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MINERAIS INDUSTRIAIS

- UMA MINA DE
OPORTUNIDADES -

Emílio Lobato

EXPOSIBRAM 2007
AGENDA

• Dados gerais sobre Grupo Magnesita


• Definição e usos Minerais Industriais (MI)
• Importância dos MI
• Estatísticas Brasil
• Estratégias para diferenciação/agregação de valor
– Exemplos ilustrativos/“cases”:
• Talco
• Nanoclay
• Comentários finais
Grupo Magnesita

SALVADOR-BA (terminal marítimo)

BRUMADO-BA (3ª maior mina de magnesita do mundo)


(grandes reservas de talco)
BELO HORIZONTE-MG (headquartes e principais fábricas)

RAMALLO - AR (planta de refratários)

• Fundação 1940
• Nº Empresas 10
• Nº de Empregados ~ 11 mil

• Receita Bruta (2006) R$ 1,2 Bi


MAGNESITA - BAHIA

Fornos de calcinação e sinterização Mina Pedra Preta – Magnesita (MgCO3)


- magnésia cáustica
- briquetes (MgO)

Usina de beneficiamento de talco Terminal Marítimo de Aratu


MAGNESITA – BAHIA
GRUPO MAGNESITA
Risa - refratários isolantes Rasa – Argentina

Cerâmica São Caetano - refratários


anti-ácidos, isolantes e microfibras Ikera - contretos e massas refratárias
Si-amorfa
PRINCIPAIS PRODUTOS
Tijolos e Massas Refratárias
Sínter
Óxido de Magnésio
Talco
Argilas
Cromita
Agalmatolito
Silexil, etc.
MINERAIS INDUSTRIAIS: DEFINIÇÃO

• Minerais Industriais são todas as rochas e minerais,


inclusive os sintéticos, predominantemente não-metálicos,
que, por suas propriedades físicas ou químicas, podem
ser utilizados em processos industriais.

• A revista Industrial Minerals lista, em seu index, mais de


50 espécies ou grupos minerais, incluindo os minerais
metálicos com aplicações não-metalúrgicas.
LISTA DE MINERAIS INDUSTRIAIS
(não-metálicos)
• Minerais abrasivos • Grafita • Talco
• Agregados • Gesso • Vermiculita
• Alumina/Bauxita • Óxido de ferro • Wollastonita
• Antimônio • Zeólitas
• Caulim • Zircônio
• Amianto
• Argilas plásticas/”ball clay” • Minerai de Lítio
e ainda...
• Barita • Magnesita/MgO
• Bentonita/montmorillonita • Manganês • Sílicas especiais
• Minerais de berílio • Mica • Minerais e rochas de
• Nitratos ocorrência regional
• Boratos
• Olivina • Minerias modificados
• Bromo/Iodo
• Perlita • Resíduos inorgânicos
• Carbonato de cálcio
• Fosfatos • Rochas ornamentais
• Cimento
• Cromita • Potássio
• Diamante • Pedra-pome
• Diatomita • Piritas
• Dolomita • Pirofilita
• Enxofre • Terras-raras
• Feldspato • Sal
• Fluorita • Sílica
Minerais físicos vs. minerais químicos

• Minerais físicos se diferenciam dos minerais químicos pelo fato


de não perderem sua identidade química e mineralógica nos
materiais onde são incorporados.

• Os minerais físicos funcionais formam o grupo mais técnico dos


minerais industriais – onde residem as maiores oportunidades
de agregação de valor, mas por sua vez os maiores desafios de
base tecnológica para adequação de produtos e para
orientação sobre as aplicações aos consumidores finais.

