1
Ainda nesta representação, é importante notar que a função derivada d =dx
pode ser expressa como
0 1
..
.
B C0 ..
1
0 1 B .. C
.. B . 0 CB . C
B CB C
B . C B .. CB i 2 C
B ( (xi 1 ) B . CB
B (xi 2 )) = x C
C B 1 1 0 CB i 1
C
C
d 1 B CB
!B B ( (xi ) (xi 1 )) = x C C= xB
0 1 1 0 CB i
C:
C
dx B ( (xi+1 ) C B 0 1 1 0 CB C
@ (xi )) = x A B CB i+1 C
.. B .. CB C
B 0 1 1 . C@ i+2 A
. B C ..
B . . . C
@ .. .. .. A .
2
É interessante observar que o quadrado desta matriz,
0 12
..
.
B C
B .. C
B . 0 C
B C
B .. C
B . 1 1 0 C
1 B C
^ 2
B 0 1 1 0 C
D = B C
x2 B 0 1 1 0 C
B C
B .. C
B 0 1 1 . C
B C
B .. .. .. C
@ . . . A
0 12
..
.
B C
B .. C
B . 0 C
B C
B .. C
B . 1 2 1 C
1 BB 0 1 2 1
C
C
= B C
x2 B 0 1 2 1 C
B C
B .. C
B 0 1 2 . C
B C
B .. .. .. C
@ . . . A
3
Por outro lado, a posição, x também pode ser entendido como um operador
que multiplica x para uma função de onda.
x: (x) ! x (x)
ou seja, uma matriz diagonal, onde i-esimo elemento diagonal é dada por xi .
Assim, podemos associar uma matriz para a coordenada,
0 1
..
.
B C
B .. C
B . 0 C
B C
B .. C
B . 0 xi 1 0 C
B C
^ B 0 0 xi 0 C
x!X=B C: (2)
B 0 0 xi+1 0 C
B C
B .. C
B 0 1 xi+2 . C
B C
B .. .. .. C
@ . . . A
Note que as Eqs.(1) e (3) tem a mesma forma, apenas substituindo a matriz P^
^
por X.
4
Vamos generalizar o conceito. Vamos postular que qualquer quantidade física
deve corresponder à uma matriz nesta representação. Em geral, esta matriz tem
todos os elementos, tipo,
0 1
..
B . C
B Oi 1;i 1 Oi 1;i Oi 1;i+1 C
B C
O!O=B^ B Oi;i 1 Oi;i Oi;i+1 C:
C
B Oi+1;i 1 Oi+1;i Oi+1;i+1 C
@ A
.. ..
. .
Ainda postulamos que o valor médio deste observável seja dado por
0 1
..
B . C
B i 2 C
B C
B i 1 C
B C
hOi = x ^B
O C:
i 1 i i+1 B i C
B i+1 C
B C
B i+2 C
@ A
..
.
5
Autoestado de um observável = estado para qual temos certeza de que o
observável tem um determinado valor. Exemplo: uma onda plana, '
i
e ~ p0 x é um aotoestado do momento p.
Note que a equação pode ser satisfeita se a função de onda a tenha a pro-
priedade,
O a = oa a : (5)
Em outras palavras, a aplicação do operador O na função de onda é proporcional
a própria função a com a constante multiplicativa oa .
Vamos considerar o caso de momento de uma partícula como a quantidade
observada (caso unidimensional).
~ @
O ! p^ ;
i @x
e p0 seja o valor de momento observado. Neste caso, a equação (??) …ca
~ @
p0 (x) = p0 p0 (x): (6)
i @x
onde denotamos por p0 (x) a função de onda de partícula após de ser observada
seu momento como p0 . A Eq.(6) é uma equação diferencial em x, e podemos
facilmente sua solução como
i
p0 (x) = N e ~ p0 x ; (7)
H E =E E (8)
6
onde E é a autofunção de energia, E é o seu autovalor. Normalmente, a
equação de autovalor determina os possíveis valores dos autovalores e as respec-
tivas autofunções.
Na representação matricial, a equação de autovalor tem a forma,
0 1 0 1
.. ..
B . C B . C
B i 1 C B i 1 C
B C B C
^B
O C = oB C
B i C B i C
B i+1 C B i+1 C
@ A @ A
.. ..
. .
