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NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

CDU: 629.12.014.24:621.881.2 DEZ./1989 NBR 11099


Grampo pesado para cabo de aço

ABNT
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Especificação

Origem: Projeto 7:00.01-172/89


CB-7 - Comitê Brasileiro de Construção Naval
CE-7:00.01 - Comissão de Estudo de Casco e Acessórios de Casco
NBR 11099 - Weighed clamp for wire rope - Specification
Descriptors: Clamp. Cargo handling
Esta Norma é uma transcrição da EB-2020:1989, sem alteração de conteúdo técnico.

© ABNT 1989 Palavras-chave: Grampo. Movimentação de carga 4 páginas


Todos os direitos reservados

SUMÁRIO ASTM E 446 - Standard reference radiographs for


1 Objetivo steel casting up to 2 in. (51 mm) in thickness
2 Documentos complementares
3 Definições 3 Definições
4 Condições gerais
Impresso por CHARLES ALVES CAVALCANTI em 30/06/2015

5 Inspeção e ensaios Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições


6 Aceitação e rejeição 3.1 e 3.2.

3.1 Grampo
1 Objetivo
Acessório do cabo de aço, composto de uma base estriada
para assentamento do cabo e de um parafuso em forma de
Esta Norma fixa as condições e requisitos mínimos exigíveis
“U” com duas porcas para formação de olhais.
para a aplicação, inspeção e aceitação e/ou recebimento
de grampos pesados para cabos de aço de seis pernas.
3.2 Tamanho nominal (TN)
2 Documentos complementares
Diâmetro nominal do cabo de aço para o qual o grampo se
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: destina.

NBR 6327 - Cabos de aço para usos gerais - 4 Condições gerais


Especificação
4.1 Formato, dimensões e materiais
NBR 6916 - Ferro fundido nodular ou ferro fundido
com grafita esferoidal - Especificação O formato, dimensões e materiais dos grampos pesados
devem ser conforme NBR 12593.
NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos
na inspeção por atributos - Procedimento 4.2 Designação1

NBR 12593 - Grampo pesado para cabo de aço - Os grampos pesados devem ser designados pelo nome,
Dimensões - Padronização tamanho nominal e o número desta Norma/ano.

1 Exemplo: Grampo pesado para cabo de aço, TN 9,5, EB-2020/1989.


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2 NBR 11099/1989

4.3 Marcação 5 Inspeção e ensaios

A marcação deve ser feita, em relevo, na base do grampo 5.1 Homologação do protótipo
e deve conter as seguintes indicações, conforme Figura 1:
5.1.1 Generalidades
a) tamanho nominal (TN);
5.1.1.1 O ensaio do protótipo tem como objetivo verificar
b) símbolo ou marca do fabricante; que o grampo fornecido pelo fabricante suporta o laço da
eslinga nas condições normais de uso e que o material e
c) letra “P” (identificação do grampo pesado). método de fabricação do grampo estão definidos no
certificado de homologação. Qualquer modificação na
especificação do material ou método de fabricação que
possa alterar o desempenho final do grampo deve implicar
nova homologação.

5.1.1.2 A homologação deve ser feita por uma entidade


independente.

5.1.1.3 Em cada tamanho nominal do grampo deve ser feito


um ensaio de sustentação ou escorregamento do laço da
eslinga, para cada material e método de fabricação. No
caso de alteração do material da base, de ferro fundido
para aço forjado, ou o contrário, deve ser desnecessária
uma nova homologação, desde que esta alteração esteja
de acordo com NBR 12593. Os grampos usados no ensaio
de sustentação do laço devem ser submetidos ao ensaio
de torque descrito em 5.1.2.2. No caso de grampos feitos
com base em ferro fundido, devem ser executados ensaios
Figura 1 - Marcação do grampo pesado conforme NBR 6916. O protótipo deve ser considerado
homologado quando os grampos ensaiados atenderem:
4.4 Quantidade de grampos por olhal
a) ao descrito em 4.1 da NBR 12593.
A quantidade de grampos recomendada por olhal deve
ser conforme Tabela 1. b) às condições de ensaio descritas em 5.1.2;