• Relação de minerais químicos: argilas diversas (plásticas e


fundentes), filitos, feldspato, nefelina, quartzo, bentonita, outros.
Minerais Industriais vs. aplicações

Fundentes Metalúrgicos

Lamas de Perfuração
Moldes de Fundição

Jóias / Decoração

Ótica e Eletrônica
Indústria Química

Cargas (Filler)
Cimento e Cal

Clarificantes
Construção

Peletização
Agricultura
Refratários

Pigmentos
Abrasivos
Cerâmica

Filtrantes
Vidros
1 - Amianto K K
2 - Areias Silicosas z K z K K z K K z K
3 - Argilas: Comum z z z
Caulim z K z
Bentonita z z z z
4 - Barita z z
5 - Bauxita, Cianita e correlatos z K
6 - Calcário, Dolomito e Cal z z z z z z z z z
7 - Diamante z z
8 - Feldspato e Nefelina Sienito z z K
9 - Fluorita z z
10 - Fosfato K z
11 - Grafita K
12 - Ilmenita, Rutilo e Zirconita K z
13 - Magnesita z
14 - Rochas Ornamentais z K
15 - Talco e Pirofilita K z

Legenda: z USO IMPORTANTE K USO ADICIONAL USO OCASIONAL


Fonte: Moreira, Marcos Donadello, "Aplicações dos Minerais e Rochas Industriais", SBG Núcleo BA-SE, 1994
Os minerais no nosso dia-a-dia

• Ligar a luz - (fios de cobre, filamentos de W, sílica e feldspato


da lâmpada)

• Água – (tubulções de aço, ferro + carvão + calcário)

• Espelho – (sílica e óxido de ferro)

• Escovar os dentes (carbonato de cálcio, dióxido de titânio,


hidróxido de magnésio, talco)

• Cerâmcia do banheiro – argilas especiais cozidas

• As casas: argila tijolo e telhado, calcário do cimento, cal para


revestimento, titânio para a tinta, aço para estruturas, e outros.

• Agricultura: fosfato, potássio, cálcio, nitrogênio


ESTATÍSTICAS DO BRASIL

• De acordo com a literatura, um país atinge sua maturidade


industrial quando o valor da produção de não-metálicos supera
o da produção de metálicos. Isto aconteceu nos EUA no início
do século XX, na Espanha no começo dos anos 70 e na
Austrália no final dos anos 80.
Fonte: Hill, N. R. Industrial Minerals. Canada, 1993.
Distribuição da produção de não-metálicos

Cargas
e extensores
Materiais de PAÍSES INDUSTRILIZADOS
construção
Fertilizantes
e
químicos

Cargas
e extensores
Materiais de
construção PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO
Fertilizantes
e químicos

Fonte: Hill, N. R. Industrial Minerals. Canada, 1993.


Distribuição da produção mineral
brasileira - 2000

Metálicos Cargas
20% Construção civil Extensores
Não-metálicos 56% Químicos
Energéticos 16%
63% Fertilizantes
44%

Gemas e diamantes
1%

Fonte: DNPM. O Universo da Mineração Brasileira, 2000.

Energéticos: carvão, petróleo, gás natural


Metálicos: bauxita, Pb, Cu, Cr, Sn, Fe, Li, Mn, Nb, Ni, Au, Ag, Ti, Zn
Não-metálicos: 50 minerais são listados
Construção civil: areia e cascalho, brita, calcário, argilas
Classificação das minas de minerais
industriais do Brasil - 2000

2.000 1862
1.800 1654 208 metálicos
1.600
1.400 1246 1325

1.200
1.000 Total M.I.
800 Total geral
600 448
372
400
200 89
34 Fonte: DNPM. O Universo da
Mineração Brasileira, 2000.
0
A-B C-D-E-F G-H-I TOTAL
ROM > 1.000.000 t 100.000 – 10.000 –
(t/ano) 1.000.000 t 100.000 t
REQUISITOS PARA A DIFERENCIAÇÃO

OBJETIVO: AGREGAR VALOR PARA O COMPRADOR

• Capacitação tecnológica da organização


• Intimidade com o mercado
• Cultura e estrutura organizacional direcionada para o mercado
• Competência técnica para o binômio produto/aplicação
• Tecnologia de processos
• Recursos laboratoriais
• Controle de processo
• Cultura para a inovação
• Sistema da Qualidade (ISO 9000/14000, SA 8000, GMP)
MODELOS DE AGREGAÇÃO DE VALOR
PARA MINERAIS INDUSTRIAIS
• Modificação radical de propriedades dos minerais
• Melhoria do desempenho
• Especificações com tolerâncias mais fechadas
• Segmentação de “grades”
• Serviços/Customização
• Garantia de qualidade/desempenho
• Absorção de atividades do cliente
• Informações diferenciadas
• Soluções/Serviços técnicos
• Aperfeiçoamento da logística de transporte
• Embalagens diferenciadas
• Novas tecnologias
• Complementação de linhas
• Mistura de Minerais/Aditivação Fonte: Ciminelli, FCO, 1996.
AGREGAÇÃO DE VALOR PELA
MODIFICAÇÃO DA SUPERFÍCIE
Tratamento da mica, do caulim, da wollastonita, com agentes de
acoplamento (titanatos e silanos) para o aumento da compatibilidade
com polímeros e reforço mecânico.

