O documento analisa como acadêmicos como Cardoso e Touraine construíram um imaginário da classe operária brasileira nas décadas de 1950 e 1960 como desarticulada, subordinada ao Estado e incapaz de transformação social. Os autores argumentam que essa visão enfatizou demais a assimilação de trabalhadores rurais e não reconheceu a agência da classe operária e sua capacidade de ação política.
O documento analisa como acadêmicos como Cardoso e Touraine construíram um imaginário da classe operária brasileira nas décadas de 1950 e 1960 como desarticulada, subordinada ao Estado e incapaz de transformação social. Os autores argumentam que essa visão enfatizou demais a assimilação de trabalhadores rurais e não reconheceu a agência da classe operária e sua capacidade de ação política.
O documento analisa como acadêmicos como Cardoso e Touraine construíram um imaginário da classe operária brasileira nas décadas de 1950 e 1960 como desarticulada, subordinada ao Estado e incapaz de transformação social. Os autores argumentam que essa visão enfatizou demais a assimilação de trabalhadores rurais e não reconheceu a agência da classe operária e sua capacidade de ação política.
O texto de Maria Clia Paoli, Eder Sder e Vera da Silva Telles, apresenta
uma importante anlise sobre o estudo da classe operria brasileira, e o imaginrio
que permeia os trabalhos acadmicos sobre o tema. A pesquisa analisa a produo acadmica dedicada ao estudo da formao da classe operria no Brasil, utilizando vrios estudiosos para o trabalho. Os autores analisam a classe operria com base no imaginrio construdo pelos acadmicos a partir da dcada de 1950. Pesquisas de estudiosos como Fernando Henrique Cardoso e Alain Touraine e principalmente, Juarez Brado Lopes, so responsveis por criar construir um modelo cujo principal trao da classe operria a subordinada ao Estado. A classe operria em negativo, como citado na analise de Paoli, Sder e Telles, caracteriza-se como uma classe desarticulada e impotente para uma transformao social e poltica do Brasil e sem conscincia de classe, legando o protagonismo e a decises acerca da classe operria para o Estado. Os sindicatos eram utilizados para fins de realizao. A construo de imagem da classe operria feita por Juarez Brando Lopes enfatiza o problema da assimilao de contingentes populacionais rurais ao mundo fabril. Essa parcela da classe operria teria sido o resultado da permanncia de valores culturais tradicionais e da socializao no campo regida por padres de submisso aos superiores. Fernando Henrique Cardoso escreveu sobre a classe operria a partir de uma noo abstrata de conscincia de classe e concluiu que a classe trabalhadora brasileira no decantava. Embora vivessem na cidade os trabalhadores fabris ainda se reportavam ao universo rural, no se inserindo na racionalidade capitalista que a industrializao brasileira propunha. A partir da dcada de 1980, o debate historiogrfico, a respeito da classe operria cresce, pois na dcada 1970 a classe operria, surge com uma nova perspectiva. Antes vista como uma classe subordinada a condies externas a sua existncia, na dcada de 80, a produo acadmica empenha-se em estudar a classe a partir das experincias dos indivduos pertencentes a classe e a inteligibilidade de suas prticas. A prpria classe se mostra capaz de propor aes polticas e de agir buscando melhores condies de trabalho.