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Processamento Digital de
Imagens - PDI
Apresentação
Competências
Habilidades
Bases Tecnológicas
Sumário
1 – Radiologia Digital
1.1 – Histórico
O início das atividades de Radiologia data do final do século XIX, quando o alemão
Wilhelm Roentgen descobriu os raios-x ao ver a mão da sua esposa projetada numa tela,
enquanto trabalhava com radiações. A partir daí, a evolução dos equipamentos trouxe
novos métodos, entre eles a tomografia computadorizada (CT, do inglês, Computed
Tomography), que alargou o horizonte de visualização de algumas afecções de quatro
para quase mil condições de densidades diferentes. Depois, veio a Ressonância
Magnética, que permite que muitas condições sejam visualizadas, identificadas e
diagnosticadas.
Foi no início dos anos 80 que a Siemens introduziu o Angiotron como primeiro
equipamento de radiologia digital. Em contraste aos pesados armários de componentes
eletrônicos que apresentavam os equipamentos radiológicos digitais, a Siemens lançou o
Siremobil no meado dos anos 80.
Já no início dos anos 90 a Siemens Lançou o Fluorospot H Digital Imager. Este
sistema foi vendido com as funções de radiografia e fluoroscopia.
Um item em comum apresentado em todos estes sistemas digitais é que a
imagem poderia ser representada em modo de subtração de imagens e mostrando as
imagens em subtração é possível “apagar” backgrounds anatômicos e representar apenas
veias e artérias cheias de meios de contraste, por exemplo.
A imagem é gravada em uma memória digital, isto é, pode ser reproduzida várias
vezes sem nenhuma deteriorização na imagem;
Imagens podem ser subtraídas umas das outras, evidenciando apenas as
diferenças entre ambas;
As imagens podem ser adquiridas tão rápido quanto o gerador de raios-x pode
controlar o tempo de exposição;
O único espaço necessário para armazenar as imagens são os discos rígidos (HD’s).
Por lei, as imagens devem permanecer arquivadas por anos, o que requer grandes
volumes de arquivos, quando tratam-se de filmes. Além disso, com a Imagem
digital o médico dispõe da possibilidade de armazenamento das imagens em CD
ROM;
Hoje em dia os Hospitais têm se preocupado com os gastos com produtos
químicos para o processamento dos filmes. O armazenamento destas substâncias,
a recuperação da prata e o descarte do químico são itens importantes para o meio
ambiente e geram gastos;
Cada imagem é vista no sistema de TV através de um Intensificador de Imagens.
Para entendermos melhor como é gerada uma imagem digital, primeiro temos
que entender como o computador trabalha com a imagem. A imagem que é apresentada
ao técnico ou ao radiologista, seja no monitor ou no filme, é formada pela diferente
coloração em níveis de cinza de milhares de pontos. Assim, como ocorre no televisor, a
imagem obtida do corte da anatomia é na realidade um conjunto de pontos com tons
diferentes.
É como se a imagem fosse dividida em uma matriz de N x N pontos. Atualmente, a
imagem tomográfica é gerada com matrizes a partir de 256 x 256 pontos, passando por
320 x 320 até 512 x 512 pontos. Equipamentos mais modernos chegam a trabalhar com
matrizes de 1024 x 1024 pontos, o que significa dividir a imagem em mais de 1 milhão de
pontos. E o trabalho do equipamento de imagem, juntamente com o computador, é
justamente definir, indiretamente, o valor da densidade daquela pequena porção de
tecido humano que cada um destes pontos está representando. Se houver uma mínima
diferença de densidades entre dois pontos consecutivos, então o computador atribuirá
um tom de cinza diferente para cada um dos pontos, resultando no contraste que levará
ao diagnóstico médico.
Desta forma então um bit pode representar duas tonalidades de cinza, que no
caso corresponderia ao branco e ao preto. 8 bits por sua vez correspondem à 1 Byte.
Cada imagem digital gerada é formada também por uma matriz composta de
elementos chamado pixels.
8 Pixels
12 Pixels
O número total de pixels em uma imagem é o produto do número de pixels existentes na
vertical pelo número de pixels existentes na horizontal.
O número de pixels em uma imagem é chamado de tamanho da matriz.