Tratamento do carbonato de cálcio com estearatos para o aumento


da compatibilidade com polímeros e melhoria da dispersão.

Modificação da bentonita.

Agregados com controle e garantia de desempenho com o cimento


pela reatividade (morfologia e granulometria).

Uso de minerais aditivados para o aumento da resistência ao risco


do plástico reforçado.

• modificação da estrutura cristalina


E ainda… • modificação da morfologia
• modificação da finura Fonte: Ciminelli, FCO, 1996.
EXEMPLO PRÁTICO 1

- TALCO -
Gênese do talco em Brumado

O talco explorado pela Magnesita S.A. é um produto de metamorfismo,


envolvendo condições favoráveis à síntese de talco de alta pureza.

Reação de talcificação:

3 MgCO3 + 4 SiO2 + H2O → 3 MgO.4SiO2.H2O+ 3 CO2


(magnesita) (talco)

Magnesita Magnesita
Talco
Talco
Cabeceiras
Brumado/BA
Mina de talco

Mina Cabeceiras – Brumado/BA. 2006.


ESTRUTURA CRISTALINA DO TALCO

Fórmula química: [Si4](Mg3)O10(OH)2

hydrophobic
hydrophilic

a b

c
ESTRUTURA PROPRIEDADES APLICAÇÕES

INÉRCIA QUÍMICA OLEOFOBICIDADE


(adesão natural com
PP)

SUAVIDADE
(untuosidade)
MOHS = 1

LAMELARIDADE BRANCURA
Talco na indústria de plásticos

Painéis, pára-choques, laterais de portas, carcaças de


eletrodomésticos, cestos de máquinas de lavar, filmes
de polietileno e móveis de jardim.
FUNÇÃO DO TALCO EM COMPÓSITOS

VANTAGENS NO USO EM PLÁSTICOS

• Aumento da rigidez (módulo de flexão)


• Reforço planar ou lamelar das partículas de talco alinhadas no compósito evita que a
resistência à tração seja sacrificada, como acontece com as demais cargas minerais
não fibrosas
• O talco reduz o coeficiente de expansão térmica e a contração de moldados
• Redução da anisotropia mecânica
• Aumento da temperatura de distorção pelo calor (HDT)
• Aumento da resistência à corrosão e umidade
• Aumento da estabilidade dimensional
• A aderência a superfícies metálicas e tintas de impressão é aprimorada
• Melhora da resistência ao risco
• Aumento da capacidade de cristalização (nucleante) redução do ciclo de
moldagem/injeção
A IMPORTÂNCIA DO TALCO NO
POLIPROPILENO

Fonte: HOHENBERGER, W. Kunststoffe plast europe 7/96.


Materiais usados em um carro típico

1.300 kg 1.000 kg
100%
90%
80% 11,8% 17,4%
70%
60%
50% Marea - 1.180 kg
40% 10,4% materiais
30% poliméricos
20% 60,1 kg de PP
10%
0% Fonte: Plásticos em Revista,
maio 1998.
1998 2008

aço alumínio polímeros vidro outros materiais

Fonte: Kline & Company, Inc.