4.5 Posicionamento c) às dimensões da Tabela da NBR 12593.

4.5.1 Os grampos devem ser posicionados com a base na 5.1.2 Condições de ensaio
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parte viva do cabo de aço e o parafuso “U” na parte morta,


conforme Figura 2. 5.1.2.1 Ensaio de sustentação do laço (escorregamento)

4.5.2 O primeiro grampo deve ser fixado próximo à Para cada tamanho nominal de grampos conforme 4.4 e
extremidade da parte morta do cabo de aço, mantendo-se 4.5 deve ser montada uma eslinga para ensaio. O cabo de
uma distância mínima igual à largura da base do grampo aço da eslinga deve ser de construção 6 x 25 Filler com
(B). O segundo grampo deve ser fixado junto ao olhal. alma de fibra, torção à direita. A eslinga deve ser submetida
a ensaio de tração até a ruptura. A força deve ser aplicada
4.5.3 Os grampos devem distar um do outro em um pino redondo de diâmetro adequado. Não mais do
aproximadamente seis vezes o diâmetro nominal do cabo que 70% da carga de ruptura do cabo de aço especificado
de aço, conforme Figura 2 e Tabela 1 (L). na NBR 6327 pode ser aplicada rapidamente, após isso
a carga deve ser aplicada uniformemente a uma taxa de,
no máximo, 10 MPa/s até ocorrer a ruptura. Os grampos
não devem escorregar, nem romper a uma carga inferior
a 80% da carga de ruptura do cabo de aço.

5.1.2.2 Ensaio de torque

Duas barras de aço de mesmo diâmetro do cabo de aço,


Figura 2 - Posicionamento dos grampos para o qual o grampo foi projetado, devem ser inseridas no
lugar do cabo de aço. As porcas do grampo devem ser
4.6 Fabricação apertadas com um torquímetro no valor de torque de ensaio
especificado na Tabela 1. O torque deve ser aplicado
Os grampos devem ser bem acabados e livres de quaisquer alternativamente a cada porca em incrementos de 10% do
falhas, defeitos, trincas, corrosão, rebarbas, rechupes e valor do torque de ensaio especificado. O torque máximo em
extremidades cortantes. cada porca deve ser sustentado por 10 min. Após este

2 Ver NBR 12593.


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período, os grampos devem ser desmontados e os grampos devem ser remontados e desmontados
examinados visualmente quanto à distorção. Em seguida, manualmente, sem uso de ferramentas.

Tabela 1 - Quantidade de grampos, espaçamentos e torques de aperto

Quantidade Espaçamento Diâmetro Torque


TN de (L) da Trabalho Ensaio
grampos (mm) rosca Nm kgfm Nm kgfm

3,2 19
M6 8 0,8) 10 (1,0)
4,8 29

6,4 2 38 M8 20 (2,0) 28 (2,8)

8,0 48
M10 40 (4,0) 58 (5,8)
9,5 57

11,5 67
M12 75 (7,5) 100 (10,0)
13,0 76

14,5 3 86
M14 120 (12,0) 150 (15,0)
16,0 95

19,0 114 M16 180 (18,0) 230 (23,0)


4
22,0 133

26,0 5 152 M20 310 (31,0) 400 (40,0)

29,0 6 172

32,0 191
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7
35,0 210 M22 450 (45,0) 600 (60,0)

38,0 229

42,0 248 M24 580 (58,0) 780 (78,0)

45,0 8 267 M27 820 (82,0) 1100 (110,0)

52,0 305

58,0 343
M30 1040 (104,0) 1580 (158,0)
64,0 9 381

71,0 419

77,0 10 457 M39 1650 (165,0) 2000 (200,0)

90,0 533

Notas: a) Os valores de torque definidos devem ser aplicados em grampos sem lubrificação. Em caso de lubrificação, os valores têm
que ser recalculados.