Uma vez que o computador obtenha uma lista de valores com todas as
atenuações medidas pelos sensores, começa um complexo processo computacional
matemático para que se identifique o valor da densidade ou da atenuação em cada pixel
da imagem a ser gerada.
Para cada elemento de volume é dado um valor numérico, ou seja um valor de
atenuação, que corresponde a quantidade média de absorção de radiação daquele tecido
representado no pixel. A densidade na tomografia computadorizada é diretamente
proporcional (relação linear) com o coeficiente de atenuação, uma constante do tecido
influenciado por muitos fatores. O coeficiente de atenuação quantifica a absorção da
radiação X. Após a calibração interna do tomógrafo, a densidade do tomograma
computadorizado da água é ajustada para 0, e a densidade do ar para -1.000 unidades
Hounsfield (Hounsfield units ou simplesmente HU).
A B HounsfieldCunits ou simplesmente
Fig. 2.4: D HU.E
Após a geração da imagem radiográfíca digital, ela deve ser gerenciada (exibição,
transmissão, armazenamento e gravação) por meio de sistemas informatizados.
Atualmente os principais são:
PACS (Picture Archiving and Communications System) — Sistema de comunicação e
arquivamento de imagens;
RIS (Radiology Information System) — Sistema de informações em Radiologia;
HIS (Hospital Itijormatiou System) —Sistema de informações hospitalares;
DICOM 3.0 — protocolo padrão (atual) de comunicação da imagem digital.
O PACS, responsável pelo armazenamento e distribuição eletrônica das imagens
digitais, integra-se com as modalidades geradoras de imagens digitais, o RIS e o HIS,
proporcionando o tráfego de imagens associado à informações.
A integração dos sistemas de Informação em Radiologia (RIS - Radiology
Information System) e de Sistema de comunicação e arquivamento de imagens (PACS -
Picture Archiving and Communications System) possibilitam a consulta remota de laudos e de
imagens associadas. A integração RIS/PAC é feita em tempo real, no momento da consulta,
utilizando tecnologias “web” e técnicas de programação para “internet/intranet”. A aplicação
“web” permite a consulta pela “intranet” do hospital laudos e exames associadas através de
nome, sobrenome, número de registro hospitalar dos pacientes ou por modalidade, dentro de
um determinado período. O visulaizador permite que o usuário navegue pelas iamgens,
podendo realizar funções básicas como “zoom”, controle de brilho e contraste e visualização
de imagens lado a lado.
A integração RIS/PACS diminui o risco de inconsistências, através da redução do
número de interfaces entre bases de dados com grande redundância de informaçõe,
proporcionando um ambiente de trabalho rápido e seguro para consultas de laudos
radiológicos e visualização de imagens associadas.
O uso de imagens multiespectrais coletadas por satélites tais como, Landsat, SPOT ou
similares, tem se mostrado como uma valiosa ferramenta para a extração dos dados
Usando-se esta convenção para atribuir proporcionalmente valores mais altos para
áreas de maior brilho obtém-se a altura dos componentes da figura proporcional ao
brilho correspondente na imagem.
Uma imagem digital é uma imagem f(x, y) discretizada tanto em coordenadas
espaciais quanto em brilho. Uma imagem digital pode ser considerada como sendo uma
matriz cujos índices de linhas e de colunas identificam um ponto na imagem, e o
correspondente valor do elemento da matriz identifica o nível de cinza naquele ponto.
Os elementos dessa matriz digital são chamados de elementos da imagem,
elementos da figura, "pixels" ou "pels", estes dois últimos, abreviações de "picture
elements" (elementos de figura). Quanto mais pixels uma imagem tiver melhor é a sua
resolução e qualidade.
2.2.1 – Espelhamento
Exemplo:
Considere a seguinte imagem (representada pelas intensidades de cinza).
50 40 60
20 30 20
10 20 10
35 35 35 38 40
20 25 30 25 20
15 20 25 20 15
10 15 20 15 10
Teste de Limiarização
A Figura 3.22 mostra um exemplo de limiarização global simples. No primeiro
teste foi aplicado um limiar 10 (Figura 3.22) depois um limiar 30, (Figura 3.23) e por
último um limiar 70 (Figura 3.24).
