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1. Situando a Temática
2. Problematizando a Temática
3. Pulsos de Onda
4. Ondas Viajando
2
eq. III.2
k
2f kv
35
isto é chamado de meio dispersivo.
Em contraste, para o caso de ondas harmônicas sobre uma corda,
essas ondas em meio dispersivo não podem ser considerados como
simplesmente uma sucessão de pulsos, pois os pulsos mudam sua forma,
enquanto as ondas harmônicas não. Então nós chamaremos a velocidade do
pico de um pulso de onda de velocidade de grupo, enquanto a velocidade de
uma onda harmônica a velocidade de fase.
1 dy
dK ( ) dx( ) 2 eq. III.8
2 dt
dy
é a energia cinética desse pedaço de corda, onde é sua velocidade.
dt
A energia potencial
1 dy 2
dU FL F ( ) dx eq. III.9
2 dx
dE 1 y 2 1 y 2
( ) F( ) eq. III.10
dx 2 t 2 x
36
dE 1
[( ) 2 Fk 2 ] A 2 sen 2 ( kx t ) ,
dx 2
F
em virtude de kv e v
dE
2 A 2 sen 2 ( kx t ) eq. III.11
dx
dE dE
P v v 2 A 2 sen 2 ( kx t ) eq. III.12
dt dx
7. A Superposição de Ondas
y1 A cos(kx t ) e y 2 A cos(kx t ) ,
pelo princípio da superposição y y1 y 2 e usando uma identidade
trigonométrica,
1 1
y 2 A cos(kx t ) cos .
2 2
Se 0 , as ondas estão em fase, elas encontram crista com crista e vale
com vale. Isto é uma interferência construtiva. Enquanto se , as
cristas das ondas se encontram com vales e a interferência é destrutiva, neste
caso y = 0. Se duas ondas tem amplitudes diferentes suas interferências
destrutivas não darão um cancelamento total das ondas.
Um outro exemplo de superposição é quando consideramos
frequências diferentes,
y1 A cos(k1 x 1t ) e y2 A cos(k2 x 2t ) , teremos
_
1
y y1 y2 2 A cos[ (k ) x] cos( k x) , para t = 0, k k1 k2 e
2
37
_ _
1
k ( k1 k 2 ) . Se k << k a onda y pode ser interpretada como uma onda
2
_
1
cujo número de onda é k e amplitude 2 A cos[ ( k ) x] , sua amplitude
2
variando devagar com a posição. Essa amplitude é chamada de amplitude
modulada. Veja a figura mostrando a superposição resultante de ondas com
e diferentes.
Ao passar o tempo, o padrão dessa fig. III.8 se move para direita
com velocidade de onda. Isto evolui
para o fenômeno dos batimentos. Isto é
o fenômeno da amplitude baixar e subir.
A frequência de tais pulsos é dita
frequência de batimento. O intervalo de
tempo entre esses batimentos é
fig. III.7. Ondas de frequências diferentes. t x / v 2 / kv e a frequência
de batimento é
1 vk vk1 vk2
f f batimento f1 f 2 .
t 2 2 2
Pela superposição de ondas harmônicas de
diferentes amplitudes e freqüências, nós construímos formas
de ondas complicadas. De fato, pode-se mostrar que
qualquer onda periódica pode ser construída pela
superposição de um número suficientemente grande de
fig. III.8. O gráfico mostra uma superposição de ondas harmônicas senoidais e cossenoidais. Chamamos este
ondas dando uma amplitude modulada. resultado de teorema de Fourier. Para fazermos essa
composição usamos as séries de Fourier que poderemos ver
em um curso mais avançado.
8. Ondas Estacionárias
y descrevendo uma onda estacionária. Essa onda viaja nem para direita nem
para esquerda, seus picos permanecem fixos enquanto toda a onda cresce e
decresce em harmonia. Se y acima representa o movimento de uma corda,
então cada partícula da corda executa um MHS. Entretanto, em contraste ao
caso de onda viajante, onde a amplitude de oscilação de cada partícula é a
mesma, a amplitude de oscilação agora depende da posição com valor
Acos kx em uma posição x.
Posições onde a amplitude de oscilação é máxima são:
kx 0, ,2 ,... , onde k 2 / x 0, / 2, ,3 / 2, ..... Os máximos são
devidos a interferência construtiva entre as ondas. Da mesma forma para
38
3
amplitude zero: kx , , ..., ou x / 4,3 / 4,..., os mínimos são
2 2
devido a interferência destrutiva entre as ondas. Os mínimos de ondas
estacionárias são chamados de nodos e os máximos de antinodos.