2 Dinâmica Quântica
2.1 Equação de Schödinger
A equação de movimento no caso da Mecânica Newtoniana determina a tra-
jetória de uma partícula. No caso da Mecânica Quântica, a dinâmica de uma
partícula deve ser descrita pela variação temporal da sua função de onda. Mas,
já sabemos que, se observamos a partícula num instante, o estado depois da
observação não permanecerá no mesmo estado antes da observação. Assim, a
dinâmica quântica deve ser entendida também em termos de probabilidade.
Como um estado de uma partícula varia em tempo? Esta questão foi re-
solvida por E.Schrödinger. Vamos considerar, por simplicidade, o caso de uma
partícula unidimensional com sua função de onda
(x; t):
7
e inversamemente
Z Z
1 i
(E; p) = dt dx (x; t) e+ ~ (Et px)
: (10)
2 ~
Segundo deBroglie, uma partícula de momento p e a energia E tem sua função
de onda,
i
(x; t) e ~ (Et px) :
Assim, podemos considerar a Eq(9) como sendo a expansão de um estado em
superposição de ondas planas com a coe…ciente,
(E; p);
@ 1 2
i~ (x; t) = p^ + V (x) (x; t): (14)
@t 2m
8
Substituindo a forma diferencial do operador
~ @
p^ ! ;
i @x
a equação de Schrödinger é uma equação diferencial parcial,
@ ~2 @ 2
i~ (x; t) = (x; t) + V (x) (x; t): (15)
@t 2m @x2
Para o movimento de uma partícula em tres dimensões, podemos generalizar
facilmente a equação de Schrödinger, sendo
@ ~2 2
i~ (~r; t) = r (~r; t) + V (~r) (~r; t): (16)
@t 2m
O operador de energia, Eq.(13) é chamado de Hamiltoniano e custuma usar a
notação H. Para uma partícula sobe a ação de potencial, temos
1 2
H= p^ + V (x) (17)
2m
~2 @ 2
= + V (x); (18)
2m @x2
ou no caso tridimensional, temos
~2 ~ 2
H= r + V (x):
2m
A equação de Schrödinger então é escrita como
@
i~ =H : (19)
@t
Vale a pena salientar o aspecto muito importante da equação de Schrödinger.
Ela é uma equação linear, isto é, se 1 e 2 são soluções, então sua combinação
linear
= 1+ 2;
9
pois,
@ @ i
i~ (~r; t) = i~ e ~E t
(~r) = E (~r; t);
@t @t
e
i
H (~r; t) = e ~E t
H (~r) = E (~r; t):
Assim, uma vez o estado esteja em autoestado de energia, a dependência em
t posterior pode ser descrito pela Eq.(20). Mas, neste caso, a densidade de
probabilidade,
i 2
2 ~E t
(~r; t) = j (~r; t)j = e (~r)
2
=j (~r)j ;
@ (~r; t) ~2 2
i~ = r (~r; t) + V (~r) (~r; t): (22)
@t 2m
2
Vamos analizar o comportamento da densidade de probabilidade, = j (~r; t)j =
(~r; t) (~r; t). Para isto, tomamos o complexo conjugado da Eq.(22),
@ (~r; t) ~2 2
i~ = r (~r; t) + V (~r) (~r; t) : (23)
@t 2m
Aqui, supormos que o potencial é real. Multiplicando para Eq.(22) e para
Eq.(23), e subtraindo, temos,
@ @ ~2
i~ + = r2 r2 : (24)
@t @t 2m
10
Os termos que contêm o potencial V cancelam-se. De…nindo a densidade da
corrente
~j(~r; t) = ~ ~
r ~
r ; (25)
2mi
a Eq.(24) …ca escrita por
@ ~ ~j = 0;
+r (26)
@t
que tem a forma da equação de continuidade. Assim, o vetor ~j representa a
densidade de corrente (‡uxo) da probabilidade. Integrando os dois lados da
equação acima em relação às coordenadas espaciais, temos,
Z
@ ~ ~j = 0:
d3~r +r
V @t
Para o primeiro termo, tiramos a derivada temporal para fora da integral, e
para segundo termo, utilzando o teorema de Gauss, temos
Z Z
d ~ ~j = 0:
d3~r + dS
dt V S
A função de onda tende a zero para j~rj ! 1, então, o segundo termo de integral
de superfície …ca zero para superfície bem longe da origem. Assim, temos
Z
d
d3~r = 0:
dt V !1
Isto é, a integral da densidade de probabilidade para todo espaço é constante
em tempo. Esta resultado representa a conservação de probabilidade total.
