Este documento fornece instruções sobre como viver uma vida virtuosa e alcançar a perfeição. Ele descreve etapas de preparação, purificação e perfeição, enfatizando a adoração aos deuses, o cultivo da virtude, o autocontrole e a busca pela compreensão superior.
Este documento fornece instruções sobre como viver uma vida virtuosa e alcançar a perfeição. Ele descreve etapas de preparação, purificação e perfeição, enfatizando a adoração aos deuses, o cultivo da virtude, o autocontrole e a busca pela compreensão superior.
Este documento fornece instruções sobre como viver uma vida virtuosa e alcançar a perfeição. Ele descreve etapas de preparação, purificação e perfeição, enfatizando a adoração aos deuses, o cultivo da virtude, o autocontrole e a busca pela compreensão superior.
1. Primeiro, adora os Deuses Imortais, como eles estabeleceram
e ordenaram na Lei.
2. Reverencia o Juramento, e a seguir os Heris, plenos de
bondade e luz. 3. Honra igualmente os Demnios Terrestres prestando-lhes o culto que lhes legalmente devido. Purificao
4. Honra igualmente os teus pais, e aqueles que te so mais
prximos. 5. De todo o resto da humanidade, faz teu amigo aquele que se distinguir pela sua virtude. 6. Ouve sempre as suas pacficas exortaes, e toma como exemplo as suas virtuosas e teis aces. 7. Evita tanto quanto possvel odiar os teus amigos por faltas insignificantes. 8. E compreende que poder um vizinho prximo da necessidade. 9. Sabe que todas estas coisas so como as disse a ti; e habituate a superar e a vencer estas paixes: 10. Primeiro a gula, preguia, luxria e ira. 11. No faas nada de mal, nem na presena de outros, nem em privado, 12. Mas acima de tudo, respeita-te a ti mesmo. 13. A seguir, observa a justia nos teus actos e nas tuas palavras,
14. E no te habitues a comportares-te em todas as coisas sem
regra e sem razo, 15. Mas considera, sempre, que ordenado pelo destino que todos os homens morram, 16. E que os bens da sorte so incertos; e que como podem ser adquiridos, assim podem ser igualmente perdidos. 17. No que concerne a todas as calamidades que os homens sofrem pela divina fortuna,
18. Suporta, com pacincia, o teu fado, seja ele qual for, e nunca te lastimes, 19. Mas esfora-te no que puderes corrigir.
20. E leva em considerao que o destino no envia a maior
poro destas desgraas aos homens bons. 21. H entre os homens muitas formas de raciocinar, boas e ms;
22. No os admires nem os rejeites com muita facilidade.
23. Mas se forem ditas falsidades, ouve-os com suavidade, e arma-te com pacincia.
24. Observa bem, em todas as ocasies, o que te vou dizer:
25. No deixes que nenhum homem, seja por palavras, seja por actos, te seduza,
26. Nem te seduzas tu ao dizeres ou fazeres o que no for
proveitoso para ti mesmo. 27. Informa-te e delibera antes de actuares, para que no cometas aces disparatadas, 28. Porque isso prprio de um homem miservel: o falar e actuar sem reflectir. 29. Mas faz o que mais tarde te no afligir nem te causar arrependimento. 30. Nunca faas nada que no compreendas. 31. Mas aprende tudo o que tens obrigao de conhecer, e assim levars uma vida feliz. 32. De nenhum modo neglicencies a sade do teu corpo;
33. Mas d-lhe bebida e comida na justa medida, e exercita,
tambm, o que de tal tiver necessidade.
34. Por medida quero dizer o que te no incomoda.
35. Habitua-te a um estilo de vida simples e decente, sem ostentaes.
36. Evita tudo o que suscitar inveja,
37. E no sejas perdulrio sem motivo, como algum que no sabe o que decente e honroso.
38. Nunca sejas cobioso nem avarento; a justa medida
excelente nestas coisas. 39. Faz apenas aquilo que no pode cuidadosamente antes de o fazeres.
ferir-te
pondera
Perfeio
40. Nunca permitas que o sono feche os teus olhos, depois de
teres ido para a cama, 41. At teres examinado, com a tua razo, todas as tuas aces do dia:
42. Em que que eu errei? O que que eu fiz? O que que eu
no fiz e que devia ter feito?
