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Ciências da Natureza 8º ano

Da Biosfera ao ecossistema

Alguns conceitos muito importantes

A biosfera comporta diferentes ecossistemas:


 Aquático (oceanos, mares, Lagos…)
 Terrestres (Bosques, Florestas, desertos,…)
 Transição (estuários, Duas…)

Qual é a importância dos factores abióticos?


 Os factores abióticos influenciam a distribuição das
espécies no Planeta, cada ser vivo está adaptado a
condições específicas.
 Os factores limitantes são os factores abióticos que
determinam a abundância e espécies num determinado
habitat.
 Para cada fator abiótico os seres vivos apresentam um
intervalo de tolerância, algumas espécies o intervalo pode
ser mais alargado para outras mais curto, por exemplo a
sardinha é um peixe que tolera níveis de sal elevados,

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portanto não é tolerante a níveis de sais muito baixos, logo
nunca poderia sobreviver num rio, porque o rio tem água
doce.
 Consequências das alterações: Uma alteração significativa
de um fator abiótico pode levar à extinção de espécies ou
obrigando-as a mudar-se de local para puderem
sobreviver.

Fator Abiótico – Temperatura

 É a medida da quantidade de calor existente num determinado


ambiente.

 A Temperatura influência:
 No período de atividade
 Nas características morfológicas
 Nas características fisiológicas
 Cada ser vivo tem um determinado intervalo de temperatura que
se apresenta ativo, a esse intervalo chamamos de intervalo de
tolerância.
 Se a temperatura corporal estiver abaixo ou acima do intervalo
de tolerância, denominamos de temperatura letal.
 Dentro do intervalo de temperatura, existe a temperatura óptima,
é aquela onde os seres vivos reúnem as melhores condições para
se desenvolverem, alimentarem e reproduzirem.

(Grafico da temperatura óptima)

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 Os biólogos decidiram agrupar as espécies em categorias seria
mais fácil de os estudar então surgem conceitos importantes:

Capacidade de regulação da Temperatura corporal:

 Animais Poiquilotérmicos / Ectotérmicas – Não conseguem


manter a temperatura constante, ou seja, a sua temperatura
aproxima-se à temperatura ambiente. Por exemplo: Anfíbios,
repteis, invertebrados, fungos, plantas.
 Animais Homeotérmicos / Endotérmicos – Conseguem regular a
sua temperatura corporal, independentemente da
temperatura que se faz sentir. Por exemplo: Mamiferos, Aves
Podemos ainda coloca-los em classes mais pequenas:

 Espécies Euritérmicas – espécies capaz de resistir a grandes


variações de temperatura. Por exemplo o Lobo é um animal
euritérmico, porque aguenta temperaturas muito baixas, contudo
também sobreviver facilmente quando as temperaturas são
amenas.

 Espécies Estenotérmicas – Espécies que têm intervalos de


tolerância muito curtos. Por exemplo a Lagartixa, não suporta
temperaturas muito baixas.

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Os animais que habitam em zonas de temperaturas extremas (muito
frios ou muito calor) apresentam um conjunto de adaptações
morfológicas que lhes permite sobreviver:

Temperaturas baixas:
 Os animais apresentam uma camada espessa de gordura;
 Muito pêlo e denso.
 As extremidades do corpo são geralmente curtas, para evitar a
saída do calor em forma de transpiração.

Temperaturas Altas:
 A pelagem é curta e pouco densa;
 A camada de gordura é reduzida;
 As extremidades do corpo são longas (evitando o
sobreaquecimento).

Os animais também apresentam adaptações fisiológicas de forma a


superstarem as temperaturas extremas:

 Migração- os animais mudar de lugar à procura das condições


que necessitam para sobreviver. Ex: As cegonhas

 Hibernação – os animais reduzem quase 95 % da sua atividade,


de forma a reservarem energia. Ex: Os ursos

 Noturnos – Animais que na presença de temperaturas elevadas


apresenta maior atividade á noite porque esta mais fresco. Ex:
mochos.

 Estivação: Reduzem o máximo possível as suas atividade de forma


a suportar a temperaturas elevadas. Ex: os crocodilos.

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A temperaturas também influência na atividade/desenvolvimento das
plantas:

 As plantas de folha resistentes – resistem a temperaturas extrema,


por exemplo, a conífera é uma árvore que cresce em ambientes
muito frios, apresenta folhas em forma de agulha e a arvora tem
forma de um cone para evitar a acumulação de neve.

 As plantas de folha caduca – para resistiram ao frio perdem as


folhas.

 Ainda existem plantas para resistirem ao inverno, ficam dentro da


terra em forma de bolbos ou sementes.

Fator Abiótico – Luz

 É um fator essencial para o desenvolvimento das espécies


 Existem seres vivos que dependem apenas da luz para
sobreviverem, são os seres fotossintéticos, como por exemplo,
algumas algas, algumas bactérias, e as plantas.

