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Naquela tarde Mkanul parou para olhar a grande estrela vermelha abaixo de uma
Jkun, rvore pomposa e de frutos roxeados incomestveis.
Pensativo, relembrava daquilo que se passou nas ltimas semanas. Os feixes de
memria chegavam a deixa-lo atordoado, fazendo-o recostar o tronco sobre os dois
braos.
O pequeno Liop no compreendia como sentimentos conseguiam atingir sua alma
com tanta dor. Naquele instante, a notvel lacerao em sua perna direita era
irrelevante.
Ao longe, atravs de sua audio apurada, o pequeno Liop ouviu - Para direita. Eles
sempre escolhem as rvores!!
Constatando a escurido se aproximar, Mkanul, rapidamente desceu a barreira que
existia a sua frente, o barro alaranjado arranhava a pele vermelha do Liop, que
deslizava apoiado com as mos para proteger o corpo, deixando o sangue azul
escorrer pelos seus dedos.
E ele balanava o lquido azul em seu copo, como se procurasse um ritmo danante.
Possuindo bem mais da metade que o tempo poderia lhe proporcionar, Buyo,
habitante do planeta gelado Zgop, sentia o peso das vivncias contornar em sua
cabea, com lembranas que no tinham mais importncia.
Com menos agilidade do que antes, Buyo foi para fora do que chamava de
residncia, que nada mais era do que uma caverna que teve as paredes modeladas
com gelo e razes de Fihu.
Olhando, quase distrado, se deparou com aquilo que lhe fez sair. De longe via a
estrela me se pr e, logo em seguida, a escurido tomar conta de tudo. Calculou
que dessa vez demoraria mais do que o tempo que lhe resta para a luz voltar a
passear entre as brechas das razes glidas.
O copo em sua mo no possua mais sentido algum, pois nada poderia abrandar a
inevitvel mudana que sua mente exigia e ele relutava em seguir.
Buyo rosnou, com todo o ar que conseguia expelir. Arremessou o pequeno metal em
formato de meia lua triangular que possua entrelaado em seu peitoral, para o
interior da morada, fincando o mesmo no que era o local de refeio do gigante ser
de pelos azul -marinho.