O Coregrafo como DJ Helena Katz

O texto O coregrafo como Dj aborda como tema a ideia de que os anos 90 seria a volta dos anos 60
no contexto da ps modernidade. O artigo se apoia no fato de a improvisao naquela dcada, ter ganho
igual centralidade na produo recente. Dividido em duas partes o texto em um primeiro momento trata da
instalao do movimento de dana no corpo, e no segundo momento, no modo de organizao desse
movimento que descrito como improvisao.
Para pensar dana precisa-se entender melhor o corpo que dana, e no desperdiar os conhecimentos
desenvolvidos. O nosso crebro comanda quase todas as aes do corpo, se queremos entender como
o funcionamento do corpo, temos que entender as descobertas sobre o funcionamento do nosso crebro.
Por isso a fsica tida como porta de entrada para as cincias cognitivas.
As cincias cognitivas como citada neste artigo me chamou bastante ateno, inclusive foi citada por mim
na apresentao sobre o projeto no qual fao parte dentro da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro. No texto o que me parece a indispensabilidade de um danarino beber informaes de outras
fontes, no necessariamente ligadas a arte, mas sim a outras reas como a anatomia por exemplo para
engrandecer seu vocabulrio na dana.
Comportamentos motores so resultado de planos e associaes, como demonstram muitos
experimentos. Nesse artigo tambm citado os movimentos triviais como sentar, levantar, costurar, que
nada mais do que resultado de combinaes de planos e associaes. Quando aprendemos passos de
dana tambm acontecem essas combinaes. Quando se aprende um passo, aprende-se com ele,
quais combinam e quais no. Sugerindo que exista uma cadeia associativa perifrica.
Um corpo para improvisar precisa ter colecionado muitas experincias motoras e ter capacidade de
inovao. Como citado anteriormente, essas experincias so frutos das cincias cognitivas.
Um bailarino tem muita capacidade motora e se diverte em sua facilidade de criar algo diferente do que
j existe em seu corpo, um Dj de si mesmo.
Ao final do texto apresentada a hiptese de que no se trata de nostalgia dos anos 60, mas sim de um
resultado evolutivo da contaminao da dana pela indstria cultural. Da a proposta de se pensar o
coregrafo como Dj, um misturador autoral de materiais preexistentes.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Professor: Renato Cruz

Aluno: Lucas A. Botelho Queiroz
Seminrio Dana e Pedagogia