Evolução do Peso Médio de Compostos
PP/Autoveículo
Peso Comp.PP (kg/auto)

40

30

20

10

0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

• Novas aplicações em compostos • Aumento do tamanho das peças


• Aumento da densidade dos pára- • Consolidação dos carros compactos
choques
Fonte: Borealis
Pára-choque Zero-Gap
Pára-choque “Zero Gap”
Altíssima estabilidade dimensional
Redução do CLTE
Baixa contração
Alta resistência ao choque, mesmo a baixas temperaturas
Aumento de tamanho da peça
Integração perfeita com a carroceria
Painéis de instrumentos

Painéis de Instrumentos
Alto custo benefício
Redução de peso da peças
Alta resistência ao risco
Excelente balanço rigidez / impacto
Componente estrutural
Sistema reciclável
Nova geração de veículos de baixo peso

Reduzindo o peso do veículo em 30% leva à redução da emissão


de CO2 em 20%, o grande responsável pelo aquecimento glogal.
O MERCADO AUTOMOTIVO
A CADEIA DE VALORES DA INDÚSTRIA
DE PLÁSTICOS
RAW COMPOUNDERS END-USERS
PROCESSORS
MATERIALS

Additive suppliers Concentrates Extrusion Automotive

Independent
Resin suppliers Blow molders Construction
compounders

Fillers/ Integrated resin/


Injection molders Electric/electronic
reinforcements compounds
suppliers suppliers

Film/sheet
Other processors

Packaging

Others
TALCOS ULTRAFINOS MAGNESITA

TALMAG GM-10
micronizador
nanomill
TALMAG GM-7
TALMAG
GM-5

PICO
AREA

ESD
(escala logarítimica)
Tecnologia de ultra-micronização

Princípio de funcionamento:

Spiral jet mill -As válvulas de


saída do ar comprimido têm
determinado ângulo e, por isso,
predominam as forças cisalhantes
e que propiciam melhor delaminação (maior aspect ratio).
O material é levado à zona de classificação (rotor de
alta velocidade) onde o material fino é separado e o
grosso retorna paraa moagem ou é rejeitado.
Tecnologia de ultra-micronização:
desempenho
40 % Talc in PP(homo)
4000

3875

3750
Modulus [N/mm2]

3625
Magnesita‘s
3500 technology
~ 22%
Other technologies
3375
Feed
3250

3125

3000
1 2 3 4 5 6 7 8 910 20 30 40 50
Maximizar
Top Cut [µm] – D98
aspect ratio
PROBLEMA ASSOCIADO AOS
TALCOS ULTRAFINOS
• talcos ultrafinos têm densidade aparente solta situada na faixa
100 - 200 kg/m3, significando uma grande quantidade de ar “aprisionada”
no produto

Ar contido(%) = 1 – densidade aparente solta x 100


densidade absoluta
Densidade
Tamanho de partículas Densidade Teor de ar
Mineral Morfologia Aspect ratio absoluta
(microns) solta (g/cm3) (%)
(g/cm3)
D50 D98
Carbonato de cálcio
moído granular baixo 2,7 5 20 0,58 78,5
precipitado acicular médio 2,7 2 7 0,53 80,4

Talco lamelar médio 2,8 1,3 12 0,15 94,6


0,8 6 0,1 96,4

Mica lamelar alto 2,8 15 44 0,26 90,7

Wolastonita acicular alto 2,9 24 140 0,4 86,2


alto 8 30 0,2 93,1
Fonte: Hawley, G. Compaction of fillers, flame ratardants and other additives to improve flowability and accelarate
compounding rate.
PROBLEMA ASSOCIADO AOS
TALCOS ULTRAFINOS

A baixa finura e a conseqüente presença de ar gera alguns problemas:

• durante o transporte, uma massa menor é acondicionada em cada


carregamento/caminhão;
• no consumidor final, uma área maior é necessária para estocagem;
• o manuseio dos bags gera grande quantidade de pó;
• os big-bags não são estáveis e correm o risco de tombar;
• redução na taxa de fluxo de calor para o polímero;
• a dosagem é dificultada em função do volume de ar preso no talco e,
consequentemente, a produtividade da extrusora é drasticamente
reduzida
SOLUÇÃO: COMPACTAÇÃO

a compactação é apresentada como uma possível solução

compactação
200 kg/m3 900 kg/m3
Talcos compactados - vantagens
• possibilitam economia/otimização no frete e no espaço necessário
para estocagem

• eliminam os problemas de alimentação nas extrusoras, sem


prejudicar a dispersão:

- permitem a incorporação de altas concentrações de talco e


aumento de produtividade da extrusora
- possibilitam uma dosagem mais exata e constante
- reduzem os riscos de inlcusão de ar na resina
- dispersão do talco é facilitada o que melhora a resistência ao
impacto
- melhoram o fluxo de calor para o polímero