2. 6 – Realce de imagens
O objetivo principal das técnicas de realce é processar uma imagem, de modo que o
resultado seja mais apropriado para uma aplicação específica do que a imagem original.
As Técnicas de realce podem ser baseadas em processamento ponto-a-ponto, que
modifica o nível de cinza de um pixel independentemente da natureza de seus vizinhos,
ou pelo processo de filtragem, onde o novo valor depende também dos valores dos
pontos vizinhos do ponto a ser processado.
Realce por Contraste
A manipulação do contraste de uma imagem tem como objetivo melhorar a sua
qualidade visual sob critérios subjetivos ao olho humano. Esse processo não aumenta a
quantidade de informação contida na imagem, mas torna mais fácil a sua percepção. É
normalmente utilizada como uma etapa de pré-processamento.
Tipicamente, os sensores são capazes de discretizar os valores recebidos da cena em
um intervalo máximo que vai de 0 até 255 (8 bits = 256 possíveis valores). Devido à má
iluminação, defeitos do sensor ou mesmo às características da cena, o intervalo de
valores de intensidade ocupados pelos pixels presentes em uma imagem, pode ser muito
menor que esse intervalo máximo. Diz-se então que a imagem possui baixo contraste, o
que torna difícil a sua visualização ou interpretação por um intérprete humano ou um
sistema de processamento digital.
O contraste de uma imagem pode ser avaliado observando-se o seu histograma. Uma
imagem com bom contraste possui um histograma cujas barras são razoavelmente
espalhadas ao longo de todo o intervalo da escala. Por exemplo, a imagem da Figura 3.28
(Mercado Público - Pelotas/RS) e seu histograma (Figura 3.29). Já o histograma mostrado
na Figura 3.31 tem uma forma estreita que indica uma escala dinâmica pequena, isto
porque corresponde a uma imagem de baixo contraste (Figura 3.30).
Fig. 3.28: Imagem com contraste alto Fig. 3.29: Histograma da Fig. 3.28
Fig. 3.30: Imagem com contraste baixo Fig. 3.31: Histograma da Fig. 3.30
Um destes métodos é a equalização de histograma.
Consiste na adição pixel a pixel, de duas imagens, com o objetivo de compor uma
outra imagem.
2.7.2 – Subtração de Imagens
Neste caso, realiza-se uma subtração pixel a pixel, de duas imagens, com o
objetivo de compor uma outra imagem.
Neste caso, realiza-se uma multiplicação pixel a pixel, em geral de uma imagem
por ela mesma, compondo outra.
Isto pode ser feito, por exemplo, com o objetivo de destacar níveis de intensidade
de interesse (imagem apresenta poucos pixels visíveis em uma determinada região),
aumento de contraste ou mesmo a redução de ruídos.
Neste caso, realiza-se uma divisão pixel a pixel, em geral de uma imagem por ela
mesma, compondo outra.
2.8 – Filtragem
queremos usar, seja ele passa baixa (filtrando as altas freqüências), passa faixa
(filtrando uma região específica de freqüências espaciais) ou passa alta (filtrando as
baixas freqüências). Em uma imagem, as altas freqüências correspondem as
modificações abruptas dos níveis de cinza, i.e., as bordas dos objetos. As baixas
freqüências correspondem as variações suaves dos níveis de cinza. Logo quando
queremos evidenciar os contornos de um determinado objeto podemos usar filtros do
tipo passa-alta. Em outros casos podemos estar interessado na forma da iluminação
de fundo, onde devemos usar filtros passa-baixa para eliminarmos todas as altas
freqüências correspondendo a borda dos objetos, e chegar a iluminação de fundo.
3 – Formação da imagem
Máquina de raios X;
Sensores: CCD (Charged Coupled Device), CMOS (Complimentary Metal Oxide
Semiconductor), PSP (Photo-Stimulable Phosphor);
Scanner Laser scanner (PSP somente);
Computador com monitor e modem ou cabo de rede de alta velocidade;
Impressora;
Alguns equipamentos obtêm a imagem de forma e outros de forma direta:
Sistema digital de aquisição direta: Sensor conectado diretamente ao computador
CCD: Charged Coupled Device (Dispositivo de Cargas Acopladas)
CMOS: Complimentary Metal Oxide Semiconductor
Sistema digital de aquisição indireta: Requer escaneamento laser do sensor.