Podemos distinguir as plantas quanto à necessidade de Luz:

 Plantas Umbrófilas: necessitam de menos luz para se


desenvolverem, por exemplo os fetos.
 Plantas Heliófilas : Necessitam de mais luz para se desenvolveram, pro
exemplo as roseiras.

 O fotoperíodo, é o número de horas de luz diária que um


determinado local tem, e é um fator influente no desenvolvimento
das espécies. Podemos dividir as espécies de acordo com a
disponibilidade de luz que temos:

 Plantas de dia longo – Para se desenvolverem necessitam de


muitas horas de luz, exemplo, A Ervilheira .

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 Planta de dia curto – desenvolvem-se com menos horas de luz,
pro exemplo o morangueiro.
 Existem ainda plantas que se desenvolvem independentemente
do fotoperíodo, pro exemplo o tomateiro.

 Fototropismo – é o movimento involuntário dos seres vivos de se


movimentarem em direcção ao sol, por exemplo o girassol.

A luz também influencia os animais, e podemos distingui-los em dois:

 Lucífilos – Animais que são atraídos pela luz, Ex.: Borboleta


 Lucífugo – Animais que evitam a luz, Ex.: Morcego

A luz também influência a atividade dos animais:

 Animais Diurnos – quando a atividade é maior durante do dia. Ex.:


camaleão

 Animais nocturnos – quando a atividade é maior durante a noite.


Ex.: Coruja

 Animais Crepusculares – quando a atividade é mais intensa ao


amanhecer e ao entardecer, ex.: morcego

A luz também influencia a cor e a espessura da pelagem dos animais,


por exemplo o arminho (roedor que habita no Árctico) muda de cor no
verão e é castanho, e no inverno para branco.

Fator Abiótico – Água

 É o componente vital para todos os seres vivos.


 De acordo com as necessidades de água, os seres vivos pode ser:
 Aquáticos – Quando habitam permanentemente na água
 Hidrófilos – quando habitam em meios húmidos

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 Mesófilos – quando necessitam de quantidade de água
moderada

 Xerófitos – quando habitam em meios secos.

Os animais que habitam em locais onde a quantidade de água é


reduzida apresentam determinadas adaptações:
 Os sapos do deserto, cavam a areia até encontrarem a
quantidade de humidade que necessitam;
 O rato do deserto, não bebe água, por sua vez a urina é muito
concentrada e habita em tocas muito profundas onde o ambiente
é mais fresco;
 Os camelos obtêm água através da gordura armazena nas
bossas, as fezes são desidratadas e a urina é muito concentrada.
 Alguns répteis apresentam revestimento impermeável de forma a
não perderem água.
 A estivação é outro comportamento que lhes permite reservar a
água corporal.

 As plantas também desenvolveram formas de resistir à carência


de água, sobrevivem em forma de sementes, quando precipita
desenvolvem.se. outras plantas desenvolveram raízes longas de
forma a penetram profundamente no solo para captar a água
necessária.

Fator Abiótico – Solo

 O solo é composto por água, sais minerais, ar e matéria orgânica,


ou seja contém todos os elementos essenciais para o
desenvolvimento dos seres vivos que nele habitam.

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 O solo é formado a partir da rocha mãe e pela acção dos
factores abióticos e permite que os seres vivos sejam mais
complexos.

 O solo é muito importante para as plantas porque é nele que se


fixam, absorvem água e nutrientes. A constituição química do solo
é um fator determinante para as plantas se fixarem.

Fator Abiótico – Vento

 O vento influência a evaporação, a temperatura do ar, e a


precipitação.

 Influência a atividade e a distribuição dos seres vivos.


 Muitas plantas dependem do vento para a polinização ou
dispersão das sementes,

 Também influencia a capacidade do voo das aves.

Fator Abiótico – Salinidade

 É um fator importante para caracterizar o ambiente aquático e


pode-se diferenciar em:
 Aguas salgadas – oceanos, mares
 Águas doces – rios, Lagos
 Águas salobras – estuários (quando o mar e o rio se unem)

 A quantidade de sal na água condiciona as espécies que nela


habitam, à peixes que só se desenvolvem em águas salgadas, ou
só em águas doces.

Um ecossistema na zona entre marés

Zona Infralitoral – É a zona submersa e apresenta grande biodiversidade.

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Zona mediolitoral – zona que tanto fica submersa quando a maré está
cheia como a descoberto quando a maré esta baixa, encontra-se
alguma biodiversidade, como mexilhões e anémonas.

Zona supralitoral – zona raramente coberta por água, não há grande


biodiversidade, alguns crustáceos e algas.

 Entre a zona infralitoral e médiolitoral, existe uma zona de


transição, onde os seres vivos estão expostos a condições
extremas, grandes variações de temperatura e de salinidade, pro
exemplo quando chove a salinidade naquela zona diminui.

 Estas três zonas são denominadas de intertidal, e são


influenciadas pelos fator abióticos, como a luz, temperatura,
natureza do solo.

 Os seres vivos também interagem entre si, nesta zona é


característico observar-se a predação, mutualismo, comensalismo
e a competição.

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