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Redes TCP/IP – Aula 15 - Protocolos de Roteamento (1)

1. CONCEITOS DE PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO

a) Nos capítulos anteriores foi estudado o protocolo roteável mais usado que é o IP
(Internet Protocol) da arquitetura TCP/IP. Este protocolo é responsável pelo
encaminhamento de mensagens através da rede e possui endereçamento fim-a-fim;

b) Para encaminhar os datagramas o protocolo IP utiliza as tabelas de roteamento


existentes nas estações e principalmente nos roteadores (gateways);

c) E quem alimenta as tabelas de roteamento?


 Os administradores de rede podem alimentar as tabelas manualmente através da
criação de rotas estáticas;
 Utilizam-se rotas default para que um outro roteador resolva o problema de
descoberta dos caminhos (rotas) para chegar ao destino;
 Os protocolos de roteamento que atualizam as tabelas de forma dinâmica, refletindo
automaticamente as alterações ocorridas nas redes.

d) Roteamento é o mecanismo através do qual duas máquinas em comunicação "acham" e


usam um caminho ótimo (o melhor) através de uma rede. O processo envolve:
 Determinar que caminhos estão disponíveis;
 Selecionar o "melhor" caminho para uma finalidade particular;
 Usar o caminho para chegar aos outros sistemas;
 Ajustar o formato dos dados (datagramas) às tecnologias de transporte disponíveis
(MTU, MSS, etc.).

e) Na arquitetura TCP/IP, o roteamento é baseado no endereçamento IP, particularmente,


na parte de identificação de rede de um endereço IP. Toda a tarefa é desenvolvida na
camada Inter-rede da pilha de protocolos TCP/IP.

2. TABELA DE ROTEAMENTO

a) Cada máquina/roteador da rede precisa dispor de informações sobre a(s) rede(s) a(is)
qual(is) está conectada. Tais informações permitem à máquina/roteador fazer a entrega
de dados como visto anteriormente. À esse conjunto de informações dá-se o nome de
Tabela de Roteamento;

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b) A tabela de roteamento deve guardar informações sobre que conexões estão disponíveis
para se atingir uma determinada rede e alguma indicação de performance ou custo do
uso de uma dada conexão;

c) Antes de enviar um datagrama, uma máquina/roteador precisa consultar a tabela de


roteamento para decidir por qual conexão de rede enviá-lo;

d) Obtida a resposta, a máquina faz a entrega do datagrama de forma direta (destino em


rede diretamente conectada) ou através de um roteador (destino não em rede
diretamente conectada).

3. ENTRADAS NA TABELA DE ROTEAMENTO

a) As entradas da tabela de roteamento fornecem informações sobre roteamento para redes


lógicas; cada entrada tem (basicamente) a forma:

Códigos de IP rede Máscara de IP do roteador Interface Distância Métrica


carga das destino (D) rede (M) (R) de administrativa
tabelas saída
C (Conectada) 172.16.1.0 255.255.255.0 Diretamente E0 1 0
conectada
C (Conectada) 10.1.1.0 255.255.255.0 Diretamente S2 1 0
conectada
R (Rip) 10.2.2.0 255.255.255.0 Diretamente E0 120 1
conectada
S 172.16.50.0 255.255.255.0 172.16.40.2 S0 1 0

Exemplo de display da tabela no roteador através do comando show ip route


C 172.16.1.0 is directly connected, Ethernet0
R 10.2.2.0 [120/1] via 10.1.1.2, 00:00:07, Serial2
C 10.1.1.0 is directly connected, Serial2
R 192.168.1.0/24 [120/2] via 10.1.1.2, 00:00:07, Serial2

b) Cada entrada especifica uma rede destino, a máscara de rede usada e o próximo
roteador a ser usado para se chegar à rede destino;

c) Para redes diretamente conectadas, o endereço IP do roteador destino é o endereço da


interface de conexão à rede;

d) Algumas entradas podem especificar (ocasionalmente) o endereço IP de uma máquina


destino;

e) É comum a existência de uma rota "default” para a rede destino, cujo roteador indicado
deve receber o datagrama cujo endereço destino não pertença a nenhuma das redes
destino registradas na tabela. É representada por destino=0.0.0.0, máscara=0.0.0.0.

4. ALGORITMO DE ROTEAMENTO
* Dada a tabela de roteamento e um datagrama a ser encaminhado (roteado),
 Extrair o endereço IP destino (IP-dest) do datagrama;
 Para cada entrada i da tabela de roteamento (Di, Mi, Ri):
o Calcular o endereço IP da rede destino (IPR-dest) fazendo IPR-dest = IP-dest
AND Mi;

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o Se IPR-dest = Di, encaminhe o datagrama para o roteador Ri;


 Se não encontrar nenhuma alternativa para encaminhamento do datagrama, declare
"Erro de Roteamento".

5. EXEMPLO DE TABELA DE ROTEAMENTO

6. INICIALIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DE TABELAS DE ROTEAMENTO


a) As tabelas de roteamento são inicializadas a partir de arquivos de configuração;

b) Em redes de pequeno porte, a manutenção das mesmas (inclusão, alteração e exclusão


de rotas) pode ser feita manualmente pelo administrador da rede; nesse caso diz-se que
o roteamento é feito de forma estática;

c) Em redes de porte maior, manter tabelas de roteamento manualmente torna-se um


trabalho bastante complexo e extremamente sujeito a erros; para resolver o problema
recorre-se ao uso de mecanismos que permitem a manutenção automática das tabelas de
roteamento; nesse caso diz-se que o roteamento é feito de forma dinâmica;

Exemplo de uma rota estática

Exemplo considerando a rede 10.0.0.0 para o Roteador A


Ip route 10.0.0.0 255.0.0.0 172.16.2.2
Formato comando no Cisco: ip route rede-destino mascara gateway

d) No exemplo acima para atingir uma rede destino X, indicamos o próximo salto através da
indicação da interface do roteador mais próximo.

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e) Exemplo de Rota Default (Padrão)

f) O roteamento dinâmico é viabilizado através do uso de protocolos de roteamento


dinâmico que se responsabilizam por propagar e manter as tabelas de roteamento entre
um conjunto de roteadores.

g) Os protocolos de roteamento dinâmico podem ser classificados de acordo com os


parâmetros:
 número de caminhos da tabela de rotas
 forma de propagação de rotas entre roteadores
 estrutura de organização dos roteadores de uma rede.

7. EXEMPLO de PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO VETOR-DISTÂNCIA


a) As redes diretamente conectadas são configuradas nos roteadores

b) Os roteadores aprendem as rotas de cada vizinho e atualizam as suas tabelas de


roteamento

c) Os roteadores propagam toda a tabela de rotas para cada vizinho de tempos em


tempos

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