Vamos calcular a corrente de probabilidade para uma onda plana unidimen-
sional,
i
(x; t) = N e ~ (Et px) :
~ @ @
j
2mi @x @x
2 p
= jN j :
m
2
Já que jN j representa a densidade da probabilidade, a corrente tem a forma,
j v;
onde v p=m.
No exemplo acima, consideramos v = p=m como a velocidade. Mas, lembre
que esta quantidade não é a velocidade clássica no sentido de
dx=dt;
pois não existe a trajetória para partícula. Mas a expressão de corrente j ex-
pressa o operador que corresponde ao número de partícula que passa na unidade
11
de área por unidade do tempo. Uma consequência immediata da de…nição da
corrente é que se a função de onda for real,
= ;
então, temos
~j 0:
Mais precisamente, se a função de onda é uma função real de posição ~r, vezes
um fator constante em ~r ( mesmo que seja complexo), a corrente …ca nula.
~2 2
r E (~
r) =E E (~
r):
2m
Podemos veri…car logo que
i
E (~
r) = e ~ p~ ~r
é uma solução, onde p~ é um vetor que satisfaz
1 2
p~ = E: (28)
2m
Assim, veri…camos que a onda plana,
2
i i i p i
~ Et e ~ p~ ~r = e ~ 2m t+ ~ p
~ ~
r
~ (~
p r; t) =e ;
é uma solução para qualquer vetor p~. Sabemos que a Equação de Schrödinger
é linear e, portanto, uma superposição das soluções é também uma solução.
Assim, uma solução mais geral para Eq.(27) pode ser escrita como
Z
1 i p
2
i
(~r; t) = 3=2
d3 p~ (~
p) e ~ 2m t+ ~ p~ ~r : (29)
(2 ~)
12
onde o fator (2 ~) 3=2 foi introduzido por conveniência. Tomando a transfor-
mada de Fourier desta expressão, vemos que a coe…ciente (~ p) é dada por
Z Z Z
i 1 i i p
02
i 0
d3~r e ~ p~ ~r (~r; t) = 3=2
d 3
~
r e ~p ~~ r
d 3 0
p
~ (~
p 0
) e ~ 2m t+ ~ p ~ ~
r
(2 ~)
Z Z
1 3 0 0 i p
02
i 0
= d p
~ (~p ) e ~ 2m t d3~r e ~ (~p p~ ) ~r
3=2
(2 ~)
Z 02
3=2 i p
= (2 ~) d3 p~0 (~
p0 ) e ~ 2m t (3) (~ p p~0 )
2
3=2 i p
= (2 ~) (~
p) e ~ 2m t :
13
Assim, o pacote de onda neste caso não muda a forma f , representando uma
propagação desta pacote de onda com a velocidade c.
Mas isto é para o caso de m = 0. Para os casos mais gerais, a velocidade de
deslocamento não é igual a c, mas dado por
@E
~vg = ; (33)
@~
p
e a forma inicial da onda não …ca mantida, mas vai ser desperçando no tempo
(veja o exemplo abaixo). Por esta razão, a relação
E = E(p)
é chamada de relação de dispersão. A velocidade do pacote, Eq.(33) é chamada
de velocidade de grupo como mostrado a seguir.
Para mostrar a Eq.(33) vamos considerar um exemplo unidimensional, onde
o pacote inicial é dada pela forma Gaussiana,
x2 =2 2
+ ~i p0 x
(x; t = 0) = N e ;
1
onde N é o fator de normalização
1
N2 = p :
2
O fator,
i
e+ ~ p0 x
foi introduzido para ter o valor correto da corrente,
~ @ @
j(x) =
2mi @x @x
2 p0
=N :
m
Sem este fator, a corrente se torna nula (onda estacionária).
Podemos considerar que p0 é o momento inicial médio da parícula. Vamos
caluclar a distribuição em momento, (p).
Z
1 i
(p) = p dx e ~ px (x; t = 0)
2 ~
Z
N i 2 2 i
=p dx e ~ px e x =2 + ~ p0 x
2 ~
Z
N 2 2 i
= p dx e x =2 ~ (p p0 )x
2 ~
Z
N 2 i 2 2 2 2
=p dx e 1=2 (x ~ (p p0 )) 2~2 (p p0 )
2 ~
N p 2 2
=p 2 2 e 2~2 (p p0 )
2 ~
2
(p p0 )2
= N0 e 2~2 ;
