Você está na página 1de 2

3) UNIO ESTVEL

A unio estvel foi ignorada pelo Direito por muito tempo. Antigamente, dar direitos a pessoas
no casadas era desprestigiar o casamento. Entretanto, felizmente, este pensamento mudou. A
primeira vez que a unio estvel foi reconhecida pelo Direito brasileiro foi em 1964, com a
smula n 380 do STF (Supremo Tribunal Federal), que diz: Comprovada a existncia de
sociedade de fato entre os concubinos, cabvel a sua dissoluo judicial, com a partilha do
patrimnio adquirido pelo esforo comum.
Em 1988, com a Constituio Federal (art. 226, 3) passa a proteger a unio estvel como
famlia. A unio estvel no gera um estado civil (a pessoa continua sendo solteira, por
exemplo), mas os companheiros ou conviventes tem sua relao regida pelo direito de famlia.
Existe grande diferena entre concubinato e unio estvel. Concubinato um relacionamento
duas pessoas impedidas de se casar (essas pessoas no poderiam se casar). Na unio estvel,
este impedimento no existe (essas pessoas poderiam se casar, se quisessem).
Portanto, no adequado utilizar a palavra concubinos para pessoas que convivem em unio
estvel. As melhores palavras so conviventes ou companheiros. A palavra cnjuges
utilizada para referir-se s pessoas casadas no papel.
Para constituir unio estvel basta estar morando junto, certo?
Errado. Existem alguns requisitos para a configurao da unio estvel, que so:
a) Unio pblica: no escondida, no clandestina.
b) Contnua: aquela sem interrupo.
c) Duradoura: a lei no traz prazos especficos como fazia a revogada lei de 1994, e, portanto, o
que diferencia a unio estvel do casamento o objetivo de CONSTITUIO DE FAMLIA. No
namoro h um projeto futuro de famlia e na unio estvel h uma famlia de fato.
No necessria a moradia sob o mesmo teto para configurao da unio estvel (Smula 382
do STF) e o fato de morar sob o mesmo teto no configura por si s a unio estvel.
possvel a converso da unio estvel hetero ou homoafetiva em casamento, pelo art. 1.726
do CC e art. 226, 3, da CF.
4) REGIMES DE BENS
o estatuto patrimonial dos cnjuges ou companheiros que nasce a partir do casamento ou da
unio estvel ( o conjunto de regras que determina o que vai acontecer com os bens do casal
em caso de divrcio ou separao dos cnjuges / conviventes).
O casal, salvo algumas excees, pode optar por qualquer regime de bens, mesmo que no
esteja previsto no Cdigo Civil (podem inventar um s deles, contanto que lavrem o pacto no
Tabelionato de Notas e registrem no Registro de Imveis).
Os regimes de bens previstos no Cdigo Civil so: separao obrigatria de bens (este , na
verdade uma exceo pois, em alguns casos, o casal no pode escolher o regime, dever ser
este), comunho parcial de bens, comunho universal de bens, participao final nos aquestos e
separao (convencional) de bens.
O regime legal no casamento, ou seja, que vigora caso os cnjuges no faam um pacto prnupcial, o da comunho parcial (art. 1640 do Cdigo Civil), que o mesmo regime aplicado

unio estvel, salvo contrato escrito ou exceo da lei (art. 1.725 do Cdigo Civil)
Gostou? Leia mais artigos como este no blog Adblogando!

Você também pode gostar