43. Se neste exame achares que fizeste mal, repreende-te
severamente; 44. E se fizeste algo bom, regozija-te.
45. Pratica minuciosamente todas estas coisas; medita bem
nelas; deves am-las com todo o teu corao; 46. Elas iro pr-te no caminho da virtude divina. 47. Eu o juro por aquele que passou para as nossas almas a Tetraktis Sagrada, a fonte da natureza, cuja causa eterna. 48. Mas nunca deites mo a nenhuma obra antes de teres, em primeiro lugar, rogado aos deuses que aperfeioem o que vais comear. 49. Quando fizerdes disto um hbito familiar, 50. Conhecer a constituio dos Deuses Imortais e dos homens.
51. Vers quo extensa a diversidade dos seres e aquilo que os
contm e os mantm presos; 52. Igualmente sabers que, de acordo com a Lei, a natureza deste universo semelhante em todas as coisas; 53. Deste modo no ters de esperar o que no deves esperar; e nada neste mundo te ser oculto.
54. Igualmente sabers que os homens lanam sobre si mesmos
as suas prprias desgraas, voluntariamente, e por sua prpria e livre opo. 55. Infelizes que eles so! Nem vem nem compreendem que o seu bem est junto deles. 56. Poucos sabem como se livrar das suas desgraas.
57. Tal o fado que prende a humanidade, e lhe rouba a
conscincia.
58. Como grandes ondas, rolam de um lado para o outro e
oprimem-se com males inumerveis. 59. Pois uma luta fatal, inata, persegue-os por toda a parte, sacudindo-os para cima e para baixo; nem eles percebem isso. 60. Em vez de provocarem e excitarem isso, deviam evitar isso tornando-se teis.
61. Oh! Zeus, nosso Pai! Se no libertares os homens de todos os
males que os oprimem, 62. Mostra-lhes de que demnios se devem servir.
63. Mas toma coragem; a raa do homem divina;
64. A natureza sagrada revelar-lhes- os mais
recnditos
mistrios;
65. Se ela te revelar os seus segredos, facilmente realizars todas
as coisas que te recomendei 66. E pela cura da tua alma, libert-la-s de todos os males, de todas as aflies. 67. Mas abstm-te de carnes que ns proibimos nas purificaes e na libertao da alma; 68. Faz uma distino justa das mesmas e examina bem todas as coisas. 69. Deixando-te, sempre, guiar e ser dirigido pela compreenso que vem do alto e que deve segurar as rdeas, 70. Quando, tendo-te despojado do teu corpo mortal, chegares ao mais puro ter,
71. Sers um Deus imortal, incorruptvel e a Morte no mais ter
domnio sobre ti.
UM BREVE COMENTRIO
Versos 1 a 3 curioso notar a hierarquizao dos seres espirituais
em deuses, heris ou semideuses, e demniosterrestres, e o facto de se situarem abaixo do Deus Criador, a quem os Deuses Imortais prestaram um Juramento que deve ser reverenciado, o de preservar todas as coisas nos seus lugares, e manter a beleza e a harmonia do Universo. Os Demnios Terrestres sero, em minha opinio, os Egos de homens justos e bons que j alcanaram a libertao do ciclo de morte e vida, ou esto prestes a alcan-la, isto , altos Iniciados. Recorde-se que Scrates dizia ter, como companheiro, o seu demnio. Versos 40 a 44 Trata-se, evidentemente, do exerccio de Retrospeco que Max Heindel nos transmitiu e que tanto prezava. Verso 47 Este juramento feito perante o prprio Pitgoras, de onde a hiptese de Os Versos de Ouro no terem sido escritos por ele, mas por um dos seus discpulos. A Tetraktis[3] o nmero quaternrio, ou o 10 formado pela adio dos quatro primeiros nmeros (1+2+3+4), um dos conceitos fundamentais na doutrina pitagrica. O quatro simboliza a terra, a totalidade do criado e do revelado, sendo a totalidade do criado tambm a totalidade do perecvel. Pitgoras dizia que a nossa alma formada pela tetraktis, ou seja a inteligncia, a cincia, a opinio e a sensao. Verso 62 Estes demnios so os seus prprios Egos superiores, porque v-los e conhece-los significa estar livre de todos os males.