• eliminam/reduzem a geração de pó
Importância do talco peletizado:
aumento significativo de produtividade

+300%
+240%
Tecnologia de peletização
Outros usos do talco

polimento de cereais (arroz)


tintas
cerâmica
borracha
balas & chicletes
sabões
tratamento de água
papel e celulose
CURIOSIDADES...
EXEMPLO PRÁTICO 2

- NANOCLAY -
Definição
• Nanoclays são argilominerais do grupo
dos Filosilicatos que naturalmente
possuem uma de suas dimensões na
escala nanométrica (espessura);

• O mineral mais estudado no mundo é a


montmorillonita (mmt) que é uma argila
do grupo das Esmectitas. A mmt é um
dos principais constituintes da
bentonita.
Estrutura cristalina da montmorillonita

Plano basal carregado com cargas negativas

9.6Å ≈ 1 nm (10-9m)
Tetraedro-T

Octaedro-O

Tetraedro-T

Interlayer region
Processo de produção
raw clay stock centrifugues
slurrying

$
sand

tanks for organic components

reaction tanks

product silos

milling drying
$$$$$
filter press
Mecanismo de tratamento superficial:
química do surfactante

surfactante (heteropolar)

NH3+
Cabeça polar
Cadeia de carbonos hidrofóbica

Menos hidrofóbico C6 – C18 Mais hidrofóbico


Mecanismo de tratamento superficial

surfactante Argila Argila Na+


hidrofílica hidrofobizada

MUITO MAIS COMPATÍVEL COM POLÍMEROS APOLARES


Engenharia da química da superfície

HT
Determinação da morfologia dos
nanocompósitos

X-RAY

intercalated
TEM

Dubois, P. et al. Materials Science and Engineering, 28, 2000, 1-63.

exfoliated
Propriedades de nanocompositos
de nylon-6

Propriedades Nanocomposite Nylon-6


(5%wt. argila)
Módulo de tensão (GPa) 2.1 (+91%) 1.1

Resistência a tração 107 (+55%) 69


(MPa)
HDT (oC) 145 (+223%) 65

Resistência ao impacto 2.8 (+22%) 2.3


(kJ/m2)
Absorção de água (%) 0.51 (-41%) 0.87

CTE (expansão térmica) 6.3x10-5 (-52%) 13x10-5


Uso nanoclay em filmes

CO2 Caminho para uma molécula de gás:

d’ = d + d.L.V f/2.W
d: espessura do filme
L: diâmetro da lamela
W: espessura da lamela
Vf: fração volumétrica da argila
d d’ W
L Tortuosity factor
clay
τ = d’/d

matrix
= 1 + L.V f/2.W

O2
Nielsen, L. E. J. Macromol. Sci. (Chem.), A1(5), 1967, 929-942.
Uso nanoclay como anti-chama

Without nanoclay 5% nanoclay


GRAU DE COMPLEXIDADE E DE
DIVERSIDADE DOS MINERAIS INDUSTRIAIS

IMPUREZAS E MINERAIS
PROPRIEDADES FÍSICAS E
ASSOCIADOS
QUÍMICAS VOLUMES DE PRODUÇÃO
COMPETITIVIDADE

PREÇOS
MULTI-MARCAS
E GRADES MINERAIS IDUSTRIAIS
MULTI-USOS
TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO
PERFIL DA DEMANDA
ESPECIFICAÇÕES
ORIGEM E MODO DE DISTÂNCIA DO
OCORRÊNCIA MERCADO

Referência recomendada. A Tecnologia como chave de sucesso no


negócio. Ciminelli R., Brasil Mineral, no 204, 2002.
Comentários finais

• Minerais industriais têm muito espaço para crescer


no Brasil/América Latina
• Mercados mais exigentes novas soluções e novos
produtos são demandados. Oportunidades agregar
valor
• Mercado bastante dinâmico e diverso. Não há rotina
• Processo de aprendizado contínuo. Buscar
conhecimento todo o tempo
• Há uma mina de opotunidades para aqueles que já
trabalham ou vão ainda trabalhar com os MI.
AGRADECIMENTOS

• Magnesita S.A.