1 Na verdade, a discussão a seguir não depende de fator de normalização.
14
onde N 0 é o fator de normalização,
r
2
02
N = :
~2
Uma vez obtido (p) podemos calcular a função de onda para qualquer tempo
t;
Z
1 i
(x; t) = p dp (p) e ~ (Et px)
2 ~
Z
N0 2 2 i
=p dp e 2~2 (p p0 ) e ~ (Et px)
: (34)
2 ~
É claro que sem saber E = E(p) não podemos avançar mais o cálculo. Mas,
para 2 ~2 , o primeiro fator Gaussiano tende a zero rapidamente quando
p afasta muito do valor p0 . Neste caso, as contribuição para a integral que
vêm muito longe do valor de p = p0 podem ser despreziveis. Podemos fazer
uma aproximação no exponente do segundo fator, como uma função de p, pela
expansão de Taylor em torno do p0 .
" #
dE 1 d2 E 2
Et px ' E(p0 ) + (p p0 ) + (p p0 ) t px
dp p0 2 dp2 p0
" #
1 d2 E 2 dE
= (p p0 ) t + t x (p p0 ) + E(p0 )t p0 x :
2 dp2 p0 dp p0
2 ~
Z
N0 p0 )2 +B(p p0 )+C
=p dp e fA(p g
2 ~
r
N0 B2
=p e C+ 4A ;
2 ~ A
onde
2
i d2 E
A= + t ;
2~2 2~ dp2 p0
( )
i dE
B= t x ;
~ dp p0
i
C= fE(p0 )t p0 x g :
~
Finalmente a função de onda …ca
2
2
00 ( dE
dp )p t x =2 (t) i
(x; t) = N e 0 e ~ fE(p0 )t p0 x g
; (35)
15
onde
2 2 d2 E
(t) + i~t : (36)
dp2 p0
dE
vg = :
dp p0
16
Assim, obter todos as soluções de problema de autovalores do Hamiltoniano do
sistema é equivalente a resolver o problema dinâmico.
Para um sistema físico, o autovalor de Hamiltoniano tem o limite inferior, ou
seja, existe o menor valor do autovalor da energia deve ser …nito. O autoestado
correspondente ao autovalor de energia mínimo é chamado de “estado funda-
mental”. Obter solução para o estado fundamental do sistema é um problema
extremamente importante.
Para movimento unidimensional de uma partícula ponteforme sob a ação de
um potencial V (x), a Equação de Schrödinger Eq.(39) se torna uma equação
diferencial ordinária,
~2 d 2
E (x) + V (x) E (x) =E E (x): (40)
2m dx2
Antes de buscar uma solução, vamos analizar a propriedade geral do sistema
acima. Re-escrevemos a equação como
00
(x) = D(x) (x) ; (41)
onde
2m
D(x) (E V (x)) : (42)
~2
Dependendo do sinal da função D (x) o comportamento da solução (x)
muda completamente. Se
D (x) > 0;
então 00 e tem sinais opostos, isto é, quando > 0, então 00 < 0 e, quando
< 0, 00 > 0 . Desta forma, se uma vez > 0; enquanto manter isto,
a derivada de decresce cada vez mais e, portanto, a função também acaba
decrescendo inde…nidamente, até cruza o eixo x (ver a …gura abaixo).
Por outro lado, se se torna negativo, então 00 …ca positivo. Assim, en-
quanto < 0, a sua derivada cresce cada vez mais e a função começa crescer.
No …nal, a função acaba cruzando o eixo x mudando o sinal (veja a fugura
abaixo).
Combinando as duas propriedades acima, concluimos que o comportamento
da função (x) é oscilatório (ou a parte da função oscilatória) quando D (x) é
positivo. A curvatura da função …ca maior quando D (x) maior.
17
Agora, quando D (x) < 0, a situação inverte. Neste caso, se > 0; en-
tão, a derivada de cresce cada vez mais e, portanto, a função também acaba
crescendo inde…nidamente e tende a divergir para 1, se não cruza o eixo x
antes (a curva do topo na …gura abaixo). Quando cruza o eixo x, então o sinal
da função se troca e a derivada decrece. Assim, a função decresce indi…nida-
mente e tende a divergir para 1( a curva no meio). Quando com > 0;
0
decresce cada vez mais e, portanto, a função também acaba decrescendo
mesmo começando com 0 . Assim decresce inde…nidamente e tende a divergir
para 1, se não cruza o eixo x antes (a curva do baixo). Se cruza o eixo antes,
então a função começa divergir para +1 (não ilustrado na …gura abaixo).
