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QUALIDADE DE VIDA

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o


Stress é a Epidemia do Milênio. O ritmo acelerado imposto
pelo mundo moderno exige desde cedo uma postura
exagerada de responsabilidades que podem gerar cansaço,
fadiga, mal-humor e em última instância, até doenças
cardíacas.

O estresse não é um fenômeno novo. Ele


sempre existiu, nossos ancestrais, na Idade da Pedra,
quando saiam para caçar precisavam de um certo nível de
estresse para enfrentar os riscos que poderiam ocorrer.

A diferença é que nos dias de hoje, temos a


consciência de seus efeitos positivos ou negativos, tanto
sobre nós mesmos, quanto nos locais de trabalho. Todos
nós vivemos em nosso dia-a-dia situações estressantes que
podem propiciar comportamentos de campeões olímpicos
ou por outro lado levar-nos as desespero e a depressão.

Há diversos fatores, entre outros, que podem


contribuir para o desencadeamento do estresse:
1) tensões decorrentes de conflitos familiares;
2) tensões no ambiente de trabalho;
3) estados de insatisfação e tensão crônicos ligados à
competição acirrada dos dias atuais.

O termo estresse, primeiramente foi utilizado


na Física, para indicar o grau de deformidade que uma
estrutura sofre quando é submetida a um esforço ou
tensão. A palavra estresse passou a ser utilizada na
medicina pelo médico Hans Salye, da Universidade de
Montreal, Canadá, a partir de 1936.

Desde então, pesquisas têm sido realizadas e


hoje podemos afirmar que o estresse em si, não é ruim.
Dependendo da intensidade ele pode ser útil em situações
difíceis e que exigem esforços para a sobrevivência e
desenvolvimento de alternativas diante de ameaças
concretas ou mesmas simbólicas.

De acordo com pesquisas realizadas pelo


Centro de Pesquisas da PUC, o estresse atinge cerca de
30% dos trabalhadores dos diversos setores de produção.
Entre pessoas que ocupam cargos executivos, esse
percentual chega a 40%.
Entretanto, nos tempos de crise, de redução do quadro de
funcionários, ou ainda no caso de empresas estatais em
processo de privatização com programas de demissão, o
estresse pode contagiar até 60% dos funcionários.

Os níveis de estresse muito alto, no ambiente


de trabalho, resultam em queda de desempenho
profissional e queda na produtividade. A maioria das
pessoas em situação de excessiva pressão perdem a
capacidade de concentração. Podendo levar erros e
acidentes graves. Um erro numa área em que é necessária
exatidão, ou quando decisões tomadas afetam vidas, as
conseqüências podem ser irremediáveis. Esses tipos de
erros podem levar a um processo de indenização, ou ainda
o que é pior, à morte de pessoas no ambiente de trabalho.

Quando falamos em estresse devemos enfatizar


dois aspectos importantes:
a) situações que podem desencadear o estresse no
indivíduo;
b) reação desse indivíduo frente ao agente estressor.

O primeiro passo é desenvolver um maior


autoconhecimento. Dessa maneira, a pessoa será capaz de
reconhecer os tipos de situações que lhe causam estresse e
perceber, seu próprio nível de tolerância à pressão.

A capacidade de suportar pressões é uma


característica individual. Pessoas não reagem da mesma
forma a um estímulo. Essa reação vai depender da sua
história de vida, suas crenças e valores. Não há fórmula que
garanta uma vida sem estresse, mas há maneiras ou
técnicas capazes de reduzi-lo. É importante desenvolver a
capacidade de administrar as ambigüidades, criar
condições de modificar o contexto, ou aprender a conviver
com elas.

Há uma lista quase infinita dos efeitos físicos e


mentais causados pelo estresse. Dentre eles podemos citar.
Efeitos físicos: dores de cabeça, palpitações, azia, reações
alérgicas, dores lombares, insônia, indigestão, aumento do
apetite, suor, gagueira, etc.

Efeitos mentais dificuldade de concentração,


agressividade, irritabilidade, passividade, ansiedade,
dificuldade na tomada de decisão, sensação de fracasso,
superatividade, perda da libido, medo, depressão,
comportamento não cooperativo, etc.

Lesley Tower em seu livro, Controlando o


Estresse na Empresa sugeri um exercício que pode auxiliar
no levantamento dos fatores que causam estresse:
1) Relacione tudo o que lembrar que possa lhe causar, ou
já causou, estresse em sua vida pessoal. Pode ser
desde um pequeno estresse a um grande estresse.
2) Relacione tudo que lembrar que esteja lhe fazendo, ou
já fez, sentir-se pressionado no trabalho. Pode ser
desde uma pequena irritação, como perder uma folha
de papel, até uma discussão com seu chefe.
3) Identifique nas respostas acima os itens causados por
outras pessoas e os que ocorrem por você não está no
controle da situação.
4) Identifique os itens que poderiam ser melhorados por
meio de uma melhor comunicação.

(ref. Kátia Dias e Neuza Regazzi)

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