b) O cálculo dos valores de torque é baseado em cabos de aço da classificação 6 x 19 ou 6 x 37, torção à direita, com alma de
fibra (AF) ou alma de aço (AACI). Se o cabo de aço for de composição “Seale” no diâmetro de 26,0 mm, ou maior, então deve
ser adicionado mais um grampo ao indicado na Tabela 1.
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5.1.3 Certificado 5.2.3 Ensaio de torque

O certificado de homologação deve conter, no mínimo, as O ensaio de torque deve ser efetuado por amostragem,
seguintes informações: conforme NBR 5426. Não havendo prévio acordo entre
comprador e fornecedor, deve ser adotado o nível S-4 de
a) número desta Norma/ano; amostragem e o NQA (nível de qualidade aceitável) de 4%.
O ensaio de torque deve ser efetuado de acordo com
b) nome e endereço do fabricante; 5.1.2.2.
c) tamanho nominal e dimensões reais;
5.2.4 Ensaio de líquido penetrante
d) material e resultados do ensaio mecânico;
Desde que haja prévio acordo entre comprador e
e) método de fabricação; fornecedor, pode ser feito ensaio de líquido penetrante,
para verificação de trincas. Neste caso, deve ser adotada
f) resultados do ensaio de sustentação do laço e do ensaio a inspeção por amostragem com nível S-4 e NQA (nível de
de torque. qualidade aceitável) de 2,5%, conforme NBR 5426, a não
ser que estipulado de maneira diferente.
5.2 Recebimento

5.2.1 Verificação da homologação 5.2.5 Ensaio radiográfico

Todo grampo deve estar devidamente homologado Desde que haja prévio acordo entre comprador e fabricante,
conforme 5.1. Quando solicitado pelo comprador, o pode ser feito ensaio radiográfico, para verificação de
fornecedor deve apresentar o certificado de homologação porosidades, inclusões de areia ou escória, rechupes e
mencionado em 5.1.3. trincas, em grampos com TN ¯ 26,0. Neste caso, a
amostragem deve ser conforme Tabela 3.
5.2.2 Inspeção visual e dimensional
Tabela 3 - Quantidade de amostras para o ensaio
5.2.2.1 Inspeção visual e dimensional pode ser efetuada
radiográfico
por amostragem conforme NBR 5426. Caso não haja
prévio acordo entre comprador e fornecedor quanto a
amostragem e NQA (nível de qualidade aceitável), devem
ser adotados, respectivamente, o nível II e NQA conforme Tamanho do lote Número de amostra
Tabela 2.
2a8 2
5.2.2.2 Na inspeção visual devem ser observados os
requisitos descritos em 4.6. 9 a 15 3

5.2.2.3 Na inspeção dimensional os grampos devem ser 16 a 25 5


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verificados quanto a formato e dimensões conforme


26 a 50 8
apresentados na NBR 12593.
51 a 90 13
Tabela 2 - Nível de qualidade aceitável
91 a 150 20

151 a 280 32
NQA Defeito Inspeção
(%) 281 a 500 50

Dimensões em desacordo (exceto as 501 a 1200 80


Dimensional
medidas B e C, conforme NBR 12593
1201 a 3200 125
2,5 Comprimento de rosca menor que o 3201 a 10000 200
especificado
Visual
Formato em desacordo com a
NBR 12593
6 Aceitação e rejeição

Largura e comprimento da base 6.1 Para o ensaio radiográfico, devem-se usar os padrões
Dimensional radiográficos da ASTM E 446, não sendo permitidas trincas
(B e C) menores que o especificado
e sendo adotado o nível 2 para outros defeitos na região
6,5 Marcação imprópria ou ilegível de assentamento do cabo de aço.
Visual
Rebarbas, extremidades cortantes e 6.2 Os grampos que não atenderem aos requisitos desta
rechupes Norma devem ser rejeitados.

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