Assim, quando D (x) < 0, a função de onda tende a divergir, seja para +1,
seja para 1, exceto uma situação bem particular, onde a função de onda
encosta o eixo x asimtoticamente (ver a …gura abaixo). Esta situação particular
ocorre quando o valor e sua derivada de função de onda tem a relação especial.
A análise acima permite discutir o comportamento da função de onda geral
no problema unidimensional. Vamos considerar um potencial atrativo como
ilustrado na …gura abaixo. Convencionamos que V (x) ! 0 para jxj ! 1.
18
19
Figure 1: Caso A
20
Figure 2: Caso B
Figure 3: Caso C
21
Figure 4: Função de onda que asintoticamente converge a zero fora do potencial
nos dois lados.
V0 ; L x L
V (x) =
0; jxj > L
~2 d2
E (x) + V (x) E (x) =E E (x); (43)
2m dx2
22
onde denotamos o autovalor por E.
Esta é uma equação diferencial para uma função incognita E (x), mas lem-
bre que não sabemos ainda o valor de E. O que vai determinar o valor de E é
a condição contorno do problema como vejamos abaixo.
Aqui vamos considerar o caso de estado ligado pelo este poço de potencial.
A energia então deve ser negativa, e maior que o fundo do poço,
V0 < E < 0:
~2 d2
E (x) =E E (x); x< L; (44)
2m dx2
~2 d 2
E (x) V0 E (x) =E E (x); L x L; (45)
2m dx2
e
~2 d2
E (x) =E E (x); xiL; (46)
2m dx2
Da Eq.(44), temos
E (x) = Ae+qx + Be qx
; (47)
onde r
2mE
q= > 0; (48)
~2
e A e B são constantes. Não deve esquecer que a solução dada pela Eq.(47) é
válida só para x < L.
Para x ! 1, o termo exponencial e qx tende a in…nito. Como uma am-
plitude de probabilidade, isto é físicamente não é aceitável2 . Portanto, devemos
ter
B = 0:
Da Eq.(46), temos novamente
E (x) = Ce+qx + De qx
:
Considerando o limite x ! +1, concluimos que o termo e+qx não deve existir.
Portanto, temos
C = 0.
Da Eq.(45) temos
~2 d 2
E (x) = (V0 + E) E (x): (49)
2m dx2
Já que
V0 + E > 0;
2 Qual é a incoveniência da possibilidade ter in…nita para x ! 1?
23
de…nimos r
2m(V0 + E)
k= ; (50)
~2
e a solução da Eq.(49) é escrita por
Agora, impormos que a função de onda é suave (contínua até primeira derivada)3 .
Iso é, impormos que
e
d E (x) d E (x)
= :
dx x! L " dx x! L+"
e
d E (x) d E (x)
= :
dx x!L " dx x!L+"
cos kL + sin kL
q=k ; (56)
sin kL + cos kL
cos kL + sin kL
q=k : (57)
sin kL + cos kL
3 Discutiremos o signi…cado físico destas condições.
24
Das Eqs.(56) e (57), temos
De = 0, temos
q = k tan kL; (60)
e se = 0, temos
q= k cot kL; (61)
Lembramos que q e k são funções de E. Assim, o autovalor de energia E deve
satisfazer, ou
q(E) = k(E) tan k(E)L; (62)
ou
q(E) = k(E) cot k(E)L: (63)
Isto é, os autovalores da energia E são as raízes das equações acima.
Para ver o comportamento destas raízes, lembramos que,
2mE 2 2m (V0 + E)
q2 = ; k = ;
~2 ~2
portanto,
2 2 2mV0 L2 2
(Lq) + (Lk) = : (64)
~2
Escrevendo
u = Lq;
v = Lk;
25
As raízes são dadas como pontos de cruzamento de duas curvas, uma um
circlo com raio e outra, u = v tan v ou u = v cot v.
1
v= n+ ; n = 1; 2; :: (67)
2
para o caso de
u = v tan v;
e
v=n ; n = 1; 2; :::
para o caso de
u= v cot v.
Assim, os possíveis valores de v em ambos casos são dados por
1
vn = n; n = 1; 2; ::: (68)
2
e os valores correspondentes de k …cam
1 n
kn =
2 L
A energia medido do fundo do poço ( V0 ) …ca
~2 2
En + V0 = k
2m n
2 2
~ 2
= n : (69)
8mL2
Exercício: Discuta o comportamento da função de onda em x = L no caso
de V0 ! 1.
Exercício: Justi…que as Eqs.(67) e (68).
Exercício: Discuta o resultado Eq.(69) do ponto de vista do Princípio de In-
certeza.
26