PSP: Photo-Stimulable Phosphor
Estes sensores digitais são compostos de chip puro de silício dividido em vetor de
pixels (elementos de imagem). Quando os raios X atingem a superfície do sensor, a
energia é armazenada no pixel; a quantidade de energia armazenada é determinada
intensidade do raios X que bate em um pixel particular. Devido à incidência de raios x no
detector são geradas cargas elétricas. As cargas são então eletronicamente removidas, e
na seqüência, criam um sinal de uma voltagem proporcional à energia armazenada em
cada pixel. Estes sinais produzem a imagem digital vista no monitor.
Os sistemas CCD e CMOS produzem uma imagem "instantânea" e podem ser útil
para emergências. O sensor é muito grosso e rígido e pode ser mais difícil de colocar na
boca. Os sensores custam milhares de dólares para comprar ou substituir. Sistemas
Pan/ceph são muito mais caros.
3.3 – PSP (Photostimulable phosphor)
Estes fósforos absorvem a energia do raio X até certo ponto semelhante aos
fósforos usados em telas intensificadoras. Raios X atingem o fósforo e excitam elétrons
nos átomos, alguns dos quais produzem luz; mas a maioria dos elétrons ficam
armadilhados (presos) dentro do fósforo. Quando o sensor é escaneado com um laser de
rubi, os elétrons armadilhados são libertados, enquanto causando emissão de luz de
curto-comprimento de onda na região azul do espectro eletromagnético. Quanto mais
raios X absorvidos pelo fósforo, mais luminosa será a luz. A luz emitida é detectada por
um tubo fotomultiplicador e a informação é digitalizada para formar a imagem.
Sistemas PSP requerem laser que façam o escaneamento dos sensores que levam
muitos minutos (tempo para carregar o filme no scanner e escanear).
Foram desenvolvidos sensores sem fios (wireless) que produzirá uma imagem
"imediata" como faz os sensores com fios. Porém, o sensor sem fios é muito mais grosso
e mais caro. Vários sistemas usam computadores do tipo laptop (computadores portáteis)
para aquisição das imagens. Isto permite fácil portabilidade entre operadores.
Todos os sistemas diferem ligeiramente no software, mas todos lhe permitem
mudar brilho e contraste, inverter preto e branco, colorir, medir, etc.. Escolhendo um
sistema, avalie o tamanho de sensor, número de sensor tamanho disponível, custo global
do sistema, validade garantia estendida, suporte técnico, etc.
4 – Exercícios
4 – Defina pixel.
6 – Defina Bit.
16 – O que é DICOM?
8 – O que é pré-processamento?
9 – O que é segmentação?
A B
C D
23 – O que é limiarização?
5 – Bibliografia
[1] GONZALEZ, Rafael C.; Woods, Richard E. Processamento de Imagens Digitais. Edgard
Blücher Ltda, 2000.
[2] BALLARD, D.; Brown, C. Computer Vision. Prentice Hall, 1982.BOVIK, Al. Handbook of
Image and Video Processing. Academic Press, San Diego, 2000.
[3] CASTLEMAN, Kenneth R. Digital Image Processing. Prentice-Hall, 1995.
[4] EFFORD, U. Digital Image Processing. A practical introduction using Java. Addison
Wessley, 2000.
[5] FUKUNAGA, K. Introduction to Statistical Pattern Recognition. Academic Press, 1990.
[6] HARALICK, R. M.; Shapiro, L. G. Computer and Robot Vision. Addison Wesley, 1992.
[7] JAIN, A. K. Fundamentals of Digital Image Processing. Prentice-Hall, 1988.
[8] JAIN, R.; Kasturi, R.; Schunck, B. G. Machine Vision. McGraw-Hill, 1995.
[9] PITAS, I. Digital Image Processing Algorithms. Prentice Hall, 1993.
[10] PRATT, W. K. Digital Image Processing. John Wiley & Sons, 1991.
[11] SONKA, M.; Hlavac, V.; Boyle, R. Image Processing Analysis and Machine Vision.
Chapman & Hall, 1993.