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referncias ao tema. Em especial, nos deteremos, neste momento, obra A formao do esprito
cientfico - publicada em 1938 na Frana.
O aluno no chega a escola margem da vida, dos saberes. Ele j pratica o idioma, j reflete,
faz a suas descobertas. A crena de que o aluno uma lousa em branco - pronto a receber de forma
bancria os saberes professados pelo professor, demonstrando a sua capacidade de memorizar e
registrar de forma a comprovar que assentiu e foi capaz de reproduzir o que aprendeu em uma
avaliao - insuficiente para o fato que salientado cotidianamente, coloca em xeque o modo de
ensinar e aprender, isto , o aluno chega escola com as suas noes do que o tempo, do que a
realidade, da pronncia, entre outros.
Quando o esprito se apresenta cultura cientfica, nunca jovem.
Alis, bem velho, porque tem a idade de seus preconceitos. (1996:
18).
Todos os saberes que o aluno traz devem ser postos em dvida. O conhecimento cientfico,
em Bachelard, tem sua origem no equvoco inicial: nenhuma descoberta cientfica encontra-se
imune dvida e retificao. premente provocar o aluno a ser pesquisador, ao invs de
mergulh-lo em uma cultura que o far crer que no h mais nada a descobrir.
Em resumo, o homem movido pelo esprito cientfico deseja saber,
mas para, imediatamente, melhor questionar (1996: 21).
O saber que ensinado cristaliza o entendimento representa um obstculo, segundo
Bachelard, pois, inviabiliza a descoberta, tornando o aluno insensvel ao novo.
Obstculo pedaggico
Bibliografia:
AIUB, Mnica. Para entender Filosofia Clnica: o apaixonante exerccio do filosofar. Rio
de Janeiro: WAK, 2004.
_____. Filosofia Clnica e Educao: A atuao do Filsofo no cotidiano escolar. Rio de
Janeiro: WAK, 2005.
BACHELARD, Gaston. Ensaio sobre o conhecimento aproximado. Rio de Janeiro:
Contraponto, 2004.
_____. A Formao do esprito cientfico. 1 ed. Rio de Janeiro. Contraponto,.. 1996.