• Todos presentes
MINERAIS INDUSTRIAIS
- UMA MINA DE OPORTUNIDADES -
Emílio Lobato

EXPOSIBRAM 2007
AGREGAÇÃO DE VALOR PELA MODIFICAÇÃO DA
ESRUTURA CRISTALINA

A calcinação do caulim eleva a brancura, o poder de cobertura como


extensor de TiO2 e a resistência elétrica em ambiente úmido.

O tratamento térmico modifica a reatividade e a polaridade das


superfícies de alguns minerais.

A calcinação de argila é usada para a formação de mulita para


refratários e cerâmica.

Usinas satélites de fábricas de papel produzem CaCO3 a partir dos


subprodutos CaO e CO2.

A dopagem é usada para o aumento da velocidade de sinterização e


da densidade do produto.

Fonte: Ciminelli, FCO, 1996.


AGREGAÇÃO DE VALOR PELA
MODIFICAÇÃO DA MORFOLOGIA
Fibras de basalto fundido para isolamento térmico e acústico e
reforço mecânico de compósitos.

Através da moagem. Ex.: (i) Mica com alta razão de aspecto; (ii)
Carbonato de Cálcio moído a seco ou a úmido; (iii) Talcos de gênese
distinta.

Morfologia diferenciada através do controle da precipitação.

Grafita granular vs. “flake”.

Grau de abrasividade determinada pela morfologia.

Controle e garantia da Razão de Aspecto da Mica, do Talco e da


Wollastonita.

Fonte: Ciminelli, FCO, 1996.


AGREGAÇÃO DE VALOR PELA
MODIFICAÇÃO DA FINURA

Redução do “top-cut” das cargas e reforços minerais para o


aumento da resistência ao impacto do plástico carregado.

Micronização e classificação de cargas minerais abaixo de 5


micra para o aumento do brilho da superfície de polímeros.

Ajuste da distribuição granulométrica da areia para um “grading”


ótimo para concreto.

Redução de finos para a diminuição da absorção da resina em


tintas.

Granulação de minerais para o aumento da palatabilidade para o


gado.

Pelotização para facilidade de manuseio (ex. caulim para papel).

Fonte: Ciminelli, FCO, 1996.


Check-list das propriedades primárias que afetam o
desempenho industrial
(fatores de funcionalidade)
• Estrutura cristalina
• Química da superfície
– polaridade/compatibilidade com o meio
– Carga de superfície
– Capacidade de troca iônica
PERFORMANCE – Capacidade de adsorção
DESEJADA PELO • Textura e outros parâmetros
MERCADO – Morfologia das partículas
– Tamanho dos cristais
– Rugosidade
– porosidade
• Pureza
MARKETING – Micro-impurezas da rede
DE – Micro-impurezas livres
DESEMPENHO – Minerais acessórios principais
• Área superficial específica
• Grau de aglomeração
• Brancura/cor
• Comportamento reológico
• Outras propriedades específicas de cada aplicação
Agregação de valor pela modificação das
propriedades minerais
A caracterização completa das propriedades de um
mineral industrial é um instrumento fundamental
para:

• (i) a previsão de seu desempenho no processamento


e na aplicação industrial

• (ii) para a identificação de propriedades a serem


modificadas e agregação de valor e

• (iii) para a identificação das tecnologias a serem


utilizadas.
Exfoliated nanocomposite

nanoclay platelet

polystyrene chains

Dr. Giannelis research group.


Cornell University
SISTEMA DE SECAGEM
A etapa de secagem dos pellets representa
um estágio crítico para obtenção de
pellets porosos e que irão
dispersar prontamente
dentro da extrusora.

MELHOR DISPERSÃO,
MELHORES PROPRIEDADES
Futura planta de moagem ultrafina de talco

Redução consumo de energia em até 30%

Maior eficiência de moagem devido ao circuito


fechado de moagem-classificação
Final Product-Silo
Fácil ajuste da granulometria pela regulagem da
velocidade do rotor
Switchboard
Válvula para ejeção de
produtos grosseiros Feed - Bin

Roots Blower

Compressor

PMT-Spiral Jetmill

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