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INSALUBRIDADE - RUIDO

CALIBRAÇÃO DO DOSÍMETRO

P: NUMA PERÍCIA, A CALIBRAÇÃO DO DECIBELÍMETRO OU DOSÍMETRO


DEVE SER FEITA NA FRENTE DO ASSISTENTE TÉCNICO DA RECLAMADA ?
ISTO É OBRIGATÓRIO ? APENAS ROTINA PARA DEMONSTRAR MAIOR
LISURA NA AVALIAÇÃO? DEVE CALIBRAR ANTES E DEPOIS DA MEDIÇÃO
OU APENAS ANTES ? A UMIDADE AMBIENTAL É CAPAZ DE INTERFERIR NA
MEDIÇÃO DO APARELHO ? ONDE SE ENCONTRA A NORMA PARA A
CALIBRAÇÃO DE DOSÍMETRO OU DECIBELÍMETRO? A ÁRVORE DE
TERMÔMETROS DIGITAL É VALIDA EM PERÍCIA OU NÃO ?
R: A atuação dos peritos nos processos trabalhistas principalmente em questões de
insalubridade tem despertado muita polêmica e suscitado até hostilidade entre os
profissionais prevencionistas. Exceções á parte, a maioria das perícias não tem
infelizmente, como objetivo avaliar tecnicamente os ambientes de trabalho, mas
sim ganhar uma causa na justiça (derrotar a empresa) e aí as regras são outras.
A Calibração em campo dos medidores de ruído é um procedimento técnico, que
dispensa regulamentação. A lei não precisa detalhar essa prática, assim como não
define operações matemáticas como multiplicação, adição,subtração, etc, porque
se espera que a formação universitária do perito lhe confira tais conhecimentos.
Aferir os instrumentos em um local e realizar as leituras em outro, ou em dias
diferentes, podem levar a erros por influência de temperatura do ar, pressão
atmosférica e até mesmo pela instabilidade eletrônica do aparelho. Todas as
medições com instrumentos descalibrados são inválidas.
As Normas da fundacentro NHT 06 E 09 (publicadas na Revista Brasileira de Saúde
Ocupacional, números 50 e 53) definem a calibração como um procedimento de
campo, antes e depois das medições, para que as medições sejam válidas. Verificar
também as normas IEC 651 e ANSI S.1.1984 (vendidas pela ABNT).
A avaliação da exposição ao calor, segundo a Portaria n.º 3214, NR-15, Anexo 3,
pode ser feita por qualquer instrumento ou conjunto de instrumentos que siga a
metodologia do IBUTG - Índice de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo. Alguns
têm rejeitado a instrumentação eletrônica baseando-se na Norma da Fundacentro
NHT 001 CE 1985, que estabelece um procedimento de avaliação do calor pelo
método convencional. Essa argumentação é falha em pelo menos três pontos
importantes:

· A NHT 001 é especifica para o equipamento convencional (item 4). Não


menciona aparelhagem eletrônica, mesmo que há dez anos atrás esses
instrumentos estavam entrando no mercado;

· A NHT 001 interpreta a exposição ocupacional ao calor de modo diferente da


Portaria 3.214, embora use o mesmo IBUTG;
Basta ver a tabela de taxas metabólicas e que o Quadro I da NR-15 - Anexo 3 foi
abolido. Portanto, quem se vale dessa norma da Fundacentro deve também
analisar seus resultados pelo mesmo critério;

· Rejeitar a instrumentação eletrônica é se opor ao avanço da tecnologia. O


método convencional foi desenvolvido em 1957 e o termômetro de globo em 1932,
por Vernon.

http://www.avatec.com.br/v3/m_perg_resp.asp?id=258&g=1 30/11/2010

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