaixo,
der às normas de biossegurança exigidas para o NB-2 e as espe-
cificações do artigo 23 desta Resolução Normativa, acrescidas de:
Ministério da Cultura para o qual a proponente fica autorizada a captar recursos através da
I - é necessário que haja uma ante-sala entre a área de livre . comercialização de Certificados de Investimento nos termos do Art.
circulação e a área onde os animais estão alojados; 1º da Lei nº 8.685, de 20 de julho de 1993, e mediante doações ou
II - a ante-sala deve estar separada por sistema de dupla AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA patrocínios na forma prevista no Art. 18 da Lei nº 8.313/91.
porta com intertravamento; <!ID825366-0> DELIBERAÇÃO N o- 330, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2006 06-0177 - Neco Pessoa
III - todas as entradas e saídas de ventilação devem possuir Processo: 01580.021257/2006-88
barreiras físicas que bloqueiem a passagem de insetos e outros ani- O DIRETOR-PRESIDENTE da ANCINE, no uso das atri- Proponente: Canal Azul Produções Culturais Ltda.
mais entre as salas e a área externa; Cidade / UF: São Paulo / SP
IV - as janelas devem ter vidros fixos e hermeticamente buições legais conferidas pela Resolução de Diretoria Colegiada nº CNPJ: 01.613.170/0001-04
fechados e, quando necessário, serem duplas; 04, de 25 de fevereiro de 2003, e em cumprimento ao disposto na Lei Valor total do orçamento aprovado: R$ 1.216.069,57
V - as instalações devem ter luzes de emergência e serem nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, Lei nº 8.685, de 20 de julho de Valor Aprovado no Artigo 1º da Lei nº 8.685/93: R$
ligadas a geradores, se possível; 1993, Medida Provisória nº 2.228-1, de 06 de setembro de 2001, 30.000,00
VI - é necessária a troca de vestimenta antes da passagem da Banco: 001- Agência: 1504-0 - Conta Corrente: 9812-4
ante-sala para a sala de animais. Se possível, deve ser utilizada alterada pela Lei nº 10.454, de 13 de maio de 2002, e Decreto nº Valor Aprovado na Lei nº 8.313/91: R$ 1.125.266,09
vestimenta descartável no interior da sala de animais; 4.456, de 04 de novembro de 2002, delibera: Banco: 001- Agência: 1504-0 - Conta Corrente: 9814-0

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