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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE ENGENHARIA ELÉTRICA, MECÂNICA E DA COMPUTAÇÃO

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

BRUNO FERREIRA COUTO

DANIEL PEREIRA DA SILVA

LUIZ CARLOS DO VALE FILHO

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE AUTOMAÇÃO ELETROPNEUMÁTICOS COM


CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

GOIÂNIA – GOIÁS

2017
BRUNO FERREIRA COUTO

DANIEL PEREIRA DA SILVA

LUIZ CARLOS DO VALE FILHO

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE AUTOMAÇÃO PNEUMÁTICOS

Relatório referente à disciplina de Sistemas de


Automação Hidráulicos e Pneumáticos sobre a
construção de sistemas pneumáticos para a
execução de sequências de movimento em
processos industriais diversos.

GOIÂNIA – GOIÁS

2017
SUMÁRIO

1. OBJETIVO .................................................................................................................................... 4
2. MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................................................... 4
3. CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 9
4. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 9
1. OBJETIVO

Em muitos processos industriais e processos de movimentação de produtos,


elementos de acionamento hidráulicos e pneumáticos são utilizados para realizar a tarefa
desejada. Com o uso da eletropneumática, que advém da fusão entre eletricidade e
pneumática, é possível a obtenção de um vantajoso incremento da produção. Em busca de
uma maior confiabilidade, flexibilidade e rapidez na elaboração de projetos, é interessante o
uso do Controlador Lógico Programável (CLP). Dados vários estudos de caso apresentados
no Módulo 4, o objetivo deste relatório é analisar a sequência de movimentos que os
atuadores eletropneumáticos devem realizar, e a partir disso, montar o circuito
eletropneumático, a ser controlado por um CLP. É também intuito deste relatório, apresentar
os passos tomados na programação da lógica do CLP da FST, dificuldades encontradas e
observações pertinentes.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Como este foi o primeiro experimento onde foi utilizado o CLP, antes de iniciar a
programação da lógica, foi necessário uma introdução ao tema, sob instrução do Professor
João Paulo. Com essa introdução e a leitura do manual da FST, observou-se que não seria
mais necessário a montagem de circuitos eletropneumáticos complexos e com diversos
elementos, para resolver os problemas propostos.
Utilizando o software FST 4.21, é montado um Ladder Diagram, que é uma
linguagem confeccionada à semelhança de um circuito elétrico, com entradas (IN), passos
intermediários (FLAGS) e saídas (OUT). É feita a conexão entre o circuito pneumático e os
elementos elétricos, através das entradas e saídas, porém os passos intermediários são todos
internos ao CLP, e a lógica deve ser introduzida ao mesmo, pelo uso de um computador
pessoal.
Antes de proceder na análise experimental em bancada, é imprescindível realizar a
fazer uma pré-análise do problema proposto, para compreender como será feita a abordagem
inicial. Inicialmente foi desenhado no papel, um diagrama com as entradas, saídas, flags e
seus elementos correspondentes, e somente depois a lógica foi levada ao FST 4.21. Neste
software, não há como realizar simulações, então era necessário estar no laboratório para
verificar a funcionalidade da lógica.
Como neste módulo foi utilizada a bancada elétrica, foi necessário tomar cuidados
com a utilizaçao da eletricidade, para evitar a conexão de elementos eletropneumáticos em
série, para evitar sobrecarga no sistema.
Uma vez finalizada a programação por Ladder Diagram no FST 4.21, era possível
realizar o upload do programa ao CLP, montar o circuito pneumático na bancada e finalmente
verificar se a lógica estava ou não correta. Foram utilizados os seguintes elementos:

 3 – Atuadores lineares de dupla ação pneumáticos (sem retorno por mola);


 1 – Sensor de proximidade indutivo;
 1 – Sensor de proximidade capacitivo;
 1 – Sensor de proximidade óptico;
 1 – Rolete elétrico com acionamento mecânico;
 6 – Válvulas reguladoras de fluxo;
 3 – Válvulas direcionais 5/2 vias, duplo acionamento por solenoide;
 1 – Válvula direcional 3/2 vias, com acionamento por solenoide e retorno por
mola;
 2 – Botões sem trava (acionamento muscular);
 Tubos de conexão para os sistemas pneumáticos;
 Kit de fiação elétrica com pinos banana com distinção entre fase e terra;
 Centro de produção e distribuição de ar (compressor, reservatório, válvula de
acionamento, filtro, etc.);
 Tês de conexão para os tubos;
 1 – Controlador Lógico Programável.

