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17,4 43,0 39,6 14,9 38,4 46,7 12,6 36,5 50,9 13,1 38,7 48,2 TOTAL 100,0 100,0
100,0 100,0 MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS INTERNOS 1. Introdução Entre outras
explicações que se podem aventar para o fraco interesse que os homens públicos de
nosso país têm demonstrado para o problema da migração nos últimos anos, destaca- se
a importância assumida pelas correntes de migração interna. Correntes orientadas de
uma região para outra no interior do país ou entre Estados de uma mesma região, ou dos
campos para as cidades (êxodo rural), têm permitido, pela sua intensidade, substituir a
presença do elemento
estrangeiro. Os principais movimentos migratórios ocorridos no Brasil foram:
a) Migração de nordestinos da Zona da Mata para o sertão, séculos XVI e XVII
(gado);
b) Migrações de nordestinos e paulistas para Minas Gerais, século XVIII (ouro);
c) Migração de mineiros para São Paulo, século XIX (café);
d) Migração de nordestinos para a Amazônia, século XIX (borracha);
e) Migração de nordestinos para Goiás, década de 50 (construção de Brasília); e
f) Migrações de sulistas para Rondônia e Mato Grosso (década de 70).
As áreas de repulsão populacional são aquelas que perdem população por
diversos fatores, como por exemplo, a falta de mercado de trabalho, ou a dificuldade das
atividades econômicas em absorver ou manter as populações locais.
As áreas de atração populacional são aquelas que exercem atração sobre as
populações de outras áreas, pois oferecem melhores condições de vida. 2. Mlgração de
campo-cidade ou êxodo rural
9 Consiste no deslocamento de grande parcela da população da zona rural para a
zona urbana, transferindo-se das atividades econômicas primárias para as secundárias
ou terciárias. Esse é na atualidade o mais importante movimento de população e ocorre
praticamente no mundo todo.
Nos países subdesenvolvidos, ou em vias de desenvolvimento, a migração do
campo para a cidade é tão grande que constitui um verdadeiro êxodo rural. Ela
intensificou-se a partir do surto industrial do Sudeste, iniciado na década de 40.
Entre as causas do êxodo rural, destaca-se, de um lado, o baixo nível de vida do
homem do campo, ocasionado pelos baixos salários recebidos pelo trabalhador rural,
pela falta de escolas, de assistência médica; de outro, a atração exercida pela cidade,
onde parece haver oportunidade de alcançar melhor padrão de vida.
Na prática, não aconteceu por dois motivos: a) o mercado de trabalho não cresce
no mesmo ritmo da oferta de mão-de-obra; b) o baixo grau de qualificação dessa mão-
de-obra, sem nenhum preparo para atender às necessidades dos setores secundário e
terciário. As pessoas vindas do campo acabam por engrossar as fileiras do subemprego
ou mesmo do desemprego, sofrendo sérios problemas socioeconômicos. Um dos
reflexos desse fato é a ampliação desordenada e incontrolável das favelas, que cobrem
grandes áreas, principalmente nas regiões menos valorizadas das cidades.
Na zona rural, a maior conseqüência da migração para as cidades é o
despovoamento, que, sem ser compensado pela mecanização e alado a outros
problemas, ocasiona queda da produção e elevação do custo de vida.
O Estatuto do Trabalhador Rural, em 1964, foi criado com a intenção de
beneficiar o homem do campo, obrigando os proprietários de terras a encargos
trabalhistas, como salário mínimo, décimo terceiro salário, férias, etc. No entanto, não
podendo ou não querendo assumir tais encargos, muitos proprietários preferiram
dispensar boa parte de seus empregados, o que acabou por intensificar o êxodo rural.
Nas cidades do interior, os trabalhadores dispensados transformam- se em bóias-frias,
os diaristas, que trabalham apenas em curtos períodos, sem nenhuma garantia.
Em síntese, as principais causas e conseqüências do êxodo rural são: Causas
repulsivas: a) excedentes populacionais que acarretam um desequilíbrio entre mão-de-
obra disponível e a oferta de emprego;
b) mecanização de agricultura;
c) secas, inundações, geadas;
d) erosão e esgotamento do solo;
e) falta de assistência médica e de escolas;
f) baixa remuneração no trabalho;
g) concentração das terras, em mãos de poucos;
h) Estatuto do Trabalhador Rural.
21 e) Insular - São Luís (MA), Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Guarujá (SP).
Observação As cidades de São Luís, Vitória, Santos e São Francisco não podem ser
consideradas cidades insulares típicas, já que apresentam íntimo contato com o
continente e mal se percebe a passagem deste para a ilha. Já no caso de Florianópolis,
por exemplo, a insularidade é marcante.
CLASSIFICAÇÃO DAS CIDADES QUANTO À POSIÇÃO GEOGRÁFICA A
situação da cidade em relação aos elementos do meio físico que lhe são próximos
explica a sua evolução e permite a seguinte classificação. Fluvial: !Juazeiro (BA);
! Manaus (AM);
! Porto Alegre (RS)
!Pirapora (MG);
! Cuiabá (MT); e
!Corumbá (MS).
Litorânea (não banhada pelo mar) ! Cubatão (SP) ! Itabuna (BA) Interiorana !
Campinas (SP) ! Bauru (SP);
22 ! Ribeirão Preto (SP) Classificação das cidades quanto à função urbana A
atividade básica em função da qual vive a cidade, e da qual se origina o seu Produto
Interno Bruto, permite a seguinte classificação: Comercial ! São Paulo (SP)
! Campina Grande (PB)
!Caruaru (PE)
! Feira de Santana (BA)