Estamos supondo até agora que uma corda é um objeto longo sem
pontos finais. Existe uma condição de contorno, nos pontos extremos da
corda. A deformação y deve ser zero nesses pontos em todos os tempos. Isto
impõe sérias restrições sobre as ondas que podem ser geradas na corda. Note
que ondas estacionárias com nodos nos extremos satisfazem essa condição
de contorno. Podemos ver um exemplo a seguir:
2 2
y1 Asen( x) cos( vt ) , y2 Asen( x) cos( vt ) e
l l l l
3 3
y3 Asen( x) cos( vt ) , onde
l l
correspondem respectivamente os gráficos da
fig. III.9,
Exercícios Resolvidos
Exemplo III. 1
Uma corda esticada e presa em uma das extremidades sofre uma oscilação senoidal
na extremidade que não está presa com uma amplitude de 0,075 m, e uma frequência
de 2 Hz. A velocidade da onda é 12 m/s. No instante t = 0 a extremidade possui um
deslocamento nulo e começa a mover no sentido +y. Suponha que nenhuma onda
seja refletida na extremidade presa. Ache a amplitude, frequência angular, período,
comprimento, e número de onda. Escreva uma função de onda. Escreva equações
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para o deslocamento em função do tempo na extremidade da corda que é dado o
pulso em um ponto situado a 3 m desta extremidade.
Solução:
A amplitude é aquela dada no problema, A = 0,075 m. A frequencia angular é
2f 2rrad / ciclo 2ciclos / s 12,6rad / s . O período é
T 1 / f 0,5 s. O comprimento de onda, v / f 6m . O número de onda,
k 2 / 1,05rad / m ou k / v 1,05rad / m .
Coloque x = 0 onde se encontra a extremidade do pulso no sentido +x. A função de
t x
onda é, y y( x, t ) Asen2 ( ) Asen(t kx) .
T
Agora para x = 0: y y( 0, t ) Asen(t ) e para x = 3 m:
y y (3, t ) Asen(t k 3) .
Exemplo III. 2
No exemplo anterior a densidade da corda é 0,250 kg/m. Qual é a tensão na
extremidade do pulso da corda para que a velocidade da onda observada seja igual a
12 m/s?
Solução:
F
v F dv 2 36 N .
d
Exemplo III. 3
Uma das extremidades de uma corda está presa a um suporte fixo no topo de um
poço vertical de uma mina com profundidade igual a 80 m. A corda fica esticada
pela ação do peso de uma caixa com massa igual a 20 kg presa na extremidade
inferior da corda. Um geólogo no fundo da mina balança a corda enviando um sinal
lá em cima. Qual é a velocidade da onda transversal propagada na corda? Sabendo
que um ponto da corda executa um MHS com frequência igual a 2 Hz, qual é o
comprimento de onda?
Solução:
Despreze a variação da tensão devido ao peso da corda. A tensão F na corda é
produzido pelo peso da caixa. Então F mg 196 N . A densidade é dada por
m F
d 0,0250kg v . Por outro lado
l d
v 88,5m / s
44,3m .
f 2 s 1
Exemplo III. 4
No exemplo III. 1 qual é a taxa de transferência de energia máxima que o pulso
fornece para a corda? Ou seja, qual a potência instantânea máxima? E a média?
Solução:
dE dE
P v v 2 A 2 sen 2 ( kx t ) d a potência máxima é v 2 A2d . A
dt dx
potência média é a metade da máxima.
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Exemplo III. 5
Deduza a equação da onda em uma corda para deformações suficientemente
pequenas em um ‘pequeno’ segmento da corda.
Solução:
2 y 1 2 y
eq. III. 14
x 2 v 2 t 2
Exercícios Propostos
Exercício III. 1
A tensão em uma corda é fornecida por um objeto pendurado de massa 3 kg como
mostra a figura abaixo. O comprimento da corda é l = 2,5 m e sua massa m = 50 g.
Qual é a velocidade das ondas sobre a corda?
41
Exercício III. 2
Mostre que a função do tipo y( x, t ) y( x vt ) satisfaz a equação de onda. Em
particular verifique para a função de onda y ( x , t ) Asen( kx t ).
Resposta: Observe a eq. III.14.
Exercício III. 3
Uma onda é descrita por y 0,002sen(0,5 x 628t ) . Determine a amplitude,
frequência, período, comprimento de onda e velocidade da onda.
Exercício III. 4
Uma corda de densidade linear 480 g/m está sob uma tensão de 48 N. Uma onda de
frequencia 200 Hz e amplitude 4 mm viaja na corda. Qual a taxa média de transporte
de energia da onda?
Resposta: 61 W.
Exercício III. 5
A função de onda para uma onda harmônica sobre uma corda é
1 1
y( x, t ) ( 0,03m) sen (2,2m x 3,5 s t ). Para qual direção a onda viaja?
Qual é sua velocidade? Encontre o comprimento de onda, frequência, período dessa
onda. Qual o deslocamento máximo de qualquer segmento dessa corda? Qual a
velocidade máxima de qualquer segmento?
Exercício III. 6
Considere duas ondas viajando em direções opostas e suas funções de onda
y1 Asen(kx t ) e y2 Asen(kx t ) . Mostre que a soma dessas ondas é
uma onda estacionária. Uma onda estacionária sobre uma corda que está fixa nos
extremos é dada por y( x, t ) 0,024sen(52,3 x) cos( 480t ) , daí encontre a
velocidade da onda e a distância entre os dois nodos.
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