Os experimentos realizados foram resolvidos através do Método Intuitivo e


Método Passo-a-Passo.

O experimento 1 consiste, basicamente, em um sistema eletropneumático


composto por um atuador. Quando o botão ciclo único é acionado, o atuador avança e a linha
permanece pressurizada pelo tempo estabelecido no CLP, permitindo então o recuo. Quando o
botão de ciclo contínuo é acionado, a mesma sequência de movimentos acontece, porém ao
retornar para A-, o ciclo recomeça automaticamente. Note que parar este problema, é
necessário a utilização de um botão de emergência. A sequência de acionamento pneumático
é a seguinte:
A+ A-

Para este experimento, o Método Intuitivo foi utilizado. Observe que o circuito
pneumático foi montado da maneira mais simples, visto que toda lógica seria inserida no
CLP. Para este experimento, foram utilizadas 5 entradas, 5 flags e 01 saída, conforme a figura
2.1. As figuras 2.2, 2.3 e 2.4 mostram como foi a montagem do diagrama Ladder no software
FST.

Figura 2.1. Índice do Diagrama.

Entrada I0.0 Ciclo único


Entrada I0.1 Ciclo Contínuo
Entrada I0.2 Emergência
Entrada I0.3 Final de Curso do Atuador
Entrada I0.4 Início de Curso do Atuador
Flag F0.0 Ciclo Único
Flag F0.1 Ciclo Contínuo
Flag F0.2 Emergência
Flag F0.3 Fim de Curso
Flag F0.4 Restart Ciclo Contínuo
Saída O0.0 Saída para Válvula

(Fonte: Próprios Autores.)

Figura 2.2. Linhas 01 a 03 do Diagrama Ladder.

(Fonte: Próprios Autores.)


Figura 2.3. Linhas 04 e 05 do Diagrama Ladder.

(Fonte: Próprios Autores.)

Figura 2.4. Linhas 06 do Diagrama Ladder.

(Fonte: Próprios Autores.)

Algumas observações interessantes podem ser feitas sobre este experimento.


Observa-se que o timer está representado nas linhas do ciclo único e da saída para a válvula,
como uma chave normalmente fechada, ou seja, quando a contagem chega em zero segundos,
a chave abre e a alimentação é cortada. A mesma lógica foi usada para a botoeira de
emergência, quando a botoeira é acionada, a chave normalmente fechada, é aberta.
Outro fato necessário na montagem desse circuito, foi o uso de selos, da mesma
maneira como é realizada em circuitos eletropneumáticos sem CLP. Os selos foram
necessários para acionar os flags dos ciclos único, contínuo e restart do contínuo. Este último,
é responsável por reiniciar a sequência, uma vez que o atuador chega na posição de recuo.

O experimento 2...

.
3. CONCLUSÃO

Após simular os circuitos e ensaiá-los em laboratório foi possível confirmar a


importância das técnicas de projeto intuitivo, trajeto-passo e cascata, e as características de
um problema que tornam um método mais atrativo que outro. Como o número de
componentes de um sistema está relacionado à sua complexidade, é imediato que o método a
utilizar menos componentes é mais atrativo ao engenheiro, também por apresentar menor
custo.
Há, também, menos oportunidades para vazamentos, e é possível testar todo o
circuito de controle com a parte pneumática desligada, pois as válvulas acionadas por
solenoide dispõem de indicadores visuais de seu acionamento (luzes de LED). Outro aspecto
é a possibilidade de testar a funcionalidade de cada sensor diretamente pela tela do
computador, de modo online, averiguando o fechamentos dos contatos no diagrama ladder.

4. REFERÊNCIAS
[1] FIALHO, A. B. Automação Pneumática: Projetos, Dimensionamento e Análise de
Circuitos. 7. Érica. 2012.
[2] MATIAS, Juliano. Eletropneumática. Mecatrônica Atual, Uberlândia, v. 2, n. 2, p.44-49,
fev. 2002.
[3] FESTO. FESTO Software Tools: Guia Prático de Manutenção com FST.

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