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Fazia tempo que eu não pegava ônibus e, diante da necessidade de fazê-lo, me senti entrando
em um daqueles círculos do inferno descrito por Dante Aliguieri. Só que ele imaginou e eu vivenciei.
Poderão me chamar de burguês por eu não pegar ônibus há muito tempo, mas é que eu uso
intensivamente ... minha bicicleta. Paguei R$2,45 para andar em pé e mesmo quando pude sentar não
me senti bem vendo outros em pé e em vários momentos quando alguém precisava atravessar o
ônibus para descer tinha que empurrar uma outra pessoa.
Pergunto: a lei municipal de “Poa” permite que o povo encaminhe projetos? Se sim, proponho
um projeto: ninguém será transportado em ônibus coletivo, público ou privado, em pé, pelo mesmo
preço da tarifa.
Responder-me-ão: é impossível manter a mesma tarifa sem levar 1/3 das pessoas em pé.
Minha tréplica: visualizemos: dentro do ônibus perto das janelas há sempre uma dupla de
poltronas de cada lado o que dá 4 poltronas em cada “linha”, digamos assim. Ora, em vez de pôr as
pessoas em pé entre essas poltronas, acrescente no espaço no meio do ônibus uma fileira a mais de
poltronas. É certo que isso vai deixar menos espaço no corredor, mas será o suficiente para que uma
pessoa de cada vez levante de seu lugar e se encaminhe para a saída, como um ser humano e não um
gado (aliás, nem gado deveria ser tratado como gado, quero deixar bem claro)! E QUAL seria o
ganho INCLUÍSSEMOS NAS NOSSAS CIDADES OS ÔNIBUS DE DOIS ANDARES, que
existem lá em Londres??
A tréplica deles: ainda assim, a tarifa deverá ser aumentada. Ok, reconhece o direito natural da
ambição e egoísmo nos homens. Foi a ambição que nos levou a lua e isso não foi ruim.
Minha solução: não precisamos mexer nas isenções para estudantes, aposentados (cerca de
13% do custo da tarifa, segundo a URBs de Curitiba), mas para correios? Os Correios nos isentam de
algum custo?